Direito da FGV-Rio amplia seu proselitismo político, criando Manual para Protesto

Aprenda a se esconder.
 
O projeto é uma parceira do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio e a ONG Artigo 19:
 
protestos.org
 
Relate seu caso
Vai Protestar? Proteja-se
 
Ninguém está 100% seguro, mas há algumas coisas que você pode fazer para se proteger antes de sair para as ruas. este guia vai te dar umas boas dicas.
 
  
 
Antes de sair
 
Tenha um plano! Organize-se. O que você quer fazer? Com quem? Quais os riscos? Seja criativo, o humor é mais poderoso do que violência.
 
 
Quem encripta se protege Textsecure e Chatsecure! Se puder, marque encontros pessoais com os demais envolvidos na  manifestação. É bem mais divertido! Para organizar o evento prefira canais criptografados de comunicação. (Não é difícil como parece!) PGP para e-mails e OTR para chats. No celular: Textsecure e Chatsecure! Se puder, marque encontros pessoais com os demais envolvidos na manifestação. É bem mais divertido! De olho no post!
 
 
Na hora de começar a divulgar encontros nas redes sociais, lembre-se: todo mundo, inclusive a polícia, está no Facebook. Com apenas alguns cliques qualquer um pode vasculhar a sua vida e de todos seus contatos. O Facebook não é a melhor ferramenta para organizar um protesto, não é mesmo?Anônimo na rede? É fácil!
 
Fique ligado: a polícia também pode verificar que sites você acessou e assim rastrear informações sobre a organização do protesto. Opte por uma navegação anônima usando serviços como VPN para mascarar seu IP e escolha o Tor como navegador.
 
 
Celular, o espião de bolso: Parece coisa de ficção científica, mas mesmo “desligado” seu celular pode mandar sinais para as torres informando onde você está. Tire a bateria ou deixe o aparelho em casa se não quiser ser rastreado! Esta dica vale também para as reuniões preparatórias! Proteja seus dados.
 
E tem mais: qualquer um que coloque as mãos no seu celular pode descobrir muito sobre a sua vida privada. Fotos, GPS, acesso à internet, mensagens podem revelar onde você esteve, fazendo o que e com quem. Use senha, encripte o quanto puder e instale o Lookout para poder apagar seus dados caso ele seja confiscado.
 
 
 
Nas Ruas
 
Ainda que não pareça, a atuação da polícia tem limites determinados por lei. O policial: deve estar sempre identificado, não pode obstruir atendimento médico ou a circulação de pessoas sem motivo, nem confiscar equipamentos sem uma ordem judicial. Bombas de gás e o uso da força devem ser o último recurso, se inevitável, devem ser utilizados apenas para dissipar manifestantes, evitando lesões ou destruição. Presenciou algum abuso? Denuncie!
Atenção na revista
 
Evite flagrantes forjados. Qualquer revista da polícia, em você ou em mochilas, deve ser feita na presença de todos. E só mulher pode revistar mulher. Foi agredido? Denuncie! Se o pior acontecer e você for agredido, registre queixa na delegacia e exija ser levado ao IML para fazer o exame de corpo delito. Se você for atendido por um médico antes, leve os documentos da consulta.
Disfarce-se: estão de olho em você! Há câmeras por todos os lados. Proteja-se do reconhecimento de rostos em imagens gravadas durante os protestos. Uma boa maquiagem pode confundir a distância entre os olhos e atenuar traços característicos. Grandes óculos de sol e adereços que cobrem o rosto também são bons aliados. 
 
 
Seja criativo! Proteja o rosto da multidão. Cuide dos demais manifestantes. Antes de divulgar vídeos e fotos, use ferramentas que permitem borrar a imagem para dificultar a identificação dos envolvidos. Obscuracam é um bom aplicativo para isso! E se você registrar alguma violação de direitos humanos, mande para o protestos.org.br!
 
 
 
Fale alto contra a censura! Não é só a polícia que pode te censurar! As redes sociais costumam deletar posts e bloquear usuários que julgam inadequados. Se você quiser que uma informação repercuta, poste em várias plataformas, inclusive no seu próprio blog/site. Sentiu que seu direito de expressão foi violado? Reclame com a rede envolvida e denuncie para os demais usuários! Foi detido? Chame seu advogado.
 
