MPF deve adotar outro modelo para Lava Jato até 2021 e colocar fim em “marca” de Curitiba

O MPF já discute a criação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Unac) ou a adoção de Grupos de Atuação Especial (Gaecos) em outros Estados

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jornal GGN – O futuro sobre o modelo de investigações Lava Jato já é pauta da Procuradoria-Geral da República (PGR). Até dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) deve abandonar o modus operandi das forças-tarefas originado em Curitiba e definir um novo padrão investigativo. As informações são do Jornal Estado de S. Paulo. 

A prorrogação da Lava Jato em Curitiba foi dada apenas até janeiro de 2021. Por isso, o MPF já discute a criação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Unac) ou a adoção de Grupos de Atuação Especial (Gaecos) em outros Estados. 

A diferença entre os três modelos se dá pela forma como os procuradores trabalham e sua relação com a PGR. 

Atualmente, seguindo os padrões criados em Curitiba, os integrantes das operações são nomeados pelas Procuradorias regionais e a PGR apenas decide sobre a exclusividade dos procuradores ou a continuidade do funcionamento de cada força-tarefa. Ainda, os grupos podem contar com apoio de técnicos de outros órgãos do Estado e as provas ficam no MPF local.

Já na Unac, em discussão no Conselho Superior do MPF, a PGR passaria a ter mais influência nas grandes investigações, ao indicar o coordenador da unidade e o responsável por cuidar do arquivo de provas de todas as investigações de que o órgão participar no País. Os procuradores dessa unidade central atuariam apenas quando o apoio fosse solicitado. 

Além disso, desde janeiro deste ano, o MPF tem os Gaecos, que copiam o modelo implementado nos MPs estaduais desde os anos 90. Por exemplo, o Gaecc do Rio, que investiga o esquema de rachadinha do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Atualmente, apenas Minas Gerais, Paraná e Paraíba têm Gaecos federais.

Redação

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