IPOs trazem grandes expectativas para 2017

A melhora dos indicadores econômicos com quedas constantes, como o IPCA para 2017 com centro da meta em 4,5%, a projeção dos juros para 9,5% ao final do ano, o câmbio em queda e a melhora nos indicadores de confiança de mercado, tem criado um clima de recuperação para a atividade econômica brasileira.

Esse cenário tem sido acompanhado pelo setor corporativo e levado a um maior número de empresas candidatas a realizar ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2017. Esse movimento traz maior confiança e credibilidade para o mercado, além de criar um forte potencial econômico para as ofertas iniciais.

Os valores calculados pela BM&F Bovespa para movimentação deste ano chegam a aproximadamente R$ 25 bilhões. As aberturas de capital e ofertas de ações que já ocorreram no ano totalizam mais de R$ 5 bilhões. E ainda há uma fila de espera de cerca de 17 empresas solicitando registro para emitir ações.

Quando as ações “estreiam” na Bolsa de Valores, os investidores vêem este fato como uma possibilidade para diversificar a sua carteira de investimentos. Mas, mesmo com o benefício de reduzir o risco de mercado via diversificação setorial, é preciso avaliar cautelosamente os negócios destas empresas.

Isso se deve ao fato de que muitos investidores não conhecem o histórico da empresa a fundo, além de apresentarem dificuldade de acessar os balanços e relatórios passados que ainda não foram divulgados ao público.

Mensurar o risco destas empresas, bem como a liquidez (volume de negócios), são pontos em que o investidor deve se atentar. Também é essencial analisar os motivos pelos quais a empresa decidiu ingressar na Bolsa de Valores. Todavia, em muitos casos os investidores podem ficar limitados diante das poucas informações sobre a empresa em questão.

A falta de parâmetros e indicadores para analisar empresas que estão abrindo seu capital e são exclusivas de um determinado setor também surge como ponto de atenção. Por isso, é indicado ter muita cautela, assim como buscar conhecimento e estudar os negócios das empresas que estão entrando no Mercado de Ações. Estas medidas são extremamente importantes para que o investidor diminua os riscos de seu investimento.

Os últimos dois anos não foram muito promissores, já que em 2016 foram dez ofertas mas apenas um IPO e em 2015 ocorreram cinco ofertas e um IPO. Contudo, as perspectivas para o ano de 2017 são de melhora, com processos no radar como o da companhia aérea Azul e o da rede de supermercados Carrefour, por exemplo.

Além disso, caso haja confirmação das previsões sobre os principais indicadores econômicos, será possível ver um mercado mais confiante e com condições para a retomada do crescimento para 2018.

Redação

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