Método Pazuello deixaria 44% das mortes por coronavírus de fora de boletim diário

Jornal GGN – O jornal Folha de S. Paulo fez um levantamento usando os dados oficiais do Ministério da Saúde e percebeu que a nova metodologia de contagem de mortes por coronavírus anunciada pelo governo Bolsonaro pode deixar 44% dos óbitos fora dos boletins diários.

“Com isso, há o risco de que se tenha a falsa impressão de que os óbitos estão em queda e medidas de prevenção sejam relaxadas indevidamente, aumentando a contaminação”, advertiu o jornal.

Pela metodologia anunciada, o Ministério da Saúde passaria a divulgar nos boletins diários apenas o número de mortes registrado nas últimas 24 horas.

Desde o começo da pandemia, os boletins incluem outro item: as mortes por coronavírus notificadas após a chegada dos exames.

Isso significa que muitos dos óbitos anunciados na gestão Teich e Mandetta não aconteceram nas últimas 24 horas, mas foram notificados naquele dia, porque foi quando o resultado do teste para coronavírus chegou à secretaria de saúde dos diferentes Estados, que repassou o dado ao Ministério.

Na visão do governo, informar mortes que não ocorreram nas últimas 24 horas passa a impressão de que a pandemia está fora de controle. Por isso, sob a gestão interina do general Eduardo Pazuello, a Pasta decidiu alterar a metodologia de contagem de mortes e retirar do boletim diário aquelas que não ocorreram no mesmo dia.

Folha usou os dados de mortes do dia 24 de maio para separar as mortes diárias das mortes que foram notificadas naquele dia. Foi assim que chegou ao índice de 44% de óbitos que não ocorreram em 24 horas, mas em semanas ou dias antes.

O jornal ressaltou nesta sexta (12) que a burocracia em torno do teste para coronavírus impõe a morosidade na contagem geral. Além de ter que aguardar o resultado do laboratório, também é preciso aguardar as secretarias estaduais repassarem os números ao Ministério.

Por isso há dias com picos de mortes, sobretudo no começo da semana, porque aos finais de semana e feriados, o processo de notificação é prejudicado pela folga dos funcionários que participam do processo.

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Redação

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  • É uma canalhice atrás da outra, e o PGR nada faz...... Não se combate a pandemia, nega-se a realidade, combate-se a ciência, não são aceitas as opiniões dos ministros da Saúde anteriores, o país caminha para todos os recordes degradantes, trágicos, nos números de infectados e MORTOS!..... Providência do ser bestial e a corja que o serve? FALSIFICAR A REALIDADE! Mandar que fanáticos invadam hospitais e criem mais caos e violência! Apoiar um golpe de Estado completo, "tradicional", fechando Congresso e STF...... Eis o que vira um país quando mídia, classes médias, procuradores, e um juiz a quem foi dado poderes quase que de um imperador absolutista destroem a democracia, o Direito, e estimulam o ÓDIO e o FANATISMO..... Hoje, instituições em catatonia e covardia patinam, quando teriam que ter interrompido o louco genocida há meses!
    É, de longe, o momento mais nonsense e pavoroso da História do Brasil!

  • "MAÇONS ASSASSINOS E COMO CONTABILIZAR / DIVULGAR O NÚMERO DE MORTOS RESULTANTES DA INOPERÂNCIA, ARQUITETADA E PREMEDITADA PELAS FORÇAS ARMADAS, NO COMBATE À PANDEMIA DE COVID 19"

    1-A famíglia "frias", proprietários da folha de são paulo, são especialistas em desova e sumiço de cadáveres.

    2-A folha de são paulo "trabalhou" para os militares ditadores torturadores assassinos por 21 anos, de 1964 a 1985.

    3-O trabalho dos "frias" era recolher os mortos por torturas em cativeiros e porões / masmorras do exército e da polícia civil, utilizando suas caminhonetes, que seriam para entregar jornais, mas que foram utilizadas para desovar os cadáveres em Perus, dando um sumiço final aos corpos dos mortos assassinados por torturas.... imaginem as cenas...

    Óbviamente que a famíglia frias não deixaria de "colaborar" na invisibilização de mortos nessa pandemia. "Colaboram" com os militares, seus "sócios no golpe", maquiando os números para baixo utilizando agora, ao invés das caminhonetes, seus panfletos para apoio a ditaduras militares, que eles chamam de jornais. E assim, tentam dar credibilidade a um número fictício bem inferior da realidade, conforme o "desejo" de bolsonaro e obedecendo ordens/exigências de seus jenerais MAÇONS braga neto, heleno, mourão, vilasboas etc etc etc etc...

    Deus nos ajude.

  • O general Pazuello revelou desconhecer a geografia do Brasil e tenta esconder a quantidade de mortes pelo Corona. Isto prova que esse militar entreguista tem deplorável conhecimento científico (da área que ele deveria dominar - Logística) e sua ética tem o mesmo valor que a ética dos criminosos.
    A cada dia que passa reconhecemos o tipo de gente que as Academias Militares formam.
    Fica muito difícil discordar de quem afirma que esses militares entreguistas são traidores da Pátria.

    • .... só não são traidores da Pátria por serem brasileiros só no papel... são norte americanos de corpo e alma, quem conhece de perto sabe disso.

  • Penso, que alguns ministros de Bolsonaro, que tiveram experiência profissional posta em suspeição, se mostram mais como um simples objeto de decoração e/ou intimidação, do que uma autoridade imbuída de buscar o melhor para a sociedade e o país. O resultado é algo parecido como a transformação do governo federal em uma espécie de Torre de Babel, onde ninguém fala coisa com coisa e o desastre da incompetência avoluma-se a nível de deboche. No caso da saúde, enquanto recorde sobre recorde de mortos são anunciados diariamente pela mídia, a corrupção, o roubo, o crime, o desleixo, o pouco caso, a traição, a covardia e a incompetência prosperam a velocidades espantosas. Uma das provas do descaso é a notícia de que 66,66% dos 39 bilhões do orçamento destinado ao Ministério da Saúde para o combate a pandemia descansa adormecido e amordaçado, talvez por falta de um profissional da área, com experiência, liderança e competência para priorizar o combate ao vírus, para decretar o fim da interminável sangria criminosa e corruptiva nos hospitais de campanha, nas compras de respiradores, máscaras, luvas, medicamentos, etc. O direito à segurança e a assistência emergencial digna e imediata a da população é de inteira responsabilidade dos governantes e da pasta que responde diretamente pela sua pronta solução.

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