Porque brasileiro gosta de chorar, por Geneton Moraes Neto

Teoria Geral do Chororô Brasileiro

Por Geneton Moraes Neto

Atenção, sociólogos, antropólogos e psicólogos de plantão: que tal alguém produzir uma Teoria Geral do Chororô Brasileiro? Já é hora.

O capitão da seleção brasileira de setenta, Carlos Alberto Torres, fez um comentário interessante no programa “É Campeão” – que estreou esta noite, no Sportv. Disse que jamais tinha visto tantos jogadores chorarem antes e, até, durante os jogos – como acontece com os brasileiros. “É uma coisa inédita”. O programa – bela ideia – reúne quatro capitães de seleções campeãs do mundo: além de Carlos Alberto,o argentino Daniel Passarella, o alemão Lothas Mattaus e o italiano Fabio Cannavaro, sob o comando de André Rizek. A pergunta foi feita aos três estrangeiros: alguém já tinha visto algo assim? Resposta unânime: não.

O transbordamento de lágrimas em momentos improváveis – pelo visto – parece ser um traço brasileiro.

Júlio César, o herói da vitória sobre o Chile, chorou antes da cobrança dos pênaltis – algo jamais visto. Em outros momentos, as câmeras mostraram Tiago Silva chorando. Neymar literalmente desabou, aos prantos, com o rosto colado na grama. David Luís também derramou lágrimas “aos borbotões”, como diria Nélson Rodrigues. E quem não se lembra daquela imagem do capitão da seleção, Tiago Silva, com os olhos cheios de lágrimas enquanto aguardava o momento de entrar em campo na estreia do Brasil na Copa? Ninguém precisa nem falar do chororô na hora do hino.

Dizer que o brasileiro chora porque é “emotivo” é pouco. Deve haver outras razões – mais profundas.

Uma coisa é certa: a irresistível vocação brasileira para o chororô não é um defeito do caráter nacional. Pelo contrário! As lágrimas – como estas, derramadas quando os nervos ficam “à flor da pele”, numa disputa esportiva que mobiliza todo o planeta – podem ser belos sinais de devoção, entrega, envolvimento. Por que não? É melhor cultuar estes sinais de arrebatamento do que tentar copiar a “frieza” maquinal de outros povos.

Tanto chororô pode ter razões históricas: quem sabe, não é uma herança lusitana?

Uma vez, numa entrevista com o grande historiador Evaldo Cabral de Melo, ele chamou a atenção para um detalhe interessante: disse que quem quiser conhecer um pouco do caráter brasileiro deve observar com atenção os portões de embarque e desembarque dos nossos aeroportos.

Lá, as manifestações derramadas de afeto, as efusões, as lágrimas, os abraços, os beijos, o chororô – tudo funcionará como um retrato fiel do que o historiador, em tom crítico, chama de “pieguice luso-brasileira”.

Um pequeno trecho da entrevista:

Quais são os sintomas dessa pieguice luso-brasileira?

Evaldo Cabral de Mello – “Vou citar apenas dois exemplos – que me parecem engraçados. Primeiro : a quantidade de pessoas que, no Brasil, se deslocam aos aeroportos para levar parentes e amigos. Se você pensar bem, cada pessoa que pega um avião no Brasil é levada por outras cinco ao aeroporto…Ou vão cinco receber cada pessoa que chega. Em relação a Portugal, me lembro do caso que me contou o pintor Cícero Dias. Morador em Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial, ele se divertia muito ao ver os barcos que faziam a ligação entre o Terreiro do Paço e Cacílias. É como a barca Rio-Niterói. A distância é até menor que do que a do Rio a Niterói. Cícero ficava sentado, às gargalhadas, vendo o número de pessoas que, aos prantos, se despediam de parentes que iam atravessar o rio…”.

( Aliás: o que é que os documentaristas estão esperando ? Por que não apontam suas câmeras durante doze horas seguidas para os portões de embarque e desembarque de algum aeroporto movimentado ? Ao término da gravação, terão em mãos, com certeza, material suficiente para compor um retrato fiel do temperamento brasileiro ).

Os portões de embarque e desembarque dos aeroportos não seriam os únicos territórios a serem pesquisados: nossos estádios não ficam atrás!

O choro dos jogadores brasileiros nos momentos mais improváveis
nesta Copa de 2014 certamente serviria como belo material de estudo para algum aventureiro que queira produzir uma Teoria Geral do Chororô Brasileiro.

