O jogo de cena do padrão Fifa com os paraplégicos

A ideia de colocar um paraplégico dando o pontapé de abertura na Copa foi uma emocionante homenagem a Nicolelis e à ciência brasileira. Não aos deficientes físicos.

A legislação brasileira prevê 4% de vagas em estádios para deficientes físicos e pessoas com dificuldade de locomoção – incluídos aí grávidas e hiperobesos.

Para os estádios da Copa, Dilma autorizou a redução para 1%. O Ministério Público Federal tentou a todo custo ao menos aumentar para 2%. A interlocutora Gleize Hofmann foi inflexível: não abriu mão de 1%.

A partir de então, dois padrões para paraplégicos: os estádios em geral, ciom 4% de lugares reservados; nos estádios padrão Fifa, apenas 1%.

Luis Nassif

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. ingressos PNE

    Nassi, no teu programa na TV o representante do ministerio do esporte disse que o histórico de aquisição de ingressos por PNE não chega a 0,5%. Segundo ele, esse dado embasou a decisão de reduzir o percentual.

  2. Urgente: Lei Geral da Copa vai durar até 3014!

    A Lei Geral da Copa foi votada ainda em 2012. Esta Lei terá validade até o final do Mundial da Fifa. É óbvio que o 01% é “Padrão Fifa”. E é mais óbvio ainda que o Brasil aceitou esta e tantas outras exigências quando aceitou sediar o evento, em 2007. O Brasil se comprometeu com o Caderno de Encargos da Fifa, como qualquer outro país do globo terrestre tem que fazer se quiser sediar a Copa.

     

    O bom de tudo isso (se é que se pode falar assim) é que o Padrão Brasil, muitissíssimo melhor do que o “Padrão Fifa”, terá de ser integralmente respeitado por todos os estádios da Copa, logo após o evento. Ou seja, o Ministério Público pode ficar tranquilo com relação aos 04% citados, este percentual terá que ser cumprido por todos os estádios logo após o final do Mundial.

     

    Ah, e antes que eu me engane, a Lei Geral da Copa foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal e foi aprovada por unanimidade. Mas é mais fácil criticar a Dilma do que criticar a Fifa ou o STF ou o Congresso Nacional, não é mesmo? Aliás, criticar a Dilma em função de um compromisso que o Brasil assumiu ainda em 2007, no governo do então presidente Lula, é uma baita de uma mistificação.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador