O interesse por trás do ataque à Petrobras, por Sergio Gabrielli

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Enviado por sergior

do Le Monde Diplomatique

O interesse por trás do ataque à Petrobras

Os opositores são os mesmos que foram contrários à existência da Petrobras. O viés político que se vê em alta no ataque à companhia é infinitamente mais perverso para o futuro do país se comparado aos atos ilícitos até aqui descobertos. É dever cívico alertar e deixar claro a quem interessa que há uma Petrobras frágil

por José Sergio Gabrielli de Azevedo

A Petrobras foi posta em uma encruzilhada histórica, e os desdobramentos da investigação da Justiça e de futuras decisões administrativas podem colocar em xeque não só o legado dos últimos anos, mas também a sobrevivência da companhia como big player do mercado e a política de Estado que projeta um futuro promissor garantido pelo pré-sal. Não se trata de uma previsão catastrofista, e sim de um alerta da real necessidade de depurar toda a onda de ataques à imagem e à reputação da estatal e defender seu papel estratégico para o desenvolvimento econômico do país, o legado construído nos últimos doze anos e a sobrevivência de toda sua cadeia produtiva.

Desde 2003, a gestão da Petrobras levou em consideração que o Estado brasileiro tinha uma política de longo prazo de fortalecer os interesses da União na exploração e produção de petróleo, fomentar o crescimento de vários setores da indústria brasileira e promover o desenvolvimento social. Com a potencialidade de desenvolvimento da produção de petróleo, o Estado brasileiro queria diminuir o risco da doença holandesa de ficar somente dependente dele. Havia a necessidade de fortalecer a cadeia de fornecedores, gerar emprego e renda em outros setores e expandir a tecnologia nacional. Com a descoberta do pré-sal, em 2006, essas possibilidades se potencializaram muito mais.

As diretrizes que guiaram a Petrobras até aqui – levando a resultados expressivos tanto financeiros quanto de know-how em tecnologia – contrariam sensivelmente aqueles que defendem o modelo privatista vigente até fins de 2002, o qual desejava a abertura da exploração de uma riqueza brasileira exclusivamente para mãos estrangeiras.

A Operação Lava Jato revelou que as regras de governança empresarial são insuficientes para detectar comportamentos criminosos. Por mais que, até aqui, se saiba que o esquema de corrupção, embora tenha começado confessadamente nos anos 1990, envolva pessoas em acordos ilícitos que ultrapassam as fronteiras de governança de uma empresa, somente a quebra de sigilo e as benesses de acordos de delação premiada foram capazes de trazer à tona o modus operandi e os valores e percentuais desviados de cada contrato.

A identificação de comportamentos criminosos por parte de alguns dirigentes da companhia vai forçar um maior controle dos processos internos, para fortalecer o compliance com as regras da boa governança. A direção estratégica da companhia vai precisar, a curto prazo, se dedicar a reconquistar a confiança do mercado financiador de seus títulos, principalmente agora, depois do rebaixamento de seu rating no mercado. Isso significa que os processos decisórios serão mais lentos e cuidadosos, e os objetivos mais gerais de seu plano de investimentos serão submetidos à lógica de curto prazo. A construção de uma cadeia de fornecedores e seus impactos macroeconômicos serão secundarizados em relação à geração de caixa para reduzir seu endividamento, publicar seu balanço e satisfazer seus credores.

Numa segunda onda, não menos importante e ainda mais devastadora, há um risco sistêmico para a economia brasileira em razão da paralisia e inoperância dos principais fornecedores da cadeia produtiva da estatal – em destaque o risco de default das maiores empreiteiras brasileiras – e da contaminação do sistema financeiro, uma vez que a maioria das construtoras operava alavancada por empréstimos. Se a roda parar de girar, o sistema cai. A crise aberta na Petrobras pode ser a versão brasileira dos subprimes norte-americanos de 2008.

E sabemos, de antemão, qual é o discurso da oposição: a culpa pela perda de valor da companhia e os impactos sobre a cadeia produtiva cairão na conta do “projeto de poder do PT”, que se valeu do esquema de extorsão e desvio de dinheiro público para, mais uma vez, financiar a compra de apoio político. Estamos, portanto, diante de um jogo político que, no cenário internacional, mexe no status quo dos grandes players do mercado de petróleo.

Por que a Petrobras está sob ataque

É preciso, portanto, entender por que a Petrobras e o pré-sal são peças-chave nesse xadrez político e econômico. Poucos países têm a situação do Brasil na produção, distribuição e consumo do petróleo. Foi no Brasil a maior descoberta de novos recursos dos últimos anos, com a identificação das gigantescas reservas de petróleo do pré-sal. Os recursos ali identificados representam a principal fonte de novo petróleo convencional do mundo, com condições de produção muito favoráveis, apesar dos desafios tecnológicos – a maior parte deles já superada – de reservatórios especiais em águas profundas, distantes do litoral.

