Livro explica as boas ideias que estão por trás do linchamento virtual

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Ivan Martins escreveu em seu blog, no portal da revista Época, sobre o lançamento de um livro que ajuda a aplicar “as boas ideias que estão por trás desse comportamento condenável” que é o chamado linchamento virtual.
 
De acordo com o cronista, o lançamento de “A vítima tem sempre razão? – Lutas identitárias e o novo espaço público brasileiro”, do carioca Francisco Bosco (Editora Todavia, R$ 38,90), facilita o entendimento do que está em jogo nos conflitos das redes sociais.
 
“O livro nos conta a origem das lutas que estão sendo travadas na internet. Elas surgiram nos Estados Unidos, nas décadas de 1980 e 1990, e são conduzidas por grupos que não estão representados pela política tradicional. São pessoas discriminadas que lutam para ter seus direitos e sua identidade social reconhecidos. É o caso das mulheres, dos negros e das minorias sexuais LGBT, cujos movimentos são chamados, genericamente, de movimentos identitários”, apontou.
 
“Ao analisar os episódios reais, Bosco repassa os conceitos envolvidos – apropriação cultural, lugar de fala, crítica da linguagem – e retira das iniciativas a aparência de atitude ridícula ou despropositada que elas ganham nas conversas de bar. Como no resto do livro, mostra nesses capítulos profunda simpatia pela causa das mulheres, dos negros e das minorias sexuais, mas isso não o impede de criticar os linchadores. Ao fazer justiça com as próprias mãos, usando a internet, eles destroem vidas sem dar às pessoas a chance de se defender de acusações, que muitas vezes são frágeis e precipitadas. Com a justificativa de criar um exemplo e apoiar uma causa justa, cometem-se terríveis injustiças nas redes sociais”, descreveu.
 
Para Martins, a “internet abriu um canal que permite aos ofendidos questionar, revidar e ofender. Às vezes, cometer injustiças. Isso faz com que todos nós tenhamos de ser mais cuidadosos no trato com as palavras e com os outros.”
 
No livro, Bosco também denuncia “as injustiças, mas apenas depois de nos explicar que elas emergem de uma luta e de um campo de ideias fundamentalmente justos. Isso faz toda a diferença, porque abre a possibilidade de compreensão, correção e mudança.”
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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