Mídia está desembarcando do governo Temer, diz João Feres Jr

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Ao GGN, coordenador do Manchetômetro analisou o comportamento da mídia desde o impeachment de Dilma. Lançado em 2014, projeto que fornece dados sobre a qualidade da cobertura jornalística ganhou versão 2.0 neste ano. Gráficos mostram queda nas críticas ao governo federal após posse de Temer e blindagem a Sergio Moro

Jornal GGN – Atingido repentina e duramente pela delação da JBS, o governo Temer começou a perder o apoio incondicional dos principais veículos da grande mídia, segundo análise do cientista político e coordenador do Manchetômetro, João Feres Jr. Para ele, a Globo lidera a “campanha ferrenha” contra o presidente da República, enquanto Folha de S. Paulo e Estadão ainda resistem um pouco, comportando-se como bombeiros em meio a um incêndio.
 
“O que vai acontecer a partir dessa crise do governo Temer, dessa exposição dos áudios de Temer e Aécio Neves, eu não sei. Minha impressão é que parte da mídia está desembarcando do governo Temer, mas eles estão sem direção. Não sabem aonde embarcar”, disse Feres ao GGN.
 
A entrevista ocorreu no último dia 18, um dia após a bomba da JBS cair sobre Brasília, mas horas antes do Supremo Tribunal Federal divulgar a gravação de Joesley Batista. No áudio, Temer toma conhecimento de tentativas de obstrução de Justiça, incluindo suposta compra de silêncio de Eduardo Cunha, além de mostrar que o governo aceitou pressão da empresa investigada para resolver seus problemas com órgãos ligados ao Ministério da Fazenda.
 
Reportagem publicada pelo GGN na manhã seguinte à divulgação do áudio mostrou que enquanto Globo joga lenha na fogueira do impeachment revelando novas acusações a cada dia, Folha de S. Paulo lidera a compra da versão do acusado, chegando a omitir trechos da flagrante gravação para blindar Henrique Meirelles, o homen das reformas impopulares. 
 
Leia mais: Desmontando a tentativa da Folha de livrar Temer do impeachment
 
Para Feres, a mudança no comportamento da Globo é um marco na cobertura da grande mídia desde a reeleição de Dilma Rousseff e seus desdobramentos. Desde que tomou o poder, Temer vinha ganhando uma cobertura muito mais neutra do que a presidente afastada pelo impeachment.
 
O Manchetômetro de Feres e outros acadêmicos, criado pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LEMEP-UERJ), fornece dados sobre a qualidade da cobertura jornalística em relação a temas econômicos e políticos desde 2014. Como o projeto ganhou até uma versão 2.0 neste ano, é possível traçar um paralelo entre o tratamento dispensado à Dilma no auge de sua crise, e a cobertura do governo Temer.
 
No site, “uma comparação interessante de fazer é pegar a variável ‘governo federal’ e ver como ela evoluiu. No período Dilma, a quantidade negativa [de notícias] era 3 vezes maior, em média, que a de [notícias] neutras. Bastou a Dilma sair que a curva de [notícias] contrárias despencou. Ou seja, Temer começou com tratamento muito mais positivo ou privilegiado em relação à Dilma. Outra coisa que a gente nota é que esse tipo de tratamento continua ao longo do governo. Vamos ver como se comporta com esse novo escândalo [delações da JBS]”, avaliou Feres.
 
Em 2017, o Manchetômetro ganhou uma versão 2.0. Agora, o internauta pode gerar gráficos com diferentes variáveis, ou seja, selecionando os personagens, temas e jornais que pretende analisar. O gráfico acima, por exemplo, expõe a cobertura de todos os veículos envolvidos no projeto (Folha, Estadão, O Globo e Jornal Nacional) sobre os governos Dilma e Temer, de maio de 2015 (um ano antes do início do impeachment no Senado) até os dias atuais
 
DILMA X TEMER
 
Para Feres, a disparidade na cobertura do governo Dilma em relação a Temer ajuda a desmontar o argumento de que a grande mídia serve de “cão de guarda” do interesse público, ou seja, promove uma cobertura igualmente dura em relação a qualquer governante. 
 
“Um crítico poderia dizer que não, que Dilma tinha crise econômica [e isso justificaria a cobertura mais negativa]. Mas o governo Temer também está em crime econômica. Ou que Dilma tinha denúncia de corrupção. Mas Temer está crivado de acusações de corrupção. Então controlando essas variáveis todas, você vê que a única maneira de explicar isso é que a mídia realmente trata diferentemente os partidos que estão no poder.” 
 
