Líderes da UE querem nova apuração irrestrita sobre as origens da Covid-19

Jornal GGN – Em meio aos embates sobre o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, ter sido propositalmente manipulado em laboratório, os líderes da União Europeia pediram nesta quinta-feira, 10, uma investigação irrestrita sobre as origens da pandemia, em meio a críticas a uma apuração inicial da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo um comunicado da missão dos Estados Unidas na ONU, em Genebra, divulgado no mês passado, o tal estudo da OMS foi “insuficiente e inconclusivo”. Nesta ocasião, os americanos pediram uma segunda investigação “oportuna, transparente e baseada em evidências a ser conduzida, incluindo China”, informou a CNN Brasil. 

No mês passado o jornal The Wall Street Journal divulgou que três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, cidade chinesa onde foram registrados os primeiros casos da Covid-19, teriam sido internados com sintomas da doença em novembro de 2019, pouco antes do primeiro surto global da infecção.

Logo após essa revelação, o presidente americano Joe Biden ordenou uma investigação rigorosa para descobrir as origens do vírus.

A investigação da OMS concluiu, no entanto, que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal e que “a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerada uma via extremamente improvável”.

Já nesta quinta-feira, o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, alegou que “o mundo tem o direito de saber exatamente o que aconteceu para poder aprender as lições”.

Um rascunho do texto que deve ser apresentado em uma cúpula UE-EUA na próxima semana fala sobre o pedido. “Solicitamos o progresso de um estudo de fase 2 transparente, baseado em evidências e liderado por especialistas da OMS sobre as origens da Covid-19, que seja livre de interferência”.