O Raio X da Migração: os belgas

Sempre que se fala em Bélgica, lembro-me de Gaston Roeland, o notável velocista, que venceu a São Silvestre. O que mais a Bélgica nos proporciona?

Luis Nassif

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  1. Relações separadas pelo tempo

    Já participei aqui comentando sobre a imigração belga no nordeste mineiro, da qual sou consequencia.

    Pesquisando posteriormente, descobri algo bem curioso sobre esse assunto.

    Como já havia comentado, sou descendente de uma grande familia belga que imigrou para MG no ano de 1861. Até hoje a marca dessa familia é expressiva em Minas Gerais, tendo atingido cidades como São Paulo e Brasilia. Uma curiosidade é que todas as pessoas que possuem o sobrenome COLEN, são ligadas a mesma familia. 

     

    Mas o fato que vos trago agora é o seguinte: Aproximadamente 1 século antes de chegar essa nossa familia, chegou pelas bandas de Diamantina/MG (Região Vale do Jequitinhonha, ao lado do Vale do Mucuri, onde se estabelesceu a familia COLEN) a família CALDEIRA BRANT. Esses iluestres cidadãos são oriundos da mesma cidade de onde vieram os meus, Antuérpia, maior cidade da região flamenga da Bélgica. Primmeiro imigrou o patriarca, Felizberto Caldeira Brant, para Portugal, onde ganhou graça aos olhos da familia real, que o enviou para ser o primiero Contratador de Diamantes do Brasil colônia. Radicou-se no Brasil e aqui formou grande familia. Dentre os descendentes mais ilustres está seu neto FELIZBERTO CALDEIRA BRANT PONTES DE OLIVEIRA ORTA, o Marquês de Barbacena. Este foi o responsável pelos dois casamentos de Dom Pedro I, imperador.

    Essa família é nobre. São descendetes de Henrique IV da Inglaterra.

     

    Fato curioso é que Antuérpia é conhecida no mundo por ser a capital internacional da lapidação de diamantes, pedra preciosa que abundou em Diamantina, cidade onde imigrou os Brant, e que também remessou muitas mercadorias para aquela cidade flamanga. 

    Mais curioso ainda é que, após tantos anos, algum ramo da familia Brant se relacionou com a família Colen, formando o apelido Colen Brant.

     

     

    1. História…

      Sempre é bom conhecer a história do nosso país e dos imigrantes. Sem falar que fora os índios sangue puro, os brasileiros são descendentes de estrangeiros.

      Também é bom ter o conhecimento de outro país que enriqueceu às custas das pedras preciosas extraídas do Brasil. 

    2. Pedro Colen…

      De ANTUÉRPIA – BÉLGICA, chegou ao Brasil em 1858 o casal JOÃO LUIZ COLEN e ANA LUIZA DELAESSE. Ele, Belga, ela Alemã. Com o casal vieram sete filhos. Todos solteiros. Eram eles: JOSÉ LUIZ COLEN, SOFIA CONSTÂNCIA COLEN, EDMUNDO JOSÉ COLEN, ELIAS ANTÔNIO COLEN, ADOLFO PEDRO COLEN, MARIA COLEN e JÚLIO FERNANDO COLEN, que veio a ser o Padre Júlio Colen.

      José Luiz Colen tornou-se lavrador, casou-se com Izabel Molendorf(Alemã) e tiveram 16 filhos.

      Sofia Constância Colen casou-se com o Alferes José Feliciano e tiveram 16 filhos. Fixaram residência em Urucu, hoje Carlos Chagas(MG).

      Edmundo José Colen, lavrador, casou-se com Carlota Rosa Vieira, tiveram 16 filhos e fixaram residência em Valão(MG).

      Elias Antônio Colen, lavrador, casou-se com Carlota Gomes Otoni, filha do grande desbravador de mata do hoje Município de Poté(MG) – Antônio Gomes Leal e Dª Maria Güilhermina Otoni, sobrinha neta de Teófilo Benedito Otoni, fundador da cidade de Filadélfia, hoje, Teófilo Otoni(MG). Elias e Carlota tiveram 15 filhos.

      O FILHO MAIS JOVEM FOI “PEDRO COLEN”  – meu avô – QUE CASOU-SE COM “MELQUIALDES DIAS SOUZA”, E, DENTRE OS FILHOS, teve 
      “TERESINHA COLEN” (MINHA MÃE).

      Adolfo Pedro Colen, dentista, casou-se com Maria Neves(Portuguesa) e tiveram 16 filhos.

      Maria Colen casou-se Leonel Lobo e não deixaram descendentes.

      Júlio Fernando Colen, seguiu a carreira eclesiástica e exerceu com dignidade a sua missão. Faleceu em Itamarandiba(MG) entre 1925/1926.

      JOÃO LUIZ COLEN TRANSFERIU RESIDÊNCIA PARA DIAMANTINA(MG) E COM ELE FORAM OS FILHOS ADOLFO PEDRO COLEN, MARIA E JÚLIO FERNANDO
      …. deste galho, pelo que sei, formou-se o núcleo de Brasília…

      1. Descendência Belga

        Sou neta de Adolfo Colen e Maria da Mata Colen de Teofilo Otoni e gostaria de saber se consigo cidadania Belga? 

        Em que parte da arvore da familia me encontro? se puder responder fico grata.

        1. Minhas origens
          Gente, procurei por anos a origem do meu sobre nome…. Meu avô, se chama Francisco nogueira Colen, seu pai era Adolphe Colen, ele é de Poté-mg. Meu pai veio de lá pra campinas-SP. Met avô, coitado, não sabe explicar muito.. Devido a idade avançada. Algum parente meu aí????? Haha

      2. Cidadania Belga

        Sou neta de Adolfo Colen e Maria da Mata Colen, gostaria de saber em qual parte da arvore da familia estou e se acaso tenho o direito de requerer cidadania Belga? Se puder responder desde já agradeço.

        1. Bom dia . Existe um site que me indicaram que talvez ajude a achar os ascendentes . Só escrever no Google : FAMILY SEARCH. Desejo boa sorte a todos . Abs.

      3. Colen

        Oi esse Adolfo Pedro Colen ele talvez tem sido bisavô do meu avô Milton Colen Brandão, ele morava em Montes Claros teria como confirmar isso ou mais sobre  historia dos colen para meu e-mail tipo seu brasão sua historia como sua familia se formou

        -E-mail: [email protected]

      4. Nacionalidade Belga

        Ola Pedro,

        Pedro, sou neta de Geraldo Colen que ja veio a falecer e toda minha familia Colen mora na Vila Sofia Colen em Poté;

        entao como ando a procura de saber como faço para conseguir ou saber se tenho direitos para obter nacionalidade belga,

        resolvi contactar você para tentar ter uma luz, pois nao sei como fazer ou a quem procurar.

        acha que pode me ajudar? ficaria muito grata com qualquer q seja a ajuda.

        muito obrigada.

        Ana alice Colen

        1. achei interessante o assunto

          Boa noite a todos!

          Bom sou neta e bisneta dos Colen, de Poté Mg.

          Moro em Piracicaba sp, casada e tenho muitos parentes em Minas Gerais , principalmente na cidade de Poté.

          Minha familia inteira veio para o estado de São Paulo, somente eu sou paulista, mas tenho muito orgulho das minhas origens.

           

      5. Olá primo Pedro,sou filho de

        Olá primo Pedro,sou filho de Gastão Colen, irmão de sua mãe, realmente a história que conheço é esta, meu pai sempre contava as histórias referindo com muito orgulho do nosso Bisavô Elias, e nosso avô Pedro.

