O Brasil e o mundo

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Poucos anos atrás, o país vivia um dos maiores momentos de sua história, enquanto passava incólume por uma forte crise mundial, dando mostras de uma independência econômica inédita e susrpreendente, tendo conseguido durante alguns anos um crescimento econômico maduro e fundamentado, além de uma recuperação da população mais miserável.

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Os índices socioeconômicos conseguidos no início do século chamaram a atenção do mundo, colocaram o Brasil em destaque a ponto de trazer para cá os grandes jogos. Nunca o país tinha estado em tão grande evidência, nunca os ventos tinham sido tão favoráveis, e nunca os tínhamos aproveitado como então.

A situação alcançada propiciou à presidente uma popularidade sem precedentes, enquanto o país deslanchava durante a grave crise mundial. Mas então os meios de comunicação começaram a jogar contra. Quando tudo parecia, finalmente, estar dando certo, quando as coisas por aqui pareciam, finalmente, começar a se acertar, os meios de comunicação começaram forte campanha contrária, induzindo-nos a torcer contra nós mesmos.

Começamos então a balançar o barco. Com o movimento conjunto articulado pelos meios de comunicação, a marola de 2008 acabou chegando, com alguns anos de atraso. E continuamos a balançar o barco, querendo mais. A estratégia auto-flageladora tem uma característica especialmente cruel e obtusa. Estamos mal porque jogamos contra nós mesmos.

Espera-se uma grande mudança no mundo; sabe-se que a era de abastança está findando. Sabe-se que os tempos de energia barata estão no fim, e que, em breve, todos os custos aumentarão, todas as obras ficarão muito mais custosas. Essa expectativa, fortemente fundamentada, fêz com que muitos países mergulhassem em super-mega-empreendimentos, sem precedentes, com o intuito de aproveitar essa última maré de bonança. Sabiamente, muitos países trataram de empreender obras extraordinárias propiciando a infraestrutura que será aproveitada no futuro, permanecendo disponível ao povo durante os anos magros que certamente virão.

A estratégia é bem óbvia. Sabendo-se que, em poucos anos, tudo estará muitíssimo mais caro que hoje, investe-se o mais possível na construção de cidades, de infraestruturas viárias, de transportes, e de tudo o mais que será necessário para aguardar os esperados tempos de penúria que não tardarão.

Assim, a Coreia constrói Songdo uma cidade futurista impressionante, os Emirados Árabes fazem Masdar, com promessas mais impressionantes que as de Dubai, enquanto chineses, japoneses e europeus constroem obras de infraestrutura que facilitarão a vida de seus cidadãos nos tempos difíceis que se anunciam.

Enquanto isso, nós jogamos contra nós mesmos.

Espera-se para breve um colapso financeiro mundial, uma grande crise, muito maior que todas as anteriores, de dimensões e consequências incalculáveis, da qual o mundo nunca emergirá incólume. Quando a grande crise financeira passar, os custos energéticos crescentes decorrentes da escassez de energia terão deixado o planeta empobrecido, e tudo muito mais difícil que hoje.

Teria sido a hora de aproveitarmos a última onda de prosperidade que se esvai.

Tenho profetizado a ocorrência da grande crise financeira em 2017, talvez demore um pouco mais, mas não muito. A onda será imensa, muito maior que a de 2008. Se o barco continuar balançando, se o maremoto nos pegar enfraquecidos o desastre será amplificado, a catástrofe imensamente maior.

Já perdemos o bonde. Continuaremos estagnados, com a cara de uma grande taba mal reciclada, transformada em subúrbio do século XIX.

Mas se continuarmos a balançar o barco as coisas por aqui serão piores, para baixo não costuma haver limites.

Redação

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