Nelson Nicolau: a prisão de um político honesto

Atualizada 14:49

Fico sabendo agora da prisão de Nelsinho Mancini Nicolau, o primeiro prefeito eleito pela oposição em São Paulo, em 1974, em pleno regime militar.

Nelsinho é a prova viva do que acontece com o sistema judicial brasileiro. Posso afirmar sem nenhuma dúvida de que, além de um dos homens públicos mais empenhados na busca do bem comum, Nelsinho é o político mais honesto que conheci em toda minha carreira jornalística.

Sua história é um pradoxo.

No início dos anos 90, a diretoria do Banespa foi loteada para dois partidos políticos: o PMDB do então governador Luiz Antônio Fleury, e o PSDB, controlado pelo grupo de José Serra.

Explodiu uma disputa insana entre os dois grupos. Tendo fontes dos dois lados, ouvi acusações de lado a lado e apenas uma unanimidade: ambos os grupos consideravam que o único sério era Nelsinho, que, além de tudo, não entrava nas disputas internas. Nelsinho foi autor de uma lei na Assembleia Legislativa acabando com a aposentadoria permanente dos deputados. A lei foi revogada posteriormente mas Nelsinho foi o único caso de deputado que abriu mão voluntariamente de sua aposentadoria.

Toda sua energia estava a serviço do bem comum. Como diretor da área agrícola, desenvolveu uma modalidade de crédito na qual a dívida do agricultor era definida em sacas do produto plantado. Foi uma revolução em tempos em que inflação, bloqueios de cruzado, crise de crédito criava um buraco negro no mercado.

As tramoias surgiram na contratação dos grandes empréstimos do banco. O diretor da carteira de crédito, sócio de José Serra em uma empresa, montou grandes jogadas. Cabia a ele analisar o crédito. Depois, trazia para a diretoria que se limitava a avalizar o que ele dizia.

Quando explodiu o escândalo, a justiça foi em cima de todos os diretores. Todos se safaram com prescrição do caso. Menos Nelsinho, que decidiu se candidatar novamente a prefeito de São João da Boa Vista. Com isso, seu caso saiu da primeira e foi para a segunda instância. E lá, viu-se em um tribunal sem padrinho. Embora muito acossado pelo PSDB, recusou-se a ir para o partido devido ao que considerava arrogância dos principais líderes. Nem se acomodou no PMDB de Orestes Quércia.

Foi preso no início do ano e está cumprindo pena em Limeira. Há um habeas corpus solicitado ao Supremo Tribunal Federal, nas mãos do Ministro Ricardo Lewandowski. Os admiradores de Nelsinho torcem para que a verdade seja restabelecida e Nelsinho libertado. 

IstoÉ, de 2002
 
O elo perdido
 
Ex-sócio de Serra, Vladimir Rioli foi responsável por operações fraudulentas em parceria com Ricardo Sérgio
 
Amaury Ribeiro Jr.
 
Integrantes da tropa de choque que investiga irregularidades no Banespa, os deputados Robson Tuma (PFL-SP), Luiz Antônio Fleury (PTB-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP) ficaram revoltados com a operação abafa montada pela base governista para evitar o depoimento do economista Ricardo Sérgio de Oliveira na CPI que investiga operações podres nos tempos em que o banco era estatal. “Levamos um gol de mão aos 46 minutos do segundo tempo”, comparou Fleury. Os deputados passaram a última semana intrigados com o nervosismo demonstrado pelo Palácio do Planalto e pela cúpula do PSDB com a convocação. Caixa de campanha dos tucanos, Ricardo Sérgio estava intimado a comparecer à Assembléia Legislativa de São Paulo na quarta-feira 22, onde seria realizada a reunião da CPI. Diante das câmeras de televisão, o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil deveria explicar uma operação montada por ele em parceria com o Banespa em 1992, que trouxe de volta ao País US$ 3 milhões sem procedência justificada investidos nas Ilhas Cayman, um conhecido paraíso fiscal no Caribe.
 
