Nota de R$ 200 contraria combate à lavagem de dinheiro

Órgãos federais tentavam reduzir o volume de circulação em dinheiro vivo no mercado para combater crimes financeiros; BC não vê contradição

Lobo-guará, o homenageado na nova nota de R$ 200. Foto: Wikipedia

Jornal GGN – O recente anúncio de criação da nova cédula de R$ 200 acaba por ir na direção contrária do combate à lavagem de dinheiro.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, nenhum dos órgãos de controle e investigação, como Coaf e o Ministério da Justiça, foi consultado pelo Banco Central para a tomada de decisão sobre a criação da nova nota.

Tanto a autoridade monetária como outros órgãos do governo têm procurado reduzir a circulação de dinheiro no mercado ao longo dos últimos anos, com o objetivo de diminuir a ocorrência de crimes financeiros.

Contudo, o Banco Central diz que não há contradição entre as medidas, e que o país adota normas de combate à lavagem alinhadas às melhores práticas internacionais e as ações da Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro) consideraram a adoção de medidas de restrição e controle, “mas não contemplaram sugestão de exclusão de cédulas de maior denominação”.

 

 

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Redação

6 Comentários

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  1. A população e os pequenos comerciantes iriam gostar muito se ao invés desta tal nota de 200 este governo tivesse decidido recolocar em circulação a nota de 2 reais. Faz uma falta danada. E obriga aos que ainda fazem compras com dinheiro a também carregar moedas de 1 real.
    E já a nota de 100 causa até desagrado quando apresentada para pagar alguma compra. Faço ideia do sufoco que será para trocos quando estiver em circulação a de 200.
    Pode ser que algum dia a gente ficará sabendo o porque de mais esta escorregada bolsonárica.

    1. Enquanto isso, vão extinguindo o lobo Guará com a destruição das matas.
      O que tem de bolsonarista “gente do bem” preocupado com o cãozinho abandonado e se lixando para a incineração e desalojamento de lobos, tatus, tamanduás, tartarugas, onças, antas, capivaras, macacos, cervos e quetais “não está no gibi”.
      Adotar gato e cachorro é mole. Difícil é adotar uma criança pobre (®E.Dusek).
      Aí é melhor esperar virar bandido e dizer que bom é ele morto…

  2. Esta ação diminue o espaço em casa para guardar o não declarado. Aliado às flexibilizações das regras para remessa de valores para o exterior com isenção para valores maiores será a festa.
    Vale o velho mantra: Continuam olhando as formigas, diria camundongos, representado pelas ações diversionistas de bozo e séquito, enquanto os elefantes (a boiada da reunião?) continuam passando livremente.

  3. Os maiores estudiosos internacionais de geopolítica, que se aplicam a entender a luta pelo poder mundial, dizem que um dos sonhos mais sublimes dos poderosos banqueiros internacionais (a casa Rotschild, etc. etc.) é ter o controle absoluto do dinheiro no mundo. Como ter esse controle? Fazendo que todo o dinheiro passe pelos bancos, portanto eliminando as cédulas e impedindo que o povão negocie entre eles -com dinheiro em espécie-. Fizeram essa experiência recente em uma parte da Índia, dizem que para o povo simples foi um desastre. Aquela máxima de “quem controla o dinheiro controla tudo” é verdadeiríssima. Não é à toa que o Império Americano nas últimas décadas (especialmente pós 1971 quando Nixon acabou com o padrão ouro do dólar) se agigantou: controla o dinheiro mundial, o dólar.
    Essa desculpa esfarrapada de eliminar o dinheiro circulante em espécie para evitar crimes não cola. É coisa do 0,0001% que quer controlar ainda mais o mundo do que já controla. Oremos para que haja resistência a esse tipo de jogada e que os jornalistas e especialmente os jornalistas-economistas ajudem a abrir os olhos das pessoas.

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