O golpe dentro do golpe, por Wallace dos Santos de Mora

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sugerido por Jackson da Viola

Por Wallace dos Santos de Mora

Do Le Monde Diplomatique Brasil

O GOLPE DENTRO DO GOLPE
 
O que está por trás das denúncias da Globo contra Michel Temer e seus prováveis desdobramentos
 
Nos últimos 65 anos, a Rede Globo ocupou o espaço de um dos principais atores políticos, sempre participando com grande poder de decisão em momentos-chaves. Com o fim do regime militar, por exemplo, teve início a luta pelas “Diretas Já” e a Globo impediu que as imagens de comícios nas ruas fossem exibidas na TV, nos seus jornais e rádios

Desde 2013, o Brasil vive um quadro de crise política institucional dos mais profundos. A iminente queda de Michel Temer constitui-se como apenas mais um capítulo dessa novela. Para discutirmos as denúncias contra o presidente da República e termos mais dados para análise, sem cairmos em previsões infundadas, é necessário clarear algumas constatações históricas fundamentais da política brasileira:

1) a Rede Globo é ainda hoje o principal meio de formação de opinião dos brasileiros sobre política;
2) historicamente, ela representou os interesses majoritários dos capitalistas do país;
3) desconhecemos evidência de recuo de uma proposta dela com relação à retirada de um presidente da República do seu cargo, seja através de golpe militar explícito, de golpe institucional ou de impeachment.

Se admitimos que essas assertivas são verdadeiras, Michel Temer cairá em breve.

Se isso não acontecer, significará que a Rede Globo não representa mais os interesses majoritários do grande capital, nem dos principais políticos no país e seu império midiático está prestes a ruir.
Nesse sentido, é sempre importante fundamentarmos nossas hipóteses com base na história política brasileira. Nos últimos 65 anos, a Rede Globo ocupou o espaço de um dos principais atores políticos, sempre participando com grande poder de decisão em momentos-chaves. Vejamos.

O jornal O Globo, quando ainda não havia sido constituída a poderosa Rede Globo, foi um dos principais atores na desestabilização do governo de Getúlio Vargas em 1954. Quando Vargas aceitou a proposta de João Goulart, então escolhido para o Ministério do Trabalho, de dobrar o salário mínimo, foi gerada uma convulsão nas elites empresariais do país. O Jornal O Globo, como porta-voz desse setor, publicou várias denúncias contra o presidente da República, acusando-o de mandar assassinar seu principal inimigo político, Carlos Lacerda. Nesse mesmo ano, Getúlio Vargas cometeu o suicídio, alegando em carta-testamento que forças ocultas o impediam de governar. Depois da morte de Vargas, o jornal O Globo foi atacado por milhares de manifestantes no Rio de Janeiro.

Dez anos mais tarde, entre 1961 e 64, o herdeiro de Vargas, João Goulart, assumiu a presidência da República. Mais uma vez, o Jornal O Globo se opôs veementemente ao seu governo e ajudou a preparar o golpe militar-civil que o retiraria do poder em 31 de março de 1964, por meio de uma quartelada.

Durante os vinte anos da ditadura militar-civil foi construída a Rede Globo, um grande império midiático, chegando a vários pontos do país e incluindo o seu meio de comunicação mais importante: a televisão. Ela serviu de apoio político-ideológico do governo dos generais e se mostrou como a maior formadora de opinião no Brasil, difusora de informações, verdadeiras ou não, mas sua principal prática foi esconder, e muito bem, as torturas, os assassinatos, as perseguições, a corrupção, as falcatruas realizadas nesse período sombrio da história brasileira. A Rede Globo exacerbou a autocensura jornalística, isto é, antes da censura dos militares, o jornal só informava aquilo que agradaria ao regime.

Com o fim do regime militar, teve início a luta pelas “Diretas Já” e a Globo impediu que as imagens dos governados nas ruas fossem exibidas na TV e nos seus jornais e rádios. A censura era seletiva: atentava exatamente contra os movimentos populares. Nada de reivindicações poderia aparecer no seu império. Quando era inevitável, tinha que aparecer como algo negativo. Essa foi e é a lógica.