A Petrobras é hoje a vanguarda na exploração em águas profundas, o que fez do pré-sal um novo paradigma mundial. De forma surpreendente para os padrões mundiais, sete anos depois da descoberta, a produção diária já supera os 700 mil barris, quando o mesmo nível de produção requereu muito mais tempo depois da descoberta no Mar do Norte, no Golfo do México ou na costa leste da África. A Petrobras, praticamente como operadora única, foi um sucesso de realização, introdução de sistemas produtivos e produtividade. O pré-sal é viável com preços de equilíbrio inferiores aos atuais preços do petróleo, que caíram para um terço de seu valor em junho de 2014. Portanto, cai por terra o argumento muitas vezes divulgado pela imprensa de que o pré-sal é uma promessa para o futuro. Sua exploração é uma realidade – e muito bem-sucedida.

Poucos países têm a situação brasileira no refino e no consumo de combustíveis. É um mercado de derivados que cresce a taxas extraordinariamente altas em comparação com os mercados europeus, norte-americano e japonês, com uma presença significativa de etanol e biodiesel no fornecimento final dos combustíveis e com uma malha logística, em um país continental, que pode alcançar todo o território nacional. Além de ter uma taxa de crescimento bastante alta, é, em termos absolutos, um dos maiores mercados do mundo, o que garante, em âmbito nacional, a combinação de oferta de fontes de petróleo cru economicamente viáveis, em volume considerável, com parque de refino instalado e mercado consumidor ávido para utilizar os derivados produzidos.

Esse cenário só foi possível porque o Conselho de Administração da Petrobras soube se guiar com precisão nos últimos doze anos, orientando os investimentos onde eram de fato necessários – e sem perder de vista a política de Estado de fortalecimento interno da economia e desenvolvimento social.

Poucos países têm a situação brasileira de um sistema de geração de eletricidade que combina a fonte hidrelétrica com um parque termelétrico fortemente lastreado na utilização de gás natural, ao mesmo tempo que cresce a taxas expressivas a geração eólica. Conta com uma rede de gasodutos que liga a costa brasileira de norte a sul do país e é capaz de, conectada com a Bolívia, ter um fornecimento de gás que consolida a contribuição da produção brasileira, a importação via gasoduto da Bolívia e a importação de GNL com três terminais de regaseificação instalados.

Poucos países têm a situação brasileira de ter uma empresa como a Petrobras, que conta com o melhor conhecimento e experiência do mundo na produção em águas profundas, fato reconhecido pela terceira vez, dando à empresa este ano o Distinguished Award,da prestigiada Offshore Technology Conference (OTC), que ocorre todos os anos no Texas, Estados Unidos. A Petrobras tem um dos melhores corpos técnicos do mundo, tem instalada uma das maiores frotas mundiais de sistemas flutuantes de produção, com barcos de apoio e sondas de perfuração, além de operar os sistemas submersos e a logística de escoamento da produção de petróleo e gás de forma segura, eficiente e rentável.

Além de sua capacidade própria, a história da Petrobras a credencia a ser um parceiro desejado pelas grandes companhias de petróleo, com quem ela mantém relações produtivas de parceria. Ser a operadora única possibilita a melhor utilização da infraestrutura já instalada, a melhor eficiência na mobilização de recursos adequados para a solução dos desafios e a possibilidade de atrair os melhores agentes do mercado. Possibilita também obter vantagens da escala de compras e da definição de estratégias de longo prazo que necessitem de expansão da capacidade de produção do próprio setor de fornecimento de equipamentos especiais e dedicados, como sondas de perfuração de águas profundas, equipamentos submersos e sistemas de complementação dos sistemas de produção. Possibilita ainda a apropriação nacional dos desenvolvimentos tecnológicos que advêm da experiência concreta de fazer a produção funcionar.

A descoberta de grandes reservas de petróleo pode ser um bônus se permitir a criação de mais riqueza e tornar possível que o país supere suas limitações de crescimento, distribuição de renda e justiça social. Mas a mesma descoberta também pode ser uma maldição se não permitir que outros setores da economia cresçam, levando ao que se conhece como doença holandesa: um setor passa a ser hipertrofiado como gerador de renda, inibindo os outros. Como a fonte da renda é um recurso esgotável, seu fim condena todos à miséria.

É contra esse risco que a política de conteúdo nacional, utilizando a escala das compras para os sistemas de produção de petróleo no país, de forma a promover a expansão da capacidade produtiva das empresas localizadas no Brasil, possibilita a formação de uma forte cadeia de suprimento para o setor, que irradia a criação de emprego e renda, além da atividade de produção de petróleo e gás.

Esse modelo sempre teve opositores – o que vem desde os tempos de Getúlio Vargas. Inicialmente eles eram contra a própria existência da Petrobras e se opuseram à sua criação, defendendo que era melhor abrir o país para as operadoras internacionais. Depois, com a quebra do monopólio nos anos 1990, adotaram o modelo dos leilões de concessão, que, dado o risco exploratório alto, gerava receitas para o Estado baseadas nas expectativas que as empresas tinham sobre os ganhos futuros das concessões e balizavam os bônus, que elas ofereciam ao Estado pelo direito de produzir durante mais de 25 anos. A repartição de ganhos futuros estava predeterminada.

