Ministro do GSI perde espaço no núcleo militar

Depois de instigar manifestações contra Congresso, general Augusto Heleno ouve reprimenda de outros generais – mas segue próximo de Bolsonaro

General Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Foto: Reprodução

Jornal GGN – O primeiro passo para o mais recente confronto entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional foi dado há dez dias pelo general Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ao falar que o presidente Jair Bolsonaro não poderia ceder a chantagens de deputados e senadores e incentivá-lo a “convocar o povo às ruas”.

Além de dar nova roupagem aos atos de apoio ao governo Bolsonaro, Heleno também abriu uma crise entre seus pares das Forças Armadas. Segundo o jornal O Globo, a declaração do chefe do GSI incomodou os militares e foi reprovada por parte da cúpula do Exército.

Integrantes do governo que acompanharam o mal-estar dizem que Heleno teria sido alertado de que sua função no GSI não está atrelada à articulação política e que ele deveria se ater ao papel institucional do cargo.

Ao incorporar o discurso de que o Congresso é um entrave ao avanço do governo, entendeu-se que o ministro acaba expondo os militares e impondo às Forças um desgaste desnecessário.

Para observadores do Planalto, esse rompante aconteceu no momento em que ganhou força a percepção de que Heleno vinha perdendo espaço como conselheiro de Bolsonaro.

De acordo com esse cenário, a dinâmica em torno do presidente teria como peças fundamentais ministros vistos como mais moderados, como o general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e os ministros Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, e Fernando Azevedo e Silva, da Defesa.

Entretanto, essa análise contrasta com o fato de a narrativa de Heleno contra a possibilidade de os parlamentares terem mais controle sobre o Orçamento ter sido incorporada por Bolsonaro, seu clã e os seus apoiadores, em especial nas redes sociais – entre parlamentares, foi um sinal claro da forte influência do chefe do GSI sobre o presidente e seu grupo político.

Redação

5 Comentários

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  1. É preciso bater muito na seguinte tecla:Tanto esse generaléco de merda quanto o boçalnaro são cafajestes e ponto. Afinal, ao estimularem seus seguidores devidamente idiotizados para manifestações pró fechamento do congresso e ao agirem covardemente com mensagens em redes sociais acusando as esquerdas de serem sanguinárias por chantagearem o (des)governo do imbecil-mór, ambos mereceriam não só sofrerem impeachement mas CADEIA E SOB TORTURA (como eles apoiam, claro). O cafajeste-mór tenta jogar na esquerda uma culpa que não é dela pela óbvia razão que esquerdistas não votam a favor do (des)governo para serem eles os chantagistas que cobram algo em troca, como diz o generaléco cafajeste. Quem chantageia são deputados e senadores que votam a favor do governo em cafajestices como reformas da previdência, trabalhista, por exemplo. As esquerdas votam contra. Por outro lado, esse generaléco precisa ter vergonha na cara e admitir que tanto ele como outros generais, felizes com reajuste salarial com o que o boçalnaro os comprou para apoiarem reforma da previdência para os outros mas não para eles, esses generais são eles, sim, os chantagistas fardados ou de pijama, tal qual congressistas que eles acusam. E finalmente, lembrar que se congressistas se vendem, há um governo cafajeste que os compra……..ambos os lados corruptos, e generais também, que aceitam reajuste enquanto milhões de trabalhadores são prejudicos. Que pena que não haja pena de morte oficial neste país…..eu me candidataria, correndo, ao cargo de carrasco de cafajestes como essa gente de que falei.

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