Receosos de que Ricardo Sérgio faltasse ao depoimento, os deputados Tuma e Fleury chegaram a acionar a Polícia Federal. Num encontro com o superintendente da PF em São Paulo, delegado Ariovaldo Peixoto dos Anjos, os deputados receberam a garantia de que agentes federais conduziriam o economista até a Assembléia caso ele se recusasse a depor. Mas nada disso foi preciso. Uma manobra na terça-feira 21 enterrou as pretensões da CPI. Aproveitando a ausência da bancada oposicionista, o deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) aprovou, junto à Mesa Diretora da Câmara, a derrubada do depoimento, sob o argumento de que a operação ocorreu antes da intervenção federal. O período em que o banco ficou sob o Regime de Administração Especial Temporária (Raet) foi de 31 dezembro de 1994 a dezembro de 1997. O presidente da CPI desmonta o argumento, dizendo que a comissão investigou várias operações de empresas privadas e ouviu muitos diretores do Banespa do período anterior ao Raet. “O PSDB só questionou quando Ricardo Sérgio apareceu. Foi um ato político”, acusou Fleury. Mas documentos obtidos por ISTOÉ revelam a existência de um novo personagem que, na verdade, é o verdadeiro motivo do empenho em evitar o depoimento do 
ex-diretor do BB.
 
A Operação Banespa que ajudou Ricardo Sérgio a internar dinheiro de paraísos fiscais foi aprovada pelo então vice-presidente de operações do Banespa Vladimir Antônio Rioli. Na época, o senador José Serra (PSDB-SP) era sócio de Rioli. De acordo com o contrato social, Serra tinha 10% das cotas da empresa Consultoria Econômica e Financeira Ltda. Rioli foi companheiro de militância de Serra e do falecido ministro das Comunicações Sérgio Motta na Ação Popular (AP), movimento de esquerda da década de 60 – e arrecadador de recursos para campanhas do PSDB juntamente com Ricardo Sérgio. Era Rioli quem comandava todas as reuniões do comitê de crédito do banco estadual. Além de aprovar a operação que permitiu o ingresso dos US$ 3 milhões, ele autorizou outras transações envolvendo Ricardo Sérgio e a Calfat, uma indústria têxtil com sede em São Paulo, na qual o próprio Ricardo Sérgio atuava como presidente do seu conselho deliberativo. Em setembro de 1992, Rioli liberou para a tecelagem, sem nenhuma garantia, um empréstimo do Banespa no valor de CR$ 3,7 bilhões (correspondente hoje a R$ 1,7 milhão). Um ano depois, Rioli autorizou o Banespa a tocar várias operações de câmbio que permitiram ao ex-diretor do BB e à Calfat trazer outros recursos do Exterior, provocando um rombo nas contas do ex-banco estatal. O valor do prejuízo é desconhecido. O processo de cobrança dessa operação foi retirado da 5ª Vara Civil do Fórum de Santo Amaro, em São Paulo, pelos advogados do banco e sumiu misteriosamente em 1995.
 
A sociedade entre Rioli e Serra começou em 10 de março de 1986, quando o hoje candidato à Presidência estava deixando a Secretaria de Planejamento do governo Franco Montoro para disputar sua primeira eleição a deputado federal. A consultoria funcionou até 17 de março de 1995. Investidor da Bolsa de Valores de São Paulo, Rioli também é conhecido por sua ficha suja. Em 1999, foi condenado pela Justiça Federal a quatro anos de prisão – convertidos em prestação de serviços e pagamento de indenização – por liberar um empréstimo do Banespa equivalente a US$ 326,7 mil à Companhia Brasileira de Tratores, empresa da família Pereira Lopes, de São Carlos (SP), que estava em dificuldades e colecionava títulos protestados na praça. Em 1993, Rioli se envolveu em outro escândalo. Foi acusado pelo Tribunal de Contas da União de arquitetar uma operação que deu à Cosipa, na época estatal, um prejuízo equivalente a US$ 14 milhões. A operação, um fantástico contrato sem correção monetária numa época de inflação galopante, foi fechada em 1986, quando Rioli presidia uma outra consultoria, a Partbank S.A., e já era conhecido por dar passes de mágica no mercado financeiro. Na lista dos envolvidos, o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a incluir um outro amigo de Rioli: André Franco Montoro Filho, que na época era diretor do BNDES e apoiou o negócio. Rioli e Montoro Filho também trabalharam juntos no programa de desestatização do governo federal.
 
