Na pandemia, militares e centrão racham cargos no Ministério da Saúde

O ministro interino, general Eduardo Pazuello, vai dobrar o número de militares em cargos estratégicos na Saúde, chegando a cerca de 40 nomeados

Nota da redação: Matéria publicada originalmente em 25/5/2020, editada em 26/5/2020 para acréscimo de direito de resposta

Jornal GGN – Em plena pandemia de coronavírus, o Ministério da Saúde já perdeu dois ministros e agora está sob influência de militares e de partidos do Centrão. É o que informa o Estadão desta segunda (25).

De acordo, o jornal, o ministro interino, general Eduardo Pazuello, vai dobrar o número de militares em cargos estratégicos na Saúde, chegando a cerca de 40 nomeados. Enquanto isso, para obter apoio na Câmara, Jair Bolsonaro distribui pedaços do Ministério ao centrão.

“Líderes do Progressistas (antigo PP) e do PL chegaram a um acordo para indicar o médico Marcelo Campos Oliveira como secretário de Atenção Especializada à Saúde (Saes). (…) A secretaria é cobiçada por liberar recursos para custeio de leitos em hospitais de todo o País. Durante a pandemia, já autorizou bancar R$ 911,4 milhões para o funcionamento, por 90 dias, de 6.344 quartos de UTI específicos para a covid-19”, explicou o jornal.

Oliveira trabalhava em área subordinada à Saes desde 2019. Ele substitui na Secretaria o administrador de empresas Francisco de Assis Figueiredo, indicado do PP no governo Temer.

Em nota ao GGN, o médico Marcelo Campos Oliveira negou relações com o Centrão. Ele disse que ganhou “notoriedade” e “confiança” de Bolsonaro por ter participado da equipe médico que garantiu seu atendimento no episódio da facada, durante a corrida presidencial. Além disso, afirmou que foi sua proximidade com Bolsonaro e com o ex-ministro Nelson Teich que resultou na nomeação para o novo cargo.

“Marcelo NUNCA teve qualquer ligação ou relação com os Partidos Progressista (PP) e PL, ou qualquer outro partido e/ou político que compõem o chamado Centrão, não tendo, sequer, empatia pelos ideais por eles sustentados, o que vai de encontro ao teor equivocado da matéria veiculada [pelo Estadão].”

“A indicação de Marcelo Campos Oliveira ao cargo de Secretário da SAES partiu do ex-Ministro Nelson Teich, não estando, portanto, envolvida numa tentativa do Governo de negociar cargos com o Centrão”, diz a nota.

 

Redação

5 Comentários

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  1. Isso aí é o de menos…
    rola por aí que já estão incentivando todos os apoiadores fanáticos a se armarem até os dentes

    todo brasileiro(a) que se recusar a apoiar a forma de governo que, aparentemente, pretendem implantar, passará a ser visto como inimigo do Brasil

  2. Na maior crise sanitária já vivida, não querem deixar o espaço para os especialistas técnicos. Provável que em umas poucas semanas estarão cada grupo repassando as culpas pela tragédia aos outros. A saber, a quem ficam destinadas as compras, em tempos de subnotificações, superfaturações e baixa fiscalização.

  3. O lance é bater na imprensa e pagar robôs e sites de fake news.
    O negócio é bater no Judiciário e no Legislativo pra deixar o campo aberto para a caterva fazer o que quiser.
    Como não terá apoio amplo da população, é importante armar até os dentes os paranoicos de plantão.
    E de quebra, fazer do Brasil uma Colômbia, bem ao gosto da CIA. Milícias e paramilitares, comportamento mafioso, enraizamento nos poderes constituídos.

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