Novo ministro anuncia “programa de teste” para afrouxar isolamento

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"É preciso entender o momento e definir qual a melhor forma de isolamento. Isso tem que ser baseado em informação sólida", disse

O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante pronunciamento no Palácio do Planalto

Jornal GGN – No primeiro pronunciamento como novo ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich afirmou na noite desta quinta (16) que o Brasil seguirá como um “barco à deriva” sem números mais precisos sobre a extensão da pandemia de coronavírus em solo nacional.

Cético quanto às projeções alarmistas feitas por institutos como o Imperial College, que têm orientado a tomada de decisões em diversos países, Teich anunciou o que deverá ser o foco de sua gestão: a introdução de um programa próprio de testagem para dimensionar o tamanho da crise.

“Esse programa de teste vai ter que envolver SUS, saúde suplementar, iniciativa do empresariado. Vamos definir a melhor forma de fazer amostras, que tipo de teste [usar], se em paciente assintomático ou sintomático. Isso vai nos fazer entender a doença e definir as ações”, explicou.

“É preciso entender o momento e seguir com o caminho de definir qual a melhor forma de isolamento. Isso tem que ser baseado em
informação sólida”, defendeu.

Teich deixou claro que “existe um alinhamento completo entre mim, o presidente [Jair Bolsonaro] e todo o grupo do Ministério”. A intenção do novo ministro é “trabalhar para que a sociedade retorne cada vez mais rápido ao normal.”

A primeira colocação de Teich, no entanto, foi a de que não haveria nenhuma “mudança brusca” em relação ao trabalho deixado por Mandetta.

Ele também prometeu não fazer “polarização entre saúde e economia”, “porque elas são complementares.” Na lógica do médico, se não há empregos, não há recursos para investir em saúde.

Sobre tratamentos e vacinas em estudo, ele comentou que “tudo será tratado de forma absolutamente técnica e científica.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. desgraça pouca é bobagem.
    com certeza vão continuar maquiando as estatísticas.
    E só pelo cabelo posso afirmar que será a repetição do weintraub.
    O que entra consegue ser pior do que o que sai.
    Prova que nada é impossível.

  2. Destacado no texto” É preciso entender o momento e definir qual a melhor forma de isolamento. Isso tem que ser baseado em informação sólida”, disse o bolsonarista.
    Porra, esta figura ainda nao entendeu o momento? Desceu agora no planeta?
    O mesmo blá blá blá.
    Ou seja; de onde não se espera nada não vem nada mesmo.

  3. Quando é a mentira que liberta, a única informação sólida que se pode ter é a de que a verdade mata…
    assim foi no nazismo e assim será no bolsonarismo

    genocidas que se alinham, a ponto de defenderam que muitos devem morrer para o bem da economia

    Deus queira que não aconteça, pois o deus deles é apenas um círculo, não uma Esfera

  4. O novo ministro, quando aceita o cargo no meio deste pandemônio, demonstra que não passa de um fantoche do louco varrido, tão varrido que resolveu exigir que o presidente da Câmara o respeite – “ele tem que me respeitar”, ou seja, é o capitão do mato em sua melhor forma.
    Tirar um ministro e sua equipe, que estão a par dos problemas que já existem e ainda irão piorar, e botar na cadeira um robô que nem equipe tem, talvez não seja motivo de espanto, pois ficar espantado, só quando esta lamentável rainha da Inglaterra acertar uma.

  5. Até a pedra decorativa aqui na minha mesa sabe que precisamos fazer testes para gerir a pandemia com eficácia e minimizar mortes.
    Alguém contou ao novo “fiel e obediente” (perfil exigido) que o braZil tem imensa “fartura” de recursos? “Farta” tudo!
    Ou ele providencia, junto com o novo deschefe, os recursos (até para ter os dados, mapear as ações e salvar vidas…)
    Ou ele vai só ficar no discurso, em alinhamento ideológico com o despresidente.
    Enquanto isso, o bicho, digo o vírus vaI pegar.

  6. Já disse, comentando artigo do novo ministro, que sem testes em massa estamos como cegos em tiroteio. Os testes são, evidentemente, essenciais, imprescindíveis mesmo à estratégia de combate à pandemia. Mas, se o objetivo é antecipar o afrouxamento das restrições, estamos perdidos.

  7. O afrouxamento (ou intensificação) das restrições de circulação vai, ou não, depender da dimensão da disseminação e propagação do vírus?

    Pelo que entendi, independentemente da dimensão da epidemia, o $ujeito vai acabar com a quarentena, cuja competência é dos Estados e Municípios.

    Mais um jegue na burrocracia

    1. da forma que pretendem fazer os testes, o ponto mais crítico ou letal da contaminação estará sempre à frente. O número de óbitos vai aumentar e os dados que colherão não vai registrar o crescimento, e cresce a cada dia. Mas a ideia parece ser justamente esta, esconder

      ótima pergunta a sua

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