O mundo na contramão de Bolsonaro: mais medidas da economia de guerra [TV GGN]

Por Cintia Alves

Nesta quarta (25), o noticiário internacional mostra mais uma vez que Jair Bolsonaro caminha na contramão do mundo todo.

Enquanto o presidente brasileiro tenta diminuir a epidemia de coronavírus e defende que o País volte à normalidade, outras nações estão trabalhando para criar formas de compensar os trabalhadores e as empresas pela crise financeira, e criam formas, inclusive mais duras, de fazer cumprir a quarentena.

O Canadá, por exemplo, anunciou que vai pagar 2 mil dólares canadenses, durante quatro meses, aos trabalhadores que foram demitidos ou que saíram do emprego porque precisam cuidar de algum familiar durante a epidemia. Essa mensalidade será paga por 4 meses.

Hoje o Canadá está no patamar dos 3 mil casos de coronavírus e algumas dezenas de mortes. Estados adotaram medidas para mitigar a disseminação do vírus, recomendaram o isolamento das pessoas.

Em Toronto, há uma conversa sobre o governo usar dados de empresas de telefonia celular para descobrir onde as pessoas estão fazendo aglomerações, com o intuito de intervir. A medida é polêmica porque, no mínimo, configura violação de privacidade. Mas isso mostra como os governos de outras partes do mundo não estão medindo esforços para manter as pessoas em isolamento.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump tem dito que espera tirar o país da quarentena até a Páscoa, mas os governadores e prefeitos não estão tão otimistas assim.

Em Los Angeles, o prefeito até decidiu ser mais agressivo e vai cortar a água e a luz estabelecimentos comerciais que prestam serviços não essenciais e que não estão respeitando a quarentena. Quem insistir em manter as portas abertas, vai ser notificado e pode até perder a licença para trabalhar.

Do outro lado do globo, a Índia viveu hoje o seu primeiro dia de confinamento nacional. O País tem 1 bilhão de habitantes. Com isso, praticamente um terço da humanidade desacelerou suas atividades, se recolheu, está em quarentena por causa do coronavírus.

A Irlanda, por sua vez, decidiu seguir os passos da Espanha e vai transformar os hospitais privados em hospitais públicos enquanto durar a epidemia.

Em destaque a fala do ministro da saúde irlandês. Ele disse: “Precisamos ter igualdade no tratamento, os pacientes serão tratados de graça. (…) Não pode haver espaço para público versus privado quando se trata de pandemia.”

Redação

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