Lava Jato não quis saber sobre acusação de lobista contra Aécio e Furnas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Moro nem sequer perguntou ao lobista sobre Furnas e investigadora da Lava Jato chegou a cortar o depoimento que acusava o senador tucano
 
 
Jornal GGN – O juiz Sérgio Moro tinha um foco claro no depoimento do lobista Fernando Moura: saber o envolvimento do ex-ministro José Dirceu no esquema de corrupção da Petrobras. Sem querer e de forma meramente exemplificada, o delator citou como ocorria a divisão de propina na hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais, com a indicação por Aécio Neves (PSDB-MG) de Dimas Toledo para comandar a estatal mineira.
 
Dessa forma, o caso de corrupção envolvendo a hidrelétrica foi retomado após quase 12 anos, desde as primeiras acusações. Na Lava Jato, a investigação estava paralisada na delação do ex-senador Delcídio do Amaral e, posteriormente, confirmada pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado. 
 
Agora, com visível desinteresse do juiz Sergio Moro, que em mais de 30 minutos de depoimento não questionou uma única vez sobre o esquema de corrupção que repassava propina ao PSDB, Fernando Moura retoma o episódio. Também ao acaso, quando uma procuradora da República, questiona ao lobista sobre o envolvimento de Dirceu e, de forma exemplificada, o delator cita Aécio. 
 
Foi realizada uma acareação pelos procuradores da República no caso da Lava Jato na Justiça do Paraná. Na audiência, o ex-diretor de Engenharia de Furnas, Dimas Toledo, ouviu a acusação do delator e lobista Fernando Moura que, em 2003, ele teria garantido dois terços da propina arrecadada ao PT e um terço ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
 
No relato, Fernando Moura disse que o então ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, contou que o tucano Aécio Neves solicitou a permanência de Dimas Toledo na estatal de energia de Minas. O lobista foi quem informou Dimas sobre a sua permanência.
 
À plateia de investigadores, Moura disse que o acerto da indicação tucana, mais especificamente do senador, na estatal foi uma forma de retribuir o apoio do PSDB ao recém empossado governo do PT.
 
A confirmação surgiu espontaneamente por Fernando Moura. Em mais de 30 minutos, todos os questionamentos do juiz Sérgio Moro a Moura eram relacionados à indicação de Renato Duque para a diretoria da Petrobras e os benefícios recebidos pelo PT nacional e estadual, de São Paulo e o “grupo político de José Dirceu”, com os contratos da estatal.
 
 
O magistrado do Paraná concluiu a suas perguntas sem questionar sobre o PSDB ou a indicação de Aécio Neves na estatal mineira de Furnas. Foi quando o juiz federal passou a palavra a uma procuradora da República é que o tema surgiu, despropositalmente.
 
“O senhor mencionou que o senhor saiu do Brasil, quando foi para os Estados Unidos, porque podia estourar o esquema da Petrobras e o Silvio e o Dirceu estavam envolvidos. Eu queria que o senhor detalhasse a participação do senhor José Dirceu”, perguntou a procuradora.
 
“Vou explicar”, respondeu Fernando Moura. “Vou ser um pouco prolixo. Quando acabou a eleição de 2002, que ganhamos a eleição, foi feito uma reunião para a definição de, mais ou menos, umas cinco diretorias de estatais para poder ajudar a nível de campanha posteriormente”, inciou.
 
“Então foi conversado sobre Petrobras, sobre Correios, Caixa Econômica Federal, Furnas, Banco do Brasil. Desde que todas as pessoas que fossem indicadas, elas teriam que estar com 20 anos de casa, ser funcionário da casa, para poder receber essa indicação, isso foi conversado antes, em novembro de 2002. Aí, nessa relação, foi indicado o nome do Renato Duque para a Petrobras, foi indicado o nome do senhor Eduardo Medeiros para os Correios, a princípio eu levei para o senhor José Dirceu o nome do Dimas Toledo para que continuasse na Diretoria de Furnas”, exemplificou o delator.
 
A partir daí, novamente sem que nenhum investigador da Lava Jato questionasse ou o juiz federal Sérgio Moro, Fernando Moura se estendeu no caso específico da estatal mineira de Furnas. 
 
“Ele [Dirceu] usou até uma expressão comigo: ‘o Dimas não, porque o Dimas se entrar em Furnas e colocar ele de porteiro, ele vai mandar em Furnas, é uma pessoa que já está há muito tempo, 34 anos, é uma indicação que sempre foi do Aécio [Neves]'”, contou.
 