Depois do apoio incondicional à ditadura militar-civil e a tentativa de esconder a campanha pelas “Diretas Já”, em 1984, a Rede Globo voltou sua atuação intensa contra a criação de direitos sociais na Constituição de 1988, atendendo às demandas das associações empresariais (FIESP, FIRJAN, CNI). Assim, os trabalhadores, hoje, possuem menos direitos do que poderiam usufruir, em função da ajuda da empresa de Roberto Marinho.

No ano seguinte, em 1989, na primeira campanha eleitoral pós-ditadura militar-civil, a Globo apoiou totalmente o candidato Fernando Collor de Mello, fazendo-o vencedor, mas sobretudo impedindo a vitória de seu principal inimigo político, herdeiro de Vargas e de Goulart, Leonel Brizola, e também do operário, Lula da Silva. Para tanto, o jornalismo global trabalhou intensamente para desmerecer as candidaturas de seus inimigos e para vender Collor de Melo como um salvador da pátria. Por consequência, a Rede Globo apoiava o neoliberalismo no país.

Como a vitória de Collor havia sido por uma margem de votos muito pequena e ainda vinha exercendo um governo bastante impopular com confisco da poupança da população, diminuição dos lucros dos empresários etc., a Globo defendeu abertamente o seu processo de impeachment. O objetivo era apaziguar o país, as lutas sociais e resgatar sua supremacia nas comunicações depois de ajudar a eleger um candidato extremamente antipopular. A manipulação da informação por parte da Globo era percebida por grande parte da população e o apoio ao impeachment também significava retomada da credibilidade. Em 1992, os militantes petistas pediam as pessoas para assistirem a Globo!

Em 1994, a Globo apoiou incondicionalmente a candidatura de Fernando Henrique Cardoso para a presidência e protegeu seu governo de uma tal maneira que não era possível sair nenhuma crítica. Inclusive, em episódio incidentalmente gravado por ela mesma, em uma entrevista com o então ministro da economia Rubens Ricúpero, transmitida apenas para quem possuía antena parabólica, que havia admitido que não tinha escrúpulos pois se prestava a fazer campanha aberta para FHC como ministro e dizendo ainda: “o que é bom, a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”. Isso em plena campanha eleitoral. A Rede Globo não mostrou nenhuma linha, em nenhum dos seus meios de comunicação, jornais, rádios, e TV, sobre o assunto.

A Globo blindou o governo de FHC tal como blindou a ditadura militar-civil. Sob o governo do PSDB, o Brasil viveu uma das piores crises econômicas de sua história, com um dos maiores índices de desemprego e de queda do PIB, mas nada disso era discutido, sequer apresentado nos meios de comunicação do império midiático.

Apesar de tudo, os governados não são idiotas e perceberam que a crise econômica era muito intensa, fruto das medidas neoliberais adotadas pelos tucanos. Em função disso, ocorre o crescimento de votos nulos desde os anos 1990, com sua exacerbação depois dos protestos de 2013. Assim, em 1998, FHC foi eleito com menos votos que a soma de votos em branco, nulos e abstenções. Uma verdadeira vergonha.