Com o pré-sal tudo se modificou. O risco exploratório de buscar e não encontrar petróleo era mínimo; portanto, basear o ganho futuro do Estado nessa avaliação riscada das empresas não era o modelo adequado. O governo brasileiro mudou o marco regulatório e instaurou o contrato de partilha de produção, em que o Estado partilha os ganhos futuros que surgirem da exploração, uma vez que os riscos subsistentes do pré-sal se relacionam com o desenvolvimento da produção, e não com a exploração.

Os opositores, claro, não querem isso. Querem mais garantias para as empresas e menos possibilidades de o Estado capturar parte dos excedentes de renda, que poderão advir da continuidade da produção da imensa riqueza descoberta. Querem retornar aos leilões de concessão, nos quais os ganhos do Estado dependem das expectativas das empresas de qual será a receita futura do petróleo a ser produzido. Esse é um ponto-chave para entender por que a Petrobras passou a ser alvo de tamanha artilharia. Na prática, o marco regulatório e o modelo de partilha dão solidez à política de Estado como diretriz da gestão da Petrobras e dos recursos do pré-sal. O ataque à reputação da companhia – e seu consequente efeito para o rating da estatal junto às agências de classificação de risco – tem o objetivo de “quebrar a espinha da Petrobras” e, assim, inviabilizar o modelo de partilha imposto pelo marco regulatório.

Outro grave desdobramento que se avizinha é comprometer os ganhos sociais que estão diretamente ligados à política vigente. Em 2010, o governo brasileiro foi sábio em criar um fundo para concentrar os ganhos advindos da exploração e produção do pré-sal, definindo que seus rendimentos deveriam se destinar a investimentos que transformassem o futuro do país: educação, ciência e tecnologia e meio ambiente. Os opositores também não querem isso e defendem apenas a manutenção dos royalties e da participação especial, contribuição adicional que as empresas petroleiras pagam nos leilões de concessão, para campos extremamente produtivos.

São essas conquistas que estão sob ameaça com a atual sanha “denuncista” da mídia nacional, que já começa a contaminar a mídia internacional. Não importam os fatos, mas as versões e as ilações sobre os fatos. Os únicos testemunhos que valem são dos acusadores. O ônus da prova, que deveria ser de quem acusa, passou a ser exigido de quem é acusado. Ninguém seria em princípio inocente, como define a Constituição. Se for dirigente da Petrobras e, principalmente, se for do PT, você é imediatamente condenado pela mídia, sem direito a defesa nem julgamento. É um linchamento público gigantesco. A voz dos delatores é considerada a verdade absoluta, sem provas e seletivamente divulgada.

Não se faz aqui, evidentemente, a defesa dos atos ilícitos que foram confessados. Muito pelo contrário: devem ser investigados, e os culpados, punidos. Sempre respeitando, porém, as regras de um Estado democrático de direito e, sobretudo, sem o viés político que se tem dado ao caso. Colocar todos os contratos da Petrobras e o trabalho de mais de 80 mil funcionários em suspeição é um atentado político contra a companhia e, por tabela, a toda a sociedade brasileira, que é, de fato, dona das riquezas do pré-sal.

Deve-se ter frieza para analisar os fatos sem a influência política de quem tem interesses em enfraquecer a Petrobras ou ainda em apagar o legado que se construiu nos últimos doze anos. O que se sabe até aqui é que os atos ilícitos confessados foram praticados fora da Petrobras, mas com a conivência de alguns poucos funcionários. Atos que seriam praticamente impossíveis de serem detectados por meio das regras rígidas de governança corporativa sempre adotadas pela Petrobras. Outras grandes empresas do mundo, tanto na área de petróleo quanto em outros setores da economia, viveram casos parecidos recentemente, e, em momento algum, colocaram-se em xeque suas operações. A holandesa SBM, fornecedora da Petrobras, é um exemplo. A Siemens e a Alston, envolvidas no escândalo do trensalão tucano em São Paulo, também.

Os supostos pagamentos ilícitos em contratos da Petrobras não podem colocar em suspeição a necessidade e a correção estratégica da companhia em executar cada uma das obras em questão. Todas foram decididas, corretamente, pelo Conselho de Administração da companhia, espelhando seu planejamento estratégico.

A construção das refinarias de Abreu e Lima e do Comperj, ou ainda a reforma da refinaria do Paraná (Repar), hoje demonizadas pela imprensa, são de vital importância para que o Brasil não sofra a longo prazo com o “apagão do refino”. São obras estratégicas para atender ao crescente mercado doméstico de derivados de petróleo, como a gasolina e o diesel. O país não construía uma refinaria desde 1980, e a demanda crescente, sobretudo após 2005, impôs a urgência de ampliação do parque de refino – mesmo se tratando de um investimento caro e demorado e com baixos índices de rentabilidade para os acionistas.

A construção de plataformas e de sondas de perfuração passa pela mesma lógica: sem esses investimentos, a Petrobras não teria condições de, como já assinalado, retirar mais de 700 mil barris por dia das reservas do pré-sal.