“Passado um mês e meio, ele [Dirceu] me chamou e perguntou: qual a sua relação com Dimas Toledo. Eu disse que estive com ele três vezes, achei ele competente, um profissional. ‘Porque esse foi o único cargo que o Aécio [Neves] pediu para o Lula, então você vai conversar com o Dimas e diga para ele que a gente vai apoiar a indicação dele'”, teria dito Dirceu a Moura.
 
“Eu fui conversar com o Dimas, que na oportunidade me colocou da mesma forma que coloquei o caso da Petrobras, em Furnas era igual. Ele [Toledo] falou: ‘vocês não precisam nem aparecer aqui, vocês vão ficar um terço para São Paulo, um terço nacional e um terço para Aécio'”, narrou.
 
E a procuradora interrompeu: “tá, mas a pergunta que eu fiz para o senhor foi diferente. Eu quero saber qual é a participação do senhor José Dirceu no esquema da Petrobras”.
 
Assista a partir dos 11:27:
 
https://www.youtube.com/watch?v=V5fRNuzSk_c height:394
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

47 Comentários

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  1. Muito fofo.
    É assim que

    Muito fofo.

    É assim que funciona a Lava Jato, caso haja alguém que ainda não tenha percebido. Moro e os procuradores vão conduzindo as oitivas seletivamente, escolhendo os assuntos e as perguntas de acordo com o interesse preestabelecido (quer seja: implicar o PT e figuras ligadas ao partido). Se o interrogado entra numa seara que não interessa a eles, então eles abafam o caso na hora. Esse jogo de abrir certas comportas e fechar outras é o modo deles darem ares de imparcialidade nas investigações. É dessa forma que Moro e seus miquinhos vão poupando a tucanalha.

    1. acredito que vem do acordo…………………

      vem uma lista de perguntas

      que vem da assistência ou cooperação condicionada…………………………

      o tal “não vem ao caso”  pode significar que não está na lista de perguntas

      ou que por contrariar a assistência condicionada, não vem ao caso

  2. Interessante o silêncio da

    Interessante o silêncio da defesa. A ela interessa os fatos (sonegados e não aprofundados) ainda que seja para dosimetria da pena… Não compreendo a inércia…

    Essa parcialidade de Moro vem sendo apontada há bastante tempo e inclusive vem estampada e registrada pelo próprio Moro em suas (sempre iguais e noiosas) sentenças: quando há referência da testemunha (delator ou outro) a outros políticos (não perseguidos) ele desvia o assunto… 

    1. Acredito que nesse caso a

      Acredito que nesse caso a defesa quer saber apenas de do que refere-se ao próprio cliente, não se atendo a algo que possa ser considerado externo. É pena, pois isso, com efeito, realmente evidencia a parcialidade dos procuradores e de Moro.

      PS.: não sei se é exatamente requentar notícia, mas esse depoimento é do ano passado…

  3. Bolsa Conhecimento

    A que ponto o PT detonou o conhecimento popular brasileiro.

     

    Um juiz de primeira instância não pode ouvir evidências de pessoas com foro privilegiado 

     

    Todos nós somos contra a qualquer foro privilegiado 

    1. Ouvir ou não evidências sobre

      Ouvir ou não evidências sobre pessoas com foro privilegiado não foi impeditivo para que a PF incursionasse para buscar provas contra Paulo Bernardo e a senadora Gleisi Hoffman, obrigando Moro a encaminhar o caso ao STF.

      Essa desculpa de que o foro provilegiado impede de se ouvir relatos que implicam detentores de foro não foi em nenhum momento aplicado ao caso de Gleisi.

      1. Autoridades prevaricadoras perdem a autoridade.

        E a entrega à Globo, do áudio de Dilma (que nem sequer é investigada) com Lula?

        Ele vazou conversa da presidente da República que NÃO é investigada !!!

        Isso num país sério dá C  A  D  E  I  A  !

      1. Bem lembrado…

        Pobre D. Marisa, vítima de uma corja de bilionários da mídia e afins e do “Poder Judiciário político-partidário.

        CANALHAS!!!

  4. Herói de araque

    Se moro fosse imparcial eu seria o primeiro a aplaudí-lo, mesmo prendendo petistas…

    Mas o que ele faz é nada mais nada menos que perseguir petistas e  proteger seus simpatizantes e amigos tucanos.

    Isso é  P  R  E  V  A  R  I  C  A  Ç  Ã  O       E  X  P  L  Í  C  I  T  A  !  !  !  

