Nova regra do TSE pretende inibir fraudes em cota de candidatas

Caso partido não cumpra percentual de 30% de mulheres, juiz poderá retirar das urnas todos os candidatos do partido antes da votação

Arte: Reprodução

Jornal GGN – Nova determinação da Justiça Eleitoral busca ser mais rigorosa com os partidos que fraudarem candidaturas femininas para atender a cota de 30% de concorrentes no Legislativo: caso se confirme a irregularidade, o juiz poderá derrubar uma lista inteira de candidatos a vereador antes mesmo da votação.

Para que o processo seja acelerado, os partidos deverão apresentar autorização por escrito de todas as candidatas, como forma de garantir que ela tem real interesse em concorrer e não foi indicada apenas para atender a cota feminina. Isso não vinha acontecendo por conta da informatização dos registros.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a resolução editada pelo TSE no final de dezembro procura esclarecer como o juiz eleitoral deve agir: a regra tem como base a exigência prevista na Lei das Eleições, de 1997, de que o registro das candidaturas venha acompanhado da autorização escrita.

Caso o juiz note a falta de documentos e apure que a candidatura registrada não teve a anuência da candidata, diligências podem ser solicitadas para conferir a existência ou não de alguma fraude.

Os pedidos de providências devem começar a ser enviados a partir de 26 de setembro, quando termina o prazo para o envio da relação de candidatos. Se antes de 15 de novembro ficar comprovada a existência de fraude, toda a chapa será derrubada.

 

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Redação

2 Comentários

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  1. Que coisa mais ridícula essas quotas. Os partidos precisam caçar “candidatas” que não têm o mínimo interesse no assunto e podem tomar o lugar de candidatos mais competitivos. Ah, mas agora elas terão que assinar um papel. Ridículo.

    Será que é tão difícil permitir que cada partido decida quem quer apresentar e os eleitores manifestem livremente seu agrado ou desagrado? Não parece evidente que se as pessoas estivessem preocupadas em eleger mais mulheres os partidos com mais candidatas se beneficiariam e os outros teriam que segui-los para não perder votos? Ah, mas deixar isso nas mãos dos eleitores seria democrático demais para os fanáticos das quotas.

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