Simulação – No entanto, nenhum desses escândalos ganhou tanta notoriedade no nervoso mercado financeiro paulista como a parceria de Rioli com Ricardo Sérgio na Operação Banespa. Quatro experientes investidores e banqueiros examinaram documentos da transação obtidos por ISTOÉ. Todos classificaram-na como uma engenhosa simulação de empréstimo com o único propósito de produzir um pretexto legal para trazer milhões de dólares de volta ao País, com o aval do Banespa. “Os documentos são assustadores. Mostram que Rioli era mais ligado a Serra do que o próprio Ricardo Sérgio. É surpreendente saber que os tucanos conseguiram usar o Banespa para internar dinheiro durante o meu governo”, diz o presidente da CPI, deputado Luiz Antônio Fleury, que governou São Paulo entre 1991 e 1994.
 
De acordo com a papelada obtida pela revista, Ricardo Sérgio conseguiu um feito que transformaria qualquer operador em herói: vender no exigente mercado internacional títulos de uma empresa falida. A transação foi feita por meio de um instrumento específico, tecnicamente chamado de Contrato Particular de Emissão e Colocação de Pagamento e Títulos no Exterior (Fixe Rate Notes). Especialistas do mercado explicam que, de tão sofisticado, esse tipo de operação é exclusividade de empresas do porte, por exemplo, da Petrobras, com credibilidade e estrutura para obter empréstimos a juros baixos no Exterior por meio da emissão de títulos. Acostumadas a operar esse tipo de transação, essas empresas em geral têm escritórios lá fora, equipes especializadas e um permanente cartel de clientes interessados em seus papéis, que ficam depositados em uma casa de custódia renomada até serem resgatados. Ao banco intermediário cabe apenas a responsabilidade de operar os recursos obtidos com a venda dos títulos e convertê-los em moeda nacional. Mas, no lugar de profissionalismo, a Operação Banespa reúne uma coleção de lances inacreditáveis.
 
Na época da assinatura do contrato, o Banespa não tinha nenhuma condição para realizar transação desse tipo. Envolvido em vários escândalos, faltava ao banco estadual tradição nesse tipo de negócio e também estrutura no Exterior para intermediar um lançamento de títulos. A Calfat, por sua vez, era uma empresa têxtil de médio porte em processo de liquidação. Além de não possuir condição de atrair investidores no Exterior, enfrentava uma avalanche de processos de execução na Justiça, o suficiente para impedi-la de passar um cheque na quitanda da esquina. Mesmo assim, o dinheiro foi transferido das contas do Banespa nas Ilhas Cayman para a conta da Calfat, na agência do banco em Campinas.
 
Segundo relatório da CPI do Banespa, Rioli também beneficiou com um empréstimo de R$ 21 milhões, em 1993, o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra e ex-sócio do senador em terreno no Morumbi, área nobre de São Paulo. Os empréstimos, sem nenhuma garantia legal, foram concedidos às empresas Gremafer e Aceto, de propriedade de Preciado, que estavam em processo de liquidação e até hoje não foram quitados.
 
Títulos podres – Para investidores experientes consultados pela revista, esses dados bastam para provar que a Operação Banespa não passou de uma simulação. A CPI e o Ministério Público suspeitam que a transação trouxe uma sobra de campanha, já que Ricardo Sérgio e Rioli trabalhavam como arrecadadores. “Tudo indica que a Calfat emitiu títulos podres no mercado externo, que foram resgatados a valores superfaturados pela própria empresa ou empresas amigas. Essa operação acabou permitindo o retorno do dinheiro, provavelmente sobra de campanha, que estava sem procedência no Exterior. Caso contrário, significa que o Banespa assumiu todos os riscos de uma operação com uma empresa falida, um escândalo ainda maior”, afirmou um banqueiro familiarizado com esse tipo de negócio, ao analisar os documentos. Especialista em operações de lavagem de dinheiro, o jurista Heleno Tôrres explica que negócios desse tipo são cada vez mais conhecidos das unidades de inteligência financeiras, criadas em todo o mundo para rastrear transações financeiras ilícitas. Segundo Tôrres, as empresas compram no Brasil títulos podres e, em operações fajutas, vendem os papéis no Exterior a preços astronômicos. Na verdade, os títulos são resgatados pela própria empresa que os lançou em operações casadas. O jurista explica que a diferença entre os valores de compra do papel no Brasil e os do resgate, na verdade, corresponde à quantia que acaba sendo internada – e esquentada – no País.
 
