Manuel Bandeira, (Recife, 19/04/1886 – Rio de Janeiro, 13/10/1968)
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Beco das minhas tristezas.
Não me envergonhei de ti!
Foste rua de mulheres?
Todas são filhas de Deus!
Dantes foram carmelitas…
E eras só de pobre quando,
Pobre, vim morar aqui.
Manuel Bandeira, “Ultima Canção do Beco“
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Um homem que amava doces, a vida em qualquer forma que fosse possível, as mulheres e, sobretudo, a poesia que ele construía de forma magnífica.
A professora e acadêmica Cleonice Berardinelli é entrevistada por Edney Silvestre sobre sua longa amizade com o poeta Manuel Bandeira. Cleonice conta histórias emocionantes de uma amizade que foi até o fim dos dias do poeta pernambucano.
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Vou escrever … o lápis pára
depressa vejo se arranjo
(mas não acho!) a rima rara
para o inesquecível anjo.
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https://www.youtube.com/watch?v=KlutFmMz_wM
A Camões
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Quando n’alma pesar de tua raça
A névoa da apagada e vil tristeza,
Busque ela sempre a glória que não passa,
Em teu poema de heroísmo e de beleza.
Gênio purificado na desgraça,
Tu resumiste em ti toda a grandeza:
Poeta e soldado… Em ti brilhou sem jaça
O amor da grande pátria portuguesa.
E enquanto o fero canto ecoar na mente
Da estirpe que em perigos sublimados
Plantou a cruz em cada continente,
Não morrerá, sem poetas nem soldados,
A língua que cantaste rudemente
As armas e os barões assinalados.
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