Em 2002, Lula da Silva recebeu o apoio da Rede Globo e venceu as eleições. O PT não era mais uma ameaça nem para os capitalistas nem para sua porta-voz principal. Ao contrário, alguns setores acreditavam que uma política de neodesenvolvimentismo, com fácil financiamento do BNDES e com intervenção do Estado, injetando dinheiro em determinados setores, poderia alavancar a economia. E assim aconteceu com a Odebrecht, com JBS, com os bancos e outros setores. Isto não é uma contradição no capitalismo. Vários estudos mostram como as grandes empresas dos países imperialistas cresceram com a ajuda deslavada do Estado. A própria Globo foi favorecida com dinheiro público durante a ditadura militar para instituir seu império. Durante o governo Vargas, a criação das estatais tinha por objetivo favorecer o desenvolvimento do chamado capital nacional através de vendas de produtos a preço de custo para as empresas. Sob o governo de FHC, o BNDES cumpriu função equivalente no processo de privatização das estatais, pois emprestava dinheiro para determinados grupos comprarem as empresas antes públicas e depois passaram a cobrar pelos serviços prestados. Outros processos semelhantes a esses foram as concessões para explorações de rodovias. O Estado investia, deixava a estrada pronta com o dinheiro público e depois concedia a uma empresa a exploração dos pedágios. Um verdadeiro escárnio com o dinheiro público e a inteligência da população.

Portanto, atribuir esses problemas apenas aos governos petistas é tentar impor uma visão seletiva que não colabora para entendermos amplamente o processo. A crítica, portanto, correta e real deve ser feita a todo o sistema que pelo menos desde a ditadura militar-civil favorece aos grandes capitalistas com dinheiro dos governados, depois de muito suor, de muito trabalho explorado e extraído para alavancar determinadas empresas em conluio com políticos no poder.

Por fim, a Globo atuou com toda sua força para retirar a presidente Dilma Rousseff da presidência em 2015/16, que por incrível que possa parecer vinha realizando as reformas exigidas pelos grandes capitalistas, todavia em ritmo mais lento do que aquele implementado pelo governo atual.
Embora Michel Temer viesse encaminhando uma reforma absolutamente reacionária e conservadora, a Rede Globo fez campanha, assumindo inclusive, em editorial do dia 19 de maio do jornal O Globo, que só restava ao presidente da República a renúncia.

É importante entender que Michel Temer vinha sendo apoiado amplamente pelo PMDB, PSDB, DEM e outros partidos menores. A base aliada estava bastante sólida, ampla e unida no conservadorismo que há muito tempo não estava tão organizado no Brasil. Tudo indicava que a reforma da previdência e trabalhista passaria com bastante folga no Congresso. Por que, então, defender a retirada de Temer? Por que desestabilizar ainda mais o país que já está em crise econômica?

Se vale a pena aprendermos com as experiências do passado, poderíamos dizer que o governo federal possuiu uma notória e grande rejeição popular. Assim, pode ser que a Globo queira se livrar da pecha de quem colocou o Temer no poder, venha resgatar sua credibilidade como a emissora que também retirou o mesmo do poder. Curioso é que seria a repetição daquilo que aconteceu exatamente com Collor de Mello.

Em tempos de poder crescente das redes sociais (Facebook, WhatsApp e outras) com uma circulação imensa de ideias, o poder dos grandes conglomerados de mídia está claramente em declínio, se eles perdem a credibilidade ficam fadados a total desconstrução de seus impérios.

Outra hipótese diz respeito a desestabilizar o país, descredenciando todos os políticos para que a própria população queira/aceite um outro golpe militar-civil. Com Donald Trump no poder nos EUA, a conjuntura torna-se absolutamente favorável para esse tipo de golpe. Um golpe no Brasil, seria o cenário ideal para que se realizasse um golpe também na Venezuela e virasse de vez a visão política no continente com um alinhamento natural ao governo autoritário e conservador dos EUA. Ademais, um golpe militar-civil no Brasil acabaria com todas as denúncias da operação “lava-jato” e dos procuradores que estão colocando na cadeia alguns políticos. O Congresso seria fechado, mas todos os políticos que lá estão se livrariam dos processos de corrupção de que fazem parte.

Além do mais, os militares já possuem um candidato “forte, nacionalista, impetuoso, autoritário, conservador e que se apresenta como corajoso para destruir todas as enormes mazelas da política e da sociedade brasileiras”. O golpe militar pode servir para colocar um deputado federal, militar da reserva, no poder Executivo. Trata-se de Bolsonaro.