Fantasma – Uma juíza federal que trabalhou no mercado financeiro diz que, para dar legalidade a operações assim, os contratos seguem todas as exigências habituais. Quando envolvem empréstimos simulados – o caso da Operação Banespa –, há cobrança judicial e até a penhora de bens e fiadores para dar cumprimento às normas do Banco Central. Só que, como se trata de uma operação-fantasma, a cobrança se arrasta até o arquivamento, sem que a dívida seja paga, e os advogados do banco dão um jeito de nunca incluir os fiadores e donos de empresas executadas na lista de inadimplentes da praça. Foi exatamente o que aconteceu na Operação Banespa. Na 4ª Vara Cível do Fórum de Santo Amaro tramitam dois processos de 1994, movidos pelo Banespa contra Ricardo Sérgio pelo não-pagamento dos US$ 3 milhões. Os autos do processo revelam outro absurdo: a garantia da operação foi a hipoteca de uma fábrica da Calfat em Leopoldina, Minas Gerais, comprovadamente insuficiente para quitar a dívida, mas o Banespa jamais tentou avançar sobre os bens do economista para diminuir seu prejuízo, apesar de seus conhecidos sinais de riqueza.
 
Outras operações tocadas por Ricardo Sérgio mostram sua habilidade em atuar em paraísos fiscais. Em 1989, o ex-diretor do BB realizou uma operação para trazer ao Brasil dinheiro que estava em Tortolla, nas Ilhas Virgens. Os documentos dessa transação mostram que no dia 19 de fevereiro a Andover Nacional Corporation, uma empresa sediada naquele paraíso caribenho, comprou do banco americano Wells Fargo um escritório localizado na avenida Paulista.
 
Uma escritura lavrada em Nova York prova que o representante da Andover era Roberto Visneviski, sócio de Ricardo Sérgio. Um ano depois, Ricardo Sérgio e o próprio Visneviski compram o mesmo escritório da Andover. Numa operação esdrúxula, o sócio de Ricardo Sérgio assina duas vezes o termo de venda do imóvel: como comprador e vendedor. “É uma típica operação de internação de dinheiro”, atesta o jurista Tôrres.
 
O tal escritório acabou se transformando na sede da Westchester, uma das consultorias do ex-diretor do BB. Frequentada pelo alto tucanato, a empresa foi fechada em 1998, depois que Ricardo Sérgio deixou o governo como pivô do escândalo em torno do processo de privatização da Telebrás. Vítima de um grampo, o economista cunhou uma frase para a história: “Estamos no limite da irresponsabilidade.” Já o encerramento da parceria de Serra e Rioli na empresa de consultoria confirma a proximidade entre tucanos de alta plumagem. O documento que selou o fim da empresa foi assinado dentro do escritório da Hidrobrasileira, empreiteira que pertenceu durante 20 anos a Sérgio Motta. No dia 28 de janeiro de 1995, dias depois de Serra assumir o Ministério do Planejamento no primeiro governo FHC, Rioli nomeou Dellinger Mendes, sócio de Motta na Hidrobrasileira, como seu procurador para providenciar o encerramento das atividades da consultoria.
 
Luiz Alberto Souza Aranha, outro sócio de Motta na Hidrobrasileira, assinou como testemunha. Nesse mesmo período, Dellinger e Luiz Alberto estavam à frente de uma simulação de venda, a da própria Hidrobrasileira para a PDI, uma companhia offshore instalada em Luxemburgo, outro paraíso fiscal muito procurado por brasileiros. Documentos obtidos por ISTOÉ mostram que antes de comprar a Hidrobrasileira a PDI – Project Development International simulou um empréstimo de US$ 4 milhões junto à Albion Inc., também com sede em Luxemburgo. O esquema usado pela Hidrobrasileira é conhecido nas cartilhas de lavagem de dinheiro. Depois de rodar de conta em conta em paraísos fiscais, o dinheiro acaba voltando ao País em operações suspeitas. No caso da transação envolvendo a PDI e a Albion, o depósito final foi na conta da Hidrobrasileira no Banespa. As semelhanças levam o Ministério Público e a CPI a suspeitar de um grande esquema de internação de dinheiro. Ao seguir os rastros da PDI e da Albion, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a comissão ligada à Receita Federal encarregada de rastrear operações de lavagem de dinheiro, tem poderes para identificar a origem do dinheiro.

