Nem isolamento horizontal, nem vertical: saída é diagonal, diz Toffoli

Na saída pela diagonal, Toffoli defendeu o que foi feito na Coreia do Sul: testes em massa para identificar quem precisa ficar isolado e liberar quem pode trabalhar

Dias Toffoli
Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli defendeu nesta sexta (3) o distanciamento social em nível máximo enquanto o país se prepara para tingir o pico da epidemia de coronavírus. Porém, ressalvou que a economia precisa ser considerada e que, em algum momento, as regras terão de ser afrouxadas em prol de uma “saída pela diagonal”.

“Nós não podemos ficar em casa sem pensar no dia seguinte. É o que às vezes eu digo para alguns com quem dialogo: nem é a questão horizontal, nem é a questão vertical, vai chegar um momento que nós temos que sair pela diagonal”, afirmou o ministro.

Toffoli disse que a “economia, ela também é fundamental”, durante um webinar realizado pelo portal jurídico Jota.

No isolamento vertical, os grupos de risco (pessoas com imunidade debilitada e doenças prévias) e idosos são priorizados. É a ideia que Jair Bolsonaro defende para retomar a economia, colocar apenas esses nichos em quarentena absoluta, com retomada das atividades dos demais brasileiros.

No isolamento horizontal, as orientações são para que quem puder, fique em casa. Apenas atividades essenciais devem continuar operando. É a medida recomendada pelo Ministério da Saúde, mesmo com discordância de Bolsonaro.

Na saída pela diagonal, Toffoli defendeu o que foi feito na Coreia do Sul: testes em massa para identificar quem precisa ficar isolado e liberar quem pode trabalhar.

“Temos que fazer o seguinte: temos testes para saber quem tem condições de sair de casa? Temos que ir atrás disso. Faz como se fez na Coreia. Testa o maior número possível de pessoas e tenta recolocar essas pessoas na força de trabalho”, disse Toffoli.

 

Redação

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Essa saída pela “diagonal” de Tóffoli mais parece o “número de um homem”, o 666 do Apocalipse. Somente quem tiver a autorização, que é o código, poderá sair e ter liberdade. Os demais, doentes ou de risco para a sociedade, ficarão impossibilitados de fazer qualquer coisa, transacionar e interagir, pois ficarão retidos nas suas prisões domiciliares até morrer. É o capeta tomando forma!

  2. o ministro sai de carro com motorista, desce dentro da garagem da casa ou do STF. Ministro, olhe, ao menos na TV, a central do Brasil, estações de trens de metrô. Quem não tem doença crônica, jovens e demais estão tansmitindo para os idosos, aliás, os dados dizem diferente da visão do ministro, pois estão morrendo mais jovens e gente fora dos grupos de risco. São os dados no Brasil e em outros países, inclusive nos Estados Unidos. Falar de longe da realidade, franzindo os olhos é fácil, entre no burbilhão. Eu prefiro ouvir a um médico sério que diz pra todos ficarem em casa a um ministro da justiça. Aliás, o que o CNJ tem a dizer a respeito dos presídios no Brasilzão…. O CNJ é presidido pelo citado ministro.

  3. Como é fácil todo mundo dar piruadas de botequim numa crise seríssima em que sequer o mundo ainda vislumbra concretamente seu fim, quantos casos e mortes teremos e como se recuperará a economia pós crise (talvez colocando o BozoNero (®) à frente do FMI, hehe).
    Quiçá ele possa “decretar de ofício” que o braZil terá de pronto (até agora estão batendo cabeças), os testes, os respiradores, os leitos, as máscaras, aventais, luvas, descontaminantes e recursos liberados para a Saúde (FioCruz, universidades, SUS, etc.).
    Lembrar também que na Coréia do Sul existe um povo amplamente educado em outro patamar, não tem milhões morando em favelas, tem indústria, tecnologia, uma área 80 vezes menor e uma população menor que a de SP e PR.
    Mas lamentavelmente não temos nada disso para seguir sua sugestão de roda de praia.
    Só temos um presidente (hã?) da República alucinado e outro do STF, retardado.

  4. Inventando moda. Vai dá merda este apoio indireto ao Presidente. Vai vendo. Semana que vem vamos ver a repercussão desta fala do STF irresponsável.

  5. Toffoli…Toffoli… a última vez que tentaram sair de uma crise pela diagonal deu uma m..da sem tamanho, o ano era 1999, o ministro era Francisco Lopes, ele tentou sair pela “Banda Diagonal Endógena”, a banda desmoronou e ele foi até parar na cadeia.

  6. Do mesmo autor de: “Nem golpe nem revolução, 64 foi um MOVIMENTO”.
    Meu nobre presidente, “grande jurista”: VÁ TOMAR NO CU!!!!!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador