Jornalões criam “cultura da ilegalidade” contra o PT

O título desse post é uma referência ao livro “Cultura do Medo”, de Barry Glassner. A tese central de Glassner é que a imprensa norte-americana cria artificialmente um clima de medo nos cidadãos ao veicular muitas notícias sobre crimes, atentados, acidentes etc. Ele foi entrevistado pelo cineasta Michael Moore no filme “Tiros em Columbine”.

Conversando com Moore em uma esquina de Los Angeles tida como violenta, ele diz: “Minha preferida entre as estatísticas que avaliei é a que mostra que o crime decresceu em 20 por cento — mas as notícias sobre o crime aumentaram 600 por cento. O crime cai, o medo do crime aumenta”.

Todo esse nariz de cera para comentar como os jornalões e os telejornais dão a impressão de que o PT é o partido que mais comete irregularidades eleitorais. Hoje, o jornal O Estado de São Paulo traz uma matéria que deveria gerar um debate interno, e também nas demais redações, muito sério.

A reportagem “Procuradora aciona mais PSDB do que o PT” diz que o Partido dos Trabalhadores e Dilma reclamam, injustamente, “de perseguição política da vice-procuradora-geral eleitoral”.

O levantamento feito pelo Estadão informa que “o Ministério Público abriu mais representações contra a candidatura de José Serra e o PSDB do que contra o PT e a candidata Dilma Rousseff. Segundo dados fornecidos pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, é autora de 16 ações contra a campanha de Serra e de 12 contra a de Dilma”.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100721/not_imp583979,0.php

Ora, não é o que parece. As notícias sobre representações contra a candidata Dilma têm sempre mais destaque. Isso é claríssimo. Então, pelo levantamento do próprio Estadão, as representações contra o candidato Serra estão, criando um neologismo, “sub-noticiadas”.

Redação

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