         

      6. A respeito do que o Sr. Nassif discorreu com significativa maestria a respeito dos “belgas”, a cidade de Peçanha-MG, em que fui criado, teve uma participação muito grande do Pe. Júlio Collen na vida política da região, e ele chegou a tomar posse como prefeito. Não é do meu tempo, mas era muito comentada sua passagem por aquela região. Meu pai, nascido em 1901, foi criado pelos pais do Pe. Collen. Tenho um livro em que aparece a foto do Pe. Collen numa procissão pelas ruas da cidade.

      1. Familia Colen

        Olá eu chamo-mne Rita Colen e sou de Portugal, tem como ligar a familia a Portugal?

         

        existe alguma arvore geneologica da familia Colen?

         

        Att.

        Rita Colen

         

         

    3. Sou descendente dos Colen da cidade mineira Poté.

      Meu avô se chamava José Gomes Colen e a minha mãe Auta Gomes Colen todos da cidade mineira Poté vale do Jequitinhonha.

    4. Ricardo, acabei de ver, por acaso, seu texto. Como é de 2013, é provável que alguém já tenha lhe informado sobre o equívoco: Felisberto, o contratador de diamantes, nasceu no Brasil. Era mineiro de São João Del Rei, filho do imigrante português Antônio Ambrósio Caldeira Brant, que comandou como coronel a resistência em S. J. Del Rei durante a Guerra dos Emboabas. Ele nasceu em Lisboa, filho do belga João Caldeira Brant (originalmente Von Brant). Cel. Antônio (ou Ambrósio) Caldeira Brant e sua mulher Dona Josepha são o tronco da família Caldeira Brant no Brasil. O contratador Felisberto é irmão de Dona Jacyntha, minha sétima avó. A filha dela, Dona Eufrásia, foi casada com o ten-cel português Antônio Vilela Frazão e são meus hexavós.

  2. Wim Mertens

    Win Mertens. Não, não imigrou para cá. Músico belga que fez a maior parte da trilha sonora do documentário “Nós Que Aqui Estamos por Vós Esperamos” de Marcelo Masagao, 1999.

    Aqui o filme completo

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=QaNQR5wU46w%5D 

    Duas músicas de Win Mertens que fazem parte da trilha sonora:

    Wim Mertens – Struggle for Pleasure

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=LvZQOYzycVA%5D

    wim mertens – 4 Mains

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=jRDY1KAw9cs%5D

  3. Sei pouco sobre esta imigração mas sei que

    houve em Santos a família Doneux (wallons), em São Paulo os Muylaert (flamengos), e que a criação da siderúrgica Belgo Mineira trouxe engenheiros da região de Liége para BH no inicio do século XX. 

    Também me parece que os Mayrinck vieram para o Rio representando as manufaturas de armas de Charleroi.

    Em São Paulo teve alguma importância nas décadas de ’50 e ’60 a trading Copansid (Comptoir Panaméricain Siderurgique).

  4. Jean-Claude Bernardet, um dos

    Jean-Claude Bernardet, um dos melhores críticos e pesquisadores de cinema no Brasil, é belga de origem francesa. Professor aposentado da USP, Bernardet também é cineasta, roteirista e eventualmente ator. Um dos grandes pensadores e agitadores culturais do Brasil fala com sotaque até hoje.

    http://www.youtube.com/watch?v=uf_ODTN4RVE

  5. Presença belga no Brasil.

    Uma colônia belga se estabeleceu em Santa Catarina e foi responsável pela fundação da cidade de Ilhota, no Vale do Itajaí, em meados do século XIX; no começo do século XX, um assentamento cooperativo agrícola se fixou em Botucatu, São Paulo; mas a presença belga não se limita a esses episódios.

    Houve uma colonização flamenga nas Ilhas dos Açores, datada no século XVI, que deixou forte influência por lá, que mais tarde foi transferida ao Brasil; um exemplo notável é a renda de bilro, levada ao sul pela colônia açoriana. Muitas das famílias que se estabeleceram nos Açores e em Portugal aportuguesaram seus nomes, de modo que sobrenomes bastante difundidos em nossa população têm esta origem: Dutra (de Hurtere), Goulart (Hoeilart), da Silveira (Van der Hagen). A vinda de muitos empreendimentos industriais e comerciais trouxe outras famílias ao Brasil, uma das mais conhecidas é Havelange.

