Liberdade versus Barbárie

As eleições presidenciais no Brasil, maior país do hemisfério sul-americano, será uma grande batalha e terá influência em todo o continente. Definirá o rumo que seguiremos. Estamos caminhando para um desfecho surpreendente, com a polarização entre dois campos diametralmente opostos em todos os sentidos.
Há um mês ou dois, o denominado “Centro” (PSDB, DEM, PP, MDB, PR), que na verdade era a direita, prometia ganhar o apoio da população contra os chamados “extremos” da esquerda (PT, PC do B, PSOL, PDT) e contra a extrema direita, representada pelo candidato que, embora sem um partido definido, conseguiu reunir muitos adeptos com sua pregação de ódio e intolerância.
Mas a grande incógnita era a candidatura Lula, prisioneiro em Curitiba e líder isolado em todas as pesquisas de intenção de votos, seguido em segundo lugar por Bolsonaro. Com a confirmação de sua interdição, foi substituído por Fernando Haddad, que aparecia com 4 por cento de intenção de votos nas pesquisas. Em menos de 20 dias passou a ocupar o segundo lugar e continua crescendo. A disparada meteórica de Fernando Haddad nas pesquisas fez as chamadas candidaturas de “centro”, que apoiaram o golpe de 2016, virarem pó, consolidando sua presença no segundo turno das eleições.
Mesmo com a polarização que vai tomando conta do país, são bastante remotas a possibilidade de qualquer vitória no primeiro turno. Bolsonaro sequestrou os votos da direita, do centro e se consolidou na liderança ao antipetismo, com seu discurso neofascista, prometendo armar a população, exterminar os bandidos, vender todas as estatais, colocar os militares no poder novamente, perseguir os homossexuais e submeter a mulher ao seu “devido lugar”, pois, por gerar filhos, merece ganhar menos que os homens em trabalho semelhante e outros retrocessos dignos do século XIX.
Em lado oposto, Haddad se consolida como um democrata em defesa de um novo projeto de desenvolvimento industrial, científico e tecnológico, pela retomada da soberania nacional, pelo respeito a diversidade cultural, religiosa, sexual, a livre expressão, o estado democrático de direito e contra o ódio irracional e a intolerância generalizada.
E assim, pretende vencer as eleições e projetar o Brasil no século XXI, consolidando a democracia, a justiça social, a unificação dos brasileiros sedentos de paz, de harmonia, com capacidade para reordenar o diálogo entre os Poderes da República, para que cada um cumpra suas funções, respeitando a autonomia do outro, sem interferências, de forma a celebrar um novo marco civilizatório no país.

Redação

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