Os estrangeiros, com uma ou outra exceção, se surpreendem com tanta lágrima.

Ainda bem.

Redação

29 Comentários

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  1. A tensão transbordou, está

    A tensão transbordou, está além do limite ideal para uma competição de alto rendimento. É o que eles precisam trabalhar, a cabeça.

  2. Durante os preparativos da

    Durante os preparativos da seleção para a copa, as atenções midiaticas estavam voltadas para o fracasso do torneio desviando e tirando a pressão sobre os jogadores ,agora que a copa “pegou” estão sentindo a pressão até Felipão ,sempre durão, acusou o golpe na entrevista coletiva de sexta feira aonde enalteceu as qualidades da seleção chilena ,uma semana antes seu discurso era “somos favoritos sim ,e não podemos escolher adversários”,nos 15 minutos finais da prorrogação a expressão de desepero de alguns era visisvel ,em full HD ou alta resolução ,o que mostra uma falha na preparação psicológica do grupo ,mesmo tendo eles uma renomada psicológa a disposição .

  3. Remoto e atual

    A imagem de Pelé, aos 17 anos, em 1958, na Suécia, chorando no ombro de Gilmar, pode ajudar.

    Em 2014, a juventude carregando o peso uma controvertida Copa, disputada em casa, o que traz o dever de ser OBRIGATORIAMENTE vencida.

    Pensando no que dirão políticos, grupos de opinião e as implacáveis folhas e telas cotidianas, em caso de derrota, eu estaria chorando muito mais, pensando em ajudar nosso atual déficit hídrico e de massa cinzenta.

    Basta ver a repercussão do jogo de ontem, contra o Chile, eles mesmos considerando sua melhor seleção em décadas. 

  4. Brasileiro que é brasileiro, chora !

    Na minha formação na família, meu “velho” sempre dizia: Homem que é homem, não chora.

    Na minha rebeldia, desde que emancipei-me aos 15 anos, e conhecendo tantos fatos e transformações políticas neste país, virei um chorão de carteirinha, e num dia como o de ontem, impossível não chorar, desde o momento de cantar o hino nacional, até a hora de defender(junto com o Júlio) os pador brasileiro, dênaltis chilenos e a confissão chorosa de cada jogas tantas emoções vividas.

    Então, vale o seguinte: Homem que é homem, chora sim ! Chora de alegria, chora de tristeza, chora de emoção.

    O chôro, é uma oração em forma de lágrimas.

  5. Realmente, se houvesse uma

    Realmente, se houvesse uma taça para o chorôrô nós certamente a abiscoitaríamos. 

    Entretanto, não assimilo essa teoria ou mesmo só suspeita de que seria um traço da pieguice luso-brasileira. Americanos e povos orientais modo geral são muito mais chorões. 

    Minha explicação é mais simples: há evidente um desequilibrio emocional nessa seleção. Esse “vale de lágrimas” todo é um sintoma de que esse viés foi no mínimo substimado no planejamento e arranjos para a Copa. Atentem, por exemplo, para essa autoexpiação de Júlio César com relação a Copa de 2010: nunca vi, li, assisti nada imputando a ele uma culpa singular para o nosso fracasso. Ou seja, ele simplesmente quer “socializar” um drama, um desiderato de cunho eminentemente pessoal. 

    O caráter de Filipão, que une traços de típica brasilidade e a vocação para o melodrama advinda de seus ancestrais italianos, deve contribuir para exarcebar ainda mais para esse desequilibrio. Prestem atenção no seu comportamente  à beira do campo e nas entrevistas: um vulcão sempre prestes a detonar.  Por “osmose” isso é assimilado pelos que estão dentro de campo. 

    Mas Felipão não está só. Toda a CBF, e especialmente a dita Comissão Técnica, talvez contaminada pelo ufanismo que adveio com a conquista da Copa das Confederações, passou publicamente a exortar nossa quase obrigação de sermos campões do mundo. Isso porque éramos os melhores, jogávamos em casa com o apoio da torcida etc e coisa e tal.

    Óbvio que esse otimismo irresponsável ao cabo e ao final vai ser mais um vetor dos tantos que afligem atletas jovens,inexperientes em Copas, máxime em Neymar, um imberbe nos seus 22 anos a quem coube, cabe, o maior quinhão do fardo.

    Portanto, aguardem que nossos chorôrôs virão. Tomara que só de alegria e emoção e não de desespero.

