Multimídia do dia

As imagens e os vídeos selecionados.

Redação

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  1. A Verdadeira Cultura Negra ( * )

    Quando ouço falar de “cultura negra”, saco do meu exemplar da “História da Inteligência Brasileira”, de Wilson Martins, e esfrego-o na cara do interlocutor: “Cultura negra? Cultura negra para mim é o Aleijadinho, é Gonçalves Dias, é Machado de Assis, é Capistrano de Abreu, é Cruz e Sousa, é Lima Barreto. Quer Vossa Senhoria me explicar como esses negros e mulatos puderam subir tão alto, numa sociedade escravocrata, enquanto seus netos e bisnetos, desfrutando das liberdades republicanas, paparicados pela ‘intelligentsia’ universitária, não conseguem hoje produzir senão samba, funk e macumba e ainda se gabam de suas desprezíveis criações como se fossem elevadíssima cultura?”

     O interlocutor, aterrorizado ante a perspectiva de ter de raciocinar por uns minutos fora da área de segurança dos chavões estabelecidos, fica mudo. Então, dou eu mesmo a resposta. É que aqueles ilustres brasileiros não tinham bebido o veneno universitário norte-americano e conservavam seus cérebros em bom estado. Entendiam que suas remotas origens africanas tinham sido neutralizadas pela absorção na cultura ocidental, que sua condição de raça era apenas um fato biológico sem significação cultural por si, que a cultura a que tinham se integrado não era branca, mas universal, que era mais útil e mais honroso para o negro vencer individualmente no quadro da nova cultura mundial do que ficar choramingando coletivamente as saudades de culturas tribais extintas.

     Ao afirmar-se como valores da cultura ocidental, esses homens ainda prestaram a ela o mais relevante serviço: cobraram dela o compromisso universalista firmado na cruz do Calvário, libertando-a das amarras do falso compromisso, acidental e transitório, que ela firmara mais tarde com a raça branca. Elevando-se, elevaram-na. Quem eram, afinal, ante os negros, os portadores dessa cultura? Eram portugueses -uma raça céltica, tardiamente cristianizada por invasores imperialistas. E de onde vinha a força dos portugueses? Vinha da desenvoltura, do otimismo, da pujança com que, em vez de cair no ressentimento saudosista, em vez de revoltar-se contra a perda de suas “raízes” locais e raciais, em vez de buscar falsos consolos no ódio aos colonizadores, souberam se integrar criativamente no mundo cristão e tornar-se, mais que seus porta-vozes, seus soldados e seus poetas.

    Coisas análogas podem dizer-se dos franceses, dos ingleses, dos dinamarqueses, dos suecos e, enfim, de todos os povos europeus: todos abandonaram seus cultos primitivos para integrar-se na nova cultura. Transfigurados pela cultura universalizante que os absorveu, puderam por isso mesmo tornar-se nações grandes e poderosas, ganhando com a renúncia e recuperando sua identidade num plano mais alto. E de onde veio a tragédia cultural do povo alemão senão de sua cristianização imperfeita, de sua deficiente universalização, que, deixando à mostra as doloridas raízes da velha cultura bárbara, ocasionou a crise de regressão uterina que foi o nazismo? É precisamente por não ter se libertado de seu apego a origens raciais e a cultos mitológicos que a Alemanha jamais alcançou, no mundo, o posto de liderança a que tão ardorosamente aspira: não há grandeza fora do senso de universalidade, que exclui por definição o apego atávico à comunidade de sangue. O destino da Alemanha é uma lição para os negros.

    E o anti-semitismo do sr. Louis Farrakhan ( * ) não é, definitivamente, mera coincidência.

     Se os portugueses, em vez de agir como agiram, tivessem dado ouvidos ao saudosismo rancoroso, apegando-se a cultos bárbaros e abominando o cristianismo como “religião dos dominadores”, teriam sido varridos do cenário histórico e hoje teriam de viver da caridade dos museus de antropologia. A máxima expressão de sua cultura não seria Luís de Camões, mas alguma coisa como o sr. Pierre Verger. E Portugal mesmo, mais tarde, ao abdicar da vocação universalista para cair no culto atávico do passado, saiu da história… Os negros de gênio que se ocidentalizaram galhardamente, sem um gemido de rancor impotente, e que enriqueceram a cultura ocidental com suas criações imortais fizeram mais pelos seus irmãos -da sua e de todas as raças- do que os demagogos e palhaços que hoje querem não apenas escravizar os negros na adoração regressiva de cultos museológicos, mas africanizar todo o Brasil.

    1. ( * ) Louis Farrakhan (breves referências e controvérsias):

      a colaborativa enciclopedia wikipedia brasileira, pra variar, omite, dá um resumo ridicularmente resumidíssimo. Por isso, eis a wikipedia internacional (colaborada, acrescentada, corrigida, contra-corrigida constantemente por todo o mundo – Ver pelo tradutor  https://translate.google.com/): https://en.wikipedia.org/wiki/Louis_Farrakhan#Criticism_and_controversy

      http://www.britannica.com/biography/Louis-Farrakhan

      e um sumário ( para acesso de textos completos, paga-se por assinatura):

      http://www.oxfordreference.com/view/10.1093/oi/authority.20110803095811101

  2. Questão: – o Multimídia do Dia como eventual espaço ampliado

    aberto a postagem curiosa,ou de teor crítico-controverso,isto é,q não encontre espaço mais visível no blog.(Sugiro e submeto como questão tendo em vista esta seção apresentar trajetória de crescentes visitações,sejam por compartilhamentos,ou visualizações,muito mais do que tem sido o Fora de Pauta).Seria bom saber de manifestações de discordâncias ou concordâncias a este uso q fiz ontem e faço agora, v. abaixo- charges,curtas piadas, vídeos de música (claro),mas tb eventual crônica,ou poesia- p/sinal foi Vânia q tomou iniciativa,e inaugurou poesia p/aqui,se não me engano, Recentemente ela tb inaugurou piada,o q fiz em seguida).- Havendo discordâncias, de preferência argumentadas, cancelo postagens que não sejam vídeos.

