Jair vai aos EUA fechar o acordo dos cassinos que o filho começou, por Luis Nassif

Alguém consegue imaginar Jair Bolsonaro envolvido em qualquer tema politico ou econômico que não haja interesse direto do submundo da economia, do qual ele é representante.

A BBC supôs, usando para Bolsonaro a regra que cabe a todo presidente de país sério, que  se iria encontrar com políticos dos EUA, em sua próxima viagem, só poderia ser para tratar de temas de interesse dos políticos. E toca levantar os temas preferenciais de Rick Scott e Marco Rubio, dois dos políticos com os quais Bolsonaro irá se encontrar. Venezuela? Ceticismo climático?

Recentemente publiquei o “Xadrez de como os cassinos financiaram a ultradireita e negociam com os Bolsonaro”, mostrando como o lobby dos cassinos americanos estava entrando no Brasil através do representante comercial dos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, negociando com Sheldon Adelson, o cappo maior dos cassinos de Las Vegas.

Vamos conferir agora que são os políticos que se encontrarão com Bolsonaro.

Rubio já foi candidato a candidato à presidência da República pelo Partido Republicano em 2015. Sua participação em um dos debates foi curiosa.

Jed Bush Jr atacou Donald Trump, acusando-o de ter feito doações para sua campanha para governador porque tinha interesse em aprovar o funcionamento dos cassinos na Flórida. Era uma acusação pesada, da qual outros candidatos poderiam se valer para enfraquecer Trump. Mas Rubio calado, e sua assessoria alegou que ele não quis se envolver porque, afinal, os candidatos citados já estavam despencando nas pesquisas.

The Guardian matou a charada. Ambos, Jed Bush e Rubio, disputavam as doações de campanha de Sheldon Adelson, o bilionário que está tratando com Flávio Bolsonaro a abertura dos cassinos no Brasil. Segundo The Guardian, Rubio conseguiu a maior parte das doações de Adelson por ter defendido grande parte de suas demandas, os cassinos e o lobby de Israel. Adelson estaria preparando uma doação multimilionária para a ONG Conservative Solutions Project, pro-Rubio.

Já Rick Scott foi governador da Florida. 13 dias após ter sido eleito, em 2013, ele estava em Las Vegas se encontrando com Sheldon Adelson. Na volta instruiu sua equipe a trabalhar na legislação do cassino.

 

Luis Nassif

15 Comentários

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  1. BINGO…
    área de muito interesse dos bicheiros e dos empresários do azar que o apoiaram,
    praticamente todos

    Pela tragédia econômica que se abateu sobre o Brasil, de minha parte surpresa nenhuma se passarmos a ter grandes igrejas evangélicas e cassinos conjugados

  2. O Brasil vai virando um grande puteiro para os americanos : como era Cuba sob Fulgencio Batista : triste
    Trump chama o serviçal para o serviço de entregar em segredo o pais
    E ele vai abanando o rabinho: deveria voltar num destes aviões lotados de deportados brasileiros e deixado no Mexico pra se virar
    O Brasil nunca foi tao humilhado…ja entregou tudo mas os americanos donos do golpe querem mais : querem um cabaré e a jogatina nos tropicos

  3. Muito estranha essa viagem quando o país praticamente rompe relações diplomáticas com a Venezuela sem nenhuma razão aparente. Estaria o presidente Trump cobrando a fidelidade de Bolsonaro? Ainda bastante estranha é esse encontro se dar às vésperas de uma manifestação contra o congresso e o supremo, as únicas instituições capazes de evitar uma aventura militar decidida pelo planalto. Tem caroço nesse angu.

    1. Seriam os lojistas lembrando o imbecil a quem ele deve ter sido eleito? Seria um chamado para uma “comida de rabo” presencial? Será que os milicos, tão valentes contra o próprio povo, vão se jogar numa aventura desafiando o russo? Tchau tchan tchammmmmmm…..tem mais que coronavirus no futuro do país….

  4. Enquanto o país sofre com desemprego, problemas ambientais, industrias fechando o presidente se preocupa com Casinos. O que casinos produz para o país a não ser uma fábrica de ilusões e perda de dinheiro da população?