    Gostaria muito de saber em que isso é bom para o País.   Herói  uma porra!  

  5. Se envolver o aético, para

    Se envolver o aético, para tudo e manda para o stf.

    Razão maior (além da amizade implícita e do partidarismo explícito) para o desMoronado e seus farejadores-desprocurados NUNCA irem além das chinelas.

    Matam dois “tucanos” com única cajadada: não param e não implicam o aético com a sua (dele) roubalheira de sempre.

    País merreca é isto, isso e aquilo.

    1. Não há nenhum caso envolvendo o Aébrio Neves

      “Olha, foi um evento público, e o Senador não está sob investigação da Justiça Federal de Curutiba. Foi uma foto infeliz, mas não há nenhum caso envolvendo ele. Tem mais: se o crime é provado, haverá consequencias.  O PTB, o Solidariedade, PP e PT apareceram nas investigações, então não posso ver onde está a parcialidade na condução das investigações. Além disso, casos envolvendo políticos, são encaminhados ao Supremo.”  – Roedor de Curitiba, justificando sua foto ao lado da Aécia Nevoenta.

      E agora, Camundongo, há um caso envolvendo a Aécia Nébria, você vai ou não vai comunicar ao $upremo?

      Te preocupa, o home da bagagem tá lá para proteger a Aécia Nébria. Vai ratão, oficia à $uprema Corte que eu te mando um vibrador comprado com o cartão corporativo do FHC.

  6. Juiz e Procuradora fazem ouvido de mercador ao arrepio da lei

    O art. 40 do Código de Processo Penal dispõe que, ‘quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.’

    Nesse caso, o Moro devia enviar cópias e documentos à PGR para investigar o Aécio Neves e, se for o caso, o suposto meliante ser denunciado.

  7. Ainda tenho esperanças de ver

    Ainda tenho esperanças de ver TODOS os integrantes da lava rato atrás das grades ou mortos. prefiro mortos por enforcamento.

    Corda é mais barato do que balas e ainda é reutilizável.

     

  8. Juiz Sérgio Moro e questão de Furnas

    este jornal a que se refere, indicou como argumento apenas o segundo vídeo do depoimento (parte 2), acontece que no terceiro vídeo do depoimento (parte 3), o juiz Sérgio Moro volta sim à perguntar sobre o que ele havia dito anteriormente sobre Furnas e o Aécio. Podem ver no vídeo parte 3 a partir de 16 minutos e 12 segundos. Isto que é manipulação. As pessoas simplesmente aceitam o que foi escrito e já dão o veredito. Vejam o vídeo que não foi exibido a partir de 16 minutos: https://youtu.be/rFQjWlEkqIM

    1. Eu assisti o vídeo inteiro e

      Eu assisti o vídeo inteiro e o Sérgio Moro continua pressionando ele sobre o José Dirceu e no ponto do vídeo que a você indicou o Moro apenas se refere ao Aécio como “adversário politico”… O Moro nem ousa pronunciar o nome Aécio!! E não entra em mais detalhes.

       

      Manipulação foi o que você tentou fazer aqui. 

       

       

       

      1. ah, então este subtítulo da

        ah, então este subtítulo da matéria: “Moro nem sequer perguntou ao lobista sobre Furnas e investigadora da Lava Jato chegou a cortar o depoimento que acusava o senador tucano” não é manipulação, então?

        O Moro voltou ao assunto sim, não só ele como o advogado do Jose Dirceu tbm, com todo o tempo que precisou. Só que não no vídeo que vcs publicaram aqui, claro.  

    2. Eu assisti o vídeo: MORO NÃO FALA NADA DE AÉCIO!!!

      Essa parte que você selecionou no vídeo prova exatamente o oposto do que você falou:

      1-Moro faz a pergunta mais idiota de todas:

      “Por que alguém da oposição iria indicar alguém em Furnas?”… colaborando com a fantasiosa tese de que o PSDB não poderia estar envolvido na corrupção por ser da oposição… essa tese idiota deveria ter sido abandonada quando se descobriu as contas de Aécio em Liecteistein e os 23 milhões de Serra na Suiça. Após dezenas de delatores envolverem o PSDB e tucanos aparecerem nas listas de propina… só um completo débil mental poderia me sair com uma tese dessas.

      2-Moro segue perguntando sobre José Dirceu… como sempre… só tem olhos para o PT. Até hoje, em todas oportunidades que teve, se mostrou sempre seletivo e parcial.

