Manifesto de diplomatas brasileiros contra manobra de Israel

Jornal GGN – Um grupo de aposentados do Itamaraty, com alguns dos mais brilhantes diplomatas da história moderna do país, lançou um manifesto de protesto contra a decisão do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de indicar um embaixador no Brasil sem submetê-lo, antes, ao governo brasileiro.

Lembrando a participação memorável da diplomacia brasileira, salvando centenas de judeus do holocausto, os diplomatas reagem contra a manobra israelenses, pretendendo emplacar um embaixador responsável pelos assentamentos na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional.

Assinam o manifesto, entre outros, os embaixadores Jório Dauster, Marcílio Marques Moreira, José Maurício Bustani, José Viegas Filho.

Eis o manifesto:

Nós, os diplomatas aposentados abaixo assinados, lembrando a memória do Embaixador Luís Martins de Sousa Dantas, que salvou centenas de judeus do Holocausto; orgulhosos do papel desempenhado pelo Brasil nas Nações Unidas quando, sendo Osvaldo Aranha Presidente da Assembleia Geral, foi sancionada a criação do estado de Israel, 

Consideramos inaceitável que o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, haja anunciado publicamente o nome de quem pretendia indicar como novo embaixador de seu país no Brasil antes de submetê-lo, como é norma, a nosso governo. Essa quebra da praxe diplomática parece proposital, numa tentativa de criar fato consumado, uma vez que o indicado, Dani Dayan, ocupou entre 2007 e 2013 a presidência do Conselho Yesha, responsável pelos assentamentos na Cisjordânia considerados ilegais pela comunidade internacional, e já se declarou contrário à criação do Estado Palestino, que conta com o apoio do governo brasileiro e que já foi reconhecido por mais de 70% dos países membros das Nações Unidas.

 

Nessas condições, apoiamos a postura do governo brasileiro na matéria e fazemos votos de que o presente episódio seja superado prontamente a fim de podermos, em conjunto, reforçar os vínculos entre os dois países num momento histórico em que o espírito de conciliação se torna imperativo. 

Adhemar Bahadian, Amaury Porto de Oliveira, Armando Victor Boisson Cardoso, Brian Michael Fraser Neele, Carlos Alberto Leite Barbosa, Carlos Eduardo Alves de Souza, Christiano Whitaker, Edgar Telles Ribeiro, Fernando Guimarães Reis, Fernando Silva Alves, Geraldo Holanda Cavalcanti, Heloisa Vilhena de Araujo, Hildebrando Tadeu Valladares, Janine-Monique Bustani, Joaquim A. Whitaker Salles, Jorio Dauster, José Maurício Bustani, José Viegas Filho, Julio Cesar Gomes dos Santos, Luciano Rosa, Luiz Augusto de Castro Neves, Luiz Fachini-Gomes, Luiz Felipe Lampreia, Luiz Orlando Carone Gelio, Marcílio Marques Moreira, Marcio Dias, Maria Celina Azevedo Rodrigues, Oswaldo Portella, Roberto Abdenur, Ronaldo Mota Sardenberg, Samuel Pinheiro Guimarães, Sergio Fernando Guarischi Bath, Sergio A. Florencio Sobrinho, Sergio Henrique Nabuco de Castro, Sergio Serra, Stelio Amarante, Thereza Quintella, Vera Pedrosa, Virgílio Moretzsohn de Andrade, Washington Luis P. Sousa

 

Luis Nassif

49 Comentários

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  1. o grande osvaldo aranha que

    o grande osvaldo aranha que presidiu a onu no dia em que

    israel virou nação, assinaria embaixo, com certeza…

    e aperfeiçoaria essa frase postada no artigo sobre economia

    – tipo  assim-

    voces são uns animais híbridos que não produzem nada…

    só confusão….

    nesse baita time do itanaraty deve ter muitos conservadores…

    prova de que a questão é ´de defesa da nossa tradição diplomática….

    1. Até ser contrário à aitude do

      Até ser contrário à aitude do Primeiro Ministro, acho correto… mas daí a partir para uma afirmação tão ignóbil destas, considerando que o Estado de Israel  seja “animal híbrido que não produz nada”, é mera demonstração de racismo, inaceitável quando se trata de assunto que merece tratamento especial.

      O Governo Israeltita está equivocado, mas daí a considerar que Isral seja “animal híbrido!, é uma demonstração de desconhecimento, histórico e político, uma visão terceiro-mundista, permeada de esquerdismo que, aliás, conspurca atualmente o Itamaraty!