 

Luis Nassif

30 Comentários

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  1. Nelson Nicolau era um dos

    Nelson Nicolau era um dos lideres da pecuaria leiteira no Estado, otima pessoa, serio, é inacreditavel que esteja preso.

    1. Seria inacreditável em outro

      Seria inacreditável em outro país. No Brasil do “Somos milhões de Cunhas”, do “Corruptos mas íntegros”, do Temer presidente, do “heroi do povo” Sérgio Moro, é perfeitamente possível.

    2. Amigo André, inacreditável

      Amigo André, inacreditável num país que tivesse um judiciário sério e legalista, no Brasil não temos uma coisa nem outra.

       

       

    3. Num país em que numa boate

      Num país em que numa boate mais de 200 jovens morrem e ninugém até hoje foi preso e pra piorar os primeiros a serem livrados foram a prefeitura e o corpo de bombeiros e pra ferrar de vez há o risco de uns país das vítimas, que gritaram contra essas injustiças, serem presos pelo procurador, e o secretário de segurança da ciddade é promovido a secretário de estado do RS … enfim, sem uma reforma no judiciário, esse país nunca dará um salto de verdade. 

  2. Alguém já disse que a

    Alguém já disse que a história se repete primeiro como farsa e depois como tragédia. o Nelsinho, ao que me parece, é da estirpe da Dilma. E,  provavelmente da estirpe do Lula. Li sobre  a história do Iluminismo hoje e , fico com imensa pena daqueles pensadores que o fundamentaram porque acreditavam piamente que a república com os três poderes iria resolver a questão humana na questão governamental. Coitados ! não consideravam que também os poderes na rep´blica seria exercida por homens, e como tal teria uma facilidade imensa de corrosão moral. Olha o que se tornou o judiciário do brasil ?

  3. Nelson Mancini Nicolau

    Luis Nassif, fico imensamente feliz e grata por este artigo sobre o Nelson, você o conhece bastante. A família está sofrendo muito com tudo isso desde janeiro passado, principalmente, claro, a Sonia e o Gustavo. Sabemos da honestidade do Nelson desde sempre e esperamos que isso tenha um fim o mais próximo possível. Vou encaminhar seu texto a eles. Um abraço e nossa gratidão.

    Maria Olimpia J. Mancini Netto

    1. Realmente muito triste está
      Realmente muito triste está notícia, eu não estava em São João da Boa Vista quando tudo aconteceu, mas fiquei sabendo na cidade na qual eu estava. Que Deus dê forças e coragem à família para suportar esta tão dolorosa situação. Nelson Nicolau é e sempre será uma pessoa muito querida pelos cidadãos sanjoanense.

  4. O Serra ta em tudo quanto é rolo
    O Serra ta em tudo quanto é rolo…e sempre escapa, deixando em seu lugar outros, neste caso um inocente, para matar a fome punitiva de sistema midiatico penal que, depois de tantas mancadas, tem que pegar alguém pra Cristo para assim fazer o faz de conta junto uma sociedade igualmente sedenta por prisoes nestes tempos de furor lavajateiro pero no mucho, pois os verdadeiramente corruptos e que são uma ameaça a sociedade ninguem poe a mão…se padecem dessa doença chamada corrupçao nao sao curados: que o diga o medico tarado que estuprou 200 de suas pacientes…o helicoca dos Perrela….a caixa de Pandora do Aécio..Demóstenes Torres vem ai…..eita nóis..

    1. Algum jornalista
      Algum jornalista investigativo tem que jogar luzes nas trevas que envolvem esse politico, os tucanos paulistas, tão eloquentes para acusar, nesse momento estão solenemente calados.

  5. Na área de segurança, não

    Na área de segurança, não sabemos de quem ter mais medo, se da polícia ou dos bandidos. No caso da justiça, não sabemos onde há mais bandidos, se dentro ou fora.   

  6. Nelson Nicolau
    Que notícia triste.Fiquei pensando se o João estivesse aqui estaria indignado,revoltado. Ele sempre me contou muitas histórias sobre o Nelson Nicolau que confirmam tudo isso que você Nassif afirma no seu texto. Aproveito este espaço para manifestar ao Nelson e sua família minha solidariedade.

  7. E inacreditável o que acontece no Brasil.

    Faço votos para que a justiça seja restabelecida o quanto antes.

