Israel quer negociações diretas com palestinos

O problema do governo de Israel é o chanceler Liberman, o mesmo que tentou improvisar a visita de Lula ao túmulo de Theodor Herzi – uma grosseria diplomática que recebeu apoio da velha mídia.

Do Estadão

Israel quer diálogo direto e sem precondições com palestinos

Declaração de ministro é feita durante visita do enviado especial americano para o Oriente Médio

JERUSALÉM – O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta quarta-feira, 30, que o objetivo de seu país é estabelecer um diálogo direto de paz com os palestinos sem que nenhum dos lados apresente precondições para negociar, informa o jornal israelense Ha’aretz.

As declarações de Barak foram feitas durante seu encontro com o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, que está na região para mais uma rodada de negociações entre israelenses e palestinos. O ministro também confirmou que se reunirá com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, nos próximos dias, com quem discutirá assuntos de educação e economia.

“O objetivo agora é progredir para as negociações diretas com os palestinos em todos os assuntos”, disse Barak. Atualmente, as conversas são realizadas com a mediação de Mitchell, que leva as mensagens de um governo para o outro. “Nossa exigência é que nenhum dos lados estabeleça precondições”, disse.

Na terça-feira, o ministro de Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse achar muito difícil que um acordo de paz e um Estado palestino fossem estabelecidos até 2012 e disse seu homólogo russo, Serguei Lavrov, que estava bastante pessimista na eficácia das atuais conversas.

Durante o encontro com Lavrov na terça, Lieberman disse que Israel se opõe aos recentes avanços de proximidade da Rússia com o partido palestino Hamas. O russo, por sua vez, disse que era impossível ignorar os militantes islâmicos que controlam a Faixa de Gaza por conta de sua alta popularidade.

As negociações indiretas foram retomadas neste ano após mais de um ano de paralisação. A criação de um Estado palestinos, a situação dos refugiados, a expansão dos assentamentos judaicos e o status de Jerusalém são alguns dos pontos-chave nas discussões de paz da região.

Ainda nesta quarta, Mitchell deve se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu e, nos próximos dias, se reunirá com as lideranças palestinas. 

Luis Nassif

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