      Anti-semitismo é odioso, e reprovável!

      1. Antissemitismo e sionismo

        Um eminente pensador disse que o sionismo é vantajoso para os países antissemitas porque, assim, eles se livrariam dos judeus ao mesmo tempo em que gerariam emprego com as vagas deixadas por eles.

        Pago 1 trilhão de dólares zimbabuanos para quem adivinhar o autor.

        1. resposta

          “A great period of prosperity would commence in countries which are now anti-Semitic. For there will be, as I have repeatedly said, an internal migration of Christian citizens into the positions slowly and systematically evacuated by the Jews.”

          Quem disse esse disparate (que me soa estranhamente antissemita) foi Theodor Herzl, considerado o pai do sionismo, em sua obra principal “The Jewish State” (traduzido do alemão “Der Judenstaat”).

          No projeto Gutenberg: https://www.gutenberg.org/files/25282/25282-h/25282-h.htm.

           

      2. Quais seriam as atitudes?

        Prezado Marcos,

        equivocada é o termo: animal híbrido. Já as atitudes do Estado de Israel são reporváveis. E estes seus termos fundamentando o discurso de repúdio ao anti-semitismo parece justificar todo mal praticado por Israel.

        Se não, nos diga: quais seriam as astitudes do Estado de Israel que não sejam reprováveis sob o código dos Direitos Humanos, na ONU?

         

         

        1. Domingos, sua via é de mão

          Domingos, sua via é de mão única… decidido a reprovar o Estado de Israel, nada neste mundo mudará sua opiniao!

          Por mim, esse debate está encerrado!

          Divirta-se achincalhando Israel e os israelitas!

    2. eu só falei que o grande

      eu só falei que o grande osvaldo aranha,

       riia aperfeiçoar a frase,

      como um renomado  dipolomata que

      simboliza a excelente diplomacia brasilleira.

      um homem que simboliza o nome de

      israel na diplomacia mundial,

      jamais seria anti-diplomático contra este país amigo….

  2. Vaideretrosatā. Não o

    Vaideretrosatā. Não o queremos o maláca indicado por Israel no Brasil nem como turista. Dani Dayan não será embaixador no Brasil enquanto formos brasileiros nem quando deixar de ser israelense. Ha, ha, ha…

  3. de acordo
    O Brasil, como pais soberano, não tem que se submeter a isso.

    O problema foi criado por Israel, eles que o resolvam.

    Nesta questão p governo está coberto de razão.
    ( mas para variar já deve ter gente dizendo o contrario, os de sempre).

  4. É uma lista de nomes de

    É uma lista de nomes de impressionante envergadura e vai de conservadores a bolivarianos. A arrogancia, audacia

    e caradurismo do governo israelense é de um acinte poucas vezes visto em relações diplomaticas.

    Nomear um argentino reciclado e lider de invasões em terra alheia para embaixador em Brasilia tem o proposito de ao aceitar suas credenciais o Brasil demonstrar reconhecimento das invasões. O anuncio previo antes da sondagem não foi um  engano, foi de proposito para deixar o Brasil com um “fait acomplit” que não permitisse recuo. E ainda tem gente aqui e não são poucos, que acham que o Brasil faz mal em não aceitar esse tipo, exemplo Demetrio Magnoli.

    Mas o mais grave é Israel ainda replicar a arrogancia se dizendo irritado com a recusa do Brasil, prerrogativa que é inerente ao pedido de “agrement”, se se pede ao Estado anfitrião a aprovação do nome, é da regra da Convenção de Viena, é porque é possivel esse Estado aceitar ou não o nome sem ter que dar qualquer explicação da recusa.

  5. Se colocar no papel do outro

    Se voce fosse primeiro ministro de israel e precisasse se livrar de alguem indesejado rapidinho, o que faria?

    a. mandava para a cadeia sem julgamento

    b. pediria que se afastasse voluntáriamente

    c. arrumava um cargo bacana prá ele na America do Sul, com direito a muita conversa e caipirinha.

    Que isso seja exemplo para nós, poderiamos enviar alguns elementos para o oriente médio tambem.

     

     

     

     

     

  6. anão?

    Está bastante evidente que o governo de Israel adotou procedimentos equivocados, típicos de uma estrutura diplomática medíocre e… anã.

    Mesmo que Dani Dayan venha a assumir o cargo, o que é pouco provável, suas funções estão obviamente prejudicadas, e insistir nisso é um procedimental ainda mais grave.