    A página abaixo traz um resumo da presença belga no Brasil:

     

    BÉLGICA NO BRASIL

    DESCONHECIMENTO DESMERECIDO…

     

    1. Primeiros indícios da história mais remota

    Quando o Rei Felipe II da Espanha, herdeiro do nosso conhecido imperador Carlos V em cujo império o sol jamais se punha; assumiu o trono de Portugal em 1580, as nossas regiões do sul dos Países Baixos durante 60 anos fizeram parte de um reino que também incluía o Brasil, e neste período tanto belgas e brasileiros tinham o mesmo soberano, com sua Capital em Madri. É nesta época que também numerosos mapas eram encomendados em Antuérpia – dos renomados cartógrafos Plantijn Moretus – para clientes espanhóis e portugueses – mapas estes que eram instrumentos necessários para mapear o enorme continente sul-americano, e o então pouco conhecido território brasileiro.

    No final do século 16 houve algumas migrações notáveis, entre eles a de flamengos, especialmente da região de Bruges e Antuérpia, que primeiramente se deslocaram para os Açores, aonde já chegariam durante o século 15 e lá se estabeleceriam; de qualquer forma uma das primeiras “colônias belgas” que naquela época eram conhecidas como as “ilhas flamengas” e onde é honrável ter descendência flamenga. Partindo dali logo após as grandes descobertas das Américas a viagem ao Brasil era um trajeto relativamente curto, um país de riquezas inexploradas e inúmeras possibilidades. Quando a exploração do Brasil corria a todo vapor, eles geralmente iam para o sul, na fronteira com o que hoje é o Uruguai e Argentina. Um dos primeiros empreendedores que se dirigiu ao Brasil e deixou rastros foi Erasmus Schetz de Antuérpia, que montou um engenho de açúcar nas vizinhanças de Santos. É graças aos esforços da Universidade de São Paulo, o local descoberto se tornou um sítio arqueológico importante conhecido como o Engenho de Erasmus.

    Os ‘belgas’ de Bruges levaram a renda de bilro para os Açores. Os estados brasileiros de Santa Catarina e Rio Grande do Sul eram os principais destinos. Na ilha de Santa Catarina onde hoje se encontra a Capital Florianópolis, a renda de bilro, de origem inequívoca flamenga, ainda é uma especialidade local ao redor da Lagoa da Conceição. Mas também no século 19 as freiras de convento belgas levaram esta especialidade para o Nordeste do Brasil, e ainda se encontram traços disto em Pernambuco. Uma empreendedora belga exporta a renda pernambucana para a Bélgica onde é vendida como “renda belga”, o que de certo modo não é de tudo inverdade.

    2. Tentativas de colonização no século 19.

    Quando Leopoldo II ainda empreendia tentativas de buscar uma colônia belga na América Central, e que durante a grande crise social e econômica dos anos 1840 houve uma emigração da Bélgica para os EUA e a América espanhola, Leopoldo II por motivos estratégicos examinava o território inexplorado do atual Brasil. Como mais tarde ele faria com relação à África, Leopoldo II sabia que as grandes riquezas se encontravam principalmente no interior. Além do mais ele não tinha vontade (nem havia apoio militar e político para tanto) de concorrer com a Inglaterra, França ou Alemanha na tentativa de abocanhar uma região do litoral.

