Moro, Lava Jato e interesses dos EUA

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Fotoilustração: Joana Brasileiro

Por Cesar Locatelli

Do Jornalistas Livres

O juiz Sérgio Moro é louvado em verso e prosa pelos meios de comunicação tradicionais, nacionais e estrangeiros. Foi “personalidade do ano” pelo Globo, esteve entre “as 100 personalidades mais influentes” da revista Time, alçado à condição de 13o entre “os maiores líderes mundiais” pela revista Fortune e 10o entre os mais influentes da agência de notícias financeiras Bloomberg.

O que teria levado o juiz federal ao estrelato? Que apoios teria acumulado para se tornar uma quase unanimidade internacional? Certamente muitos se apressarão em concluir que foi seu trabalho destemido e incansável contra a corrupção. No entanto, outros tentaram e não tiveram sucesso com seus processos, nem tampouco viraram ídolos mundiais, muito ao contrário.

As ocorrências com o juiz Fausto De Sanctis nos dão um exemplo marcante do caminho oposto ao de Moro. De Sanctis teve sua condenação do banqueiro Daniel Dantas revertida e toda a operação Satiagraha anulada, mesmo de posse da gravação da entrega da propina aos policiais federais para que paralisassem as investigações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas no Banco Opportunity. Sua carreira, especializada em crimes financeiros, foi encerrada pela “promoção” ao Tribunal Regional Federal para atuar na área previdenciária.

Por que os processos de Moro não tiveram a costumeira gaveta como destino? Qual teria sido seu diferencial?

Alguns amigos do juiz paranaense declararam ao jornal Washington Post que sua abordagem pode ter sido influenciada pela exposição que teve aos processos legais nos Estados Unidos: ele participou de um programa especial na Universidade de Harvard em 1998 e de um programa para líderes potenciais em 2007, patrocinado pelo Departamento de Estado daquele país.

As relações de Moro com as autoridades estado-unidenses já pareciam consolidadas quando ele “determinou em 2007 a criação de RG e CPF falsos e a abertura de uma conta bancária secreta para uso de um agente policial norte-americano, em investigação conjunta com a Polícia Federal do Brasil. No decorrer da operação, um brasileiro investigado nos EUA chegou a fazer uma remessa ilegal de US$ 100 mil para a conta falsa aberta no Banco do Brasil, induzido pelo agente estrangeiro infiltrado”, conforme reportagem dos Jornalistas Livres.

Em seminário sobre o crime organizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em maio de 2009, o juiz defendeu a delação premiada e revelou conhecimento sobre os métodos da justiça estado-unidense. Ele afirmou que “nos Estados Unidos entende-se como acordo precioso aquele que tem efeito dominó” e que “a sugestão de juiz dos Estados Unidos é pedir uma amostra ao delator com o compromisso de não utilizá-la, a não ser que haja acordo”.

“Outra experiência que o juiz contou é de que, nos Estados Unidos, foi levada à Suprema Corte um caso em que delator grava declarações do investigado. Alguns sustentaram que isso era vedado, por entender que era autoincriminação. Os EUA, diz Moro, entenderam que o devido processo legal não protege quem confia na pessoa errada e que a autoincriminação só ocorre quando é feita diante de autoridade pública”, revela, ainda, a matéria do Consultor Jurídico.

Projeto Pontes: Construindo Pontes para a Aplicação da Lei no Brasil

No final de outubro, ainda em 2009, a comunicação interna da Agência de Contraterrorismo do Departamento de Estado dos EUA, vazada pelo Wikileaks, destacou a cooperação com juízes, procuradores e policiais brasileiros na realização de uma conferência, denominada Projeto Pontes, no Rio de Janeiro, financiada pela Agência. Sérgio Moro, que fez parte do time de apresentadores, falou sobre os casos de lavagem de dinheiro nas cortes brasileira. Os apresentadores estado-unidenses discutiram vários aspectos relativos à investigação e ao julgamento de casos de transações financeiras ilícitas e de lavagem de dinheiro, incluindo cooperação internacional formal e informal, arresto de bens, delação premiada, entre outros assuntos.