    1. Bem lembrado…

      O genocida israelense continua com problema com o seu nanismo diplomático agravado pela arrogância de ser embaixador dos EUA no leste.

  7. Boicote + Desinvestimento + Sanções

    Aparentemente, a única qualificação de Dayan é ser a face internacional do movimento de ocupação da Cisjordânia. Nunca foi, virou diplomata, especificamente para aporrinhar o Brasil. Acho que Netanyahu escolheu o Brasil justamente por não ser um país insignificante: os insignificantes engoliriam Dayan. Por quê? Acredito que o motivo seja exclusivamente fazer onda na bagunçada política interna de Israel às nossas custas.

    Para lidar com as incontáveis transgressões de Israel, o jeito é B+D+S = boicote + desinvestimento + sanções: https://en.wikipedia.org/wiki/Boycott,_Divestment_and_Sanctions (em inglês).

    Por enquanto, o Brasil é freguês de tecnologia militar israelense. Até quando?

     

  8. Enquanto isso

    Bibi Netanyahu dá risadas.

    Ganha de qualquer forma. Caso aceito , vai alegar que foi sua audácia na nomeação; caso rejeitado, completa  a frittura de  Dani Dayan.

    E la nave va!

  9. Só corrigindo

    Oswaldo Aranha não presidiu uma sessão da ONU que “criou o estado de Israel”. Ele presidiu uma sessão que aprovou a Resolução 181 da ONU, a qual previa a criação de um estado judeu e outro palestino, com Jerusalém sendo área neutra sob administração da ONU. Resolução essa que nunca foi cumprida.

    O estado de Israel que existe hoje foi criado na base do braço e da bala, com expulsões e massacres de palestinos, invasão e tomada de terras na marra e implantação de colônias judaicas em território palestino.

    1. Corrigindo o que ???

      O texto diz que o Aranha presidiu a Assembléia Geral que “sancionou” a criação do Estado de Israel. E está corretíssima.

      Não foi uma “sessão” como você colocou, foi uma Assembléia tumultuadíssima em que os judeus tinham pouquíssima chance de tomar para si as terras. As manobras de Aranha, um americanófilo de carteirinhas, adiando a votação por três dias, convencendo países a se absterem e outros a mudar o voto fazem o Eduardo Cunha parecer um aprendiz.

      O resultado da partilha já se previa, e Aranha não era inocente de acreditar que os árabes aceitariam e que iriam guerrear e sabia também que os judeus iriam “detonar” os árabes porque assim queriam os seus amigos ( dele, Aranha ) judeus americanos.

       

      1. Vou desenhar:

        A ONU nunca criou o estado de Israel, somente. A ONU aprovou uma resolução com um plano de partilha do mandato britânico na Palestina. Isso criava dois estados e trazia várias outrras disposições, como Jerusalém ser uma área neutra sob administração da ONU. Dizer que se criou “o estado de Israel” é ocultar a verdade: que a resolução nunca foi cumprida, e que os palestinos tem tanto direito a um estado quanto os judeus.

          1. Aff…

            A Jordânia já era reconhecida como um estado desde 1922, e foi declarada independente em 1946. Não tem nada a ver com a Resolução 181 da ONU.

  10. Consequências

    Isso é consequência da política externa brasileira dos governos lulopetistas. 

    O Brasil virou piada. Entre o expansionismo de Lula que o levaria a concretizar seu sonho de ser secretário geral do mundo, onde gastou bilhões de reais do contribuinte brasileiro abrindo embaixada em qualquer esquina do mundo e a resistência de Dilma em reconhecer que a política internacional existe e que embaixada não merece nem dinheiro para pagar aluguel e conta de luz, viramos uma piada na política internacional.

    O resultado é esse aí. Os israelenses, que são os mais abusados, tão até tirando onda com a nossa cara.

    A matéria da Foreign Affairs desta semana dá uma dimensão do que nos tornamos aos olhos do mundo: uma piada.

    https://www.foreignaffairs.com/articles/brazil/2016-01-05/brazils-foreign-policy-failures

    1. Quem é Roberto Simon?

      Para você afirmar, a partir da leitura de um artigo dele, que “viramos uma piada na política internacional”?

      Por acaso ele é o editorialista chefe da Foreign Affairs, para você confundir a opinião dele com a linha editorial da publicação? Ou será que o Roberto Simon virou porta voz da comunidade internacional – não se sabe por qual assembléia foi para isso eleito – para você dizer que ele é “a” opinião internacional sobre o Brasil? Você parece aquela repórter da “grobo” esculachada publicamente pelo Obama, quando ela demonstrou o ódio particular “grobal” contra o Brasil. Na sua arrogância, ela confundiu a opinião dos seus mandantes editoriais com a opinião do presidente americano, diante do próprio. Tomou o esculacho merecido.