      3-Moro ainda tem a cara de pau de falar que a credibilidade do delator estava comprometida… claro… por livre e espontanea vontade o delator ficou citando Aécio, algo que coloca Moro em situação difícil e escracha seu partidarismo.

       

       

    3. Mas se o Moro não comunicar ao Supremo e à PGR, nada feito

      Se o Moro não cumprir o disposto no art. 40 do Código de Processo Penal, nada feito. É como se ele tivesse defecado e não limpado a sua cloaca.

    4. Nem o nome do aecio moro

      Nem o nome do aecio moro cita, moro é um mequetrefe. Por que ele barrou as perguntas de cunha para temer? e 3 perguntas remetiam diretamente ao Yunes? o que tudo indica Eduardo cunha está refrescando a mémoria de temer, dos milhões da odebrecht, que compraram 140 deputados! Moro concerteza está ciente…não barrou as perguntas por acaso.

      Moro já era…só tem credibilidade….entre os imbecis.

    5. Uma questão básica de entendimento de texto

       

      Desculpe a franqueza, mas é uma questão básica de entendimento de texto. Moro não só não fala em Aécio, mas usa o termo “adversário” (podia ser qualquer um). Ele volta a perguntar sobre a indicação de Dimas Toledo, para demonstrar dúvida sobre ela: porque o PT aceitaria a indicação de um adversário? Meu Deus do céu, quem não faz isso? Atender a um adversário é melhorar a convivência com a oposição.

      Quais os problemas disso para a acusação, ou seja, para Moro, que já tomou partido faz tempo?

      1) A “narrativa” (ou seja, uma hipótese, não uma verdade), da Lava Jato é que o PT montou uma estrutura para roubar dinheiro do Estado para o partido e seus participantes. Se Aécio também participou, ele faria parte da “organização criminosa”. Além disso, o relato diz que Aécio ficava com parte do dinheiro desviado. Aí ele faria parte da “organização criminosa” que a Lava Jato propaga. E eu não conheço nenhuma organização criminosa que forneça armas ou dinheiro para seus adversários, fica muito estranho.

      2) Nas gavetas da Procuradoria Geral (Janot), há uma lista do início dos anos 2000, assinada por Dimas Toledo (a Polícia Federal confirmou que a assinatura era mesmo dele e a lista não foi montada, ou seja, é autêntica), com os desvios de dinheiro de Furnas para o PSDB e o PMDB. Serra, candidato contra Lula naquela eleição, é um dos maiores beneficiados, senão o maior. Aécio, candidato a governador, é outro grande beneficiado (Nassif calculou as porcentagens, ver no link abaixo).

      A Folha de S. Paulo divulgou esta lista (não confundir com outra lista, que saiu anos depois e a justiça considerou falsa ou não comprovada, como Bolsonaro faz, ao dizer que a lista de Furnas é falsa).

      3) A lista, sendo autêntica, significa que: a) Dimas Toledo, diretor de Furnas na época, participou do desvio; b) Dimas era um dos homens de Aécio e cia. lá dentro, já que Furnas entregava dinheiro para o PSDB e sua base política – ou seja, o governo do PT nomeou para Furnas um homem do PSDB, sim.

      4) Quando aparecem mais delatores indicando o mesmo fato que consta da lista (muito dinheiro desviado de uma estatal para tucanos e peemedebistas, durante o governo Fernando Henrique); quando já havia uma lista, mostrando que o desvio era muito bem organizado e contabilizado, temos muito mais elementos para caracterizar uma “organização criminosa”, mas com a diferença de que a lista não foi montada por uma empreiteira particular, mas por um diretor nomeado por Fernando Henrique (se depois foi Lula que nomeou, a coerência exige atribuir as anteriores ao presidente da vez…).

      Nessa toada, a organização criminosa acabaria sendo formada por todos os partidos brasileiros. Aí só resta a solução do Dr. Simão Bacamarte (que também se achava o suprassumo da psiquiatria, na guerra contra a loucura): concluir que o país todo é uma grande quadrilha, abrir as portas de todas as prisões e prender quem faz a guerra contra a corrupção. Ou, se os guerreiros do Supremo Ser Divino ainda se acharem os donos da verdade, a solução alternativa: abrir as portas de todas as prisões e cercar o Brasil (e os incorruptíveis sairiam do país, quem sabe para um país incorrupto, salvador de todos os povos, como… os Estados Unidos).

