Jurista Souza Jr. evidencia democracia como ativo para Brasil sair do limbo

Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, José Geraldo de Souza Jr., analisa o sistema político e judiciário atual

Imagem: Reprodução/TV GGN

Jornal GGN – O jurista e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo de Souza Jr., analisa a atual conjuntura política a partir da nossa construção social no segundo episódio da série “Fracassamos como Nação?”, exibida na TV GGN, nesta terça-feira, 14 de julho. 

Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, Souza Jr. destaca um projeto de sociedade contemporânea originado de um sistema excludente, mas que há otimismo em um futuro mais igualitário e solidário a partir dos processo de construção de uma hegemonia levantada pelos movimentos sociais.

Para Souza Jr. o caminho constitucional a se trilhar em meio a instantaneidade que move o atual está no desafio de encontrar o fio condutor das lutas sociais, que é a revolta capaz de promover a mudança. 

O professor também destaca a importância da democracia para a obtenção de êxitos sociais. ”A democracia é fundamental porque ela permite processos acelerados, sobretudo quando ela mobiliza o social e engaja de forma ativa nos processos políticos… mas, ao mesmo tempo, ela é dialógica e constrói a consistência, põe as diferenças em presença e os projetos surgem”, explica. 

Durante a entrevista, Souza Jr. também comenta os episódios recentes da Justiça brasileira e as dificuldades desse setor, que coloca em xeque sua atuação por meio de normas de exceção. Confira:

Redação

5 Comentários

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  1. Ainda bem que existe um canal como o GGN para trazer reflexões como essas apresentadas nesses dois programas da série” Fracassamos como Nação?”.
    Até aqui, após os dois capítulos, fica claro que os pensadores sensatos do Brasil, e são muitos, já sabem quais são os problemas e até as possíveis soluções que poderão trazer a médio e longo prazos o resultado que já poderia ter sido alcançado hoje caso tivéssemos um projeto de nação. Sou um crítico de quem diz que tínhamos um projeto que se perdeu.
    A industrialização dos anos 50 foi feita sob tecnologia das multinacionais. Hoje cerca de 75% da indústria de transformação está nas mãos das multinacionais aqui no Brasil.
    Nossa industrialização nacional foi feita sob a indústria de base, com baixa e média tecnologias.
    As instituições democráticas vivem dando exemplos de que não são tão democráticas assim.
    Enquanto os países ricos desenvolviam, nos anos 50, 60 e 70, TVs, telecomunicações, carros, motos, navios, aviões, foguetes, eletroeletrônicos diversos e outros nós aqui produzíamos produtos siderúrgicos, agroindustriais e poucos produtos com mais tecnologia aplicada, mais valor agregado.
    É uma industrialização só que defasada dos países mais desenvolvidos e fica evidente que nunca houve um projeto para fazer frente às multinacionais que começaram a chegar em peso a partir dos anos 50. Os investimentos em educação mostram isso. E não mudou nada até hoje, só piorou.
    Como disseram os entrevistados, não podemos focar no passado e sim no futuro. E quando focamos no futuro penso que precisamos responder a uma pergunta fundamental: como vamos neutralizar o entreguismo?
    A operação de espionagem da lava jato entregou de dentro para fora, sem nenhuma guerra ou conflito, segredos de empresas nacionais estatais e privadas, projetos políticos e econômicos, além de mal feitos de vários cidadãos brasileiros. Permitiu a construção de uma narrativa que mais prejudica que ajuda o povo, calçada no falso e hipócrita discurso de combate a corrupção, mote já utilizado mais de 60 anos atrás.
    Foram os brasileiros que entregaram. Foram grupos empresariais brasileiros que apoiaram, foram políticos brasileiros que apoiaram ou se omitiram.
    Minha decepção não se arrefece com tudo que aconteceu e vem acontecendo.
    E, de novo, fica a pergunta (que não sei a resposta): como neutralizar e superar o entreguismo de dentro para forma e formar uma nação coesa, voltada para seus interesses internos e geopolíticos dentro do capitalismo do Século XXI? Sim, dentro do capitalismo porque ruim com ele, pior sem ele (a Suécia, a Noruega, Finlândia são todos capitalistas e símbolos de bem viver).
    Existe um excesso de debates, as vezes muito intelectualizados, dentro da ala progressista de esquerda sobre os motivos e causas, quem são e o que já fizeram, mas poucos caminhos são apontados.
    A ala progressista não vai avançar se não se organizar de forma coesa em volta desse assunto: como superar o entreguismo e neutralizar seus artífices?

  2. O professor é mais um que deixa evidenciado a importância do humanismo e que sua derrocada, é que vem trazendo este sentimento de fracasso

  3. Professor José Geraldo. muito prazer.
    Foi uma das melhores entrevistas que vi e ouvi
    aquí no Nassif.
    O senhor faz falta aquí e alhures.

  4. O voto no 17 teve uma parte que foi a mensagem antissistema. Todo politico é ladrão então vou votar no doido. Teve uma parte que foi pragmática. Não quero que o PT volte ao poder. O assustador é que estamos conhecendo uma terceira parte do voto no 17. O cara que votou no Bolsonaro justamente por ser um adulador de torturador, que gostaria de metralhar comunista, que mede negro por arrouba, que fraquejou quando teve filha, que é miliciano. Essa terceira parte é aterrorizante, pois ela não se importa com a morte. É desumana, selvagem, sem alma…

  5. UnB? Democracia? O Cidadão deveria ter vergonha de ser rotulado como Jurista, num país onde a Profissão de Advocacia está sujeita à ditadura e monopólio da Ditadura de Federações como OAB, que controla o “espírito de porco’ corporativista deste país. Entidade que não aceita a eleição livre e direta de toda sua estrutura de poder e comando, além de não transparecer e auditar suas contas que legalmente são públicas. “Toda unanimidade é burra”. Já afirmou um Brasileiro. Será coincidência, que a raridade dentro do STF em decisões unânimes, foi tão célere na manutenção do monopólio da Advocacia pela OAB, sem ter um objetivo preestabelecido em 90 anos de NecroPolítica? Coincidência que o Presidente desta Entidade ser filho de Terrorista que pregou e usou de seus crimes pela Ditadura do Proletariado dentro do Brasil? Jurista? OAB? Que aceitam Eleições Ditatoriais e Obrigatórias com Biometria Nazista? E ainda falam em Democracia?! Farsantes, como estes 40 anos de tal Redemocracia. Seus argumentos fedem como estes 90 anos de Estado Ditatorial da NecroPolítica.

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