Novo chefe da Polícia Federal, Ramagem é íntimo de Carlos Bolsonaro

O deputado federal Marcelo Freixo comentou a relação promíscua e disse que está com uma ação judicial pronta para contestar a nomeação

Jornal GGN – Alexandre Ramagem, escolhido por Jair Bolsonaro para substituir Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal, é amigo pessoal do filho Carlos Bolsonaro, implicado no inquérito das fake news. A informação sobre a investigação e a foto que atesta a intimidade foram divulgadas na tarde deste sábado (25) pela Folha de S. Paulo.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) comentou a relação promíscua e disse que está com uma ação judicial pronta, aguardando a nomeação de Ramagem no Diário Oficial, para contestá-la.

“Será que ainda precisa desenhar? Esse aí [na foto, circulado de roxo] é o Alexandre Ramagem passando o réveillon com o Carluxo. É esse amigo íntimo da família que Bolsonaro quer colocar na chefia da Polícia Federal. Não permitiremos. A PF não pode ser transformada numa guarda pessoal do presidente”, disse o deputado.

Ramagem era chefe da Abin desde julho do ano passado. Sua ascensão à direção-geral da PF ocorre depois que Bolsonaro exonerou Valeixo, provocando a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça.

O ex-juiz caiu atirando: afirmou que a intenção de Bolsonaro é interferir na PF para ter acesso a informações privilegiadas sobre inquéritos em andamento, sobretudo os que estão no Supremo Tribunal Federal, envolvendo o gabinete do ódio (e eles apontam para Carlos Bolsonaro) e outras ações nos tribunais do Rio de Janeiro e Pernambuco.

Redação

7 Comentários

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  1. Vamos ver se vai aparecer algum “bravo ministro da corte” (STF), à impugnar a posse do primeiro amigo da PF que, lógico, nada investigará.

  2. Bolsonaro sempre bebeu da água putrefata do centrão. Não vê isso quem não quer. E, outra coisa, se os militares demorarem a pular fora da lama do governo, serão tragados por ela sem chances de salvar a suposta, muito suposta (haja vista a corrupção galopante no período da ditadura militar), pureza das Forças Armadas. Ainda outra coisa, Moro não é o santo que tenta parecer. Qualquer um que experimentar sair da caverna (o mito da caverna) verá que o ex-juiz, o ex-ministro também nutre ideologia política, é fã da ditadura da caneta e que sua sombra, assim como suas aspirações, são tão distorcidas e nefastas à democracia e ao Estado de direito como o facismo bolsonarista. Quem colocar no lugar? A sociedade, o povo brasileiro terá que discutir com muito cuidado para não alçar à presidência mais um oportunista de plantão.

  3. Uai. Na Abin podia?
    Pelo que sei a Abin pode ser tão ou mais estratégica que a PF, considerando a natureza muito mais sigilosa do órgão.

    Acho que o Freixo anda com o juízo meio frouxo.

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