Para os treinamentos futuros, o comunicado do Departamento de Estado sugere que: “Idealmente, o treinamento deve ser de longo prazo e coincidir com a formação de forças-tarefa de treinamento. Dois grandes centros urbanos com apoio judicial comprovado para casos de transações financeiras ilícitas, em particular São Paulo, Campo Grande ou Curitiba, devem ser selecionados como local para este tipo de treinamento. Em seguida, as forças-tarefa podem ser formadas, e uma investigação real utilizada como base para treinamento que evoluiria, sequencialmente, desde a investigação até a apresentação do caso no tribunal e a conclusão do caso. Isso proporcionaria uma experiência real aos brasileiros, em trabalhar em uma força-tarefa proativa, de longo prazo, de transações ilícitas e permitir o acesso a peritos dos EUA para orientação e suporte contínuos”. Destaque-se que a sugestão de “orientar” uma força-tarefa em um caso real ocorreu pouco mais de quatro anos antes do início da operação Lava Jato.

O “monitoramento” da NSA sobre a comunicação da Petrobras

O cientista político brasileiro Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, ao unir as relações de Moro com os Estados Unidos, apontou, em entrevista ao Jornal do Brasil, que: “a Agência Nacional de Segurança (NSA), que monitorou as comunicações da Petrobras, descobriu a ocorrência de irregularidades e corrupção de alguns militantes do PT e, possivelmente, forneceu os dados sobre o doleiro Alberto Yousseff ao juiz Sérgio Moro, já treinado em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação, inclusive com demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar terceiros)”.

Moniz Bandeira denunciou que os prejuízos, causados pela Lava Jato à Petrobras, às construtoras e a toda a cadeia produtiva associada, ultrapassam “em uma escala imensurável” os prejuízos que dizem combater. Contabilizando a desestruturação, a paralisação e a descapitalização das empresas nacionais, públicas e privadas, ele pergunta: “a quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a Operação Lava Jato? A quem serve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot?”

Os crimes apurados nos EUA e na Europa não destruíram as corporações que os cometeram

Na mesma linha de Moniz Bandeira, o professor de Economia Política Internacional da UFRJ, Maurício Metri, observou, na GGN, que os vazamentos de Snowden, em 2013, já revelavam que um dos alvos da espionagem da NSA era a Petrobras. O que torna absolutamente plausível a conclusão que informações sobre a empresa devam ter sido repassados aos operadores da Lava Jato. Processo que culminou com “uma conjuntura que tem fragilizado a própria empresa para além do necessário à averiguação de responsabilidades por malversações, forçando-a a se desfazer de ativos estratégicos e comprometendo a cadeia produtiva ligada a ela”.

O contexto político produzido abriu espaço para a mudança do marco regulatório que dava prioridade à Petrobras na exploração do pré-sal. Metri complementa: “em nome do combate à corrupção, acaba-se por retirar do Estado brasileiro sua capacidade de iniciativa estratégica no setor, atendendo aos objetivos geopolíticos de outros países e de suas respectivas empresas nacionais”.

Para Metri as potências estrangeiras perceberam a política externa autônoma exercida pelo Brasil nos últimos governos, a política de defesa com acesso à energia nuclear e as grandes reservas descobertas de petróleo. O professor finaliza: “alguns dos alvos da operação Lava Jato constituem-se pilares deste conjunto de iniciativas. Sob a névoa das disputas políticas domésticas, as conexões estrangeiras da operação Lava Jato ainda não estão claras, mas seus efeitos já se fazem sentir.”

O Brasil se insinuava forte candidato a tornar-se uma potência média, o que gerou imediatas hostilidades da Superpotência, os EUA, aponta Bruno Lima Rocha, mestre e doutor em ciência política pela UFRGS. “Assim, simplesmente não estamos negando a existência de corrupção, ou mesmo de corrupção estrutural. Afirmamos sim que para a Superpotência, as acusações de práticas empresariais criminosas são um recurso de guerra, uma arma com emprego tático, assim como o uso da força ou da espionagem. Logo, o alvo estratégico da relação EUA com os frutos das delações da Lava Jato, é o desmonte da Petrobras e das empresas de engenharia complexa operando a partir do Brasil.”