  6. Esse choro é preocupante.

    Uma pressão muito grande foi posta sobre os jogadores brasileiros. Já no início da convocação final, Parreira, em uma coletiva, em alto e bom tom cravou que é obrigação da seleção vencer o mundial no seu país. Esse tem sido o mote abraçado por Felipão e disseminado entre os jogadores. Perdeu-se o foco, o foco é jogar bem, é cada jogador se conscientizar porque foi convocado, cada jogador deve apenas lembrar que é o melhor na sua posição entre muitos outros que não foram convocados, é preciso retirar o peso da obrigação da vitória, muitos deles se esqueceram de que são os melhores em suas posições.

    Ontem no jogo contra o Chile, Neymar também sucumbiu a essa pressão e também a pressão da “neymar dependência” da seleção.

    Vejam o caso Paulinho, um cracaço na sua posição, totalmente apático, perdido, sem tesão. Thiago Silva chorou sentado na bola e disse a Felipão que não tinha condições de bater o penalti e que o escalassem por último.

    Fernandinho, que estraçalhou contra Camarões, ontem era um menino perdido.

    Os jogadores tem que se conscientizar, volto a repetir, que são os melhores, e que em campo podem fazer o melhor, esquecer as pressões de vitória, jogarem com mais alegria, tirarem dos seus ombros uma pressão que os leva a ficarem como meninos perdidos diante de um pai, Felipão, também perdido, precisam lembrar-se de que são campeões em seus clubes, que são a nata do futebol brasileiro, e que se formos perder que percamos como leões e não como gatinhos assustados.

  7. É um traço da sociedade brasileira

    Eu já percebi isso há muito tempo. E esse traço se agravou nos últimos 20, 25 anos. Quando eu era pequeno, não me lembro de tanta gente chorando por qualquer coisa. É muito chororô. Todos os dias têm pessoas chorando na televisão, nas ruas, em todos os lugares. Choram todos, sem exceções. Preto, branco, índio, mulher, homem, jovem, criança, idoso, rico, pobre etc. Todo mundo chora no Brasil por qualquer coisa. É fora do normal, é atípico. Uma sociedade emocionalmente aos frangalhos.

    Para mim, é sinal de desequilíbrio emocional. Essa é uma das possíveis explicações do por que o Brasil não vir jogando bem nessa Copa do Mundo, o desequilíbrio emocional. Eu considero um problema sério. Não tem nada para se enaltecer nisso. É um problema do povo, da sociedade brasileira, que é desequilibrada, quase pré-depressiva. Muitos dos nossos problemas podem passar por descobrir exatamente o que acontece para causar tanto choro, pois não é normal. É uma sociedade que cria pessoas emocionalmente instáveis. E aí isso cria todo tipo de problema, desde o juiz arbitrário, que se acha Deus, passando pelo policial agressivo e violento, chegando até as pessoas que se trucidam por motivos os mais banais.

  8. Eu chorei hj foi é de raiva

    Eu chorei hj foi é de raiva ao ver a manchete da fel-lha (arre que mau hálito): “Júlio César e trave salvam Brasil de vexame”. Até onde fai a faia?

    1. Trave, goleiro ou milagre

      Ricardo Cesar,

      Se não foram as duas traves e Júlio César que salvaram a seleção da derrota, será que foi a divina providência ?

      1. E a palavra vexame?

        Ganhar ou perder, faz parte do jogo. O jornal já está carimbando a seleção caso perca o próximo jogo: VEXAME.

        A manchete “Júlio César e trave salvam o Brasil”, seria a mais correta. Se o Brasil perder a copa, não haverá vexame nenhum, pois do outro lado tem um time que também deseja ganhar a Copa.

  9. Choro

    Implacavel,

    Entendo o ato de chorar como, noves fora as crianças sinal de desequilíbrio emocional.

    No caso desta seleção brasileira, o sinal vermelho foi aceso antes mesmo de ter entrado em campo para enfrentar a Croácia, fato que todos puderam assistir pela televisão, depois a choradeira na hora de cantar o Hino Nacional – se uns estavam tão emocionados, era lógico que outros do grupo também estivessem com aquele péssimo estado emocional, logo adiante o desempenho em campo deixou claro o desequilíbrio.