 
Infelizmente, tem ocorrido muitas detenções arbitrárias durante os protestos no Brasil. Mesmo quando acusado, você tem direitos. Se a polícia quiser te levar para a delegacia, mantenha a calma e exija que lhe informem o porquê. Se estiver machucado, exija atendimento médico imediato. E nunca é demais lembrar: espere seu advogado chegar antes de dar qualquer depoimento!
 
 
E se pegarem seu celular?
 
 
Você deve tomar algumas medidas. Se você instalou o Lookout, use-o imediatamente para deletar seus dados. Além disso, bloqueie seu cartão SIM e alerte todo mundo que pode ser incriminado por informações que estavam armazenadas no seu aparelho.
 
 
Dê notícia!
 
 
Parece óbvio, mas muita gente acaba encrencada no fim dos protestos por se separar do grupo e andar sozinho. Defina com seus companheiros uma estratégia de retirada e informe com quem você está indo e por qual caminho para alguém de confiança que não foi ao protesto.
Redação

21 Comentários

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  1. O que mudou?
    Quando os

    O que mudou?

    Quando os representantes dos cochinas desgovernavam o pais, a juventude indignada cantava com Cazuza “Brasil mostra sua cara”. Hoje na oposição continuam escondendo e criando técnicas para escondê las ainda mais. Covardes e vagabundos.v

  2. Era uma vez a Libelu…

    Nos meus idos tempos da FFLCH e ditadura militar, quando o Demétrio Magnoli era um dos líderes da Liberdade e Luta e pedia um ‘Abaixo a Ditadura’, os demais movimentos (trabahadores, professores, sindicatos) buscavam  bandeiras mais amplas e, na minha opinião, razoáveis: anistia ampla, geral e irrestrita e liberdades democráticas (lembrando que havia dois partidos: MDB e Arena e as eleições eram indiretas. Será que os ‘não-vai-ter-copa’ sabem e apreendem o que significa isso? Eu amo votar, até hoje). 

    Então, quando saímos para a Praça da Sé com as faixas enroladas no corpo por debaixo da roupa, a gente procurava se afastar da Libellú, porque era batata: eles começavam a provocar a polícia, jogavam pedras, tumultuavam. Daí, ontem como hoje, vinha a tropa de choque e baixava o cacete (normalmente, a Libelú desaparecia nessas horas). Portanto, protestos legitimos em regime de exceção procuravam, ao máximo, mostrar a cara dos líderes, porque assim sabíamos quem era quem.

    Por que, então, hoje em regime democrático, esconder o rosto? Movimento tem nome e líder(es) para poder representar, negociar, e ganhar espaço e apoio entre a população e segmentos de poder. Mas, para isso, precisam ser representativos, né?

     

  3. Que decadência da FGV

    Como ex aluno da EAESP da FGV, só posso lamentar a decadência de minha escola. Fazer manual para bandido depredador/mascarado, é o fim da picada. Quando nós estudantes nos manifestavamos contra a ditadura, a gente tomava borrachada e não escondia o rosto. E não depredavamos, tinhamos um ideal Os manifestantes de hoje não passam de bandidos, “et pur cause” mascarados. Uma completa vergonha!

  4. Ponto óbvio e ausente desse manual

    Ponto óbvio e ausente desse manual: responda o que seu protesto pretende resolver e o que você propõe que seja implementado de forma detalhada para que isso aconteça.

    A primeira coisa que o protesto evidencia é a falta de um canal que permita ao grupo se comunicar e influnenciar o governo. No fundo falta “representação”.

    Para mim, o protesto mais sensato é pedir um sistema de representação adequado, que permita a sociedade influenciar o governo através de seus representantes continuamente e não apenas uma vez a cada 4 anos. A rua pode ser um local bom para mostrar insatisfação, mas não é um bom lugar para contribuir com soluções.

     

  5. Interessante que o “manual do

    Interessante que o “manual do protesto” não fala, por exemplo, de respeito da parte dos protestantes.

    Esquece de ensinar aos pequenos e ingênuos protestantes que não se deve quebrar patrimônio público, pois isso custa dinheiro deles (nós) mesmos e sobra menos dinheiro do Estado para saúde e educação, que costumam ser o grande motivo de protestos.

    O manual também esquece de avisar aos dóceis protestantes que respeitem o direito de ir e vir das outras pessoas que não querem ou não podem por qualquer razão fazer parte do protesto.

