O 65o aniversário da bomba de Hiroshima

A “proteção” nuclear americana no Japão, e o aniversário do maior dos crimes de guerra:

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,hiroshima-lembra-os-65-anos-da-bomba-atomica,591011,0.htm

Hiroshima lembra os 65 anos da bomba atômicaEUA participam da cerimônia pela primeira vez; 230 mil pessoas morreram em ataques05 de agosto de 2010 | 20h 41

AP e Efe

HIROSHIMA- A cidade de Hiroshima iniciou uma cerimônia nesta quinta-feira, 5, (sexta de manhã, pelo horário local) em memória do aniversário de 65 anos dos ataques nucleares de Hiroshima e Nagasaki.

Shuji Kajiyama/APShuji Kajiyama/APFamiliares de vítimas da bomba rezam juntas

75 países estão representados na homenagem, que começou com uma simulação de entrega de água aos feridos. O destaque, no entanto, é a participação dos Estados Unidos, que pela primeira vez enviaram um embaixador para a cidade japonesa. Também é a primeira vez que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, comparece à homenagem.

De acordo com oficiais americanos, enviar o embaixador americano no Japão à cerimônia era o certo a fazer. Roos, no entanto, não deve fazer pronunciamentos no evento.

Cerca de 140 mil pessoas morreram em Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, ou em consequência do bombardeio. Em Nagasaki, atacada três dias depois, o saldo foi de 90 mil mortos, embora o número de mortos nos anos seguintes pelas sequelas das adiações tenha sido muito maior.

Moradores de Hiroshima fazem orações pelas vítimas da bomba atômica

 

Milhares de pessoas se concentraram no Parque Memorial da Paz às 8h15 (hora local), o horário exato em que em 1945 o avião americano “Enola Gay” deixou cair sobre Hiroshima a bomba “Little Boy”.

Três dias depois, os EUA lançaram sua segunda bomba atômica, batizada como “Fat Boy”, sobre a cidade de Nagasaki, o que levou à rendição do Japão em 15 de agosto de 1945 e ao fim da II Guerra Mundial.

Após lembrar o instante no qual a bomba caiu sobre a cidade com um minuto de silêncio e várias badaladas, o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, engrossou o coro dos que pedem um mundo sem armas nucleares e pediu ao governo japonês que lidere os esforços para isso.

Em sua “Declaração de Paz”, Akiba reivindicou que o Japão “abandone a proteção nuclear dos EUA”, principal aliado de segurança do país asiático.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, se uniu à convocação para o desarmamento e lembrou os avanços conseguidos em maio deste ano, durante a conferência para a revisão do Tratado de não-proliferação Nuclear (TNP). “As armas nucleares não devem causar sofrimento nunca mais”, afirmou.

Pombas voam no Parque Memorial da Paz, que marca o local onde a bomba explodiu

Após lembrar o instante no qual a bomba caiu sobre a cidade com um minuto de silêncio e várias badaladas, o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba, engrossou o coro dos que pedem um mundo sem armas nucleares e pediu ao governo japonês que lidere os esforços para isso.

Em sua “Declaração de Paz”, Akiba reivindicou que o Japão “abandone a proteção nuclear dos EUA”, principal aliado de segurança do país asiático.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, se uniu à convocação para o desarmamento e lembrou os avanços conseguidos em maio deste ano, durante a conferência para a revisão do Tratado de não-proliferação Nuclear (TNP). “As armas nucleares não devem causar sofrimento nunca mais”, afirmou.

O secretário-geral da ONU também falou brevemente e ressaltou que “o único caminho sensato para um mundo mais seguro é um mundo livre de armas de destruição em massa”.

“Enquanto existirem armas atômicas, viveremos sob uma sombra nuclear”, disse, para depois acrescentar que, em setembro, deverá convocar uma Conferência de Desarmamento em Nova York.

Após a cerimônia, as autoridades visitaram o Museu Memorial da Paz de Hiroshima, fundado em 1955 no Parque da Paz para recolher as experiências das vítimas e manter viva a lembrança da tragédia.

Atualizado às 22h35 para acréscimo de informações

Luis Nassif

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