    Comparar Pelé na Suécia, com então 17 anos vividos inteiramente vividos em Santos e Três Corações, com jogadores que cumprem contratos jogando em grandes clubes europeus há bastante tempo, é o mesmo que comparar bicicleta com avião a jato.Onde está a experiência desta turma do Felipão ? Me surpreende a postura de aparente indiferença do decano do grupo, CAParreira, que participa de Copa do Mundo desde 1970.

    Aquela seleção de 1970 era firme, ninguém ali seria capaz de derramar uma lágrima que fosse por causa de Hino; a de 1982, apesar de derrotada, também; na de 1994, comandada por Romário, chorar, nem pensar, e agora esta prá desafinar, seleção que tem sido uma gelatina até aqui.

    Na verdade, não me recordo de nenhuma seleção basileira que tenha estado tão emocionada como esta, em uma Copa do Mundo. Cabe lembrar que choro, na maioria das vezes,é reação reservada a perdedores.

    Quem ajuda bastante para que isto ocorra é, ou era o JN da Grobo (  não assisto esta desgraça há muitos anos), pois, durante anos, em quase todos os dias aparecia alguém chorando de alegria ou tristeza, mas as lágrimas estavam lá – este estado de espírito martelando diariamente a cabeça dos brazuca só podia oferecer um resultado.

    Quem tiver paciência e acesso aos arquivos daquele programa, pode conferir. Em derterminada época comentei a cretinice com uma pessoa da emissora, ele ficou em dúvida, conferiu e foi honesto, disse que eu tinha razão. 

    Quer amolecer uma população ? Faça dela um bebezão.

     

  10. A Astrid Fontenelle tinha um

    A Astrid Fontenelle tinha um programa muito interessante chamado ‘chegadas e partidas’ em que entrevistava pessoas no aeroporto e descobria que tudo é muito mais que pegar um aviao. Sao historias de vida das mais inesperadas. Muito emocionante.

  11. HOMEM “COR”-DIAL CHORA

    Mais uma vez  Sérgio Buarque de Holanda responde: brasileiro é o homem cordial.

    O mestre da cultura brasileira enfatizou o “cordial” no sentido do que é “movido pelo coração”, e não propriamente da amabilidade,

  12. O choro é livre!!!

     

    Pois é!  Mais uma vez sofria diante de uma cobrança de pênaltis.

    Sou atleticana! Somente os atleticanos entendem os sentimentos contraditórios que nos atraem e expulsam de frente a uma tv durante uma cobrança de pênaltis.

    Resolvi não ver! Desloquei para alguns metros abaixo do bar em que assistíamos o já sofrido jogo.

    Mas vi aproximar uma viatura da Policia Militar. Desceram os duros policiais! Com uniformes e ares implacáveis.

    Ficaram na rua em frente ao bar, e nem a nossa boa tarde, conseguiu fazer muito sucesso.

    Eu como disse aguardava, por sinais e gritos o resultado de cada cobrança, alguns metros adiante.

    Vencemos!   Voltei ao centro de uma profusão de abraços. Uma comoção geral. 

     Olhei o policial, que permanecia no mesmo lugar, mas agora com os olhos completamente tomado pelas lágrimas.

    Continuou não aceitando um abraço. Não importava. Aqueles olhos marejados diziam que sentíamos a mesma emoção.

    Sentei. 

    Ao meu lado, meu marido, um digno representante do “primeiro mundo”, tb tinha os olhos marejados de lágrimas!!!!

     

    O choro tem divido opiniões….

    Mas gosto de uma antiga expressão popular:  O choro é livre!!!!!!

  13. Geração Chorona

    Acho normal o jogador ficar emocionado com hino. Quem não ficaria? Agora, o capitão do time ficar encolhido (em posição fetal), isolado, sem acompanhar a cobrança dos pênaltis é inadmissível. Realmente, tá muito chororô. E justamente na hora em que você mais precisa de frieza e equilíbrio (na cobrança de pênaltis). Um jogador, nesse nível, precisa ter equilíbrio emocional. Se o camarada não tem, não serve para (nenhuma) seleção. Acho que o único momento em que um jogador poderia desabar seria em caso de desclassificação ou após a final (qualquer que seja o resultado). Antes disso, é inaceitável. Eu sou torcedor, posso rir ou chorar. Agora, o jogador profissional não pode. Chora antes de entrar, chora na hora do hino, chora na hora em que faz gol, chora antes da cobrança dos pênaltis, (provavelmente) chora durante as cobranças, chora na entrevista… Desse jeito, deviam fazer todos os jogos da Seleção Brasileira aqui na Arena Corinthians. Com tamanho volume de lágrimas, ajudaria bastante a minimizar o “não vai ter água” aqui em São Paulo.