Uma bactéria alienígena que se nutria de frações de classes nacionais

“Os órgãos de inteligência americanos, ao passarem as informações da Petrobras, inocularam uma bactéria perigosa no organismo institucional brasileiro, mas que, provavelmente, poderia ter sido contida por anticorpos institucionais básicos em sua fase inicial”, asseverou o estudo A Guerra de Todos contra Todos: A Crise Brasileira, do Instituto de Economia da UFRJ.

A flagrante desestruturação econômica, política e institucional do país atende os interesses externos, especialmente dos EUA, na medida em que “(i) possibilita a abertura da exploração do pré-sal para as empresas estrangeiras; (ii) retarda/paralisa o projeto nuclear brasileiro; (iii) desestabiliza o engajamento do Brasil aos arranjos configurados pelos BRICS; e (iv) desestabiliza a presença das empresas de construção civil nacional na América Latina e África, abrindo mercados para novos entrantes”, complementa o estudo.

“[…] o projeto político aliado com a Lava Jato não se importa com a ‘‘justiça’’, somente em perpetuar uma crise política viciosa como meio de arrastar a sétima maior economia do mundo para a lama”, já afirmava Pepe Escobar antes do impedimento de Dilma Rousseff.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

21 Comentários

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  1. Então, a “força tarefa” da

    Então, a “força tarefa” da lava rato merece ou não uma cadeia prolongada?

    Crime: traição e crime lesa pátria.

    Serviria como prova a destruição da cadeia de petróleo e gás, a destruição da industria naval, a destruição da construção pesada, os 4 milhões de desempregados pela lava rato, o prejuizo de uns R$ 400 bi na economia, os flagrantes prejuízos ao estado de direito, o golpe parlamentar, utilização da publicidade da operação para enriquecimento pessoal, etc etc etc 

    Não podemos esquecer do sócio majoritário, a GLOBO, pois sem apoio da globo a lava rato jamais seria o que foi. para sua eliminação sugiro acusá-la dos crimes de sonegação, roubo de processo, ocultação de patrimônio, destruição de área amniental, caso CBF/FIFA, etc etc

    Para mim seria caso de fuzilamento, mas como a nossa lei ainda não permite isto, cadeia bem longa neles.

  2. A força da ideologia de

    A força da ideologia de extrema direita faz com que esses verdades absolutas ditas neste post tornem-se palavras ao vento na atual conjututra. Mas a verdade sobreviverá e o que é passageiro hoje se tornará objeto de estudos no futuro. O que me consola neste momento é o fato de que escrever hoje  avalizando de maneira integral estas palavras esclarecedores do articulista poderá me servir de prova quando disserem a mim que eu foi um alienado e nada entendi no mundo que vivi. infelizmente o mundo é um lugar de mentiras e falsidades que sempre usou de moros e globos para se transfigurarem como verdades.

    1. Quem patrocina o aliciamento

      Quem patrocina o aliciamento de juizes e promotores estrangeiros  nos EUA para causas politicamente corretas, o combate à corrupção é a maior delas,  NÃO é a extrama direita e nem a direita, é a ESQUERDA americana, representada pela ala esquerda  pelo Partido Democrata, que é sustentada pelos movimentos politicamente corretos, de minorias, de transparencia, de ética, etc.  Quem cobate a corrupção nos EUA é a esqurda, o Departamento de Justiça é na esmagadora maioria do PD.

      A DIREITA americana é o oposto dessa visão, estão mais alinhados a polticos tradicionais latino-americanos, hoje é Trump.

       

      1. quem….

        Caro sr. André, então este Politicamente Correto representado também pela Esquerda nacional não é quem fomenta este intervencionismo? E depois reclamam de interbencionismo? É muita bipolaridade. 

  3. Enquanto útil aos propósitos

    Enquanto útil aos propósitos do Tio, condecorações e títulos que conferem, mas que  retiram quando finda a missão. 