  5. MEC faz acordo com faculdade de coaching religioso dos EUA
    Florida Christian University é investigada por oferta irregular de cursos no Brasil

    7.mar.2020 à 1h00
    EDIÇÃO IMPRESSA
    Ricardo Della Coletta
    Paulo Saldaña
    BRASÍLIA
    O governo Jair Bolsonaro assinou um protocolo de intenções para ampliar parcerias de universidades brasileiras com uma instituição americana especializada em coaching religioso. A Florida Christian University já foi alvo de sentença por oferta irregular de mestrados no Brasil.

    O MEC (Ministério da Educação) e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) firmaram parceria com a universidade dos EUA, apesar de a instituição não ter passado pelos processos de cooperação internacional da agência.

    Uma universidade que atua com a Florida Christian no Brasil, a Unifuturo, da Paraíba, não tem autorização para oferecer mestrados e doutorados, foco da atuação da Capes.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem um discurso crítico à qualidade das universidades federais.

    A Florida Christian University, no entanto, não tem nenhuma acreditação relevante de qualidade no sistema americano.
    Entre seus principais cursos, apontados assim pela própria instituição, estão um mestrado de artes do coaching e um bacharelado em aconselhamento cristão.

    Um dos objetivos dessa formação é tornar o aluno “hábil a integrar conhecimento filosófico, literário e histórico dentro da visão bíblica”.

    A Florida Christian afirma em suas páginas que busca preparar “profissionais, leigos e pastores para cumprir suas vocações com valores cristãos”.

    A instituição diz oferecer aulas para os níveis de tecnologia, bacharelado, mestrado, doutorado e pós-doutorado em quatro áreas: negócios, educação, comportamento —o que inclui aconselhamento e terapia de casal— e teologia.

    No detalhamento dos programas, a universidade apresenta cursos como A Vida de Cristo e Reconciliação de Casamentos Rompidos.

    Bolsonaro já disse que, apesar de o Estado ser laico, ele é “terrivelmente cristão”. O atual presidente da Capes, Benedito Aguiar Neto, defende a abordagem educacional do criacionismo em “contraponto à teoria da evolução”.

    O protocolo foi assinado no ano passado com a Secretaria de Educação Superior do MEC e a Capes, órgão que regula e avalia a pós-graduação. Questionados pela Folha, MEC e Capes não responderam.

    Universidades federais receberam na segunda (2) mensagem do MEC em que é comunicado o acordo para “intensificar e ampliar a cooperação”.

    A pasta estimula as federais a participarem do 5º Congresso Mundial sobre Educação Global, Desenvolvimento Humano e Gestão da Inovação, organizado pela Florida Christian e a Unifuturo, em maio, na Paraíba. Um dos principais palestrantes é o psiquiatra Augusto Cury, autor best-seller de livros de autoajuda.

    A Capes aparece como parceira na divulgação do evento e um servidor do órgão, Ricardo da Costa (ligado à ala ideológica do MEC), comporá uma mesa.

    Com base no acordo, a Capes agendou encontros da Florida Christian e da Unifuturo com federais.

    Em janeiro, Marcos Vinicius Coelho, da Diretoria de Relações Internacionais da Capes, acompanhou o reitor da Florida Christian, Bruno Portigliatti, em visitas a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), UFCG (de Campina Grande), UFPB e IFPB (Universidade e Instituto Federal da Paraíba, respectivamente).

    A atuação conjunta da Florida Christian e da Unifuturo já foi alvo de investigações no Brasil. Em 2016, a Justiça Federal do Rio Grande do Norte decidiu que a Florida Christian University ofertou de maneira irregular cursos de mestrado e doutorado em educação, por meio de articulação com instituições privadas brasileiras, entre elas a Unifuturo.

    Na ocasião, decisão liminar (provisória) da 4ª Vara Federal determinou que a Florida Christian e parceiras interrompessem cursos e emissão de diplomas.

    A decisão partiu de ação civil do MPF (Ministério Público Federal). Estudantes haviam se matriculado para cursos de mestrado e, ao longo das aulas, descobriram que faziam especializações.

    A Folha conversou com duas ex-alunas, de Natal, que perderam entre R$ 6.000 e R$ 8.000 e pediram anonimato. Segundo elas, as aulas mudavam constantemente de lugar, entre diversas parceiras brasileiras.

    As Procuradorias federais no Pará e em Pernambuco já haviam ingressado com ações em anos anteriores. No Pará, por exemplo, uma ação de 2013 deu origem a um processo e inquérito policial, ainda em andamento.

    Ricardo Monteiro, que é português, é dono da Unifuturo e embaixador da Florida Christian no Brasil. Ele esteve nas visitas organizadas pela Capes.