Esse candidato está em plena campanha eleitoral, visitando quase que diariamente todos os quartéis do país. Ele ainda possui uma enorme rede de think tanks que divulgam suas ações pelas redes sociais, sendo amplamente compartilhada por militares, seus familiares e amigos.

No pré-1964, a Globo apoiou o “quanto pior, melhor”, justamente para garantir o caminho dos militares ao poder Executivo. Algo similar aconteceu com o lançamento da candidatura de Fernando Collor em 1989. Como os políticos estão muito desgastados, Collor apareceu como o candidato da antipolítica. Bolsonaro é também apresentado dessa maneira, nem parece que ele é um político profissional há muito tempo.

Por consequência, a Rede Globo mostra as falhas de todos os candidatos, mas blindando exatamente Bolsonaro, tal como fez com FHC, com Collor e a ditadura militar. Enquanto aponta as críticas de todos os candidatos e não fala de um deles, é óbvio que o está favorecendo. Enquanto todos se desgastam, a candidatura mais perigosa de todas vai sendo construída subliminarmente. O SBT apresentou no último domingo, dia 21 de maio de 2017, um programa inteiro sobre a candidatura de Bolsonaro, como um herói brasileiro, para tirar o país do que ele chama de bagunça.

Em resumo, com base na história política brasileira, não podemos descartar a preparação de um golpe militar-civil por parte da Globo e de seus oligopólios de comunicação de massa aliados, nem o lançamento da candidatura de Bolsonaro como salvador da pátria. Esses são os piores cenários para a política brasileira, pois estaríamos sem liberdade de expressão e, portanto, nem esse artigo poderia circular.

Por fim, com todas as denúncias apresentadas, as suspeitas populares de que os políticos estão meramente a serviço dos interesses de alguns empresários/banqueiros escolhidos, se confirmou. Os depoimentos ratificam que o dinheiro público, que deveria servir a sua população que contribui, é amplamente utilizado para favorecimento recíproco de políticos e empresários por meio de corrupção e falcatruas. Aquela sensação de corrupção ampla e ativa nos meios políticos e empresariais está agora mais que confirmada. Percebemos também que com esse sistema, do jeito que está organizado, o voto dos governados de pouco adianta, pois os políticos precisam de aliança com aqueles que possuem dinheiro para suas campanhas eleitorais, sejam eles, empresários, banqueiro, narcotraficantes ou qualquer outro, para comprar jornalistas, juízes, televisões, rádios, apoios nas favelas e periferias.

Esse sistema oligárquico-representativo requer que o candidato faça de tudo para se eleger, inclusive, prostituir suas ideias. Para ele, o importante é ganhar a eleição. Trata-se daquela velha máxima: “os fins justificam os meios”, que não deu certo em lugar nenhum. Assim, ele se vende para chegar e manter-se no poder, mesmo que tivesse uma ideologia crítica a isso tudo.

Portanto, não adianta votar nesse ou naquele político. É necessário mudar todo o sistema de organização política da sociedade, sem a qual, continuaremos a transformar algumas pessoas, até com boas intenções, em verdadeiros canalhas corruptos. É necessário jogar todo o sistema político-eleitoral existente no país abaixo e construir um modelo marcado pelo total controle da população sobre todos os rumos das verbas públicas, de seus direitos, enfim o autogoverno. Único que é verdadeiramente oposto a todo tipo de ditadura. Um autogoverno que viabilize a democratização dos meios de comunicação e que acabe com os oligopólios de comunicação de massa para se garantir a verdadeira liberdade de expressão.

