José Mojica Marins, o Zé do Caixão, morre aos 83 anos

Pioneiro do cinema marginal, artista faleceu devido a complicações de uma broncopneumonia

José Mojica Martins, o Zé do Caixão. Foto: Reprodução

Jornal GGN – O cineasta José Mojica Marrins, o Zé do Caixão, faleceu na tarde desta quarta-feira (19/02) aos 83 anos, devido a complicações de uma broncopneumonia. O anúncio foi feito por sua filha, Liz Martins.

Mojica nasceu em 13 de março de 1936, uma sexta-feira. Ele aprendeu a fazer cinema de forma autodidata, depois de ganhar de presente uma câmera de seu pai, que gerenciava um cinema na zona Oeste da cidade de São Paulo. Seu primeiro estúdio foi em um galinheiro improvisado.

Aventura, faroeste, drama. José Mojica Marins fez de tudo ao longo de sua carreira como ator e diretor, mas a fama veio com o personagem Zé do Caixão (ou Coffin Joe, como é conhecido nos Estados Unidos). A aura do personagem, de unhas longas e encurvadas, foi mantida mesmo depois que seus filmes deixaram de fazer sucesso.

Zé do Caixão apareceu pela primeira vez no filme “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”, de 1964. O longa foi um sucesso de bilheteria, e permitiu não só que o diretor pagasse dívidas pessoais como o tornasse um dos mais nomes mais conhecidos da Boca do Lixo. Ele também apareceu nos filmes Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, O Estranho Mundo de Zé do Caixão, Trilogia do Terror e O Despertar da Besta.

Ele nunca ganhou muito dinheiro com os filmes de terror, e acabou por tornar-se uma figura cult: apresentou o programa Cine Trash na TV Bandeirantes, comandou O Estranho Mundo de Zé do Caixão no Canal Brasil, apareceu em outras produções artísticas e foi reconhecido como um dos pioneiros no chamado cinema marginal brasileiro.

 

(com Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo)

Redação

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