Marin é o último dos sete cartolas a fechar acordo com EUA

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
 
Jornal GGN – O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, será extraditado aos Estados Unidos em menos de 10 dias. Nesta terça (27), em audiência com autoridades suíças, concordou com o embarque ao país após fechar acordo com a Justiça norte-americana, ainda que involuntariamente, de acordo com a reportagem da Época.
 
Preso desde o dia 27 de maio na Suíça, Marin ainda acreditava que conseguiria voltar ao Brasil. No dia que a a polícia americana, juntamente com autoridades suíças, deflagraram a operação que trouxe à tona um extenso esquema de propinas dentro da Fifa, Marin e outros seis cartolas da organização tiveram prisão decretadas pela Justiça dos EUA.
 
José Maria Marin é acusado de receber milhões de dólares em subornos pagos por empresas de marketing esportivo, relacionados à venda de direitos comerciais para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, bem como para a Copa do Brasil no período de 2013 a 2022. Ele teria compartilhado o dinheiro com outras autoridades do futebol, ainda desviando “fundos da Fifa de duas confederações continentais e da organização nacional de futebol do Brasil”, de acordo com as investigações.
 
Uma nova ordem de prisão foi emitida no dia 20 de maio pela Procuradoria do Distrito Leste de Nova York, que solicitou formalmente a extradição do dirigente ao Escritório da Justiça Federal suíça em 1º de julho. Um mês antes, a defesa de Marin entrou com recurso para tentar não ser extraditado. O acordo para cumprir a detenção nas prisões americanas teria sido alguns privilégios em troca de concordar com a deportação.
 
Marin ainda se declarará inocente, com o andamento do processo em 2016. Ainda assim, passará a “colaborar” com a investigação, em troca de benefícios em sua possível condenação. A defesa de Marin buscou um acordo similar a de Jeff Webb, ex-vice-presidente da Fifa. Após mais de cinco meses, com a decisão, as autoridades suíças sentiram-se seguras a extraditar o cartola, que será o último dos sete presos em maio deste ano que fechará o direcionamento das investigações dos EUA. 
 
Com informações da BBC e da Época. 

9 Comentários

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  1. Corre o riscos dos Marinhos não poderem ir a Miami

    OPERAÇÃO J. HAWILLA NÃO DEIXARÁ ‘PEDRA SOBRE PEDRA’

    : http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/203129/Opera%C3%A7%C3%A3o-J-Hawilla-n%C3%A3o-deixar%C3%A1-%E2%80%98pedra-sobre-pedra%E2%80%99.htm Alerta foi feito pela colunista Sonia Racy, que afirma que a Polícia Federal estaria conduzindo uma ampla investigação a partir das denúncias do brasileiro José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, ao FBI; apuração global teve início com o escândalo de corrupção no futebol, que atingiu altos dirigentes da Fifa, mas passa por contratos de transmissão firmados entre Hawilla e a Rede Globo, dos irmãos Marinho; réu confesso, ele revelou neste mês à Justiça Americana que, desde 1991, tem a prática de pagar propinas por contratos de direitos de transmissão de competições oficiais

    1. Duvido! A famiglia Marinho é

      Duvido! A famiglia Marinho é a porta-voz dos interesses norte-americanos no Brasil que é muito maior que FIFA. Só o Campo de Libra tem a expectativa de gerar mais de R$ 1 tri de reais, inclusive consta recentemente que João Roberto Marinho já mudou com a família para Miami.

      1. Também acho. Vão arrumar o

        Também acho. Vão arrumar o jeito de manter o foco em algum campeonato que o corintians foi campeão. Corintinas liga com Lula, o resto eles inventam.

  2. Ilaçoes

    Até agora ninguem noticiou porque Marin e hawilla estao presos , nao existem vazamentos de nenpuma especie em tribunais internacionais !

    1. Porque o dinheiro ja

      Porque o dinheiro ja apareceu.  Beeeemmm diferente do Brasil.  Alias, porque voce acha que os EUA querem ele aqui?  Pra serem anti corrupcao no filme?

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