Os números da Petrobras são superlativos e espelham sua grandiosidade e papel estratégico para o país. Em fins de 2002, a companhia, que vinha sendo preparada para ser vendida, valia cerca de US$ 15 bilhões em valor de mercado. Durante o governo Fernando Henrique, a empresa registrou lucro líquido médio de R$ 4,2 bilhões por ano. Nos governos Lula e Dilma, a média anual passou para R$ 25,6 bilhões. O lucro anual da Petrobras seria suficiente, por exemplo, para custear o investimento de um ano do programa Bolsa Família. Nos últimos doze anos, o lucro líquido acumulado supera R$ 300 bilhões.

Os resultados financeiros refletem o trabalho do dia a dia. A produção de petróleo da companhia cresceu 50% de 2002 a 2014, sempre acima da média mundial. Apenas no ano passado, cresceu cerca de 7,5%, graças aos campos do pré-sal. A Petrobras é a única petrolífera que registrou crescimento de produção nos últimos anos em comparação com as gigantes do mercado, como Shell, Exxon, Chevron e BP, que estão sofrendo com a crise financeira internacional.

O número de plataformas da empresa mais que dobrou de 2002 até hoje: eram 36e agora são 82, resultado do forte investimento feito na última década. A Petrobras, que no passado investia US$ 2 bilhõespor ano, passou a investir mais de US$ 3,5 bilhõespor mês.

Essa é a empresa real – com números reais – que querem esconder valendo-se das denúncias que surgiram com a Operação Lava Jato, o que gerou o clima de forte especulação que fez a companhia perder tanto valor de mercado em tão pouco tempo. A Petrobras é uma empresa sólida, mas a campanha em curso – em discurso uníssono na imprensa – visa enfraquecê-la. Tentam reverter as mudanças do marco regulatório do pré-sal brasileiro, a que se adiciona o papel geopolítico de uma petroleira brasileira enfraquecida, com uma cadeia de fornecedores, em formação, destroçada e sem condições de continuar competindo para formar uma indústria com conteúdo nacional que gere emprego e renda no país.

O contexto internacional

Também não podemos perder de vista o contexto internacional do mercado de petróleo e o papel estratégico da Arábia Saudita. De 1973, com a crise da guerra árabes-Israel, até 2013, o mercado vinha atuando com a Arábia Saudita sendo o país que regulava a produção adicional sobre a demanda, de forma a impedir quedas acentuadas de preços ou seu aumento demasiado, via ajuste de sua produção nacional. A Arábia Saudita tem um custo de extração do barril do petróleo relativamente baixo em relação aos preços de venda internacional e, portanto, poderia suportar ajustes de preços maiores do que produtores com custos mais elevados.

A Opep, que reunia os países exportadores de petróleo, combinava essa dinâmica e internamente ajustava a produção excedente. Nos últimos anos, em especial a partir de 2008, esse esquema começou a ser questionado.

A produção adicional proveniente dos Estados Unidos, com a expansão das técnicas de fracionamento dos reservatórios no shale gase tight oil e a consequente disponibilidade, por meio da produção associada de condensados equivalentes a óleo leve, tornou esse país o maior mercado consumidor do mundo, praticamente autossuficiente de petróleo leve, ainda que continue a importar petróleo pesado.

Por outro lado, a oferta futura de petróleo não convencional – dos Estados Unidos e das areias betuminosas do Canadá – e do ultrapesado da Venezuela ameaçava o equilíbrio tradicional, em que a produção da Opep era chave. Junto com as perspectivas de crescimento do pré-sal brasileiro, a geopolítica do petróleo passou a considerar as mudanças de papéis de seus atores.

A Arábia Saudita se recusa a baixar sua produção para ajustar os preços, esperando que a queda nos valores tire do mercado – como já começa a acontecer – os produtores norte-americanos de óleo não convencional, colocando o preço do petróleo em níveis ameaçadores para a continuidade de alguns projetos de produção futura de não convencionais. Essa situação ainda não chegou a ameaçar o pré-sal brasileiro, mas já começa a afetar as economias do Irã, da Venezuela e da Rússia, tradicionais adversários dos Estados Unidos na política internacional.

A continuidade dos preços baixos, no entanto, associada aos impactos no mercado financeiro da campanha contra a Petrobras, tentando generalizar comportamentos individuais criminosos com o comportamento da corporação, podem tornar seu papel-chave no modelo de produção desenhado impossível de ser executado.

Essa situação fica ainda mais perigosa se as empresas que estão começando a se preparar para expandir a capacidade de produção da cadeia de suprimento do setor se inviabilizarem.

Isso é o que está em jogo com essa campanha. Os opositores são os mesmos que foram contrários à própria existência da Petrobras, desde seu início. O viés político que se vê em alta no ataque à companhia é infinitamente mais perverso para o futuro do país se comparado aos atos ilícitos até aqui descobertos. É dever cívico alertar e deixar claro a quem interessa que há uma Petrobras fragilizada em meio a tantas denúncias. É o futuro do Brasil que está em jogo.

José Sergio Gabrielli de Azevedo

*José Sergio Gabrielli de Azevedo é professor aposentado da UFBA e ex-presidente da Petrobras (2005-2012).

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

35 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A idade da pedra não acabou

    A idade da pedra não acabou por falta de pedras–embora algumas ainda sejam necessárias.