    1. um puxão de orelha – sugiro se eu abusar, ou quaisquer pessoas

      que tenderem a monopolizar a seção. (Sinto já ter incorrido nisso, apesar de ter recebido estrelas, creio que cometi abuso – Estrelas, assim eu vejo, como referência, a única que podemos ter – até porque não temos acesso às estatísticas da Equipe do Blog). Há participantes noutras seções que ficam defendendo sua própria postagem, repetidamente. Evito, e lamento também já ter incorrido nesse incômodo. Aprecio mais quem discorde do que eu postar, do que quem concorde (não que eu não valorize estas últimas. Se meu achômetro, muito falível, por sinal, sentir que há surpreendente unanimidade, meio que me constrange, seja frescura ou bobagem minha, não sei)

  3. Ontem, 11 de novembro foi

    Ontem, 11 de novembro, foi comemorado a independência de Angola, que os nossos irmãos angolanos não esmoreçam na árdua luta de contruir um saudável país . 

    Primeiro Mundo – Aline Frazão 

    [video:https://youtu.be/koDOMtcnOqQ%5D

    Aquela Rua – Selda

    [video:https://youtu.be/MbtucL-p-qM%5D

    Mwangolé (O Guerrilheiro) – David Zé

    [video:https://youtu.be/5r0CbrWlt3I%5D

    Mulemba Xangola – Bonga & Lura

    [video:https://youtu.be/ZirILoMfl4c%5D

    1. David Zé foi um músico que

      David Zé foi um músico que exaltava a importância da luta de guerrilha para libertação de Angola . Morreu em 27 de maio de 1977, aos 32 anos de idade .

       

    2. Do Povos Buscamos a Força – Poemas de Angola

      Não basta que seja pura e justa

      a nossa causa

      É necessário que a pureza e a justiça

      existam dentro de nós.

       

      Dos que vieram

      e conosco se aliaram

      muitos traziam sobras no olhar

      intenções estranhas.

       

      Para alguns deles a razão da luta

      era só ódio: um ódio antigo

      centrado e surdo

      como uma lança.

       

      Para alguns outros era uma bolsa

      bolsa vazia (queriam enchê-la)

      queriam enchê-la com coisas sujas

      inconfessáveis.

       

      Outros viemos.

      Lutar pra nós é ver aquilo

      que o Povo quer

      realizado.

      É ter a terra onde nascemos.

      É sermos livres pra trabalhar.

      É ter pra nós o que criamos

      Lutar pra nós é um destino –

      é uma ponte entre a descrença

      e a certeza do mundo novo.

       

      Na mesma barca nos encontramos.

      Todos concordam – vamos lutar.

       

      Lutar pra quê?

      Pra dar vazão ao ódio antigo?

      ou pra ganharmos a liberdade

      e ter pra nós o que criamos?

       

      Na mesma barca nos encontramos

      Quem há-de ser o timoneiro?

      Ah as tramas que eles teceram!

      Ah as lutas que aí travamos!

       

      Mantivemo-nos firmes: no povo

      buscáramos a força

      e a razão

       

      Inexoravelmente

      como uma onda que ninguém trava

      vencemos.

      O Povo tomou a direção da barca.

       

      Mas a lição lá está, foi aprendida:

      Não basta que seja pura e justa

      a nossa causa

      É necessário que a pureza e a justiça

      existam dentro de nós

                  –  Agostinho Neto ( * )

    3. Antônio Carlos-Silva Brasil, gostaria de sua opinião

      sobre o artigo A Verdadeira Cultura Negra mais abaixo.

      Claro que entenderei silêncio como discordância.

      Também desejaria saber o(s) ponto(s) de discordânica(s).

      Entenderei silêncio.

  4. Masculino, Feminino

    [video:https://youtu.be/Eusc2LanLHc%5D

     

    Masculino, Feminino

    Composição: Homero Moutinho Filho

    Erasmo Carlos – Marisa Fossa

     

    Já são seis horas, meu bem

    Vire o relógio, meu amor

    Faz tanto tempo, nem sei

    Neste silêncio de nós dois

    Vim pela vida, cansei

    Perdidos sonhos me entreguei

    Me dê um cigarro, meu bem

    Primeiro um beijo, meu amor

     

    A chuva fina cai

    Clareando e a luz

    Me faz lembrar

     

    Que já são seis horas

    Eu sei…

    Momentos quantos passei

     

    Desfiz enganos, me encontrei

    Quem sabe agora, talvez

    Puxe a coberta, meu amor

     

    A chuva fina cai

    Clareando e a luz

    Me faz lembrar

     

    Que já são seis horas

    Eu sei…

    Já são seis horas

    Puxe a coberta e vem

    Vem, meu amor

    Puxe a coberta e vem

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