    Enquanto isso, criminosos COMPROVADAMENTE mais sujos que pau de galinheiro desfilam livres, leves e soltos.

  8. A neo-imagem do Judiciario

    Chega a causar espécie ver pessoas como Luiza Erundina e, agora, Nelson Nicolau, condenados, com tanta corrupção real no nariz dos procuradores paulistas. O caso da merenda em SP é uma grande vergonha na forma como foi conduzida, deixando Fernando Capez livre.

    Quando falo sobre a perseguição judicial-politica a Lula, muita gente, obcecada no antipetismo, não procura entender o que esta acontecendo de fato no judiciario brasileiro. Este quer fazer passar uma imagem de um nova geração, mais atenada com a sociedade brasileira, mas apenas condenando duramente um partido e a “periferia” de partidos como PMDB ou PSDB.

  9. Não sei se o homem é inocente

    Não sei se o homem é inocente mesmo, mas o que mais impressiona é o caso ser da década de 90 e só agora ter sido julgado. É muita ineficiência pra tantos auxílios pixulecos.

  10. Inversão

    Na bota o Estado combate os criminosos mafiosos.

    Na terra da pauliceia desvairada os criminosos mafiosos donos do estado combatem os honestos.

     

  11. Por uma nova Justiça

     

    Vamos imaginar que uma poderosa e brincalhona fada, irritada com tantos absurdos e injustiças praticadas pela nossa velha e conhecida Justiça, resolvesse dar um escracho geral sobre essa questão.

    Num passe de mágica, avisassem ao nosso povo em geral, que a partir daquele momento, os rígidos critérios de cálculos empregados na engenharia de construção de carros, ônibus, caminhões e de trens, foram bruscamente alterados, modificados para semelhantes falhos critérios utilizados pela Justiça.

    Se isso acontece, daí em diante, as cidades e as estradas seriam  tomadas por gente viajando a pé, de cavalo, carroça, bicicleta, etc. Ninguém mais, de razoável juízo, ousaria andar de carro, ônibus, caminhão ou de trem.

    Ou seja, a vergonhosa imagem de nossa Justiça precisa mudar, o quanto antes. Não pode continuar como a de sempre. Precisa tornar mais justa, antes mesmo, que a infalível, competente e inevitável Inteligência Artificial inicie atuação no campo da advocacia e do direito. Além do que, se o Inferno existe, deve estar cheio de advogados e de juízes. Alguém duvida?

  12. Parece ser um caso semelhante

    Parece ser um caso semelhante ao de Henrique Pizzolato. Não conheço pessoalmente nenhum dos dois. Ambos exerceram cargo elevado na área bancária, um no Banespa outro no BB. Nos dois casos apenas eles pagaram o pato ( não o da FIESP). Nos dois casos há depoimentos de pessoas sérias e competentes inocentando-os moral e juridicamente. Fossem dois casos isolados até poderíamos dizer que foram desviados do padrão da fórmula dalagnatória conviccional primariamente cognitiva de nossos brilhantes procuradores e aceitar que, infelizmente, alguém sempre pode ser condenado, mas estatísticamente poderiam ser culpados, alguns anos de cadeia não faz mal pra ninguém, não é mesmo ? E como sabemos que não são casos isolados podemos concluir que é simplesmente a aplicação do NNR, Novo Normal Jurídico, que a partir de agora pode ser chamado só de NR, Normal Jurídico, já que se percebe que deixou de ser novo há tempos. Trópicos tristes ! E solidariedade, ao menos isso, aos injustiçados e suas famílias.

  13. Ouro

    Dizem que conhecimento vale ouro, aqui no lugar chamado Brasil dá apenas medo. De qualquer forma, obrigado ao GGN por trazer está informação que me assusta tanto.

  14. Este é o nosso brasil atual,

    Este é o nosso brasil atual, onde honestidade é crime passível de cadeia e roubo, trafico de drogas, assassinato e corrupção são virtudes punidas com o cargo de procurador, juiz, deputado, senador e até presidente da república.

    Pela covardia e pusilânimidade dos brasileiros, temos o que merecemos.