    A primeira tentativa foi na Amazônia, mas fracassou apesar da energia empregada pelo monarca, que expressamente desejava adquirir uma colônia belga no Brasil; e que muito habilmente foi desfeito pelo imperador brasileiro Dom Pedro II (um amigo de Leopoldo II). Afinal o Brasil desde sua independência visava assegurar a sua soberania nacional e integridade de suas fronteiras; e uma “colônia” explicita não figurava neste cenário. Leopoldo então partiu para uma estratégia diferente e envolveu empresas belgas (Compagnie des Produits Cibils, Compagnie des Caoutchoucs du Matto Grosso e posteriormente a Compagnie de l’Urucum) para que comprassem terras no interior, principalmente em Mato Grosso. E durante os últimos 20 anos do século 19 isto foi surpreendentemente bem sucedido, já que uma área de não menos 80.000 km2 estava sob controle ‘belga’ e Leopoldo até consegui dar um forma oficial ao empreendimento através de um vice-consulado em Descalvados. As instalações das fazendas serviam para o plantio de vários cultivos lucrativos como também para a pecuária, com abatedouro e instalações para produzir extratos de carne sobre o modelo “Liebig”. Mas no inicio do século 20 quando o Brasil por conta da crise do Acre com a Bolívia empreendia seus esforços para o estabelecimento definitivo de suas fronteiras os belgas simplesmente foram obrigados a vender seus ativos e a sua presença nesta região definhou silenciosamente.

    Uma colonização excepcional ocorreu em 1845, quando, com garantias imperiais foi obtida uma concessão agrícola no vale do Itajaí e uma centena de famílias principalmente da região de Bruges se estabeleceram no Estado de Santa Catarina, onde hoje se encontra a pequena cidade de Ilhota. A garantia englobava a disposição de que os materiais poderiam ser importados sem impostos. Conforme reportado na época no desembarque da segunda leva de imigrantes e materiais houve uma altercação com os funcionários da alfândega, e estes foram jogados nas águas do porto pelos belgas. Os imigrantes que estavam acompanhados de um cônsul foram encarcerados temporariamente. Por causa de ganância e má gerência essa aventura se tornou uma catástrofe financeira; mas as famílias permaneceram no local e conseguiram evitar uma total assimilação com os alemães e italianos cuja presença era em número bem maior, e por isto que ainda existe um enclave belga que se orgulha de sua descendência belga onde nomes belgas são muito comuns. Mesmo assim a maioria dos nomes belgas foram sendo aportugesados para facilitar a integração. Alguns nomes proeminentes na história brasileira são, por exemplo: Dutra (de Hurtere), Goulart (Hoeilart), da Silveira (Van der Hagen).

    Posteriormente, durante à primeira metade do século 20 novos belgas vinham buscar sua salvação no Brasil, e desta forma foi fundada o assentamento cooperativo agrícola em Botucatu no Estado de São Paulo, apesar de que ele tomou forma bem modesta se comparado com a holandesa vizinha, Holambra. Falta de know-how e simplesmente sorte fez com que salvo algumas exceções muitas tentativas fracassaram. Uma história de sucesso é a Citrobrasil da família Van Parys, que a partir de 1930 sob a marca “Elvépé ” fornecia laranjas aos lares belgas. Não obstante a Elvepe foi vendida para uma empresa americana, mas a família continua proeminente em São Paulo.

    3. Iniciativas industriais nos séculos 19 e 20.

    Muitas empresas e indivíduos belgas vieram ao Brasil durante a revolução industrial belga, aproveitando o clima econômico favorável e a presença de matérias primas e mão de obra. A maioria destes empreendimentos – numerosos demais para serem citadas individualmente – tiveram êxito; tanto que no decorrer das décadas elas foram adquiridas por grandes multinacionais. Exceções notáveis são: o grupo químico Solvay; a mineradora e metalúrgica: Belgo-Mineira e Franki, que até os dias de hoje de uma forma ou outra ainda são fortes participantes na economia brasileira.

    Como na Rússia, China e Egito, o capitalismo belga e o seu estilo de empreender cosmopolita tiveram um papel importante na industrialização do Brasil, principalmente nas ferrovias, pontes metálicas (Systèmes Danly), e também no setor energético.