Feres lembrou que o Manchetômetro comparou a eleição de 1998 com a de 2014 e chegou à mesma conclusão. “Eram as reeleições de Fernando Henrique Cardoso e Dilma. Fernando Henrique enfrentava uma crise econômica muito pior que Dilma, e ainda assim ele tinha mais coberturas favoráveis e neutras que negativas. Então, a tese do cão de guarda em relação à mídia nacional não se aplica e pode ser refutada de várias maneiras diferentes.” (Leia mais aqui)
 
A AGENDA DA GRANDE MÍDIA
 
O gráfico abaixo, que compara a cobertura de Folha, Estadão, O Globo e Jornal Nacional sobre Dilma, Lula e Temer, de maio de 2015 (um ano antes do início do impeachment no Senado) até maio de 2017, ajuda a entender a agenda da grande mídia.
 
Lula e Dilma continuaram sendo o alvo preferido da cobertura negativa mesmo após o afastamento pelo Senado, em maio de 2016. São poucas as ocasiões em que Temer têm cobertura mais negativa que os petistas. E, nitidamente, nem Dilma nem Lula tiveram o benefício da cobertura neutra como Temer tem desde que assumiu a Presidência.
 
 
 
De acordo com a análise de João Feres, atacar Dilma e Lula faz parte da agenda com “duplo objetivo” da grande mídia. 
 
“Desde 2015, pelo menos, a cobertura da grande mídia tem duplo objetivo: um era retirar a Dilma, e esse já foi atingido, e outro é retirar os direitos políticos de Lula – nisto ainda estão muito engajados como mostra a cobertura feita, por exemplo, do depoimento dado a Sergio Moro recentemente [caso triplex]. É impressionante o viés do Jornal Nacional do dia seguinte ao depoimento. É comparável à edição histórica do debate entre Collor e Lula, tamanha a manipulação editorial. Para se ter ideia, os âncoras do telejornal se dedicam a ficar apontando contradições na fala de Lula. Editorializam o tempo todo nessa edição.”
 
A BLINDAGEM A SERGIO MORO
 
 
Permear na opinião pública a ideia de que Lula será inevitavelmente condenado na Lava Jato e ficará indisponível para a próxima eleição passa pelo desafio de criar um antagonista para o ex-presidente. É nesse cenário que entra a blindagem ao juiz Sergio Moro.
 
O gráfico acima é uma análise da cobertura dos três principais jornais impressos, mais Jornal Nacional, sobre Dilma, Lula e Sergio Moro, de maio de 2015 a maio de 2017. Nesse intervalo, o juiz da Lava Jato ganhou mais destaque na cobertura da grande mídia em março de 2016, mês em que ele vazou à GloboNews o áudio de uma conversa entre Dilma e Lula sobre o termo de posse como ministro da Casa Civil. A repercussão negativa impediu Lula de ser titular da Pasta e ajudou a criar o clima ideal para a primeira votação do impeachment, na Câmara. 
 
Leia mais: Lava Jato atingiu o ápice nas semanas que antecederam o impeachment
 
Por mais que tenha sido um dos episódios mais críticos para Moro – ele teve de pedir desculpas ao Supremo por ter vazado um áudio envolvendo presidente da República – ainda assim, a cobertura em relação ao magistrado foi majoritariamente neutra, enquanto Dilma e Lula atingiram picos incomparáveis de matérias negativas.
 
Desde então, Moro vem marcando território nos jornais, raramente com cobertura negativa.
 
SOBRE O MANCHETÔMETRO
 
O Manchetômetro nasceu em 2014 como uma “ferramenta de cidadania”, disse João Feres Jr ao GGN. “A ideia era não só intervir no debate sobre a qualidade da informação no Brasil, mas dar às pessoas condições de criticar a cobertura jornalística que elas recebem diariamente.”
 
Antes, o portal analisava a capa dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão, além de todas as matérias sobre economia e política veiculadas pelo Jornal Nacional. Agora, além das capas, o Manchetômetro analisa as páginas de opinião e editoriais dos jornais impressos.
 
O site foi relançado em 2017 para expandir o público leitor e facilitar a análise de dados. Mais interativo, o Manchetômetro agora permite a geração de gráficos com diferentes variáveis. O internauta pode analisar o tema, o personagem e o veículo que quiser.
 
Além disso, os organizadores publicam periodicamente análises na sessão “Série M”, usando dados levantados pelo Manchetômetro mas que nem sempre estão disponíveis no portal. Isso porque, segundo Feres, tudo ainda é lançado no site de maneira manual, o que deve mudar em breve. “A gente está desenvolvendo uma tecnologia de codificação computadorizada das matérias.”
 
