A jornalista Marina Ovsyannikova, que virou ganhou holofotes na mídia internacional após ter invadido um programa de TV russo para protestar contra a invasão na Ucrânia, foi interrogada por 14 horas e multada em 280 dólares por “organizar um evento público não autorizado”. As sanções à jornalista, contudo, podem ser mais duras considerando que a Rússia pode acusá-la de propagar notícia falsa em massa. A pena neste caso é detenção por até 15 anos.
Marina virou “heroína” para alguns meios de comunicação e internautas após invadir uma transmissão ao vivo do Canal 1 segurando um cartaz que dizia “pare a guerra” e “aqui eles mentem para você”.
O site Newsweek coletou nas redes sociais uma série de manifestações em apoio à jornalista. “Cinco segundos de verdade podem lavar a sujeira de semanas de propaganda”, escreveu um ativista de direitos humanos em uma das poucas plataformas de mídia social na Rússia que ainda não foram restritas pelas autoridades.
Na visão do Newsweek, Marina “conseguiu de uma só vez expressar a raiva pela invasão russa da Ucrânia e a propaganda estatal usada para justificá-la.”
De acordo com o site, o Comitê de Investigação da Rússia abriu um inquérito preliminar para apurar se Marina infringiu uma nova lei contra propagação de fake news que acarreta uma pena máxima de 15 anos de prisão.
A jornalista afirmou aos colegas de imprensa americana que “Foi minha decisão anti-guerra. Tomei essa decisão sozinha porque não gosto que a Rússia inicie essa invasão”.
Nas últimas três semanas, alguns meios de comunicação não alinhados à decisão da Rússia foram fechados ou estão operando sob restrições impostas pela agência de vigilância Roskomnazdor. “Os canais críticos do Kremlin, Echo of Moscow e Dozhd TV, fecharam”, lembrou o Newsweek.
Com informações do Newsweek
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