      O mesmo acontecerá com o petróleo–e nem sei se um pouco será necessário,mas com certeza absoluta não dessa quantidade toda que hoje roda o mundo.

  2. O INIMIGO É FORTE

    O PROBLEMA É QUE O MAIOR INIMIGO É A GRANDE IMPRENSA QUE INITERRUPITAMENTE ALIMENTA OS INCAUTOS E OS DESINFORMADOS E ATIÇA A IRA DOS OPOSITORES SISTEMATICOS, ESTAMOS NUM BECO QUE AINDA TEM SAIDA MAS ELA ESTÁ FICANDO MUITA ESTREITA.

  3. Sim, muitas pessoas tem a

    Sim, muitas pessoas tem a mente tão fechada que não enxergam todo o cenário,  ou melhor,  o tabuleiro de xadrez,  é óbvio que o jogador adversário quer enferrujar a Petrobrás para “um terceiro” comprá-la a preço de banana. Que bom que Sérgio escreveu esse artigo para defesa da nossa Petrobrás. 

  4. Alerta

    Além dos fatos já conhecidos, Sérgio Gabrielli faz um importante alerta sobre o risco de se “por todos os ovos na mesma cesta”. A sociedade clama por energia. As nações querem energia ilimitada e barata. Os cientistas buscam alternativas energéticas, não poluidoras, renováveis e de baixo custo. O Brasil deve explorar suas potencialidades no pré sal sem esquecer do financiamento e da pesquisa de outras fontes de energia. A idade da pedra acabou, mas ainda tem muita pedra por aí. A era do petróleo pode acabar, mesmo com petróleo disponível.

    1. Então…

      Então, MC…   como disse o Alan no post de ontem:

      “E aí eu chego à conclusão: não mentem por desconhecimento. Os coxinhas sabem que a corrupção na Petrobrás não foi de 88 bilhões, eles insistem em repetir isso por mau-caratismo mesmo. É por defeito moral, o mesmo de onde nasce a indignação seletiva. É pra enganar e cooptar incautos. Ainda que pra isso eles precisem ensinar esses incautos a amar o que os levará à miséria novamente, numa eventual queda do governo do PT. O nível de fealdade dos coxinhas chega a esse ponto. “

      Esse é você.

      1. Tina, maior precisão

        Tina, maior precisão impossível!  Obrigada por colocar tão perfeitamente.  Além da definição certeira do Alan, são cansativos e inconvenientes, e sequer se dão conta.

      2. Eu não disse corrupção de

        Eu não disse corrupção de 88bi, eu disse custo de 88bi, divididos entre corrupção e incompetência.

        Quem deu o número foi a Graça, só falta definir o percentual a alocar em cada conta.

        Putz…

    2. Segundo as declarações de Barusco…

      Segundo as declarações de Barusco na CPI não houve benefícios nem malefícios, inclusive ele disse em alto e bom tom que as propostas elaboradas pelas empresas não sofriam majoração de preço em função da propina dada.

      Se eu acredito nisto, claro que não? Porém se numa delação premiada não se pode mentir, porque a sua delação não caiu?

        1. Caro M.C, a resposta do

          Caro M.C, a resposta do Barusco ao Juiz Moro e à CPI foi esta. A pergunta básica é por que o MP, os delegados, o Juiz e a CPI deixou passar batido a resposta?

          Pergunta básica. Tu aceitarias esta resposta? Eu claramente não.

    3. 88 Bilhões era o valor total

      88 Bilhões era o valor total das operações sob suspeita. O próprio barusco estima os desvios em cerca de 3,5%.

      Então 3,5% sobre 88 bi = 3.080 bi.

      Mesmo assim, corrupção tem de ser punida. Não com a destruição de uma ou mais empresas, mas com a prisão dos coruuptores e corrompidos.

      Não acredite em tudo que lê ou ouve do PIG.

  5. Vou insistir até que alguém ouça.

    Uma das provas principais do grande esquema voltado para prejudicar a Petrobras está claramente colocado em toda a delação premiada de Barusco, mas parece que o mais importante para todos é provar que o PSDB também é ladrão.

    !

    No depoimento de Barusco há uma IMENSA MENTIRA QUE SE TORNA CLARO PARA QUALQUER IDIOTA, durante todo o depoimento, que assisti diferentemente da maioria que comenta a partir do que os outros falam ou pensam, tem alguns pontos extremamente instigantes e verdadeiras MENTIRAS (que numa delação premiada invalida a mesma).