Se queremos acabar sinceramente com o uso de dinheiro público para financiar empresas e o dinheiro das empresas para financiar políticos inescrupulosos, se queremos acabar com o compra e venda de votos no Congresso Nacional, com os cargos do Estado virando moeda política, só existe um jeito: governo (Kratos ou cracia) do povo (demos) ou democracia no seu sentido etimológico. Esse modelo só será concretizado quando qualquer pessoa do povo puder exercer influência sobre os rumos do dinheiro público que é construído pelo seu trabalho. Quando sua voz for ouvida pelos demais, quando suas considerações forem levadas em conta, e isso não acontece com um regime representativo no qual um eleito não possui nenhuma obrigação de atender aos interesses dos governados, mas apenas de responder aos financiadores de sua campanha eleitoral. Enfim, estamos vendo no Brasil a total falência do regime representativo e ainda estão tentando nos impor um regime ainda mais ditatorial, quando a melhor solução é a real democracia, que significa autogoverno popular.

Wallace dos Santos de Mora é Prof. do Departamento de Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da UFRJ. Coordenador do grupo de pesquisa OTAL (Observatório do Trabalho na América Latina): www.otal.ifcs.ufrj.br . Agradeço aos alunos do OTAL pelas reflexões críticas que colaboraram para elaboração dessas teses.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

31 Comentários

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  1. Tudo muito bom, tudo muito

    Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas como se faz para chegar lá  na ” real democracia, que significa autogoverno popular.” ?????? Resposta urgente, por favor, estamos na UTI . As tropas foram para a rua e o ensaio mostrou que pode ser sim, quado estrarão a farsa?

  2. Não há nenhuma indicação de

    Não há nenhuma indicação de que as Forças Armadas tenham um plano para dar suporte a uma candidatura  Bolsonaro.

    Não faz parte da historia semelhante operação. As FF.AA. se orientam pela hierarquia de comando e Bolsonaro nunca representou o Exercito, nunca foi da cupula e não tem uma liderança expressiva dentro das corporações militares, registrando que ele saiu do Exercito em situação pouco lisongeira. O Exercito dá grande importancia à lideranças historicas para representa-lo em ações politicas de alcance nacional.

    1. André,
      O complexo Globo

      André,

      O complexo Globo jamais apoiaria, jogaria suas fichas, num destrambelhado como esse renegado do Exército, Jair Bolsonaro, 

      Verdade: ele não tem lá esse cartaz todo dentro dessa organização militar, uma instituição que tem por fundamento a hierarquia e a disciplina, valores que ele infringiu. Ademais, o que esse fanfarrão representam se não ele mesmo e uma dúzia de desinformados que pululam por redes sociais e you tube? 

    2.   Concordo, inclusive o

        Concordo, inclusive o comandante do exército, Gal. Villas Boas Correia desautorizou tanto o Bolsonaro quanto o Olavo de Carvalho a falar em nome da instituição e mandou seus sobordinados a a pararem de repercurtir seus dizeres, pelo que acompanho e pela sua postura diante do ato autoritário do temer (minúsculo mesmo) não acredito de saia do exército qualquer ato que atente contra a legalidade ou ingerencia da vida política do Brasil.

    3. Prezado senhor André

      Prezado senhor André Araujo,

       

      ao menos entre nós, cisnes, há a repulsa ao comportamento egresso deste senhor. Há constrangimento e até indiferença entre boa parte da oficialidade. Simplesmente não nos representa, não nos representa sequer no congresso nacional.

      Infelizmente, não se vê o mesmo entre praças e seus familiares, não se diz o mesmo em salas de estar em boa parte da classe média brasileira. Inclusive, novamente, na sala de estar de saudosos por arbitrariedade que ficaram no passado.

  3. Em 1992 a miltancia petista

    Em 1992 a miltancia petista pediam as pessoa para assistirem a Rede Globo.

    Sou militante petista desde os anos oitenta; nunca pedi nem nunca ouvi um militante petista pedir as pessoas para assistirem a Rede Globo para derrubarem o Collor.

    Em 2002 a Rede Globo apoiou Lula e o PT.

    O candidato da Globo era o Serra. A campanha Lula teve que elaborar a famigerada Carta aos brasileiros, para contrabalançar o forte apoio angariado por Serra no meio empresarial e da Globo.

    O militares tem uma candidatura forte, a de Jair Bolsonaro.