      Roberto Simon foi repórter internacional do Estadão, fez coberturas de Israel, onde teve bom relacionamento por sua atitude “imparcial”. Ganhou uma bolsa numa universidade americana, depois de seu serviço prestado no Estadão. Agora parece deslumbrado por ter emplacado um artigo na Foreign Affairs, onde ele destila o veneno de sua “análise” da situação interna do Brasil, como se as relações da política interna afetasse a relação entre os países, para ele decretar o fracasso da política externa brasileira.

      Bonna é o palhaço de sempre,  já apareceu neste espaço com vários outros nomes.

       

      1. Magoou ?

        Mesmo sem ler a matéria  ??

        Poderia pelo menos refutar algo do que está escrito, e não vir com argumentos ad hominem.

        A manjadíssima falácia de atacar o autor e não o que está escrito.

        O problema é que as pessoas lêem a Foreign Affairs, não lêem o Almeida.

        Mas está bem então, o Brasil está sendo respeitadíssimo lá fora. Heheh

         

        1. Li, com o que você não tem: senso crítico.

          Se tivesse, não tomaria um artiguete de estudante brasileiro e estagiário, como referência para papagaiar que “viramos uma piada na política internacional”, um lugar comum emitido em certos círculos da direita vira-lata tupiniquim (no manifesto há direita, mas não vira-lata). Pois, nem senso crítico, nem simancol para deixar o palhaço que é.

  11. Macri e Israel estão

    Macri e Israel estão trabalhando juntos, veja:

     

    Por decreto Mauricio Macri nomeia um estadunidense para a Secretaria Legal e Técnica. Agente da CIA?

    dezembro 31, 2015Deixe um comentárioGo to comments 

    O sionista Mauricio Macri cada vez mais confirma públicamente que está à serviço dos EUA e Israel, ou seja, da CIA e do Mossad israelense. Quando foi chefe do governo de Buenos Aires, a DAIA(Delegação de Associações Israelitas Argentinas) lhe indicou a “Fino” Palacios para ser o seu chefe de polícia, indicação direta do Mossad e da CIA.

    Macri: “Nomeei a Palacios ‘por recomendação expressa da CIA e do Mossad’”

    Mais recentemente indicou um sionista israelense para ser o porta-voz da Polícia Metropolitana de Buenos Aires. Agora nomeia por decreto, ignorando a lei argentina, um cidadão estadunidense para ocupar cargo público. O indivíduo não possui antecedentes nos EUA nem na Argentina, o que indica que seja mais um agente da CIA sendo infiltrado por Macri na Administração Pública do país.

    Tradução: Caminho Alternativo

     

    1. Macri

      Nesta discussão talvez foss melhor saber que Macri é um homem de direita e no andar carruagem a  caminho  da extrema direita. Se ele apoia as medidas do Mercado ou quer jogar a Argentina na mão de interesses obscuros, que vão da velha oligarquia, dos fascistas aos rentistas  ao Tio SAM ele o faz porque é um direitista.  Macri é católico de origem italiana e não é direitista porque é católico.  Ele é direitista ponto. Já temos ouvido cada vez mais alguns absurdos de Macri, mas jamais poderemos dizer que todos os argentinos são Macri, como durante a ditadura militar fascista, não podíamos chamar todos os argentinos de fascistas. Como também jamais aceitariámos a pecha de que brasileiro é fascista quando estivemos sob o tacão da ditadura.  

      Israel  esta sob o domínio da direita fascista Netanyahu é um fascista  terrível mas isto não permite dizer que todos os judeus são fascistas. A sociedade israelense é mais cimplexa do que isto. Isto só nos permite criticar a direita israelense, como podemos  criticar a ditadura Saudita, ou a visão de mundo do ISIS, mas não criticar  os mulsumanos. 

      Quanto ao famoso embaixador, o governo brasileiro tem uma posição internacional contra os assentamentos,o governo de  Israel é claro que deveria respeitar esta posição. Para direitistas como Netanhayhu é necessário sempre criar um inimigo externo para que sua política de horror e medo  o mantenha no poder.

    2. Bem lembrado

      Macri é judeu e sionista. Por isso é comemorado pelos golpistas aqui no Brasil. A comunidade sionista tem forte interesse no golpe por aqui.