    “Nego qualquer irregularidade e não respondo pela Florida Christian”, disse. “Muitos alunos nossos começam sua graduação no Brasil e terminam nos Estados Unidos.”

    Nascido no Brasil, Bruno Portigliatti aparece como reitor da Florida Christian e outras duas pessoas da mesma família constam da diretoria.

    Procurado, Bruno disse que o acordo com o MEC tem o objetivo de criar “oportunidades de aprendizagem em diferentes modalidades de ensino”. Ele ressaltou que, a partir do protocolo, ações serão tratadas “em instrumento futuro”.

    O reitor afirmou que a Florida Christian tem aulas presenciais em Orlando (EUA) e cursos a distância são oferecidos a “vários países do mundo”.

    Sobre a decisão liminar da Justiça do Rio Grande do Norte, Bruno afirma que o mérito ainda não foi julgado e a medida pode ser revertida. “Após quase cinco anos, nem sequer houve uma única audiência.”

    A Florida Christian tem um registro de funcionamento concedido pelas autoridades da Flórida. Nos EUA, a qualidade e a reputação dos cursos são atestados de forma descentralizada, por meio de associações regionais reconhecidas pelo Departamento de Educação. A Florida Christian não possui uma acreditação regional desse tipo.

    A universidade cita em seu site ser filiada a outras organizações, como a Association for Biblical Higher Education (Associação para Educação Bíblica Superior, em inglês).

    Essa entidade, por sua vez, afirma que a mera filiação de uma instituição não significa que ela teve a sua qualidade certificada pelo órgão. É o caso da Florida Christian.

    1. Com um diploma desses dá pra enfrentar um concurso público em qualquer área no governo, já que o candidato só precisa ter lido um livro para estar apto.
      Médicos impondo as mãos para curar tiros, fraturas e facadas. Advogados com o mesmo doutorado da damares e juízes cortando crianças como salomão.

  6. É TUDO PELO BEM DA NAÇÃO E PELA PRESERVAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS PESSOAS DE BEM CONSERVADORAS,A ECONOMIA VAI BOMBAR, É SO FAZER MAIS UMAS REFORMAZINHAS E OS EMPRESÁRIOS GANHAREM RIOS DE DINHEIRO,FICAREM BILIONÁRIOS Q VÃO IMVESTIR NO BRADIL,POIS É,POIS É,POIS É,PODEM CONFERIR NA MÍDIA ISSO AÍ !!!

  7. As milícias e outros grupos que compõem o crime organizado precisam de um meio eficiente para lavar dinheiro. Claro, o de sempre: “que tal um cassino, pessoal?”

  8. Além deste acordo, temos como pano de fundo a retirada dos embaixadores brasileiros da Venezuela e o pedido para que a Venezuela faça o mesmo com o brasil!
    O que motivou isso antes da ida do bozo aos EUA?
    Acesso a recursos financeiros para armas de guerra!
    E para que precisamos disso?
    Ele vai negociar também que os EUA fechem os olhos ao golpe que ele dará no congresso e STF!
    Quem vai lutar por estes STF e congresso?
    A esquerda?
    A esquerda tem que lutar por democracia, coisa que este STF e congresso já não fazem mais há muito tempo!
    O povo já enxerga isso há muito tempo, o golpe está plenamente entendido, só não há movimento popular por que nem o judiciário, nem legislativo inspiram confiança por ideais de democracia!
    E assim que nos enfiar nessa esparrela contra a Venezuela, as forças armadas perderão o último fio de credibilidade!
    Estaremos vulneráveis a uma invasão ou rebelião popular!
    Vai ser nossa guerra as malvinas…
    A esquerda terá que lutar por algo que seja real!
    Por uma democracia real, com valores!
    A lava jato se aproveitou destes anseios e fez o que fez!
    Está na hora da esquerda entender isso!
    Não podemos mais falar em democracia com a pec 55, reforma da previdência, subsídios trilionários a banca nacional e internacional, com perda de soberania bancados pelo legislativo, judiciário e forças armadas!
    Tem que mostrar que o judiciário e legislativo se corromperam!
    Que as forças armadas se perderam na falta de nacionalismo e precisam voltar para o que deveriam fazer, que é defender os valores nacionais!
    Se tentar salvar isso que temos hoje, a população não responderá!
    Temos que pensar já numa outra democracia, por que essa já era!

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