Nós somos nada!

Para cada suspiro há um sopro de vida que se vai. A morte é tristeza, e o nascimento, na maioria das vezes, é celebração. Saímos para se divertir, rindo alto perto das capelas onde ocorrem velórios, onde a dor está instalada. Aqui, nesse pó de terra chamado Mundo, a tristeza e alegria convivem lado a lado sem causar constrangimento.

É verdade que só choramos pelos nossos. Ainda bem. Imaginem a tristeza perene se instaurando em um mundo onde cada gurufim fosse sentido na mesma forma e intensidade por todos os habitantes da Terra. As metáforas que ajudam a lidar com essa “faltam de humanidade” estão por aí, afinal, a água sempre volta a se acalmar depois de qualquer agitação. Lembremos que seremos todos, um dia, essa “agitação”.

Sem tirar e nem por o que mais vale é sorrir. Deixar o medo e a disputa política em segundo, terceiro, quarto, mesmo último plano as vezes. Dizem os especialistas que a partícula de poeira que transita por um caminho de leite está sendo destruída por microrganismos que nela habitam. Quanta pretensão! Esses micróbios realmente se acham importantes.

Como é? Micróbios? Poeira? Não! Não se pode levantar a lembrança do famoso “verme da caca do cavalo do bandido” sob o risco de anarquia e destruição do ecossistema que os micróbios estão adaptados. Para isso temos as religiões, as teorias sobre reencarnação. Esse conjunto que comunga da palavra crença mantém afastado o sentimento anárquico por meio do medo. Medo do inferno, da danação eterna. O medo de desembocar em outra vida destinada a pagar pelos males que cometemos na anterior.

Fazer o bem não deveria ser precedido pelo temor das consequências, mas sim pelo simples fato de que isso faz sorrir e, sorrir, é o que importa. Sejamos insensíveis ao moralismo das consequências pregadas pelas diversas crenças que existem no mundo. Lembremos que  somos nada, apenas poeira esperando a agitação que, sabemos, cedo ou tarde sempre passa. Ei, você, você não é tão importante quanto pensa!

Redação

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