“Por fim, o próximo passo é entrarmos nas redes sociais. Ou seja, o Manchetômetro funcionar também como observatório da política nas redes sociais, mas sempre tendo como perspectiva a grande mídia. Ou seja, no caso das redes sociais, seria mais o rebatimento que os grandes meios têm nas redes sociais”, revelou Feres.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Ainda é cedo pra dizer que a

    Ainda é cedo pra dizer que a mídia, em geral tá se descolando do governo. Pelo menos não estou vendo isso em alguns canais de telvisão como band e record, que estão mais pra cima de um muro. No Domingo Legal pouco se reproduziu da crise da semana, enquanto a cabeça de Menguelle era examinana por cientistas, isso rendendo quase a totalidade do programa – coisa mais sem futuro!. E a Band, ao invés de entrevistar Lula, ao menos uma vez, entrevistou FHC pra dar mais força aos tucanos, já que ele é o príncipe. Chegou a comparar Aécio com Lula, ao dizer que o fato do seu mano tá sendo investigado não significa que esteja morto, haja visto Lula. Bela defesa.

    E quem ligar a Bandnews agora, imagine os outros canais da Globo que eu não assisto, vai ver que só dá Lula. Moro ouvirá três testemunhas de acusação de Lula, entre elas Delcídio do amaral. Volta a especulação sobre um terreno que SERIA para uma nova sede do instirtuto que leva o nome do ex-presidente, bem como a tal compra do apartamento visinho ao que hoje reside o mesmo, com lavagem de dinheiro.

    Ou seja, se a Globo e suas seguidores do mal quer, não a razão, a derrubada de Temer, melhor ainda pra essa empresa ver de uma vez por todas a prisão de Lula. Este não pode ter sossego em sua vida. 

    Com esse depoimento, Moro volta a protagonizar mais uma cena midiática, já que ficou meio cabisbundo com seu concorrente Fachin.

  2. Globo: inimiga do Povo

    Comprovado até matematicamente: a Globo é incompatível com a Democracia.

    O jornalista Luís Costa Pinto no Poder360 : “… a Globo e seu arsenal historicamente competente usado para construir e para assassinar reputações. Para revogar e para revigorar agendas. Para criar climas e anticlimas.”

    A Globo não pratica jornalismo. É uma máquina imoral de propaganda política.

     

     

  3. Ficam dizendo por aí que foi

    Ficam dizendo por aí que foi o André Singer que identificou o fenõmeno do “lulismo”, mas isso é só a contraface necessária do mesmo modo de produção de ideologia.

    Foi só o Lula assumir após a eleição de 2002 que a “cobertura” se dividiu: por um lado pegava leve com o Lula para não dar muito na cara o preconceito de classe com o retirante sem diploma, ainda assim, dando ênfase às “metáforas” do Lula e aos trechos mais inflamados de seus discursos. E isso com o também duplo objetivo: a expectativa (ansiosa até) que ele se atrapalhasse com as palavras, desdenhando sempre antes ou depois de cada frase transmitida; enquanto deixava bem claro para seus odiadores empedernidos o quanto não era ele o presidente que queriam.

    O Ali Kamel chegou a se arvorar a criar um “léxico” do Lula, a codificá-lo, a diferenciá-lo dos “bolcheviques”!

    Com a outra mão, não davam um segundo de trégua ao PT, PT, PT: despejavam todo o bestialógico da guerra fria pra cima dele como se um partido revolucionário fosse. Corrupção, “sinistro projeto de poder”, stalinismo, etc., eram as palavras marretadas nos bestuntos dos leitores e expectadores da máquina de propaganda reacionária.

    Depois da primeira eleição de Dilma caiu a ficha: não só o Lula se tornou um grande cabo eleitoral, como ficou evidente até que ponto a percepção positiva da economia dificultava os planos de restauração neoliberal. A partir daí o noticiário passou a relativizar até recorde de emprego!

    Enquanto isso o lado progressista insistia em governar mudo (ou, o que dá no mesmo, enviando notinhas e pequenas coletivas com a imprensa, como o supra citado Singer gostava tanto).

    Até que o bloco reacionário perdeu a paciência de vez: o retirante sem diploma e os bolcheviques são o mesmo mal a ser extirpado; se melhorou a vida do povão, então, pior ainda.

    Deu no que deu. Ganharam por W.O.

  4. Quando assumiu em 2003 LULA

    Quando assumiu em 2003 LULA tinha o tal “Capital Politico” que possibilitou atravessar a escassez de recursos e lavar o Brasil a ser respeitado no mundo e pela economia forte!

    Agora, os golpistas alavancados pelo “Capital Midiático” principalmente da rede globo acreditam ser possível levar o Brasil a prosseguir no caminho do crescimento.

    Ainda que estes capitais tenham uma certa equivalência dentro a sociedade de permitir que a politica tenha um certo tempo para trabalhar, suas bases e objetivos são totalmente diferentes!

    O capital do LULA emanou da DEMOCRACIA – é horizontal – e a partir de consensos da sociedade – do Conselhão, de ouvir a sociedade em anseios, e etc…

    Dai surgiram projetos para erradicar a fome que “criou” novos mercados consumidores…

    Já o “Capital Midiático” – é vertical – parte de cima para baixo na imposição e há uma transferência BRUTAL de recursos dos mais pobres para os mais ricos – isso demonstra falta de DEMOCRACIA!

    Na democracia acordos são consensuados – eu ganho em alguns pontos e perco em outros pontos –  a busca de um equilíbrio!

    Na Democracia tanto vale o voto de uma pessoa humilde, quanto de um magnata das comunicações –  seu valor é Horizontal e nas ditaduras perde-se esta referência onde poucos dominam muitos – seu valor  é vertical e sempre de cima para baixo!

    Depois do golpe, estamos mais próximos enquanto regime, apesar da aparência democrática, da Coreia do Norte do que dos EUA!

    O LULA gaba-se ao dizer que “Tantos os ricos quanto, os pobres ganharam em seu governo!” – Isso é democracia.

    A democracia favorece a todos!

    Se prosperar a eleição indireta, continuará o golpismo e sua atração pelo desequilíbrio, pelo favorecimento de uns e miséria de outros!

    Ou alguém acredita que numa eleição indireta, onde grande parte do legislativo tem algum processo criminal – ainda não vi a lista de aprovados para o Legislativo que cursaram a Friboi – e a possibilidade real de ir preso podendo eleger o presidente, elegeria alguém comprometido com a ética? – que fatalmente os levaria para a prisão ou elegeria alguém que os protegesse?

    Esse presidente  ‘protetor” já iniciaria seu governo cometendo um crime se não entregasse estes parlamentares a justiça!

    Além disso, esse presidente “protetor” teria que dividir seu gabinete com a globo, por que senão cai…

    Ninguem mais governará este pais sem a presença da mídia, se isso passar!

    Alguém acredita ser possível tirar um copo de água limpa de dentro de um balde de água suja?

    Tem gente que acredita, por isso tentaram o áecio…

  5. Cintia Alves
    A afirmação de João Feres Jr,, estampada na manchete do post, não corresponde à afirmação dele no post: “Minha impressão é que parte da mídia está desembarcando do governo Temer” Isso é o que faz a grande mìdia e que criticamos constantemente. Por maior que seja esse o nosso desejo, a fidedignidade está acima.  

     

     

  6. Mídia está desembarcando do governo Temer, diz João Feres Jr

    Desde o golpe PARLAMENTAR, JURÍDICO, EMPRESARIAL e MIDIÁTICO de 2016 venho notando a BAND e a RECORD aumentando dia a dia sua blindagem ao DESGOVERNO GOLPISTA.

  7. LAVA JATO DESESPERADA E GLOBO – ASSUMIDAMENTE! – DESNORTEADA

    LAVA JATO DESESPERADA E GLOBO – ASSUMIDAMENTE! – DESNORTEADA: O “JOGO” DA SUCESSÃO DE TEMER

    – “VEJA” agora confirma que o áudio estava sim editado: sumiram com 24% do conteúdo!

    – “Eu já sabia!” (rs)

    – 22/5: Temer foi ao ataque contra Globo/JBS.

    – Veja como, no final, a classe política e a Globo podem chegar a um “acordão” para chamar de seu.

    – 23/5: Lava a Jato – em desespero – abre sucessão de novos fronts: prende ex-governadores do DF Angnelo Queiroz (PT) e Arruda (DEM). E mais: no mesmo dia (!), vai para cima do esquema do PSDB em Goiás (Marconi Perillo).

    – Ricardo Noblat: desorientado (ele mesmo admite!), mostra que colunistas da Globo estão completamente desnorteados.

    – Atenção: mais atualizações de hora em hora… pois o “jogo” não pára! (sempre no fim do texto)

     

    LEIA MAIS »

     

    http://www.romulusbr.com/2017/05/jogo-da-sucessao-de-temer-lava-jato.html

     

     

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