    Tal afirmação é um profundo desrespeito para com os militares, pois é pública e notória a rejeição que tal figura tem entre o oficialato das FAs. O que ele consegue lá são votos entre os familiares da arraia miuda, mas não apoio como o autor dar a entender.

    São tres vaciladas que comporomete todo o longo texto, em que o autor fecha com uma proposta quimérica; da autogestão.

    Minha formação ideológica tambem é anarquista, libertária, por isso nunca me filiei ao PT.

    No entanto nunca permiti que minhas intimas convicções me atrapalhasse os sentidos, principalmente a visão, a audição e a sensibildade, para aceitar com pragmatismo as ferramentas que a realidade no impõe. 

     

    1. Edivaldo

      Assino embaixo esse seu comentário.

      Minha formação ideológica tambem é anarquista, libertária, por isso nunca me filiei ao PT.

      No entanto nunca permiti que minhas intimas convicções me atrapalhasse os sentidos, principalmente a visão, a audição e a sensibildade, para aceitar com pragmatismo as ferramentas que a realidade no impõe. 

      É isso e tenho (temos) dito.

      (diferentemente, cheguei sim, a me filiar ao Partido dos Trabalhadores)

  4. Parei aqui

    “Em 2002, Lula da Silva recebeu o apoio da Rede Globo e venceu as eleições. O PT não era mais uma ameaça nem para os capitalistas nem para sua porta-voz principal.”

     

    kakakakakakakakakakakakakakakakakkakakakakakakakakakakakakakakakakkakakakakakakakakaka

    1. Ainda tem outra

      Anterior à frase que você destacou ainda tem uma outra:

      “Em 1992, os militantes petistas pediam as pessoas para assistirem a Globo!”

      Tais imprecisões históricas (se não maldades), a meu ver, desacreditam o texto.

  5. leio também no Fernando Brito

    leio também no Fernando Brito que o candidato dos imbecis fascistóides, o sr. bolsonaro, fez um encontro recente em Londrina que chama a atenção, o que é preocupante, sem dúvida. acho tb, partindo dos meus princípios, que deve ser fácil destruir o militar nalguma campanha: suas falas há muito denotam seu espírito. por outro lado, os fascistas nossos de todo dia estão em qualquer esquina e sendo assim não pensam como eu, ou seja, quanto mais autoritário, mais outros o seguirão. agora chamar de think tank tais fascistas que sobejam na net, é demais. no youtube se acha documentário de como fazer subir na rede esta ou aquela personagem através de programas simples de computador. já li tb que esse desgraçado eleito por perfeitos imbecis (400 mil ou mais) é líder no uso das tais “redes sociais”. 

    quanto à rede de mídia historicamente golpista, acho que só no futuro saberemos o que de fato aconteceu para a mudança radical de posição sobre o governo usurpador. tudo que vejo e penso a respeito é especulação por enquanto. 

  6. O golpe militar é a última

    O golpe militar é a última escolha dos capitalistas, representados pela rede globo, mas seria um regime brutalmente corrupto visto que o capital estaria literalmente empunhado as armas. A melhor saída, no momento, para a plutocracia predatória e ignara é um presidente indireto, um laranja a serviço do capital, terminando o serviço sujo iniciado com o golpe e dando tempo para as oligarquias tramarem um golpe definitivo contra a população brasileira. 

  7. Delírio pouco é bobagem mesmo…

    Dizer como conseguir essa soluçao preconizada nao dá, né? A nao ser que haja alguma vara de condao perdida por aí.

  8. E-Democracy

    Precisamos de um sistema que a população possa de forma direta decidir sobre todos os assuntos. Uma forma é tornar o tribunal superior eleitoral em um sistema democrático contínuo, idéias:

     

    1 – ao votar num deputado / senador, seria obrigatorio o deputado / senador postar num ambiente virtual para os seus eleitores as pautas de votação, e os eleitores votariam, o deputado / senador votaria na assembleia de acordo com a vontade de seus eleitores. Os eleitores do deputado / senador continuaria sigiloso, apenas o eleitor teria via sistema do tribunal acesso aos deputados / senadores que elegeu.