    Um homem jovem, vaidoso, com o estrelato já incorporado à sua vida, já absorvido como perene, eterno.

    É bom começar a entender o sentido da impermanência,  pois, como diz a canção popular, a vaidade logo, logo vai recolher a escada.

  4. O texto, apesar de bom, não

    O texto, apesar de bom, não traz novidades.

    Continuamos reféns desta sinuca em que fomos metidos pela paralisia das F. A. (em se omitir na defesa de nossa soberania, como reconheceu esta semana o general comandante) e a conivência criminosa do STF.

    Continuo sem esperanças, ou melhor, muito pessimista…

  5. Esclarecedor

    Esse texto conseguiu articular várias informações e estabelecer um fio que conduziu à tragédia do Brasil de agora. Muito bom!

  6. moro….

    Creio que todas estas preocupações são verdadeiras e necessitam de resposta. Mas o fratricídio foi politica imposta nestes 30 anos. Quando o General do Exército criticou a intervenção branca das potências na Amazônia através de Ongs (e reafirmada na visista de Temer à Noruega, por seu governo) foi uma enxurrada de criticas e acusações de fomentar teorias conspiratórias. A vingança contra a farda pesou mais que o argumento. Agora, estes interesses são evidentes. O carcará se alimenta do moribundo, antes mesmo da sua morte. É sua natureza. Culpa dele? Ou culpa nossa de levar o Estado Brasileiro à condição de moribundo? E mesmo que estes interesses sejma reais, não altera em nada a barbárie da completa falta de representatividade da sociedade brasileira. Uma farsa de Estado que não passa de facções parasitando o Orçamento Público para sustenbtar nababescamente sua existência. E a completa ditadura travestida de democracia, em eleições farsantes e obrigatórias, que nada representam. Trazer o país até esta condição abriu a oportunidade a estranhos aumentarem em sobremanera a pilhagem histórica. Baseados, enganosamente, em redemocratização, liberdade e nova Constituição, a culpa seria de quem?  

  7. O Brasil sempre foi temido

    O Brasil sempre foi temido pelos Estados Unidos, principalmente no governo do maior presidente da historia do planeta. Estavamos virando uma naçao tão poderosa, com recursos ilimitados que daria, em escala de potencia, uma China e um Estados Unidos juntos, algo que brilharia mais que uma constelacao galática. Mas aí veio o Moro e estragou tudo. Danadinho.

    1. O cinismo é a arma dos cretinos

      Quando todos sabem que neste mato tem coelho. Você deveria ser um dos que desacreditavam os incautos que os EUA não teve participação ativa no golpe de 1964. Foram precisos mais de 40 anos para que a realidade viesse a tona e caisse sobre as cabeças destes bananas tupiniquins. 

  8. País sem inteligência nem projeto

    Onde estão os defensores da nossa soberania? Onde está a inteligência militar que não percebe nada? Ou está de acordo?

    A Amazônia, o nióbio, o petróleo e todas outras riquezas estão a descoberto. É muito triste e decepcionante.

  9. Fernando Horta já explicou

    Fernando Horta já explicou que essas teses não passam de “mero senso comum”, Moniz Bandeira é um historiador do “senso comum”, suas ideias não seriam válidas em ambiente acadêmico. Bem diferente de Fernando Horta, um grande historiador!

    1. Senso comum e senso acadêmico

      Não entendi se daytona está sendo irônico, mas o fato é que pelas suas palavras aparecem um problema central em nossa história intelectual e cultural. A seu ver, o que é mais importante, o senso comum ou o senso acadêmico? O Fernando Horta não me parece ser um típico acadêmico (aliás, um de seus posts recentes sobre listras e estrelas, salvo engano, sumiu do site ggn). Acadêmicos típicos sequer escrevem em blogs ou similares, preferindo as rígidas estrututras de publicação “científica”, existentes no Brasil, quase todas sob controle de instituições ou modelos norte-americanos, incluindo CAPES e CNPQ.

