Kennedy Alencar: Falha na cooperação internacional na Lava Jato pode criar efeito dominó de anulações

Além da parcialidade sobre os processos do ex-presidente Lula, linha direta da operação com investidores estadunidenses e suíços contraria normas legais

Foto: Pedro França/Agência Senado

Jornal GGN – A quebra de sigilo das mensagens trocadas pelo ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato, apreendidas na operação Spoofing da Polícia Federal, revelam as falhas legais formais na cooperação internacional entre a força-tarefa e o Ministério Público de outros países.

Para o colunista Kennedy Alencar, do portal UOL, a situação pode criar um efeito dominó de anulações de sentenças de Moro “muito maior do que os casos em que o ex-presidente Lula questiona a imparcialidade do ex-juiz”.

De acordo com a coluna, após as mensagens virem à tona por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, a avaliação majoritária do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que os processos do ex-presidente “são tão viciados que fica evidente a parcialidade não só de Moro, mas também da força-tarefa de Curitiba para condenar o petista”.

Segundo um ministro do STF, no entanto, a linha direta montada pela Lava Jato com investidores estadunidenses e suíços também contraria normas que mandam que essa cooperação seja feita por meio do Ministério da Justiça. 

Com isso, “os comportamentos de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa de Curitiba, e de Moro, que incorporou atos aos processos à revelia das regras de cooperação internacional, podem ser mais fatais para a Lava Jato do que o impacto das eventuais anulações dos casos de Lula. Há risco de um efeito dominó de nulidades”, ponderou o colunista.

Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Provas de ilicitudes obtidas ilicitamente não podem prejudicar os autores das ilicitudes praticadas mas devem deixar de prejudicar quem foi injustamente condenado.

  2. …”contraria normas que mandam que essa cooperação seja feita por meio do Ministério da Justiça”…
    PoiZé, e onde anda o Zé?
    Tocando piano na penumbra de um bar?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador