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Lista de Livros: Manifesto do Partido Comunista – Marx & Engels

Manifesto do Partido Comunista – Marx e Engels

Editora: L&PM

ISBN: 8572324186

Opinião: bom

Páginas: 144 

“A história de todas as sociedades que existiram até hoje é a história de luta de classes.”

“Mas a burguesia não forjou apenas as armas que lhe trarão a morte; produziu também os homens que empunharão essas armas – os operários modernos, os proletários.”

“Toda sociedade até aqui existente repousou, como vimos, no antagonismo entre classes de opressores e classes de oprimidos. Mas, para que uma classe possa ser oprimida, é preciso que lhe sejam asseguradas condições nas quais possa ao menos dar continuidade à sua existência servil. O servo, durante a servidão, conseguiu tornar-se membro da comuna, assim como o burguês embrionário, sob o absolutismo feudal, conseguiu tornar-se burguês. O operário moderno, ao contrário, ao invés de se elevar com o progresso da indústria, desce cada vez mais, caindo inclusive abaixo das condições de existência de sua própria classe. O operário torna-se pobre e o pauperismo cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. Fica assim evidente que a burguesia é incapaz de continuar por muito tempo sendo a classe dominante da sociedade e de impor à sociedade, como lei reguladora, as condições de existência de sua própria classe. É incapaz de dominar porque é incapaz de assegurar a existência de seu escravo em sua escravidão, porque é obrigada a deixá-lo cair numa situação em que deve alimentá-lo ao invés de ser por ele alimentada. A sociedade não pode mais existir sob sua dominação, quer dizer, a existência da burguesia não é mais compatível com a sociedade.”

“O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa.”

“Horrorizai-vos porque queremos abolir a propriedade privada. Mas, em vossa atual sociedade, a propriedade privada já está abolida para nove décimos de seus membros; ela existe precisamente porque não existe para esses nove décimos. Censurai-nos, portanto, por querer abolir uma propriedade cuja condição necessária é a ausência de toda e qualquer propriedade para a imensa maioria da sociedade.
Numa palavra, censurai-nos por querer abolir vossa propriedade. De fato, é exatamente isso o que queremos.”

“Objeta-se ainda que com a abolição da propriedade privada toda a atividade cessaria, e uma preguiça geral seria difundida.
Se assim fosse, a sociedade burguesa teria há muito tempo perecido na indolência, pois nela os que trabalham não ganham e os que ganham não trabalham.”

“O poder político do estado moderno nada mais é do que um comitê para administrar os negócios comuns de toda a classe burguesa.”

“Tal socialismo analisou com muita perspicácia as contradições inerentes às modernas relações de produção. Pôs a nu as hipócritas apologias dos economistas. Demonstrou irrefutavelmente os efeitos destruidores da maquinaria e da divisão do trabalho, a concentração dos capitais e da propriedade territorial, a superprodução, as crises, a ruína inevitável dos pequenos burgueses e dos pequenos camponeses, a miséria do proletariado, a anarquia na produção, a acintosa desproporção na distribuição das riquezas, a guerra industrial de extermínio entre as nações, a dissolução dos antigos costumes, das antigas relações familiares, das antigas nacionalidades.”

“Os comunistas recusam-se a ocultar suas opiniões e suas intenções. Declaram abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados com a derrubada violenta de toda a ordem social até aqui existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada têm a perder nela, a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todos os países, uni-vos!” 

Redação

Redação

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  • Dialética

    O governo Petista e também muitos petistas deveriam estudar o manifesto e entender que mudanças ou no nosso caso, reformas, não se fazem pela metade nos marcos do capitalismo financeiro, a reação conservadora é implacável e a população desprotegida não se sente parte do processo de mudança, apenas assiste amórfa a tudo sem entender muito bem as circunstâncias, afinal não foi convocada a participar do processo e pelas atitudes de um governo social democrata, se sente distanciada da prática política no sentido de ser protagonista de seu próprio destino. As condições objetivas estão caindo de maduro, estão esparramadas na cara de todos, mas as condições subjetivas, a consciência política e revolucionária das massas está longe de um amadurecimento, então as coisas ficam pelo caminho e a contrarrevolução é disparada a fim de romper o processo de amadurecimento e arrigimentação de forças sociais dispostas ao embate de mudanças econômicas e políticas mais profundas (vide o processo do Mensalão). Nesse sentido, o PT não é e também nunca foi um partido revolucionário comprometido com essas mudanças, sempre foi e isso está no seu DNA, um partido reformista e que pouco a pouco perde o bonde da história e dá lugar a uma práxis política muito semelhante a da direita, mantendo apenas um verniz popular. O exclusivismo buscado por muitos dirigentes petistas na cena política é reacionário ao processo de mudanças, é egocentrico, aleijado teoricamente, pois se afasta de todas as condições básicas de tomada de poder real para mudanças da supraestrutura do Estado Brasileiro, se contentando com políticas estanques, fechadas em sim mesmas, que se esgotarão se não forem levadas a efeito ancoradas na mobilização de massas, sendo nesses movimento o ambiente correto e melhor na educação política das massas e na sua retirada da letargia e influência burguesas. Sem isso não há mudanças, não há horizontes, não há nada a não ser a miséria. Hoje o governo brasileito é composto na sua maioria por partidos de direita clássicos, com elementos comprometidos com o status quo, neo conservadores de seus guetos políticos, sem visão alguma de futuro. O que resta de alguma visão estratégica nesse sentido mais amplo está dentro do PC do B, um partido que sempre serviu de arregimentador das forças sociais e sindicais e que hoje ocupa a área de lazer do governo brasileiro, enquanto a direita se refestela em setores estratégicos do Estado Brasileiro.

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