  12. sobre essas brigas

    sobre essas brigas frrtricidas no oriente médio,

    sugiro a leitura do livro do filósofo israelense martin buBer,

    EU = TU

    r o livro de edward said, orientalismo

  13. sobre essas brigas

    sobre essas brigas frrtricidas no oriente médio,

    sugiro a leitura do livro do filósofo israelense martin buBer,

    EU = TU

    r o livro de edward said, orientalismo

  14. A função do pedido previo e 

    A função do pedido previo e  sigiloso de “agrement” e saber se o Embaixador VAI SER BEM RECEBIDO no pais onde será acreditado.

    Todos os paises NORMAIS preferem mandar um representante diplomatico que sej BEM ACEITO, BEM RECEBIDO, porque

    assim sua missão será melhor desempenhada que ele tiver as portas abertas e os interlocutores simpaticos a ele.

    Nenhum Pais CIVILIZADO afronta o Pais anfitrião enviando um Embaixaidor que este Pais não veja com simpatia.

    Essa regra foi seguida inclusive nos anos tensos anteriores à Segunda Guerra e nos anos de chumbo da Guerra Fria.

    A Italia fascista mandou à Londres como Embaixador o Conde Dino Grandi, que era pro-britanico, a Espanha franquista

    enviou a Londres o Duque de Alba, parente da familia real inglesa.

    A União Sovietica sempre foi cuidadosa com os nomes de Embaixadores, no auge da Guerra Fria , Andrei Gromyko,

    absolkutamente fluente em inglês e francês, refinado até nos impecaveis ternos londrinos.

    Nenhum Pais quer ser insolente a ponto de enviar um Embaixador afrontoso, como esse argentino que sequer é diplomata, nunca foi embaixador em lugar nenhum, o Brasil deve sim tomar essa indicação como AFRONTOSA mas está errando

    em colocar o nome em banho maria, deve REFUGAR em nota publica, já que Israel tornou publico o nome dele.

    A atitude do Brasil será aplaudida pela esmagadora maioria dos paises membros da ONU.

    O nome desse sujeito é tão inconveniente que mesmo DENTRO DE ISRAEL houve muitas criticas à indicação e a insistencia nela por Bibi aumenta a afronta, fazendo do Brasil, um Pais grande e importante, parecer um anão.

    1. perfeito…

      mas não é só por aqui não

      com o advento do sionismo, judeus deixaram de ter paz onde quer que residam ( fora de Israel )

      na minha opinião, intenção é esta mesma, quebrar todo e qualquer bom relacionamento, até religioso, ou principalmente

    2. Tzipi Hotovely

        Caro AA, 

         Ter carreira diplomática, na atual conjuntura israelense, tornou-se um “mero detalhe “, quase insignificante, Netaniahu e sua base de apoio, após vencerem as eleições de março de 2015, decidiu intervir no MRE israelense, assumindo para ele o cargo, mas nomeando como vice – ministra, para implementar a “nova politica externa israeli “, uma “garota” ( tem 37 anos ),que de diplomacia nada entende, é advogada e com carreira no jornalismo e na politica de extrema-direita israelense, uma ex- seguidora de Avigdor Liebermann ( Ysrael Beitinau – “Lar Israelense” ), mas em março passado eleita pela “lista likud”.

          Nem vou escrever sobre esta “fofa”, veja um resumo do curriculum dela em //en.wikipedia.org/Tzipi_Hotovely

          Uma Ministra,que declara que um de seus sonhos, é ver a bandeira israelense, tremulando sobre a Mesquita do Monte do Templo, é o suficiente para compreender como a atual diplomacia israelense irá operar.

           

  15.  
    “Nenhum Pais CIVILIZADO

     

    “Nenhum Pais CIVILIZADO afronta o Pais anfitrião enviando um Embaixador que este Pais não veja com simpatia.” A.A.

    Concordo com a correta avaliação contida no Manifesto de diplomatas brasileiros contra a manobra do governo do Estado de Israel, ora, sob as rédeas de um fascista conhecido pela alcunha de Bibi Netanyahu.

    Aproveito para fazer minhas também, as palavras da sentença reproduzida acima, recolhida do excelente comentário de André Araujo, membro e ministro plenipotenciário do Blog. Registro apenas, um pequeno acréscimo para lembrar que, há muito, o Estado de Israel abandonou qualquer veleidade em se tornar um País Civilizado, por curto tempo quê fosse.