    Por que será?

  6. Aposto que tem dinheiro

    Aposto que tem dinheiro americano financiando esse “manuais” de como protestar. Esse da FGV (que vergonha hein?) não é o primeiro, me lembro que outro dia tinha um gringo (ou mais de um ?) sugerindo até alagamento da Arena Corinthians…

  7. Maravilha que uma fundação

    Maravilha que uma fundação como a FGV demonstre essa vsão liberal e democrata.

    Nesses tempos obscuros que vivemos, governistas e petistas gostariam que a FGV tivesse o duscirto truculento de um Reinaldo Azevedo ou Magnoli.

    Tempos realmene obscuros em que os governistas que vestem vermelho estão à direita da FGV.

    1. A ultra-esquerda e a direita

      “governistas e petistas gostariam que a FGV tivesse o duscirto truculento de um Reinaldo Azevedo ou Magnoli.”

       

      Os dois truculentos aí de cima estão a favor dos protestos. Inclusive os dos mascarados violentos.

      _____________  X ____________________

       

      A ultra-esquerda e a direita se encontram.

      1. Não é verdade que o RA está a favor …

        de protestos e muito menos de mascarados violentos. Bem pelo contrário, ele tem criticado todos os protestos deste 2013. Por outro lado, ele alucina dizendo expressamente que é o PT  quem promove o quebra-quebra porque dialoga com os movimentos sociais, MPL, MTST, etc. (não me peça para explicar a lógica do argumento). Está tudo lá no blog daquele que foi chamado de besouro rola-bosta.

  8. Nenhuma  surpresa  :  A

    Nenhuma  surpresa  :  A  fgv-Rio é há  muito “afiliada” ao  sistema  globo e centro da “inteligência” direitista  do Rio.

  9. A ilustração acima da parte

    A ilustração acima da parte que pede “atenção” com as revistas é de uma falta de respeito injustificável!

    Desculpem, mas nesse caso não da recorrer nem a tão mal usada “liberdade de expressão”

  10. Sobre os financiadores

    Sobre os financiadores do  Protesto.org,                                                               o Miguel do Rosário identificou, além da FGV…Diversas ongs internacionais, como o Greenpeace e o WWF.

    Outros sites pseudo-nacionais similares apresentam como financiadores vários conhecidos promovedores de ativismos internacional, como a Open Society, fundação de George Soros e diversas outros como: Ford Foundation;  SIDA – Swedish International Development Cooperation Agency e UK DFID – Department for International Devlopment.

  11. FGV

    Na ditabranda, isso seria considerado material subversivo para treinamento de terrorista, mas como as coisas mudam, hoje a FGV, que chegou onde chegou, com dinheiro do contribuínte só podemos lamentar.

  12. Não me admira nem um pouco; o

    Não me admira nem um pouco; o fascismo e o neoliberalismo andam de mãos dadas. Von Mises, teórico do neoliberalismo escreveu a favor do fascismo em um livro chamado ‘liberalismo’ (quanta coerência!) além de ter participado como conselheiro do governo fascista da Aústria antes da anexação pela Alemanha nazista. Quanto a Milton Friedman, outro idolo na FGV, é mais do que conehcida a sua ligação com o regime ditatorial de Pinochet. Suas várias afirmações simpáticas a Alemanha nazista são registradas no livro “The Ugly Truth about Milton Friedman” (infelizmente, sem tradução para o português até onde eu saiba). Essas ligações podem parecer estranhas, mas ninguem menos que Hitler em um discurso na camera de comércio alemã em 1932 afirmava que a contrapartida da concorrência e o do princípio do vencer o mais forte na economia liberal é o pricipio de ‘vencer o mais forte’ na politica, o princípio do Fuhrer.

    Não estou dizendo que todos que estão se manifestando fazem parte da aliança nada estranha entre ultraliberlismo econômico e fascismo politico. Há sim grupos da esquerda tradicional, anarquistas das antigas, neoanarquistas pós-modernos(que são qualquer coisa, e se aproximam do criptofascismo), uma juventude revoltada e sem nenhuma orienaçtão ideológica movida só pela emoção e com a razão obscurecida. Nem estou dizendo que faltam motivos para prostestar, eles existem e muitos. A questão é que a direita também está na disputa das ruas -a do ‘céu da politica’ a essa altura é de importÂncia secundária no meu entendimento.

     

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