Ministro relâmpago de Bolsonaro funda empresa de cursos

Depois de ocupar Ministério da Educação por cinco dias, Carlos Decotelli vai atuar como mentor de neurofinanças na NGV (Notáveis Geram Valor)

Foto RS (via fotospublicas.com)

Jornal GGN – O ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro Carlos Alberto Decotelli abriu uma empresa de cursos de educação executiva, denominada NGV (Notáveis Geram Valor), descrita como “um consórcio de professores notáveis de reconhecimento profissional e acadêmico, com experiência nacional e internacional”.

Informações do portal UOL mostram que Decotelli irá atuar como mentor de neurofinanças dos cursos oferecidos pela empresa, fundada por ele em conjunto com Marcelo Peruzzo (que se apresenta como professor convidado da FGV Management), o chamado mentor em gestão emocional.

Decotelli foi nomeado ministro da Educação do governo Bolsonaro em junho deste ano, e permaneceu no cargo por cinco dias. Ele pediu demissão após as revelações da existência de informações falsas em seu currículo.

Embora universidades da Argentina e da Alemanha tenham desmentido as informações de que Decotelli teria feito doutorado e pós-doutorado em tais instituições, Decotelli chegou a declarar que sua permanência no governo ficou insustentável depois que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou que o economista nunca foi professor “de qualquer das escolas da Fundação”.

 

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Redação

4 Comentários

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  1. Aquele que foi sem nunca ter sido afirma que se trata de “um consórcio de professores notáveis de reconhecimento profissional e acadêmico, com experiência nacional e internacional”.
    rs.
    Assim como o currículo dele, as qualificações devem ser falsas.

  2. É um retrato do governo atual: um ex-ministro que não foi ministro, com um currículo que não tinha existido, vai (de)formar aqueles sem valor. O nome do curso já é um acinte, com os notáveis que não eram notados e nem deu tempo para serem, mas que querem levantar uma nota dos incautos. Primeiro ele que explique que coisa é esta de neurofinanças, num mundo em crise? É a nova mutreta, depois que ficou difícil defender meritocracia?

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