  15. humanamente impossível…

    alguém sair incólume da presença de um tucano

    e quem garante não sou eu, é o judiciário brasileiro, exatamente como no mensalão

  16. psdb, maior QUADRILHA

    psdb, maior QUADRILHA CRIMINOSA DO BRASIL, herdeiros de todos os LADRÕES que por aqui passaram, desde Cabral.

    Fazem parte também da QUADRILHA CRIMINOSA: a rede ROUBO de televisão, e as padras da ‘igreja” ‘católica”, alckmin tem os seus e todos os outros LADRÕES do psdb e rede roubo também. Até as vaidosas como a atéia fhc, tem as suas padras puxa-saco ladronas, que acharam que iriam ressuscitar o LADRÃO EVACUADO.

    Também existem as padras com diploma, na realidade de LADRÕES, mas que se infiltraram e o que tinha de resto que prestasse no tal de judiciário, e a tudo tornaram PODRE.

    Só essa PODRIDÃO DESAVERGONHADA se alastra. Nada de honesto acontece. Que o DIABO os CARREGUE!

  17. Condenação de político honesto?

    Banal. Condenar político é coisa fácil e corriqueira, cito uns 20 só de cabeça. Se o político for uma estrela internaional e um grande, o maior deles, brasileiro, é agora mesmo. Banal. Perseguir político honesto, então, rende holofote e dividendos na carreira, e é até muito divertido. A maioria nem tem provas concreta de que é honesto, veja só; as vezes prova, mas a prova que é honesto sempre deixa grandes dúvidas se é mesmo. Não convence quem é convicto do contrário. Desagrada o acusador, portanto… codenam-mo-lo, com  diria nosso ídolo temer.

    Dificil é prender político desonesto e que geralmente não é do pt; aí complica demais, tem a lei, tem a lei, tem o que manda a lei, ah! tem a constituição, tem que obedecer a lei, etc, uma chatura total, perda de tempo. Se for do psdb, impossível, exceto por inevitável acidente e mesmo assim se for alguém que o psdb quer se livrar e que não é paulista. Assim, talvez…

    Tirar  ladrão concreto da presidência… impossível. Temos que preservar a independência dos poderes, ora!

  18. Passaram do limite da irresponsabilidade

    Grande matéria de Amaury Ribeiro Jr. Nela estão praticamente todos os personagens da privataria, envolvidos nesse grande escândalo que foi o caso Banespa. Ricardo Sérgio de Oliveira, Rioli e José Serra deveriam estar presos por praticarem lavagem de dinheiro, entre outros ilicitos, dentro da instituição do Estado e, no entanto, correm atras de Lula incensantemente para prendê-lo por… Quem paga o pato são os mais fracos no elo.

  19. Nelson Nicolau: a prisão de um político honesto

    Creio que a solução para o nosso país, passa por duas alterações constitucionais. A primeira trata-se do imposto único para pessoa física sobre os seus rendimentos sem nenhum tipo de isenção e o percentual estabelecido será de 14%. A pessoa jurídica o imposto terá como cálculo a somatória da receita total mensal menos a despesa total mensal, ao valor identificado aplica-se os 14% sem nenhum tipo de dedução. A distribuição dos impostos recebidos seria na seguinte proporção: a) 60% ficará diretamente para o município; b) 25% o estado será o beneficiado e com características de atender aos municípios que não arrecadem o suficiente para o seu orçamento mensal; já os 15% a federação se apropriará, para atender as demandas dos estados que se encontram em dificuldades do cumprimento do seu orçamento mensal.

    A segunda alteração constitucional dar-se-á na vida política do nosso país, não existirá mais as assembleias legislativas (municipal, estadual e federal), assim como a extinção do senado. O número de ministério/secretarias aumentar-se-ão de acordo com as áreas estruturais do país (educação, saúde, habitação, tecnologia, ciência, etc). Creio eu em torno de 90 ministérios/secretarias (a ser analisado e implementado). As ocupações dos ministérios/secretarias se daria por voto para pessoas interessadas na ocupação desses cargos, os três mais votados seriam empossados por um período de 05 anos, utilizará esses ministérios/secretarias o recurso humano existente e que foi formado através de concursos públicos, acaba-se com os comissionados.

    Todos os crimes praticados até o momento, principalmente envolvendo o dinheiro público, terá como garantia a devolução atualizada, a prisão até podemos amenizar, mas com garantias efetivas que o dinheiro seja devolvido. Os crimes praticados ao erário público não serão prescritos.

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