O implacável lawfare do Japão contra Carlos Ghosn

Ghosn disse que fugiu para sua casa de infância no Líbano para limpar seu nome. O Líbano não tem um tratado de extradição com o Japão.

Do The Guardian

Ministro japonês vai ao Líbano para pressionar pelo retorno de Carlos Ghosn

O vice-ministro da Justiça do Japão está viajando para o Líbano neste fim de semana para defender que o ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, deve ser julgado no Japão.

Hiroyuki Yoshiie deixará Tóquio no sábado e se encontrará com a ministra da Justiça libanesa, Marie-Claude Najm, na segunda-feira, informou o Ministério da Justiça do Japão.

O ex-líder da aliança de fabricação de carros Renault-Nissan fez uma fuga sensacional no ano passado do Japão, onde enfrenta julgamento por crimes financeiros, incluindo o uso indevido dos fundos da Nissan para benefício pessoal. Ele nega as acusações.

Ghosn disse que fugiu para sua casa de infância no Líbano para limpar seu nome. O Líbano não tem um tratado de extradição com o Japão.

O brasileiro Ghosn, que também possui cidadania libanesa e francesa, voltou ao Twitter na quinta-feira pela primeira vez em mais de um mês, solicitando assinaturas para uma petição de libertação do colega ex-executivo da Nissan Greg Kelly, que foi preso no mesmo tempo.

“É a esperança da Nissan que Ghosn retorne ao Japão para que todos os fatos possam ser adequadamente estabelecidos no sistema judicial do Japão”, afirmou a empresa em uma declaração nesta sexta-feira.

A empresa entrou com uma ação civil contra Ghosn no mês passado, pedindo 10 bilhões de ienes (£ 72 milhões) em danos.

Luis Nassif

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