Mais uma assalto a joalheria

Da Folha

Bando atira e faz reféns no shopping Morumbi

Seis homens invadiram o local na hora do almoço para roubar joalheria

“Estava almoçando quando ouvi uns 20 tiros e me joguei no chão”, diz comerciante; ninguém ficou ferido

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Tiros, gritaria, reféns e clientes se jogando no chão.

A cena ocorreu ontem, por volta das 14h, no shopping Morumbi (zona sul de São Paulo) durante um assalto à joalheria Dryzun.

Seis ladrões invadiram o shopping com metralhadoras e pistolas. Como era horário de almoço, o centro comercial estava cheio. Em meio ao pânico, diversas pessoas saíram correndo da praça de alimentação.

Quatro dos seis homens invadiram a joalheria, quebraram a vitrine com uma marreta de construção e roubaram cerca de 70% das joias que estavam no mostruário.

TodaToda a ação foi filmada pelas câmeras do shopping e da própria loja. Na fuga, os outros dois ladrões se juntaram ao grupo e dispararam vários tiros nos corredores para dispersar o público do local.

Ninguém foi atingido. As balas acertaram vitrines de duas lojas, uma escada rolante e a porta por onde os criminosos fugiram.

Para sair do shopping, os ladrões fizeram duas clientes reféns. Colocaram-nas na frente de seus corpos, como se fossem escudos, e as levaram até a saída. Na porta, eles a libertaram e fugiram.

DEPOIMENTOS

“Estava almoçando quando ouvi uns 20 tiros e me joguei no chão. Foi desesperador”, afirmou o comerciante Jonas Almeida. “Vi um homem tirar uma metralhadora de dentro da mochila e gritar para todo mundo sair da frente. Foi uma correria que durou de dez a quinze minutos”, disse a vendedora Marilane Ruiz.

Foi o segundo assalto a uma joalheria no shopping Morumbi nos últimos quatro meses. O outro ocorreu na joalheria Montblanc. A Dryzun não divulgou estimativa de prejuízo.

Segundo a PM, o bando usou ao menos três carros na fuga. Primeiro, fugiram com um Fiat Uno. Na região do bairro Jabaquara, roubaram um Honda Civic, abandonado minutos mais tarde, quando eles pegaram um Vectra.

Com esse carro, seguiram para a região de Diadema (Grande SP). Até a conclusão dessa edição, nenhum suspeito havia sido preso. Nos próximos dias, a polícia deve analisar as imagens do circuito interno gravadas nos últimos 12 dias. O objetivo é identificar quem circulou pela região da loja e quem participou da ação.

Para o comandante do 12º Batalhão da PM, o tenente coronel Helson Camilli, o roubo foi “planejado e ousado”. Ao contrário do que afirmaram as testemunhas, ele disse que o assalto demorou cerca de cinco minutos. 

Luis Nassif

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