    Não é de hoje, nem são poucas as arbitrariedades e transgressões cometidas por este Estado dominado nos últimos decênios, por verdadeiros celerados. Crimes contra os direitos humanos, crimes de guerra, crimes de terrorismo, e, contumaz descumprimento de resoluções Internacionais das quais foram signatários.

    Não fosse pela intervenção imperial dos USA. Israel teria sido declarado pela ONU um Estado pária. Uma nação cuja conduta é considerada fora das normas internacionais de comportamento por parte ou por toda a comunidade internacional. O governo brasileiro deveria trazer o Embaixador do Brasil em Tel Aviv de volta a Brasília. Não para consultas, em definitivo. Até que os terroristas de Israel abaixem a arrogância de merda, e retrocedam com suas chantagens descaradas.

    Orlando

  16. Netaniau metido a besta

    Cabra safado, esse Netaniau. Está achando que o Brasil é como os EUA, onde Israel manda e desmanda? Vai catar coquinho no Tribunal Penal Internacional, vagabundo!

  17. De um poeta inclusivo, para um extremista de direita

        Sempre, desde que o mundo é mundo, acontecimentos no campo diplomático, venda de armas, geopolitica, as razões expostas publicamente são apenas a “ponta do iceberg” , os insignes diplomatas e ex-diplomatas brasileiros que assinaram este manifesto sabem disto, e sabem tambem, da “jogada politica” , de Bibi Netanyahu, naõ apenas relativa a sua politica externa, mas a interna, e a sua intromissão ( antes dele de Liebermann ) no MRE israelense, há anos dividido, e o atual Embaixador de Israel no Brasil – homem de carreira – é a antitese de D. Dayan, nem mesmo judeu ele é.

          Reda Mansour ,  um cristão druso, cultissimo, um dos maiores incentivadores em Israel do dialogo entre israelenses e palestinos, pela coexistência no estado de Israel das culturas das minorias ( ele é de uma minoria ), que quando em missão na Europa, negociou com lideres muçulmanos, quem quiser ler o curriculum de Mansour ( //pt.wikipedia.org/wiki/Reda_Mansour )., não tem nada a ver com D. Dayan, um “populista” de extrema direita, sem o minimo cabedal quer cultural quer diplomatico para ser nomeado embaixador.

           Alem de uma afronta a nosso governo, é mais uma manobra de Bibi, visando enfraquecer a facção profissional e “não religiosa ” ( Eretz Israel ), que ainda atua no MRE israelense.

         

    1. Deve estar falando do

      Deve estar falando do atentado terrorista que o Irã trouxe para cá em  1994 na sede de uma entidade judaica argentina certamente…

      1. nao vou nem te lembrar que aqui não é Argentina
        prezado, lebro mais ou menos desse ataque terrorista. na Argentina, que era à epoca a mais europeia federação na América do Sul.
        Xô radicais!

      2. Desinformação é a arma da direita…

        O atentado de Buenos Aires foi patrocinado pela direita nazi de lá. Nenhuma relação com o Irã.

        Aliás, o Irã é um demônio. Santos mesmo são os sauditas, que decapitam opositores em praça pública…

  18. Israel é governado por

    Israel é governado por psicopatas e covardes. Nenhum governo consegue manter-se fiel ao princípio dos direitos civis e políticos iguais para todos, e, ao mesmo tempo, apoiar um estado sionista. Tentar tal coisa obriga um governo a amarrar-se dentro de uma contradição. Como escreveu um importante analista politico, ”o que há em Israel é a brutalidade inerente num estado que tem políticas e práticas racistas brutais que se repetem sempre e que visam a alcançar objetivos racistas (um país só para um grupo) – ao mesmo tempo em que repete uma história falsa, de encobrimento, excepcionalmente duradoura e resistente, segundo a qual Israel seria, afinal de contas, uma democracia liberal. Nunca foi.”

    E’ inutil se iludir com a crença que o holocausto tenha gerado uma consciência humanitária e solidária nesse povo que revelou-se covarde e malvado, especializado em destruir e matar. A decisão deles de fazer chover morte e destruição sobre Gaza, de usar armamento letal digno de um moderno campo de batalha sobre uma população civil indefesa, é a fase final de uma plurianual campanha de limpeza étnica do povo palestino. Israel usa sofisticados caças, naves de guerra pra bombardear campo de profugos densamente povoados, escolas, habitações, mesquitas e slum; para atacar uma população que não possui aviação nem contra-aérea, armamentos pesados, unidades de artigliaria, tanks… e num cinismo demencial ainda chama suas ações criminosas e covardes de GUERRA! Mas o nome certo é assassinio covarde, é crime contra a humanidade. Os israelenses dos territórios ocupados alegam que precisam defender-se: o invasor assassino quer ”defender-se”!?. Isso não pode ser chamado de defesa porque é Israel que está ocupando terras e massacrando palestinos.

