Morte de Chadwick Boseman, em pleno movimento antirracista, gera comoção

"De Black Panther a Jackie Robinson, ele inspirou gerações e mostrou que nós podemos ser tudo que desejamos, até super-heróis”, escreveu Joe Biden

Da agência RFi

A comoção pela morte do ator Chadwick Boseman extrapola o mundo artístico e dos fãs e toma uma dimensão política ao acontecer em pleno movimento antirracista. A estrela de Pantera Negra, de apenas 43 anos, sucumbiu a um câncer.

Boseman era um artista em ascensão: em 2022, deveria estrelar a continuação de Pantera Negra, um sucesso de bilheteria há dois anos, com mais de US$ 1 bilhão de dólares arrecadados em todo o mundo. Ele se tornou o primeiro ator negro a interpretar um super-herói como protagonista em filme do universo Marvel. A obra, ambientada no fictício reino africano de Wakanda, foi aclamada pela crítica e pelo público e disputou o Oscar de melhor filme.

No início da carreira, Boseman interpretou os ícones negros Jackie Robinson em 42: A História de uma Lenda e James Brown em Get on Up, com atuações brilhantes.

Silêncio sobre a doença
Uma nota publicada nas redes sociais do ator informou que ele “faleceu em casa, com a esposa e a família ao seu lado”. Boseman tinha câncer de cólon, diagnosticado pela primeira vez em 2016.

O astro nunca havia falado publicamente sobre a doença e continuou trabalhando em diversos filmes de Hollywood, apesar das “inúmeras operações e sessões de quimioterapia”, indicou sua família. “Foi um verdadeiro guerreiro. Chadwick persistia através tudo isso”, acrescenta a nota. Recentemente, ele apareceu em Destacamento Blood, do diretor Spike Lee.

Homenagens de democratas

Desde o anúncio, sua morte gera comoção nas redes sociais. O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, foi um dos primeiros a reagir. “O verdadeiro poder de @chadwickboseman era superior a tudo que nós vimos nas telas. De Black Panther a Jackie Robinson, ele inspirou gerações e mostrou que nós podemos ser tudo que desejamos, até super-heróis”, escreveu, pelo Twitter.

A candidata a vice do partido, Kamala Harris, declarou estar “com o coração partido” pela morte do ator – que, como ela, estudou na universidade Howard, de Washington. “Ele era brilhante, culto e humilde. Ele nos deixou cedo demais, mas a sua vida mudou as coisas”, destacou Harris. A última mensagem de Bosenan na rede social era justamente para parabenizar a candidata democrata, também negra, pela sua nomeação.

Já Mark Ruffalo, que estrelou Pantera Negra com Boseman, publicou uma série de tuítes para homenagear o colega e declarou: “Irmão, você foi um dos maiores de todos os tempos e a sua grandeza apenas começava”.

“Chadwick era especial, uma pessoa realmente original”, disse Chris Evans, o “Capitão América” na série Marvel. “Era um artista profundamente engajado e constantemente curioso. Ele ainda tinha muitos trabalhos formidáveis a nos dar.”

A principal organização americana de defesa dos direitos cívicos, NAACP, lembrou que Boseman “mostrou como vencer as adversidades com graça” e “andar como um rei, sem perder o contato comum”.

No Brasil, o rapper Emicida publicou uma foto do ator e a seguinte homenagem: “Supernova é um evento astronômico nos estágios finais da evolução de algumas estrelas, uma explosão muito brilhante. Em apenas alguns dias seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia”.

Redação

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  1. A Sociedade NorteAmericana ainda busca, de forma vagarosa e abruta, aquilo que Nós Brasileiros já temos e Somos há mais de 200 anos: Uma Nação entre Iguais. Alguns percalços e retrocessos como nestes 90 anos de Estado Ditatorial Esquerdopata Fascista. Mas nada que mude o DNA do Povo Brasileiro. “Após 114 anos, zoológico dos EUA se desculpa por exibir Jovem Negro em jaula de macacos (uol/27.08)”. No Brasil contemporâneo, o Presidente da Repúblico era o Negro Nilo Peçanha. Já Fomos cabeça antes de retrocedermos em rabo. A Verdade é Libertadora.

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