O Mundo em Perigo

O mundo em perigo

Almir Forte

 

A eleição e a posse do presidente norte-americano Donald Trump, com suas propostas de extrema direita, com a promessa de reconstruir os Estados Unidos para os norte-americanos, reimplanta o velho protecionismo a suas indústrias e a agricultura, inicia a construção de um muro na fronteira com o México, para evitar que os latinos tomem o emprego dos americanos nativos e o desmonte das poucas politicas sociais deixadas por seu antecessor, deixou o mundo em alerta.

Após a derrubada do muro de Berlim, da perestroika e da glasnost de Gorbachev, com a desintegração da URSS, chega ao fim a guerra fria e surge no mundo somente uma potencia mundial, os USA, que impõe sua politica econômica, social e militar sem qualquer contestação desde o final desde o século XX até o inicio do século XXI.

Mas, o inicio desse século, também traz algumas surpresas com o surgimento de novos atores mundiais como a China, a Rússia, a formação de blocos econômicos como os BRICS e o MERCOSUL, que começam a ameaçar a hegemonia do Império norte-americano, mudando a correlação de forças e iniciando o surgimento de um mundo multipolar.

Isso, até o momento não foi assimilado pelo Tio San, que pretende mais uma vez, com sua prepotência, mostrar ao mundo quem manda. E dessa forma, assim como fez com Vietnã na década de 1960, com o Afeganistão em 2001 e com o Iraque em 2003, que sob o pretexto de eliminar armas químicas do presidente Saddan Russeim destruiu aquele país, sua economia, sua história e conseguiu se apossar de seu petróleo e instalar mais uma base militar na região visando controlar o oriente médio.

Agora, após um atentado com armas biológicas contra civis matando mulheres e crianças na cidade de Khan Sheikhoun, na Síria, os USA, novamente surpreende o mundo utilizando esse pretexto para atacar aquele país, mesmo sabendo que não há nenhuma prova de que o governo do presidente Bashar AL-Assad seja o autor desse crime.

A iniciativa, embora tenha recebido apoio do Reino Unido, da França e outros membros da União Europeia, encontra forte resistência da Rússia, da China, do Irã e outros países defensores da paz, do dialogo, para evitar que o mundo entre em uma confrontação que pode levar a uma guerra de proporções inimagináveis.

Na verdade, o império norte-americano pretende impor sua hegemonia, hoje ameaçada, para desviar a atenção dos sérios problemas econômicos e sociais que o big Brother enfrenta internamente. E semear a guerra, sempre foi e sempre será um ótimo negocio para a indústria de armas e a escassez de recursos minerais, principalmente o petróleo que é abundante naquela região.

Mas, para conseguir esse objetivo precisa retirar do poder o governante Sírio que não faz o jogo do império ao se aliar a países como a Rússia, a China e o Irã, que se opõe a política econômica e belicista de quem pretende dominar o mundo sem respeitar os princípios básicos do direito internacional, de que toda e qualquer nação tem de construir seu próprio futuro de forma soberana e independente.

 

Redação

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