    O exemplo mais destacado e visível desta presença e o viaduto de aço Santa Ifigenia, que atravessa o vale do Anhangabaú no centro de São Paulo, construído de peças de ferro fundidas fabricadas na usina de aço Valão “Acieries d’Angleur”. Coincidentemente a chancelaria do Consulado-Geral em São Paulo antigamente era estabelecida em uma torre em uma das extremidades do viaduto.

    As fábricas da Thy-le-Château, Cockerill, Ougrée, Marcinelle, Ateliers de Willebroeck, e Couillet forneciam os materiais para as ferrovias. A empresa franco-belga Dyle et Bacalan de Leuven participava da Companhia Geral de Ferrovias Brasileiras (Compagnie Générale des Chemins de fer Brésiliens) e trabalhou na construção da ferrovia de Curitiba à cidade portuária de Paranaguá (construiu os viadutos), conhecida como «A Charmosa». Um sucessor desta ferrovia, mas na direção oposta para Foz do Iguaçu (“O Grande Expresso Brasil”), desde 2008 é explorado com capital e know-how belga como uma atração turística de primeiríssima linha. Outras empresas com capital belga estão atuando na construção de ferrovias no Estado do Rio Grande do Sul. Neste Estado, na cidade de Santa Maria, ainda existe uma “Vila Belga” com estação, galpão de ferramental, complexo residencial construído por uma colônia belga: Companhia Auxiliar das Ferrovias do Brasil (Cie auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil).

    Por outro lado em 1874 a Companhia Brasileira de Bondes (Compagnie Brésilienne des Tramways), que era liderada pelos empresários belgas Paridant e Laureys, adquiriram duas empresas de bondes de Bruxelas. Os bondes “brasileiros” eram pintados de marrom e na gíria popular eram conhecidos como os “bondes de chocolate”.

    A S.A. do Gás do Rio de Janeiro (S.A. du Gaz de Rio de Janeiro) foi fundada em 1886 com capital belga.

    Durante este período também outros empresários belgas foram atuantes com plantações de palmeiras e bananeiras (Société Belge de plantations au Brésil e Fazenda Flandria), com têxteis (Société Cottonnière belgo-brésilienne), vidros (Vidraria Paranaense), e com mesmo cervejarias em 1910 compradas pela:Grandes Brasseries de l’Etoile da Grandes Brasseries do Rio de Janeiro).

    O banco “Banque de l’Union Belgo-Brésilienne” (1911), que posteriormente passou a ser o banco Italo-Belga e que foi financiado pelo Credito Italiano da nossa Société Générale (desde 1994 “West LB Banco Europeu”); tem a sua origem na necessidade de financiamento do excedente de produção de café em São Paulo A Italo-Belga, do qual, entre outros, Emile Francqui fora presidente posteriormente também teve um papel na industrialização de São Paulo.

    A partir de meados dos anos noventa o Estado de Minas Gerais, com suas riquezas minerais como ouro e minério de ferro, atraiu uma quantidade importante de indústrias belgas. Diferentes empresas foram constituídas para a mineração e exportação de magnésio, da qual a Société de Mines de Manganèse d’Ouro Preto é a mais importante. Indústrias belgas são solicitadas para a construção de pontes e ferrovias.

    A famosa escadaria de ferro fundido da Secretaria de Educação em Belo Horizonte é monumento tombado e foi elaborada nas oficinas “De Jaegher” de Bruges, que posteriormente se tornou a Brugeoise et Nivelles.

    Gaston Barbanson, consultor econômico do Rei Albert I, e Emile Mayrisch (ARBED) foram participantes da fundação da Cia. Siderurgica Belgo-Mineira, que até os dias de hoje é referência na indústria metalúrgica na América Latina. Em 1972 ela fez uma “joint-venture” com a Bekaert.