    Robert Fisk: ”Israel rouba terras, os palestinos são roubados. Os norte-americanos acham o roubo “contraproducente” para a paz, o que é reação bastante amena, se se considera o que os EUA diriam/fariam se o México roubasse 1.000 acres de terra do Texas e resolvesse construir casas ali para imigrantes mexicanos ilegais nos EUA.”  O Brasil precisa tratar Israel seguindo o exemplo da Venezuela. Santayana recentemente escreveu denunciando o cerco à indústria brasileira de defesa. Santayana: ”O Brasil desnacionaliza sua indústria bélica” […] com a entrada maciça de empresas estrangeiras (entre elas, e de forma agressiva, as de Israel) no parque industrial brasileiro, mediante a aquisição de firmas nacionais ou de sua associação com nossos empreendedores.”  

    O Brasil envolveu-se com o que existe de mais imundo e desprezivel no planeta Terra; hoje está entre os cinco maiores importadores de armas daquela gente. As FFAA brasileiras abriram um escritório em Tel Aviv em 2003.  O Brasil recebe regularmente de Israel e para Israel delegações políticas e delegações econômicas patrocinadas pelo estado com o objetivo de reforçar os laços militares.  A Exposição Brasileira de Defesa hospeda anualmente as mais importantes empresas israelenses de armas. E por ai vai.

    A recente festividade do Natal lembrou-me um fato que jamais esquecerei: o assédio da basilica da Natividade em Belém. Teve inicio em abril e terminou no inicio de maio de 2002. Dezenas de milicianos refugiaram-se naquela basilica. Durante o assédio morreram oito palestineses e um monge foi baleado pelos franco atiradores israelianos. Os israelianos provocaram enormes danos materiais à basilica da Natividade, destruiram carros estacionados nas imediações, aproveitaram para vandalizar os escritorios de Arafat no palacio governativo da cidade e acabaram levando os milicianos presos. E ficou por isso mesmo.

  19. A atual titular da embaixada

    A atual titular da embaixada dos EUA no Brasil é a mesma que foi embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai, quando aquele país sofreu um golpe de estado que lhe feriu a democracia e por isso sofreu sanção dos outros membros da organização chamada Mercosul, já que ultrapassou os limites institucionais aos quais o país tem que aceder para sque possa ser reconhecido.

    Mesmo sim, o Brasil aceitou a indicação norte-americana e não opôs nenhuma resistência a ela.  Não porque o Itamaraty ignorasse de quem se tratava. O Brasil tem o maior respeito  com seus irmãos da América do Norte.

    Esta má indicação de embaixador de Israel foi para testar o Brasil.

    Não entendem se o Brasil é contra ou a favor, e querem testar. Não compreendem um caminho que não seja um dos dois que eles decidiram como sendo os únicos. À enorme dificuldade que não existe, mas que inventam para eles mesmos, seja lá quem forem, ou asiáticos ou ocidentais, que encontrem e  vejam o Brasil.

    Não entender isso foi o que desmoralizou Israel nessa empreitada. Só o fato do Itamaraty estar a ter enorme dificuldade em tentar vetar a indicação de Israel, sem dar a entender que tem algo contra Israel, já é um indício eloquente de que um pais que se julga civilizado, e que pretende ter soberania,  não pode aceitar certas coisas que ferem seu conceito de civilização.

    Mas enfim, Israel e a diplomacia têm algo a seu favor neste affair: O Brasil não vetou o nome da diplomata que era a embaixadora dos EUA no Paraguai na época em que foi dado o golpe naquele legislativo país, mas tem  todo o direito de não aceitar situações que lhe coloquem subalternamente ao lado de quem não cogitaria estar, e que não se lhe metam em certas demandas repulsivas da ética e da justiça. Israel saberá a quem e como deve se dirigir.

    1. Irmãos da América do Norte

      Senhor Severino Januário,
      o que o senhor entende como ”respeito aos irmãos da América do Norte” eu entendo como pragmatismo.