    !1º) Ele disse REPETIDAS VEZES, que as empresas não recebiam favores ou benefícios como aditivos e outras coisas, que as empresas só doavam os recursos (que ele mesmo chamava de propinas) para “se manter no negócio”.!2º) Ele também disse que não havia coação das empresas que não doavam recursos nem qualquer coisa que as obrigassem a isto.!3º) Foi declarado pelo Barusco que quem faziam os orçamentos eram pessoas que estavam fora do bando criminoso e que não ganhavam nenhum recurso das empresas.!4º) Barusco também declarou que os aditivos de contrato eram solicitados pelo pessoal de obra e que eram passados por uma análise de pessoal técnico que verificava a necessidade e o valor. Feito isto passava pelo setor jurídico e por fim eram simplesmente assinados pelos diretores.!5º) Que ele recebeu US$90 milhões em propinas.!Logo há algo surpreendente nestas declarações que olhadas em conjuntos forjam a maior das MENTIRAS DE UM DEPOIMENTO PÚBLICO, quais sejam.!A) Que houve um dispêndio de aproximadamente US$300 milhões das empresas para elas não receberem nenhum favor especial, simplesmente para mantê-las “no negócio”.!B) Que surpreendetemente não há o mínimo motivo para que as empresas dessem US$300 milhões a medida que não recebiam favores nem seriam discriminadas ou perseguidas se não pagassem nada.!Se as pessoas acham normal tudo isto, não entendo, porque há nisto tudo uma verdadeira conversa de loucos, NINGUÉM PAGA US $300 milhões para não receber nada, e se a lógica é esta porque ninguém perguntou isto.

    1. Estamos ouvindo e acredito

      Estamos ouvindo e acredito que muitos estejam se fazendo a mesma pergunta.

      Para mim esta operação mudou de foco e “aqueles” que tem interesse na PB apontados pelo post perceberam a oportunidade de através deste circo atingir ainda mais fortemente – já que tecnicamente não seria possível – a credibilidade e sustentabilidade da empresa.  Daí para uma associação com os acusadores que trobeteiam diariamente o que querem, sem que haja reação, foi um fluir natural para a formação desta “turm(b)a”.

      1. Duas perguntas somente.

        Se alguém tivesse feito ao delator as duas perguntas de forma sequencial, quais os benefícios para quem estava no Cartel e quais os malefícios para quem estava fora do Cartel, ele teria que repetir as respostas, porém ficaria claro que há uma mentira em todo o depoimento.

        Anna, se com duas perguntas se mostra que alguém está mentindo no depoimento, porque ninguém fez estas duas perguntas de forma clara e sem grandes discursos para desmascarar algum esquema que está por trás disto?

        1. Sei que sua pergunta é
          Sei que sua pergunta é retórica, mas vou responder assim mesmo: porque não se quer desmascarar o esquema por trás disto! Os objetivos deste circo são outros.

          1. Talvez quem tenha que

            Talvez quem tenha que desmascarar isto seja o próprio PT, porém o partido adotou um ritual sado-masoquista com todo aquele mimimi que não conseguimos mostrar as corrupções do PSDB. Na hora que podiam há dez anos atras, mais uma vez em nome da governabilidade, não desenterraram todos os cadáveres da época FHC.

            Agora vão adotar a mesma estratégia de sempre, a vitimização.

          2. Não basta fazer o certo;
            Não basta fazer o certo; quando o errado está sendo feito e você nada faz para impedir, está contribuindo com o mal. Esta passividade apresentará uma conta salgada a pagar.

    2. Maestri, ninguem nunca vai

      Maestri, ninguem nunca vai chegar nesse número de possível sobre preço porque não é algo definido, é sempre subjetivo.

      Segundo o Barusco, não houve sobre preço pois os valores dos contratos estavam nos limites que a Petro definia, segundo ele, 15% a menos ou 20% a mais do orçamento base que a Petro fazia. A questão é: esse orçamento base era razoavelmente adequado ? As empresas atuaram reiteradamente para chegar sempre próximo a esses 20% a mais ?

      Fora isso, é evidente que, se as empresas pagavam tanto é claro que a expectativa de lucro delas era bastante elevado com essas operações. Algumas hipóteses: a margem não era tão alta (20% ou um pouco mais), porém o grande volume compensava; o preço base da petrobras estava muito alto ou os quantitativos de serviços estavam equivocados em projeto para beneficiar as contratadas.

      Na verdade o que o MP está fazendo é dando uma de João sem braço e está fazendo uma ilação do tipo, se houve propina é porque houve sobre-preço, que poderá ser estimado (ou não) baseado em N hipóteses diferentes, mas que nunca poderá ser definido corretamente. Aliás, dai um dos motivos principais do porque de obras serem grande objeto de corrupção, assim como o marketing, porque são serviços sempre bem subjetivos, complexos e de dificil mensuração.

      Afora tudo isso, a Petrobrás passa por um momento complicado principalmente pela redução do preço do Petróleo e devido ao Governo ter segurado o preço dela de derivados durante aprox. 3 anos. Dizem que isso gerou perdas da ordem de 60 bilhoes no caixa da empresa. Dai as minhas críticas reiteradas a essa barbeirada do Governo na condução da Petrobrás. Criaram um problema de graça, que agora, somados a outros problemas conjunturais, complicou bastante a empresa e já começam a ocorrer demissões e quebras em diversos setores estratégicos para o Páis, como infra estrutura, naval, petrolifero, etc….

       

      1. Claro que é possível supor.

        Daniel, eu suponho, tu supões, ele ou ela supõe,…..mas o juiz não pode supor!

        Claramente quem recebe milhões de dinheiro de uma empreiteira ralamente recebe algo em troca, porém é necessário esclarecer não só o que a empreiteira recebeu mas a dinâmica empregada para ela receber.

