Fiz este comentário a margem de uma publicação da Carta Capital no Facebook:
Ele é, obviamente, uma reprodução do texto que publiquei no GGN e no JUS:
http://www.jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/a-banana-de-charles-robert-darwin
http://jus.com.br/artigos/28093/a-banana-de-charles-robert-darwin
Nos dois websites em que foi originalmente publicado, o texto não despertou muito interesse. Não recebeu nenhum comentário. No Facebook, porém, ele fo lido por centenas de pessoas. Até as 13 horas de hoje ele tinha recebido 13 comentários e 126 curtidas.
Todos os comentários postados a margem do texto são positivos. Um dos leitores o considerou melhor que o texto original publicado na Carta Capital, outro sugeriu a tradução do mesmo para divulgação em jornais da Espanha. Um dos comentaristas disse o seguinte:
“Não sou seguidor das idéias evolutivas do Dr. Darwin, mais não posso deixar de elogiar a reflexão do amigo e relação ao episódio.”
O erro de ortografia que meu admirador cometeu (ele usou mais ao invés de mas) é irrelevante. O que importa para efeito de análise é notar como meu texto darwinista foi capaz de despertar interesse e simpatia de uma pessoa que não concorda com o darwinismo. Supondo que o autor do comentário é criacionista, isto não deixa de ser um grande avanço.
O Facebook, por razões óbvias, atinge uma quantidade maior de leitores que o GGN e o JUS. A diversificação dos leitores do website criado por Mark Elliot Zuckerberg é infinitamente maior que a dos dois outros websites em que o texto foi postado. Mas nem todos os usuários do Facebook são usuários ou admiradores de Carta Capital no Facebokk, onde publiquei o texto em forma de comentário.
Linkei no meu Facebook o texto “A banana de Charles Robert Darwin” publicado no GGN https://www.facebook.com/fabio.deoliveiraribeiro . Tenho centenas de seguidores, mas nenhum exerceu a função curtir ou postou qualquer comentário. Presumirei, portanto, que lá ele despertou bem menos interesse do que como comentário à margem do texto da Carta Capital.
Quais são as lições que podemos extrair deste pequeno episódio?
A primeira e mais óbvia é que a internet é fluída. Quem quiser visibilidade nela tem que ocupar vários espaços ao mesmo tempo, pois atenção garantida é algo que somente os grandes veículos de comunicação conseguem ter. Atrair a atenção dos leitores na internet não é uma tarefa fácil.
O mesmo texto publicado em vários lugares desperta muita atenção, pouca atenção ou nenhuma atenção. Às vezes o texto publicado em forma de comentário à margem de outro tem mais chances de chamar a atenção do se fosse publicado num website. A hierarquização das fontes na internet é algo difícil de medir, principalmente quando vemos um leitor considerar o comentário ao texto de uma revista melhor do que aquele que foi produzido por um jornalista.
Os profissionais da comunicação conhecem e usam sofisticadas técnicas de comunicação textual e visual, mas isto parece não impressionar todos os leitores da Carta Capital. É difícil dizer, porém, se os usuários do Facebook são mais ou menos exigentes do que os compradores da versão impressa da mesma revista.
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