Novo partido de Bolsonaro e a lembrança da Arena, por Bernardo Mello Franco

Para articulista, Aliança pelo Brasil remete ao partido que ajudou a sustentar o regime ditatorial brasileiro; desafio será atrair deputados

Jornal GGN – O fascínio do presidente Jair Bolsonaro pela ditadura é notório. Ao fundar seu próprio partido, Aliança pelo Brasil, é possível perceber que o nome escolhido remete diretamente à Aliança Renovadora Nacional (Arena), responsável pela sustentação do regime.

Contudo, tudo indica que as semelhanças terminam por aí, como explica Bernardo Mello Franco em sua coluna no jornal O Globo. Após a imposição do bipartidarismo pela ditadura na década de 60, a Arena teve ampla maioria no Congresso, nos governos estaduais e nas prefeituras. Sem lembrar que Arena chegou a se autoproclamar “o maior partido do Ocidente” em um período onde a criação de outros partidos estava proibida.

Já a Aliança pelo Brasil nasce com porte médio, em um ambiente fragmentado partidariamente. Os aliados do presidente projetam atrair até 30 deputados para a nova sigla – caso isso seja confirmado, o partido será a sétima bancada na Câmara, detendo menos de 6% das cadeiras, o que é pouco para um governo sem base estável entre deputados e senadores.

“Como não conseguiu tomar o PSL de Luciano Bivar, (Bolsonaro) resolveu fundar outra sigla do zero”, diz o Mello Franco. “Disso deve surgir uma legenda altamente personalista, organizada em torno das vontades do grande líder”.

Para o articulista, a nova sigla deve enfrentar alguns desafios. Além da tendência personalista em favor do clã Bolsonaro, os parlamentares que migrarem para a nova sigla não terão acesso ao dinheiro do fundo partidário e nem acesso ao tempo de TV – o que vai exigir uma nova onda bolsonarista para as eleições de 2022.

Redação

4 Comentários

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  1. Nassif: comenta-se que a questão monetária para esse PartidoDaBala já está superada. Os norteamericanos tão ai (junto com as petrolíferas e a Boeing) pra quê? Se necessário, suspeita-se, desviam um pouco de dinheiro da construção de sua nova Colônia de Alcântara ou parte do Muro mexicano. Sen contar, já está prometido grana daquele grupo que surrupiou da venda da telefonia nacional e depositou nas IlhasCaymãns. O PríncipeParesiense manda o que precisar, desde que prejudique o SapoBarbudo e o Povo que nele vota. E faltando umas quirereas é só pedir pro Queiroz.

    Agora, eu quero ver como fica (e você pode explicar) a questão da “composição” dos deputados e senadores. Como signatários para criação de outra “arapuca” podem deixar o ninho atual e não perderem os cargos, que pertence ao Partido que até então os abrigava? Os cargos majoritários, tudo bem. Mas e os outros, proporcionais?

    Inclusive agora, que azedou o pé do frango, o racha com o ÍndioVice vão pra onde os VerdeSauvas? O namoro com o PríncipeDeOrleans pretende reinstalar o Império — Don Messias I, o Redentor!

    Seria pitorescos a sede do governo, nesse cotexto, mudando para o bairro do Brás (SP/SP). O Templo substituindo o Alvorado (que foi projetado por um Kummunista). Glória. O Congresso se reuniria com o pessoal da FeiraDaMadrugada, com todos os cambalachos imagináveis. E RelaçõesInternacionais, no meretrício da Baixada do Glicério.

    Ânimo, pessoal. Ânimo. Tempos novos estão chegando. Ou estão, simplesmente, continuando?

  2. Sempre é bom lembrar que a criação de um partido não é tão simples. Não basta apenas querer fundar um partido. Há procedimentos burocráticos a serem seguidos junto a Justiça Eleitoral. A Rede, partido de Marina Silva, p. ex., levou mais de dois anos para receber seu registro. Também é necessário apoio em 1/3 dos Estados, equivalentes “a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por nove ou mais Estados, com um mínimo de 0,1% do eleitorado que haja votado em cada um desses mesmos Estados.” (Willer Tomaz no Site Migalhas Jurídicas – em 31/05/2019). Então não vai ser tão fácil assim a fundação e registro de novo partido. É o que esperamos…

  3. ESSE DEMÔNIO NÃO QUER PARTIDO NENHUM. NÃO QUEREM SABER DE VOTO POPULAR NENHUM.

    SABEM QUE ESTÃO PERDIDOS.

    ESTÁ NA CARA QUE ESSA GENTE É GOLPISTA.

    ELES NÃO QUEREM SABER NADA DE DEMOCRACIA. OLHA O QUE ELES APOIAM NA BOLIVIA E O
    QUE ELES QUEREM FAZER NA VENEZUELA.

    ISSO É UM BANDO DE GOLPISTAS QUE ESTÃO BABANDO PARA MONTAR UMA DITADURA NO PAÍS.

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