  9. Completados três anos dessa

    Completados três anos dessa operação da turminha de Curitiba, denominada vaza jato, foram presos os maiores empreiteiros do país, que prestaram serviços para diversos governos tucanos. Várias delações, investigações com uso de sofisticados equipamentos de escuta e varredura. Vários integrantes de um determinado partido político presos em preventiva. Uma presidenta eleita deposta. Quanto rigor!

    Por outro lado, nenhum tucano preso. Niguém ligado aos tucanos preso. Sequer incomodado. Quanta complacência!

    Das duas uma: ou esses tucanos são todos anjos ou essa turminha de Curitiba é, por demais, parcial, injusta, ideológica, partidária, golpista, ilegal, desonesta.

     

  10. Se o Moro e a Procuradora fossem o policial da piada abaixo…

    Um marido descobriu que estava sendo traído por esposa e contratou um policial em seu dia de folga para esperar a sua esposa e seu amante no motel, pegar a sua esposa traíra e enchê-la de porrada. No dia combinado, o corno vai com o policial e ficam escondidos na frente do motel. A sua mulher e seu amante chegam e entram no motel. O corno diz ao policial:

    – A minha mulher é aquela ali. Vai lá, tira ela de dentro desse motel debaixo de porrada.

    O policial atravessou a rua, entrou no motel e depois de alguns minutos sai dando porrada na mulher. O corno corre na direção do policial e diz:

    – Calma, Tchê! Calma, tu pegaste a mulher errada. Não é essa aí a minha mulher.

    O Policial retruca-lhe:

    – Essa é a minha, fica tranquilo que eu vou já buscar a tua.

     

    Se o Moro e a Prucuradora fossem como o Policial traído, eles pegariam o Aécio de porrada depois iriam buscar o Zé Dirceu. Mas eles preferem a cornice consciente.

  11. O maior mal do Brasil não é a

    O maior mal do Brasil não é a roubalheira daqui ou dali… não é a estupidez do comportamento da mídia, dos políticos em geral… nem mesmo o cérebro atrofiado e a mesquinharia do “raciocínio” das “elites” sociais do País – nada disso!

    O maior mal do Brasil é a – disparado – a Justiça!

  12. A testemunha é totalmente digna ou totalmente indigna de fé

    O Moro perguntou à testemunha:

    “Por que alguém da oposição iria indicar alguém em Furnas?”

    Ou o depoimento da testemunha é totalmente válido ou totalmente descartado. Não dá para aproveitar as partes do depoimento que interessam ao Moro e à Procuradoria e descartar as partes que são contrárias aos seus interesses.

    Ou ele vai dizer: Neste ponto aqui a testemunha falou a verdade, neste outro ponto a testemunha faltou com a verdade. Pelamor.

     

    1. Porque a situação aceita indicados pela oposição

      Esse Camundongo é burro ou é jumento.

      Por que alguém da oposição iria indicar alguém em Furnas?

      Ora, Camundongo, porque o Lula aceitou todas as indicações feitas pela oposição. Lula aceitou na Procuradoria Geral da República todos os Procuradores mais votados na lista tríplice do Ministério Público Federal, que é uma instituição tucana.

  13. Antigamente se usava a

    Antigamente se usava a expressão “mais difícil que enterro de anão” para indicar o grau de improbabilidade de um acontecimento.
    Hoje ela caiu em desuso e em seu lugar surge o “mais difícil que a Lava a Jato indiciar Aécio Neves”.
    Isso, “nem que a vaca tussa” ou “caia neve no sertão cearense”.

    1. Todo esse episódio nos mostra

      Todo esse episódio nos mostra o quanto nossas instituições não são republicanas e necessitam de uma profunda reforma. Para que isso aconteça os cidadãos deverão mostrar claramente sua vontade através do voto. O país não pode ficar à mercê das corporações e das famílias que se julgam os seus donos.

  14. Justiça nada cega

     

    Por conta do golpe destituindo a forte e confiante economia da Presidente Dilma/PT, criminosamente minada por ferozes e impunes badernas e sabotagens por todo o Brasil, com assaltos, incêndios, vazamentos midiáticos, assassinato de um jornalista e variados vandalismos e destruições de bens públicos e privados, acrescidas das inacreditáveis farsas revestidas de pretenso combate a muito antiga, conhecida, ampla e impune roubalheiras das ricas e felizes elites, só vem contribuindo para denegrir, ainda mais, a nossa decadente, caríssima, incompetente Justiça, nada cega. 

     

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