      Noam Chomsky fez saber que numa reunião de embaixadores latinoamericanos, em 1950, com a Casa Branca preocupada com “a proteção das nossas (da América Latina) matérias-primas”, George Kennan informara que a kryptonita deles era (e sempre será) ”a heresia que um governo tenha responsabilidade direta pelo bem-estar do povo” (os ”irmãos do Norte” chamam isso de comunismo) e Kennan passou instruções contra os hereges:  ”vai ser desagradável, mas… a repressão policial não é vergonhosa porque os comunistas são essencialmente traidores…” (Sic). Os analistas concordam que o pós-guerra é o verdadeiro divisor de águas nas relações entre os EUA e o mundo: destruiram tudo dos rivais (sem jamais sofrer ataques em casa) e montaram imediatamente a maior rede de espionagem e terrorismo que se tenha noticia com os piores criminosos de guerra nazistas na folha de pagamento deles. E estenderam as operações dessa rede também para a América Latina.
      
Foi o extraordinário cidadão estadunidense, Snowden, que expôs à opinião pública mundial as duas caras dos EUA. Usando invectivas do capitão Haddock, posso dizer que os diplomatas dos EUA não passam de ”cretinos luminescentes”, de ”colhões equiláteros”, de ”paquidermes petequiais”. Declarem o que declararem, prometam o que prometerem e garantam o que garantirem… tudo muda quando descobre-se as reais intenções dos EUA. O ex-embaixador no Brasil, Thomas Shannon, dedicou-se durante anos a convencer [jornalistas e formadores de opinião] brasileiros de que “a ideologia populista de Chávez” acabaria por desestabilizar o Brasil. Esse ”punheta infinitesimal” (capitão Haddock) facilitou os movimentos de uma oposição-fantoche na Venezuela, financiada com dinheiro estadunidense e informação das agências de segurança, que sempre foi hostil às boas relações entre Brasil e Venezuela. Essa política da embaixada dos EUA no Brasil foi mantida contra Hugo Chávez e prossegue contra o presidente Nicolás Maduro, atualmente sob ataque.

      Informação publicada no portal BAE-Mundo  http://www.diariobae.com/seccion/mundo.html  mostrou que Shannon, ainda como secretário de Estado assistente em 2009, enviara correspondência marcada “secreta” a Keith Alexander, diretor da Agência de Segurança Nacional, agradecendo pela inestimável ajuda na preparação da Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago. Os arapongas enviaram então mais de cem documentos obtidos por espionagem em gabinetes presidenciais e nos ministérios de Relações Exteriores de vários países do continente. Shannon agradece com especial ênfase, porque “os documentos da NSA nos deram compreensão profunda dos planos e intenções de outros membros do fórum e garantiram que nossos diplomatas estivessem preparados para dar assistência qualificada” a Barack Obunda e hilaria Clinton. 



      Nil Nikandrov (Strategic Culture): ”Liliana Ayalde foi nomeada embaixadora dos EUA no Brasil. Não é difícil identificar o viés que marca toda a carreira dela: ligada à United States Agency for International Development, USAID, com foco na América Latina e Caribe, organização que trabalha em contato direto com a CIA, a Agência de Inteligência da Defesa e outras agências de inteligência dos EUA, tradicionalmente para dar “cobertura” a Ayalde em suas operações. Como diretora de missão da USAID, Ayalde atuou na Nicarágua e em outros países da América Central, e esteve envolvida na implementação do “Plano Colômbia” – cujo mais importante objetivo foi impor pressão estratégico-militar sobre a Venezuela e o Brasil.  Ayalde foi embaixadora dos EUA no Paraguai, e teve participação no golpe que derrubou o presidente Lugo. 

Ayalde trabalhou como vice-secretária assistente do Departamento de Estado, para o Caribe, América Central e Questões Cubanas.

      O número dois da embaixada, é Todd Chapman. Chapman trabalhou na Bolívia de 2004 a 2006; de 2007 a 2010 foi Chargé d’Affaires em Moçambique. Chapman sempre foi mandado para áreas complexas, motivo pelo qual veio ao Brasil. Há dúzias de empregados de agências de inteligência que servem hoje na embaixada e nos consulados dos EUA no Brasil. Um dos servidores do sistema da NSA opera no próprio prédio da embaixada em Brasília. É usado para interceptar a comunicação da presidenta, dos ministros, das agências brasileiras de segurança e do Parlamento brasileiro.

      Não importa que promessas John Kerry tenha feito durante sua estadia no Brasil ainda no início do “escândalo da espionagem”: nada mudará nos fronts da guerra clandestina que as agências de inteligência dos EUA fazem em todo o mundo.”     

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