    De qualquer modo, continuarei torcendo e sofrendo até o final com a Seleção Chorona.

  14. Acabei de saber que um tio de

    Acabei de saber que um tio de um conhecido meu morreu ontem, de ataque cardíaco. Se sentiu mal no intervalo do jogo do Brasil. O povo brasileiro tem que pegar mais leve nessa Copa do Mundo. É só um esporte. Não se pode levar tão a sério assim. Melhor nem assistir se for para ficar assim.

  15. Nós estamos chorando porque…

    Estamos vivendo um momento sui generis, sabemos que nunca mais vamos viver isto por aqui em vida. Pelo menos não a Copa do Mundo de Futebol.

    Toda vez que vejo a entrada dos jogadores (qualquer time) em campo fico emocionado.

    Esperem as Olimpíadas do Rio, vão acontecer inundações catastróficas.

  16. Uma sociologia apressada é a

    Uma sociologia apressada é a seguinte: o esporte é uma ritualização do combate, do confronto. Por meio da competição esportiva canaliza-se energias que podem ser dieruptivas da personalidade e do tecido social.

    O futebol surgiu na inglaterra dentro desse contexto de intensa urbanização e instabilidades.

    Na competição desportiva, portanto, é possível ganhar é possível perder e a vida continua: esse é o sentido básico.

    Pois bem, se fosse numa guerra, acho que esses bravos gurerreiros brasileiros se cagariam todos.

  17. O chorar em si, não me

    O chorar em si, não me preocupa. Me preocupa quando, além de chorão, é analfabeto politico. Ai, então, tenho certeza que o “se”r chorão é hábito adiquiro por excessos dos telenovelões da globo. Também, em relação aos jogadores nacionais, deve haver um contexto tão podre, tão indignificante, sobrecarga de exigencias dos chefões da fifa, da cbf e globo que não deve ter ser humano descente, que não sucunba a um choro desabafador.

  18. Também querem o que ?
    O

    Também querem o que ?

    O Felipão convocou 23 seminaristas, pré requesito para compor a família Scolari.

    Reparem o perfil do capitão da seleção, Tiago Silva, vez por outra ele aparece com olhos marejados nas entrevistas, nem perfil de capitão tem. Deve ter sido escolhido pelo técnico por ser bonzinho.

    Se um líder demonstra fraqueza, imaginem o que ele passa para os  liderados.

    Reparem que durante todos os jogos, houve um apagão na seleção, os caras ficaram tontos, sem saber o que fazer, sem rumo, desnorteados, ao ponto de numa cobrança de lateral jogar a bola no pé do adversário.

    Está faltando marginal nessa seleção, tipo, Jr. Baiano, Edmundo, Dunga(jogador), Romário…para dá esporro no time, e mostrar aos adversários quem é que manda nessa porra.

    Está havendo muita emoção, mas futebol que é bom nada.

    Só fico imaginado se pergarmos os hermanos, putz ! não quero nem ver! 

  19. Me lembro de dois choros,

    um, o de Ronaldo Fenômeno, acho que na Copa de 2002, faltando uns 10 minutos antes de acabar a final, na qual o Brasil saia vencedor, e o Felipão o substituiu por outro jogador mais descansado. 

    O Ronaldo saiu chorando e ganhou um forte abraço do Felipão, que deve ter dito algo como “Missão cumprida, Ronaldo!”.

    O outro choro foi do Ernesto Geisel, ditador de plantão, quando comentou num evento sobre um determinado general, o qual abandonou o seu governo, em função de discrepâncias, se não me engano, foi o tal Hugo Abreu .

  20. Quando éramos crianças,

    Quando éramos crianças, ouviamos a célebre frase: “homem não chora!” Pediram para os homens ser sensíveis, olha no que deu?

    Agora, sem brincadeiras. A direita passou o tempo todo dizendo: “não vai ter copa”. Há copa, e agora eles têm uma desculpa para cada resultado: quando o Brasil ganha, o juiz foi comprado; se o Brasil não vai bem, bando de desequilibrados!

    Qualquer que seja o resultado, eles querem fazer uso dele, e vocês acham que os jogadores não sabem disso!? Mais: entre eles (não só jogadores, mas também comissão técnica), há os de direita e os de esquerda, os ególatras, os recalcados e os com espírito de equipe. A Seleção Brasileira reflete, como a torcida, a esquizofrenia que se instalou nesse país. Não é só uma copa do mundo. Vamos ver o que pesará no final.