    Outras menções referentes a presença industrial belga no Brasil é a participação da ACEC (todas as grandes fazendas de café eram equipadas como motores de Charleroi para impulsionar diversas instalações necessárias para o processamento dos grãos de café, debulhar e peneirar), a empresa Franki (que desde 1935 soube-se capitalizar sobre a fúria modernista de concreto das empresas de construção brasileiras), Solvay (desde1940), Tractebel (1998, maior produtor de eletricidade privado).

    E finalmente deve ser notado que para dar apoio à estas relações econômicas intensas existe uma representação econômica oficial na figura do Comissariado Geral do Estado de São Paulo que foi fundado na Bélgica em 1908. A fundação de um consulado profissional em São Paulo ocorreu em 1946 e Maurice Weckx foi o primeiro Cônsul-Geral.

    Especialmente no final do século 20 o interesse pelo Brasil no universo empresarial belga foi renovado, a Bélgica tomou uma posição de ponta nos investimentos estrangeiros no Brasil. Casos de sucesso são a Interbrew, que adquiriu a AmBev e com isto colocou os alicerces de se tornar a maior cervejaria do mundo, a KatoenNatie, Umicore, Puratos e Manuchar, além das empresas como: Agfa-Gevaert, Barco, Schréder, Beaulieu, Tessenderlo Chemie, Janssen Pharmaceutica, CMI, Sonaca, as empresas de dragagem Jan De Nul e DEME-DEC, e inúmeras outras empresas.

    4. Educação cientifica e cultural

    Sem dúvida a divulgação dos nossos conhecimentos na área cientifica colaborou para essas iniciativas industriais. Existe também uma relação estreita com médicos belgas emigrantes na fundação das Academias para a Medicina na Bahia e Rio de Janeiro. Como também com as faculdades politécnicas da Universidade de São Paulo, o centro de pesquisa de agronomia de nível mundial em Piracicaba (também no Estado de São Paulo) e a de engenharia elétrica e mecânica em Itajubá, Minas Gerais, são testemunhas vivas disto.

    Na segunda metade do século dezenove estudar na Bélgica era algo de muito prestígio. Os brasileiros atribuíam o progresso econômico da Bélgica à qualidade do seu ensino superior. No período entre 1860 e 1870 não menos que 700 estudantes brasileiros estudaram em universidades belgas. Um ex-estudante de Gent foi o engenheiro – arquiteto Francisco de Ramos de Azevedo que foi que desenhou entre outros o Mercado Municipal e o Teatro Municipal de São Paulo, grandes atrações da cidade. Traços de sua predileção pelo estilo art nouveau que ele veio a conhecer na Bélgica são claramente perceptíveis. Neste último prédio ainda se encontram vidraças e espelhos importadas da Bélgica. Os mesmos materiais também podem ser vistos na sua residência em Sao Paulo, a Casa das Rosas, onde agora estão estabelecidos faculdades universitárias da Fundaçao Armando Alvares Penteado (FAAP) como também no histórico Café Colombo no Rio de Janeiro.

    F. de Ramos de Azevedo é co-fundador da renomada Escola Politécnica em Sao Paulo (1893), escola que esteve no berço da rápida industrialização de São Paulo. O engenheiro Hubert Puttemans foi um dos seus primeiros professores. Monsenhor Charles Sentroul fundou uma faculdade de filosofia na primeira Universidade Católica no convento de São Bento em São Paulo (1908). A partir de 1922 a faculdade foi dirigida por Leonard Van Acker. Um irmão do Van Acker dirigiu o conhecido Instituto Butantã e também deu o impulso decisivo ao Laboratório para a fabricação de várias vacinas e soros antiofídicos e contra a raiva canina. A Escola Superior de Agronomia “ESALQ” foi fundada por acadêmicos belgas (entre outros: Louis Misson), sobre o modelo de “Gembloux”.

    Nos anos antes da primeira guerra mundial em 1912 o Estado de Minas Gerais enviou representantes para a Bélgica para recrutar professores para o novo Instituto Eletro-técnico e Mecânico em Itajuba, a atual: Escola Federal de Engenharia. Armand Berthollet (Liége) e Victor van Helleputte e Arthur Tolbecq (Charleroi) aceitaram a incumbência.

