Não queremos no MP pessoas que pensam diferente de nós, diz Flávio Bolsonaro

Filho do presidente da República confirma que mudanças na PGR vão refletir na estrutura do Ministério Público Federal

Foto: Agência Senado

Jornal GGN – O senador Flávio Bolsonaro disse em entrevista à jornalista Andrea Sadi, da GloboNews, que a mudança na Procuradoria Geral da República será “uma das decisões mais importantes” do pai, Jair Bolsonaro, porque deverá refletir na estrutura do Ministério Público Federal.

O filho do presidente, investigado pelo MP do Rio de Janeiro por corrupção envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz, indicou que a instituição não terá mais espaço de destaque para quem não compactua com a mesma ideologia do governo de extrema-direita.

“O Ministério Público, como fiscal da lei, pode interferir em diversas áreas que, para nós, são importantes que não sejam dominadas por pessoas ideologicamente que são contra o que a gente pensa (sic).”

“Meio ambiente, segurança pública… A gente sabe – e esse foi o projeto vitorioso nas urnas – que coisas têm de mudar em relação ao passado. A gente vai ter no Ministério Público pessoas que vão compreender não só o resultado das eleições, mas vão agir dentro da lei, sem viés ideológico.”

Leia mais: Bolsonaro articula mudanças na PGR podendo atingir o segundo escalão

Redação

13 Comentários

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  1. Ele está certo. A escolha do MP é prerrogativa doe Presidente da República.
    O PT errou ao agir com falso republicanismo e deixar inimigos neste importantíssimo cargo.
    John Kennedy, por exemplo, colocou o próprio irmão no cargo equivalente nos EUA.

    1. Mas aí o estado perderia o caráter democrático, vira totalitarismo, justo o que o PT quer evitar. Na verdade já virou totalitarismo, como sempre, mais uma ditadura de direita. O corintiano lá que o diga…

      1. Só para entender seu ponto de vista.
        A escolha sendo feita pelo colegiado de procuradores é democrática?
        Não me parece. Se este cargo é definido pelo Presidente da República, ele é um cargo de confiança, assim como são os ministros.
        Deveria haver então lista tríplice para ministros?
        O rito democrático não é o mundo de sonhos, requer escolhas e uso do poder. Se você não utiliza o poder que ganhou pelo voto está traindo seus eleitores.
        Dilma traiu os eleitores colocando Levy no comando da economia. Isto, sim, foi antidemocrático.
        A escolha que dependem do Presidente são de escolhas dele. Órgãos de controle sim, devem ter escolhas por colegiado.

      2. Se pesquisarmos um pouco, podemos encontrar :
        “No Brasil, o Procurador-Geral da República é a autoridade responsável pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no país. É nomeado pelo presidente da República dentre integrantes da carreira com mais de trinta e cinco anos de idade, e seu nome deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal após arguição pública. “.
        Não há nada que obrigue o Presidente a escolher baseado em lista tríplice.
        Alguém colocou na cabeça de Lula e Dilma que deveria seguir um rito que não existe.

  2. Bom saber que serão indicados para o cargo indivíduos sem idoneidade moral ou capacidade juridica, apenas deverão subervientes à famiglia.
    E claro que qualquer indicação desta turma para o STF deverá ser barrada no senado.

  3. Nada é tão grave quanto silêncio dos inocentes. Embora noticiado pela morca deste país,não se vê a indignação necessária a este tipo de atitude.
    Para quem não enxergava,ou ainda não enxerga e acredita que era o PT que aparelhava o Estado,dá para perceber claramente que é aquela velha artimanha do bandido que rouba a carteira e grita pega o ladrão.

  4. Aha. Uhu. Os procuradores fascistas conseguiram um chefe para seguir. Viva Dallagnol e sua matilha de yupies. Que lambam o chão por onde passar os milicianos.

  5. Disse e repito, quando governantes de ocasião avançam sobre órgãos de estado para interferir em seu funcionamento intestino, como os patetas afirmam que os bolivarianos fazem na Venezuela, de acordo com a mesma medida, esse país pode ser considerado tudo, menos uma democracia burguesa formal. Daí em diante o PIG deveria se referir ao nosso governo como sendo uma DITADURA.

    1. Veja bem, caro comentarista, uma coisa é escolher o chefe do órgão. Outra, bem diferente, é mudar toda a estrutura funcional do órgão para nele inserir cupinchas do governo de ocasião, que “pensam” como ele. Isso viola dos preceitos constitucionais básicos, no mínimo: o da separação dos poderes e o da livre manifestação do pensamento, sem falar na impessoalidade… Então, respondendo sua pergunta, essa é a prática de repúblicas bananeiras, como essa que o Brasil virou.

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