  21. Talvez por causa de textos como este

    …nesta Copa de 2014 certamente serviria como belo material de estudo para algum aventureiro que queira produzir uma Teoria Geral do Chororô Brasileiro.

    E não é citando Nelson Rodrigues e nem o tal de Evaldo que se conseguira alguma coisa de seriedade e de conteúdo.

    Sabe porque chora o povo brasileiro?Porque é um povo que tem como característica um fervor místico que o induz a ser cortez e solidário para com o próximo.

    De onde vem este fervor?

    Buscar a resposta talvez seja a possibilidade de compreender porque o brasileiro é antes de frio e indiferente uma criatura solidaria e emotiva.

    Tentar compreender antropologicamente o povo brasileiro e citar Nelson Rodrigues, é a situação adequada em gerar pranto e comiseração.

    Sempre se perguntou qdo olhava para o sujeito simples e aquele sorriso permanente emoldurava o semblante embrutecido, muita vez banguela e o corpo encuravado, conseqüência das agruras das vida.

    Ri do que esta gente?

    O deboche e a ironia nunca cultivaram qualquer sentimento de nobreza para com o Brasil, sempre se sentiram inferiorizados diante do mundo, qdo olhavam para as ruas das cidades e percebiam o homem do povo na sua simplicidade e aquele onipresente sorriso.

    Sorri do que esta gente?

    O brasileiro, o homem comum, o mulato, sempre tiveram orgulho de ser brasileiro, os intelectuais os filhos de imigrantes, os elitistas nunca souberam realmente o que significa este orgulho, porque sempre desprezaram este povo, de um jeito ou de outro, direta ou indiretamente.

    Foi exatamente este orgulho mistico, transcendental que fez com que o brasileiro se superasse e se destacasse diante do mundo nas mais diversas áreas e é bom lembrar sem qualquer ajuda, absolutamente por mérito proprio.

    Talvez, o brasileiro seja tão emotivo, porque sabe que desde a colonização lhes negaram tudo para sua subsistência, e mesmo assim conseguiu construir o Brasil que as outras nações hoje,não se cansam de elogiar. 

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  22. Fico de queixo caído quando

    Fico de queixo caído quando leio os “emocionalmente fortes” a criticarem nossos jogadores, porque conseguem colocar suas emoções para fora. É o be-a-bá de uma pessoa bem estruturada a capacidade de demonstrar suas emoções. Mulheres sempre choraram mais e, que me desculpem os machistas de plantão, somos muito, muito fortes.

    Choram os jogadores, todos, agora mesmo estou vendo gregos enormes se acabando de chorar com a desclassificação e costa-riquenhos felizes chorarem de emoção.

    Aquele homem que não chorava era um pobre infeliz, ao qual se interditava até demonstrações de tristeza ou frustração. Meninos não choram: uma das frases mais cruéis inventadas pela humanidade.

    Mas o bonito,hoje, é que os homens choram e se beijam sem qualquer constrangimento. Fora com os machões, que não servem pra nada, nem pra jogar futebol.

    1. Os gregos e jogadores de

      Os gregos e jogadores de outras seleções choram pela desclassificação ou pela passagem para a outra fase. Choram depois. O que se pede ao jogador brasileiro é o mínimo de controle emocional no momento decisivo. Chorar antes resolve o que? Ninguém está dizendo que deve se ter robôs em campo ou falta de sensibilidade e sim uma boa capacidade de segurar o sentimento até o desenlace da questão.

      Se um filho depende sua vida da ação de um pai,o que resolverá,por mais justificado que esteja mediante a situação,entrar em desespero? Se só você pode salvá-lo,há de se ter o mínimo de firmeza e atitude,represar o sentimento,agir e no momento propício soltar suas emoções guardadas.

      Não é à toa que jogadores e ex-jogadores não estão entendendo nada essa atitude dos nossos atletas. 

  23. Prezados, chorando desse

    Prezados, chorando desse jeito já estamos nas quartas. Se o time vencer a Copa, os jogadores podem chorar à vontade que eu não me importo.

  24. No Brasil não somente choram os jogadoes de futebol…. Os políticos choram em seus discursos… O ultimo chororo foi de Lula al tomar posse, Qualquer brasileiro se lembra de algo e chora… ?????

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