      Mas o que eu escrevia quando chegou esse comentario é o seguinte:

      Concordo que o texto não traz muitas novidades ao que já é conhecido sobre o Moro e suas relações com os EUA. Mas ele tem uma importância que não pode ser negada nem ignorada, é a de que precisamos ter em mente o seguinte:

      LEVEM NOSSOS RECURSOS, MAS NÃO LEVEM A NOSSA CONSCIÊNCIA.

      O que tem sido roubado historicamente do povo brasileiro é a consciência histórica e cultural sobre quem somos, o que temos e do que somos capazes. O domínio dos meios de comunicação através de silêncios e falseamentos das narrativas é um dos maiores males que se praticam historicamente contra as classes médias e baixas brasileiras. Nesse sentido, o texto é muito feliz quando traz ao debate os estudos produzidos pela UFRJ ou de qualquer outra universidade brasileira. Afinal, o país investe muito dinheiro nas universidades públicas e faz pouquíisimo uso dos conhecimentos ali produzidos. Professores e cabeças pensantes são uma grande ameaça ao Estado brasileiro, historicamente mancomunados com interesses estrangeiros, e desde as reformas do Marques de Pombal no seculo XVIII, as melhores cabeças pensantes do Brasil são perseguidas, cerceadas ou aniquiladas. Ao mesmo tempo, permanecem impunes torturadores, sequestradores, políticos, etc.

  10. Torcida não ganha jogo

    Leio com frequencia comentários sobre matérias excelentes sobre a situação que o país atravessa.

    O coletivo “Jornalistas Livres” é a expressão viva de um trabalho dígno para alimentar um contra golpe.

    Cito este, mas todos os blogs progressistas,  como o do Nassif, também fazem um trabalho que municia as forças do contra golpe.

    Mas o que vejo nos comentários?

    “Ótimo”, “pefeito”, “excelente artigo”, “magistral”, “lavou minha alma”…

    Torcida não ganha jogo.

    Quem ganha jogo é um time bom, articulado e deixa o adversários sem ação.

    O time ruim só ganha jogo com a ajuda do juiz, com violência, torcida jogando garrafas ou invasão do campo.

    É o que está acontecendo.

    Temos todos os diagnósticos possíveis e a previsibilidade do que vai acontecer.

    No entanto ficamos comentando e elogiando os artigos.

    Esse pessoal estão tento um trabalho imenso, gastando recursos, viajando, cobrindo tudo o que possível cobrir das ações contra golpe. E nós só elogiando sentado no conforto das nossas cadeiras à frente do computador.

    Isso não ganha jogo. Tem por a mão na massa.

    Nilson Lage, tambem desse mesmo coletivo, faz um diagnóstico sombrio sobre os passos seguintes desta crise.

    E nós sentados elogiando os artigos.

    Enquanto isso Aécio se livra do primeiro pedido de cassação, e Gilmar Mender vai relatar um ou dois dos sete processos sobre o mineirinho. E nós escrevendo e atacando o golpe, enquanto eles agem com ações efetivas.

    Com que armas vamos lutar?

    Só elogiando ou atacando.

    Assim nem juiz consegue ajudar o time que está perdendo.

  11. Torcida não ganha jogo

    Leio com frequencia comentários sobre matérias excelentes sobre a situação que o país atravessa.

    O coletivo “Jornalistas Livres” é a expressão viva de um trabalho dígno para alimentar um contra golpe.

    Cito este, mas todos os blogs progressistas,  como o do Nassif, também fazem um trabalho que municia as forças do contra golpe.

    Mas o que vejo nos comentários?

    “Ótimo”, “pefeito”, “excelente artigo”, “magistral”, “lavou minha alma”…

    Torcida não ganha jogo.

    Quem ganha jogo é um time bom, articulado e deixa o adversários sem ação.

    O time ruim só ganha jogo com a ajuda do juiz, com violência, torcida jogando garrafas ou invasão do campo.

    É o que está acontecendo.

    Temos todos os diagnósticos possíveis e a previsibilidade do que vai acontecer.

    No entanto ficamos comentando e elogiando os artigos.

    Esse pessoal estão tento um trabalho imenso, gastando recursos, viajando, cobrindo tudo o que possível cobrir das ações contra golpe. E nós só elogiando sentado no conforto das nossas cadeiras à frente do computador.

    Isso não ganha jogo. Tem por a mão na massa.

    Nilson Lage, tambem desse mesmo coletivo, faz um diagnóstico sombrio sobre os passos seguintes desta crise.

    E nós sentados elogiando os artigos.

    Enquanto isso Aécio se livra do primeiro pedido de cassação, e Gilmar Mender vai relatar um ou dois dos sete processos sobre o mineirinho. E nós escrevendo e atacando o golpe, enquanto eles agem com ações efetivas.

    Com que armas vamos lutar?

    Só elogiando ou atacando.

    Assim nem juiz consegue ajudar o time que está perdendo.

  12. “O juiz Sérgio Moro é louvado

    “O juiz Sérgio Moro é louvado em verso e prosa pelos meios de comunicação tradicionais, nacionais e estrangeiros. Foi ‘personalidade do ano’ pelo Globo, esteve entre ‘as 100 personalidades mais influentes’ da revista Time, alçado à condição de 13o entre ‘os maiores líderes mundiais’ pela revista Fortune e 10o entre os mais influentes da agência de notícias financeiras Bloomberg.

    O que teria levado o juiz federal ao estrelato? Que apoios teria acumulado para se tornar uma quase unanimidade internacional?”

    Globo? Time? (Ou ainda Globo-Time.) Fortune? Bloomberg? É nisso que se resume o mundo? Olha que a maioria das pessoas não lê essas publicações…

    Isso é unanimidade internacional? Em que? Só se for em neoliberalismo, coisas do capital, CEO. Mas Sérgio Moro não devia ser… juiz? Em Direito Moro também é unanimidade?

    É isso, como juiz Sérgio Moro é um ótimo CEO neoliberal. Direito, que é bom, tá difíicil ali, hein?

    Se a gente, cada um de nós, não conseguir sair desse círculo, não desmonta os ataques do neoliberalismo… E aí só nos resta reclamar, protestar e tudo mais que esse neoliberalismo se não apenas autoriza, incentiva. Sim, precisa de alguém reclamando, batendo o pezinho, até para disfarçar a unilateralidade da narrativa.

  13. As forças nos EUA que

    As forças nos EUA que impulsionam esse projeto policial-juridico de combate à corrupçõao como cruzada messianica foram

    derrotadas pela eleição de Trump, que representa o polo oposto ao politicamente correto.

    Os ativistas do Departamento de Justiça, comandados por Loretta Lynch não estão mais no comando, hoje entrou uma outra turma que não  quer corrigir o mundo pelo ativismo judicial, portanto essa corrente está em descenso, mesmo porque o chefe maior de todos, Donald Trump, é a contraface do que no Brasil seria um politico do PMDB ou do DEM.

    Trump não quer ser o moralista do mundo e se dá bem com qualquer um, sem se importar com a folha corrida.

    Trump é o inimigo natural da “industria do compliance” que paralisa a economia mundial desde o 11 de etembro de 2001.

    Na ideologia do “compliance” tudo é crime, tudo é corrupção, tudo é proibido, o controle custa mil vezes mais que o risco

    controlado, para cada obra há dez auditores e um engenheiro, nada se faz, o mundo fica paralisado pelo excesso de controle.

     

    1. Joesley
      Este comentário cai como uma luva nas figuras dos engenheiros Joesley e Marcelo, entre outros.Fica a dúvida se o país precisa mais destes engenheiros para impulsionar o nosso progresso moral, ético e, principalmente, econômico.

    2. Wow Loretta Lynch ativista.

      Wow Loretta Lynch ativista. Aquela mulher não tocou nenhum dedo nos gansgsters de Wall Street enquanto esteve no DoJ. Nem sequer abriu investigação de abuso policial contra negros.  A turma do Trump não é diferente, idem o bloqueio da carne brasileira que tem como objetivo destruir a imagem do produto braileiro e prejudicar as exportações brasileiras não apenas para os EU para todo o mundo.

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