     

    2 – O presidente da república faria consulta a todos os eleitores do país, para questões pontuais, os eleitores opinariam e dariam sugestões. Por exemplo reforma da previdência e trabalhista, politica, econômica, educação, saúde, e as sugestões iriam diretamente para os ministros que tratam o assunto de cada pasta. O tribunal mostraria graficos, e os desejos da população como um todo. O presidente seria o grande empreendedor destes desejos, e saberíamos se o prosidente não compartilhasse e integrasse os desejos da população.

     

     

    Abraços,

     

     

    Dacy

  9. Um grupo sem ideologia nem plano de governo, é um grande risco

    Eu tive pensando, e parece que a coisa é bem simples, principalmente considerando os delatores mais recentes, a fatura estava ficando cada vez mais cara.
     

    Antes determinados para grupos econômicos, basta um telefonema para resolver alguns problemas, agora além do telefonema é necessário mexer na conta bancária, mais precisamente no caixa 2.

    Caso contrário a retaliação vem a cavalo, e em tempos de novas tecnologias,….A retaliação vem a jato, na velocidade da fibra ótica como é o caso da Globo, que tem seus principais concorrente na Internet e no grupo “religioso” que controla  outra emissora de TV.

    Precisamos lembrar das dividas da Globo com impostos, ou negociações para o pagamento de impostos atrasados pelo Refis,

    Quanto a concorrência, é sempre preocupante, principalmente se eles aceitarem pagar mais que do ele vem pagando, além disso já tem a proximidade dos controladores da concorrente com um certo Cunha.

    Estamos falando, e alguns tratando diretamente com um grupo “político”, sem ideologia nem plano de governo, muito preocupados com as comissões por serviços prestados.

  10. Quem é esse articulista? Ele

    Quem é esse articulista? Ele representa alguém, ou apenas seu próprio umbigo?

    Não diz coisa com coisa. Um rciocínio tortuoso, erros históricos gigantescos – a Globo apoiou a eleição de Lula? – e uma apologia da democracia direta, sem qualquer sugestão de como chegar a isto.

    E ele é professor de ciência política da UFRJ? 

    A ver.

  11. Globo a serviço dos EUA

    Ninguém me tira da cabeça que a Glogolpe sempre esteva serviço dos EUA. É muito alinhamento político e ideológico.

  12. O golpe dentro do golpe

    Texto enviesado, a despeito da provável boa intenção do autor. Tão longo texto para tão poucos acertos!

  13. Mesma origem e alvos diferentes

    Embora todo o PIG tenha a mesma origem os alvos são totalmente diferentes. A imprensa escrita atende um tipo de público de elite culturalmente mais preparado. Mas, ocorre que a TV Globo ataca muito mais embaixo, ao povão. Assim, os alvos atingidos são totalmente diferentes.  O PIG paulista, naturalmente, estimula aos tucanos (e o João Dória em particular). Já a TV Globo, que “trabalha” com eleitores mais desavisados e pobres, aposta no Bolsonaro (que convenientemente foi batizado no Rio Jordan). Sabendo que nenhuma dessas apostas será majoritária, o PIG aposta nas duas, para tirar votos do Lula, sabendo que tanto Bolsonaro como os tucanos irão terminar juntos, no voto anti-Lula do 2º turno.

    1. Quem vota no Bostonaro pode votar no Dória e vice-versa

      Mas qiem vota no Dória ou no Bostonaro jamais voltaria no Lula e quem vota no Lula jamais votaria no Bostonaro ou no Dória. Dória e Bostonaro não enfraquecem o Lula, ao contrário, eles fortalecem o Lula. O Dória e o Bostonaro enfraquecem-se mutuamente.