        Simplesmente para haver crime necessariamente deve haver troca de favores (que realmente deve ter ocorrido) porém no momento que alguém está numa delação premiada ele deve responder corretamente todas as perguntas e como com uma resposta que é evidentemente mentirosa se acolhe esta resposta?

        Tem muita coisa por trás disto! E certamente o MP e o Judiciário não tem interesse em desvendar.

  6. pra mim o Gabrielli entende

    pra mim o Gabrielli entende muito de Petrobras.Fala com muita propriedade, entende e muito do tema. Deve ser ouvido mais vezes.

  7. DEFESA DO FUTURO

    Parabéns ao Professor Gabrielli pelo excelente artigo.

    O texto constitui uma aula sobre a importância da Petrobrás para a nação brasileira, para a indústria de petróleo no mundo e para a geopolítica global.

    Divulgar amplamente as conquistas históricas construídas pela companhia é uma iniciativa necessária para o indispensável enfrentamento da campanha que visa inviabilizar o projeto de desenvolvimento embasado no Pré-Sal.

    E, neste sentido, algumas informações destacadas no artigo em tela primam por demonstrar a falácia das pantomimas golpistas e a dimensão dos riscos gerados pela manipulação política das investigações, altamente danosa à sociedade brasileira e à economia nacional.

    Os dados referentes ao crescimento da lucratividade e da base produtiva da Petrobras revelam estarem corretas as estratégias de investimento adotadas pela empresa a partir de 2002. E desmascaram os interesses estrangeiros e direitistas contrários à política brasileira de desenvolvimento independente.

    Urge esclarecer a importância da manutenção do modelo de partilha da produção para a garantia da parcela dos lucros revertidos para a população, da evolução tecnológica e do fortalecimento da indústria brasileira, bem como da dinamização do desenvolvimento econômico do país.

    Urge edificar espaços de comunicação, em todas as formas de mídia, para desmistificar a pretensa panacéia alardeada pelos pseudo justiceiros de plantão.

    É tempo de levar ao conhecimento de todos as evidências de que a campanha contra a Petrobrás visa favorecer interesses danosos ao futuro do Brasil e ao bem estar do povo.

  8. Economias combalidas

    Economias combalidas necessitam de energia para seus negócios manterem-se e prosperarem.  Ao menos neste modelo ora em vigor (o único que conhecemos).  Onde está a energia mais barata e que sabemos utilizar?  Se puder vir “facim” – para usar o termo infeliz da hora – melhor ainda; atacamos credibilidades aqui e ali, “sangramos” outros acolá e, certo, conseguiremos nosso intento.

    Quando, e SE, o mundo migrar para uma “matriz energética” mais limpa e livre dos hidrocarbonetos, os alvos serão diferentes, mas a busca e os antagonismos pela energia permanecerão.  Vamos torcer para a “nova matriz” estabelecer-se sobre fontes renováveis (se não as destruirmos, poluindo, inteiramente até lá) e muito, muito mais acessíveis.  Quem sabe então a luta não será tão renhida e fratricida.

    A bem da verdade, penso que mesmo que isto aconteça, ainda haverá disputas por quaisquer outras razões. É do homem conquistar e vencer.  Ao menos este homem velho que ora conhecemos.

  9. Contra o Ato pela Petrobrás

    Ouço rádio popular/popularesca,ouvi “enquête” tendenciosa s/ volta de regime militar distinguindo… de ditadura!Mas não se fala em privatizar a Petrobrás.O tema só circula entre minorias q falam pra minorias.P/ isso,sou contra manifestação pró-Petrobrás e pró-Dilma.Deveria ser pelo Estado Democrático.Eis como o povo vê:”Petrobrás = PT = Defesa de seeus eventuais corruptos do PT=Dilma.(que se lixem presunções de inocências)”.Não é minha visão,é o q acho q é como o povo vê e verá um Ato q acho inoportuno no momento.É dar mais pano pra manga.É criar um inevitável e muito arriscado confronto e comparação. Até antes eleitores e simpatizantes do PT estão indignados. Bom lembrar a combatividade do líder Cabo Anselmo.

    1. Ato ou Passeata será minoritário, trará mais assunto

      Ato (confuso, como diz o próprio Nassif) ou Passeata será minoritário, a mídia explorará e exagerará:”Tão vendo?A imensa maioria quer “Fora Dilma” “.Ir ao confronto,até um respeitável intelectual que cita Marx,Roberto Amaral,por aqui reproduzido, pregou um golpe de esquerda! Estranho,muito estranho que houve pouquíssimos comentários CLARAMENTE se opondo àquilo. Este ingênuo Nickname foi o único a usar todas as letras de que aquilo era pregação de golpe (de esquerda). Que silêncio cúmplice por parte dos participantes e visitantes do blog!

  10. Então vejamos  Nada tenho

    Então vejamos  Nada tenho contra a Petrobrás, muito ao contrário. É mais que importante tirar a empresa rapidamente dessa mistura tóxica que se criou ( ou forjou). Em paralelo, nada a favor da gestão do sr. Gabrielli à frente da estatal, permitindo no mínimo por alheamento que esse esquemão funcionasse.

