Multimídia do dia

Momondo

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A república das aranhas

Após ser designado  pelo Ministro da Justiça para exercer o cargo de Chefe de Polícia, e algum tempo depois, desembargador, Joaquim Francisco de Faria foi nomeado Procurador da Coroa, Soberania e Fazenda Nacional. Era 15 de dezembro de 1875;  mesmo dia em que  o cônego Vargas descobria n‘A sereníssima república’ uma espécie de aranha que dispõe do uso da fala (expressando-se numa língua rica e variada, com estrutura, sintáxica, verbos, conjugações, etc) e um ano antes de aparecerem ao cônego outros aracnídeos unidos pela língua, caracterizados pela exímia feição das teias, mas necessitados, mais do que de uma associação, de um governo idôneo, de um sistema eleitoral justo, que acaba por não perdurar,  fraudado e modificado ao sabor de interesses e conveniências, de acordo com  essa natureza pacientemente estudada  sobre as aranhas que ao serem lançadas em livros cuidaram que fosse o registro dos próprios pecados,  delegando ao narrador  a consideração em sentença de que o comentário da lei, infelizmente, é a eterna malícia; a mesma porta aberta à lealdade  que serviu à astúcia;  lei emendada,  enfim,  que aboliu a faculdade da prova testemunhal, conforme sátira de Machado de Assis publicada provavelmente contra o  jornal O Globo, em 1882.  Cinco anos depois, por um decreto de 30 de março de 1887,  Joaquim Francisco de Faria foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. (CK)

Conto

http://www.passeiweb.com/estudos/livros/a_serenissima_republica_conto

Análise

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