  14. A Globo não tinha alternativa

    A globo ficaria numa situação pior do que a que está, na qual está apedrejando quem tanto ela afagou, senão ela iria pro buraco com o Cheirão Perrela. Deu preto 17. Nem um amigo entre os Caxorros o Aécio encontrou no momento em que ele mais precisa. Quando ele surfava na onda da carne seca, a globo o bajulava

    Isso não é um neo-golpe, pois todo golpe já nasce caduco. O que aconteceu foi que a lama já atingiu a bunda dos golpistas e entrou água. Agora o Moro prefere fazer água também na Lavabosta, livrando a cara da Luxuriante Cláudia Cruz, que tinha a cartela premiaa do bingo, para tentar drenar o golpe.

  15. Silêncio Premiado: A Nova Fase da Lava Jato

    A Lava Jato sua fase de delação premiada e entrou na fase de silêncio premiado. Antes o silêncio era castigado. Prendia-se o $ujeito e abria-se-lhe duas possibilidades: delatar petistas e alguns bagres ou continuar preso, Os bagres e os Petistas podiam até não ser condenados apenas com base nas delações não provadas nem confessadas mas o delator pode garantir sua impunidade e a lavagem judicial do produto do seu crime, aí a imprensa faz o festival em cima dos delatados, independentemente de provas materiais das delações. Agora essa fase foi superada: Como as delações começaram a atingir os Golpistas, agora premia-se não a delação, mas o silêncio. A absolvição da Cláudia Cruz e a mesada do Joesley dada mensalmente ao Cunha, com as bênçãos do Mochel Temer trata-se do silêncio premiado do Cunha.

    Como há provas robustas contra os golpistas enquanto todas as provas contra os petistas foram destruídas, só  existindo documentos apócrifos, convicções e fotografias ao lado de criminosos, compensa-se premiar o silêncio muito mais do que a delação.

    Moro deve estar com o rabo preso nas mãos do Eduardo Cunha

  16. A eleição indireta é a especialidade da GLOBO.

    Muito lúcido esse artigo, deveria ser lidos por todos que não tenham vivido politicamente até a virada o século. A globo, mas não podemos esquecer que é o grupo das principais midias, SBT, BAnd, Record etc., que estão por traz de toda a canalhice que ocorre nesse país (sem excluir o PT).

    Agora aceitar o Bolsonaro seria a nossa condenação.

    Eu tenho dito que a primeira pergunta que devemos fazer a alguém que apóia os Bolsonaros é se eles gostariam que sua(s) filha(s) se casassem com um homem as atitudes de Bolsonaro para com as mulheres?

    A resposta tem sempre sido NÃO! Então acrescento porque vc deseja um presidente como o Bolsonar para mais de 100 milhôes de mulheres do Brasil?

    Infelizmente conheço mulheres que votam em Bolsonaro!

    E tem muitos outros argumentos para crer que esse cara é o canalha maior!

  17. Apenas devemos atentar para a chantagem

    A Globo ainda se sente divina, assim ela diz aos seus, que eu posso dar, mas também posso tirar, desde que me obedeçam

    Temer se encalacrou, rede globo quer se desvencilhar, mas sob controle. Faz campanha pelas reformas, coloca no ar uma série contra a ditadura, e alguns atores globais, agora,  pedem o povo na rua. Mas o peso é sempre em cima da necessidade das reformas. Fala sobre constituição e julgamentos depois de promover o golpe.  Um dia os interesses da burguesia oligárquica que sempre dependeu do estado ia ressurgir, e enquanto a GLobo visa um Banco nacional do desenvolvimento, tentando criminalizá-lo a FIESP do Pato Skaf, pede mudanças já no BNDES e consegue  abertura imediata de financiamento barato. O que era crime logo logo vai se tornar em politica de desenvolvimento novamente.  A globo se desvencilha de Temer, pois as negociatas dos amigos de Temer ja colocam em risco os interesses do mercado este ser sobre natural, mas faz campanha, para ainda não se sabe quem, mas sempre da esfera FHC -Marinhos. Mas em todo caso negocia com Temer.  Mas jamais veremos a Globo defender interesses populares.

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