Internet debate pedofilia e deepfake enquanto PC Siqueira silencia

PC, o centro do escândalo, ainda não se manifestou. Segundo a Revista Fórum, a Polícia Civil de São Paulo confirmou que já investiga o caso

Jornal GGN – As redes sociais no Brasil acordaram em polvorosa com um “exposed” do youtuber PC Siqueira nesta quinta-feira (11). Enquanto uma parte dos internautas e da mídia discute a denúncia de pedofilia, outra parcela questiona se as mensagens divulgadas no Twitter seriam uma montagem. PC, o centro do escândalo, ainda não se manifestou. Segundo a Revista Fórum, a Polícia Civil de São Paulo confirmou que já investiga o caso.

A acusação de que PC Siqueira seria pedófilo tem como prova a divulgação de um vídeo de cerca de 1 minuto e meio que registra uma suposta conversa entre o youtuber e um amigo cuja identidade não foi revelada. O diálogo teria ocorrido pelo Instagram.

Na conversa, PC compartilha com o amigo o trecho de uma ligação em vídeo que fez com uma mulher adulta. Ela teria mostrado o bumbum de sua filha de 6 anos na chamada. PC gravou e compartilhou com o amigo. Ele disse que ficou “mais interessado” no “baby doll” da mulher, mas achou “excitante” que a mãe tenha exposto a criança para ele.

O amigo questionou o contexto da exposição da menina e PC disse que “existem pessoas assim” e que a mulher já havia feito isso antes, enviando uma foto da criança nua para ele em outra oportunidade. A mãe teria parado de fazer isso quando percebeu que é errado e “dá merda”.

Confira as mensagens:

O deputado federal Eduardo Bolsonaro compartilhou a notícia contra o desafeto – PC Siqueira é um crítico do governo Bolsonaro – gerando especulações sobre o escândalo ter sido fruto do “gabinete do ódio”.

O deputado estadual Arthur do Val, que tem o canal no Youtube Mamãe Falei, saiu em defesa da presunção de inocência de PC. Ele lembrou que mensagens como as que foram expostas podem ser facilmente ser “deepfake”, ou seja, uma invenção para assassinar a reputação de PC.

A conta no Twitter @ExposedEmo, responsável pelo suposto vazamento, afirmou que as mensagens não são forjadas.  Enquanto PC silencia, o perfil divulgou novas mensagens, que teriam sido trocadas hoje entre o youtuber e uma fã que cobra posicionamento.

PC supostamente teria respondido à fã em áudio: “Qualquer coisa que eu tenha que me posicionar, o que foi isso aí que aconteceu na conversa, de qualquer forma eu vou ter que me matar.”

 

O canal de opinião do cartunista Maurício Ricardo também debate o assunto. Ele chama atenção para o assassinato de reputações a partir de narrativas construídas na internet, muitas vezes falsas ou manipuladas, produzindo um “efeito manada” na sociedade, que retira do indivíduo sob suspeita o direito de se defender.

 

Redação

2 Comentários

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  1. A chance de qualquer YouTuber fazer merda é imensa, simplesmente porque se formou uma cultura de exposição e de falta de reflexão.
    Já escrevi mais de 350 artigos que foram publicados no GGN, mas na verdade escrevi quase 1000 artigos e aproximadamente 50% deles simplesmente não enviei, pois o travesseiro é o melhor conselheiro. Não que faria posts ou mesmo vídeos pedófilos, mas qualquer deslize sempre há um tarado que leva para o lado errado.
    Fiz num post num blog que tinha há mais de 10 anos em que para ilustrar um artigo sobre a violência contra os índios, coloquei uma foto de uma criança índia (vestida) muito bonitinha, meses depois entra um comentarista fazendo alusões sexuais a uma criança que não tinha mais do que quatro anos. Quando me dei conta substitui a foto por uma de velho e honrado chefe indígena que não provocaria nenhum instinto encoberto de algum tarado que lesse o texto, não tinha nenhuma alusão sexual no texto, mas sem querer dei chance a alguém que tinha instintos que consideramos errados.
    Há também um famoso caso de um Ecologista e líder do Maio de 68 francês que anos depois de 68 escreveu algo em que ele contava que se excitava em brincar com crianças numa creche de adeptos do amor livre. O nome dele é Daniel Cohn-Bendit, depois dessa história ele ficou praticamente no ostracismo por mais de uma década.

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