    E para ser franca, acredito que o erro de Dilma e Graça foi tentar desmontar o esquemão sem levantar muita poeira. Enfim, sei de nada, inocente.

    1. Nira, é por aí..
      A empresa é

      Nira, é por aí..

      A empresa é muito maior e muito mais importante do que esta sujeira toda. Mas sua grandeza e alcance não são excusa para realizar a limpeza e correção necessárias. Quanto ao levante da poeira, a empresa é muito grande, tem uma inércia própria às grandes estruturas que precisou ser vencida e isto retardou algumas ações.  Espero que tudo seja sanado.  A Petrobras é uma gigante e um orgulho para todos nós, trabalhando ou não nela.  É um centro de competência e de excelência a que o Brasil não pode renunciar.

  11. O Gabrielli alia jogo de

    O Gabrielli alia jogo de cintura político e conhecimento técnico. É muito mais do que um gerentão. Já a Graça Foster, excelente profissional, grande gerente, mas com pouca capacidade política. Difícil até imaginar ela escrevendo um texto como este, contextualizando tudo o que está em jogo. Bom, o fato é que Dilma fez suas escolhas. E escolhas sempre trazem consequencias.

  12. O problema é a comunicação.

    Tanto o Governo quanto a Petrobras deveriam vir a público e informar corretamente, desfazendo a confusão criada pela mídia.

    Não consigo entender porque a Petrobras mantem matérias pagas na mídia que tudo faz para denegri-la.

  13. Sim, mas…

    Admitindo que o “esquemão” esteja rodando APENAS desde 1990…

    O que fizeram todos os que por lá passaram e que tinham por dever de ofício combatê-lo?

    Alguém tem esperança de que os seus “nobres substitutos” sejam menos “pau-mandado” e menos corruptos?

    Sinto dizer que eu não tenho! 

  14. quem está por trás das manifestações do dia 13 ?

    fácil adivinhar quem tá e estará nas manifestações do dia 15:inclusive independentes,sem ou com manipulações,indignados pela mudança brusca entre discurso e imediata prática.Tb estarão antes simpatizantes e eleitores do PT/Dilma (e coalizão) .Não simpifiquemos.Agora,perguntar-se quem tá por trás das manifestações pró-Petrobrás?É ainda +fácil:Sindicatos corpo-rativistas sem a visão do todo,Centrais,carreiristas (Assis já disse q a militância está morta).Parte de militantes do PT,e afins. Ato inoportuno,no momentoO confronto e a comparação(com ou sem mídia) será desmoralizante. A manifestação pró-petro- brás será vista como defesa de eventuais seus próprios envolvidos,suspeitos (q se danem  presunções de inocência).

      1. é tão interessante (e muito triste)

        pela manhã vi estrelinhas (umas 4 ou 5, nem me lembro , não dou bola a isso) e ao ligar o computador pra ver uma teleentrega de comida, vejo zero estrelinhas. Numa outra seção, uma de mal com a vida, a inspetora do blog, usa palavras fortes, precipitadas contra mim, acho (acho) que mal leu ou não entendeu nada de nada do que me manifestei. Triste.

  15. O que não pode é deixar de
    O que não pode é deixar de apurar ou querer encobrir os fatos, tentando desculpas esfarrapadas! Punir, doa a quem doer! A petrobras é um símbolo nacional e não merece está sujeira dos governos!

  16. Gabrielli,

    Sua visão míope quanto à eficácia dos mercados energéticos, põe em xeque sua capacidade de síntese deturpada e parcial, isso justifica também a sua escolha como presidente da maior estatal do mundo.

    A sua ignorância e ausência de inteligência te permite afirmar que a privatização não conseguiu evitar a falta de governança e contratos ilícitos, uma vez que os próprios diretores até o Sr. mesmo foi colocado lá à dedo pelo PT que iniciava o processo da industrialização da corrupção compulsiva, comprometida com a manutenção do poder, não com a disputa no mercado.

    Sua ignorância também permite afirmar que a privatização foi uma tentativa de golpe do mercado em tirar o monopólio do estado, uma vez que foi o próprio estado no seu afã de engordar seus cofres, que induziu fundos de pensões e FGTS de trabalhadores honestos entrarem numa verdadeira armadilha impiedosa e devastadora de suas poupanças, realmente sustentando o desgoverno e ineficiência da Petro através de desmandos e interesses políticos, bem distantes dos ideais mercadológicos. Sua afirmação é tão estúpida que ela mesmo se contradiz quando percebemos que a Petro eficientemente desenvolveria suas atividades com um quadro de funcionários próximo a 80.000 e hoje passa de 240.000, incrivelmente amigos do rei.

    É compreensível seu gesto assim como todos militantes PTistas, em defender, ainda sim, o quadro deplorável do atual complience da empresa, nunca antes ter estado pior, seja em questões operacionais, técnicas, fundamentais, econômicas, principalmente corruptivas. Mesmo carregando um verdadeiro câncer que a consome por dentro, deixando uma carcaça frágil e fraca, uma vez que mesmo combalida é a grande força financista do PT.

    Afinal de contas, o que seria deste partidinho sem a nossa Petro, não é mesmo?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador