Jornal GGN – O Ministério Público de São Paulo irá investigar a conduta de policiais militares que entraram em confronto com manifestantes pró-democracia e antifascistas na Avenida Paulista, em protesto organizado por grupos de torcida de futebol. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.
Durante ato no final de maio, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes opositores ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
A investigação foi determinada pelos promotores Anna Trota Yaryd e Eduardo Ferreira Valerio, que atenderam pedido do deputado estadual Paulo Fiorilo (PT).
De acordo com o parlamentar, a corporação agiu com ‘violência e truculência’ contra os militantes da luta pela democracia, enquanto manifestantes bolsonaristas foram tratados de ‘modo leniente e complacente’, mesmo armados com tacos de beisebol e exibindo símbolos nazistas.
“As imagens registradas pela mídia mostram a clara diferença da conduta da Polícia Militar ao lidar com os dois grupos. O grupo pró-Bolsonaro, que entre outras pautas defende a intervenção militar, foi afastado e dissipado através do diálogo. O grupo pró-democracia foi afastado e dissipado através da força e da truculência”, argumentou Fiorilo.
Para a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos a apuração é necessária uma vez que “a garantia da segurança pública não pode ser pretexto para a negação do direito de reunião e de manifestação pública do pensamento”.
Com a decisão, o comandante geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Fernando Alencar Medeiros, deve responder uma série de questionamentos, por exemplo, quantas balas de borracha e bombas de efeito moral foram usadas pelos agentes na ocasião e se foi aberto processo na Corregedoria da corporação para apurar o caso.
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