    A ‘viagem de descobrimento‘ de 1892 que tinha como objetivo determinar o local da nova capital Brasília foi liderada pelo engenheiro e astrólogo Louis Cruls. Ele ainda é conhecido no Brasil como o homem que literalmente colocou Brasília no mapa, mesmo a decisão de construir a nova capital somente ter ocorrido mais de 50 anos mais tarde pelo Presidente Juscelino Kubitschek.

    Por causa da partida do músico Jan Douliez (1903-1987) para o Brasil o compositor e seu antigo professor do Conservatório: Lodewijk De Vocht compôs uma variação sobre o hino nacional brasileiro. A partitura está guardada no Real Conservatório de Antuérpia. Douliez se tornou o regente da orquestra da cidade de Belo Horizonte em 1954 fundou o Conservatório em Goiânia, que posteriormente foi integrada à Universidade de Goiás. Esta lhe outorgou um doutorado honoris causa em 1986. Os laços entre os conservatórios belgas e brasileiros ainda são muito estreitos. Em 1983 a brasileira Eliane Rodrigues foi a 5ª laureada no concurso Internacional de Piano Rainha Elisabeth, e ela seguiu carreira na Bélgica. O regente brasileiro Roberto Minczuk é um regente convidado muito querido da Orquestra Nacional da Bélgica.

    Atualmente por volta de 300 brasileiros estudam na Bélgica, estes são atraídos pela excelente reputação das nossas universidades, muitas vezes conseqüência do trabalho dos próprios pesquisadores e cientistas belgas no Brasil. Um exemplo: Prof. Dr. Etienne Samain (°Anderlecht, 1938), teólogo, filosofo, filólogo bíblico e antropólogo social com formação na Universidade Católica de Leuven e das universidades de Marselha e Rio de Janeiro, construiu uma reputação internacional como professor e pesquisador na UNICAMP como conhecedor das culturas indígenas e como fotografo antropológico. São estreitos os laços entre instituições brasileiras e por exemplo, o Museu da África Central em Tervuren e os professores e pesquisadores belgas frequentemente viagem para o Brasil.

    No inicio do século dezenove nos círculos científicos europeus existia uma grande fascinação pela flora e fauna das selvas brasileiras. O primeiro diplomata belga credenciado junto ao imperador brasileiro, Benjamin Mary, (1833-1838) foi um assíduo desenhista de paisagens e locais de interesse. Ele colaborou com a expedição do botânico alemão Von Martius e alguns dos desenhos de Mary foram incluídos no seu trabalho de referência: Flora Brasilensis. Uma grande parte do trabalho de Mary pode ser visto no Museu Imperial de Petrópolis e na coleção particular de Beatriz Pimenta Camargo em Sao Paulo.

    5. Ajuda emergencial brasileira para a Bélgica

    Durante a Primeira Guerra Mundial houve um enorme movimento de simpatia para com a Bélgica, como expressou o Senador / Embaixador Ruy Barbosa em um discurso de 1916: “pela sua assombrosa resistência ao primeiro embate da massa invasora, a barreira decisiva da civilização contra a barbárie na surpresa do tremendo cataclismo, salvando a Europa, o mundo latino, o futuro humano do dilúvio da força”. Foram organizados comitês de coleta de doações e o governo estabeleceu créditos especiais para a Bélgica vitimada.

    6. Laços pessoais estreitos

    Não é de se estranhar, que o papel belga durante a Primeira Guerra Mundial fez com que o presidente Epitácio Pessoa convidasse Albert I e a Rainha Elisabeth para em outubro de 1920 fazerem uma visita de 6 semanas ao Brasil, quando foram recebidos de forma especialmente calorosa. Foi a primeira vez que um monarca europeu fazia uma visita oficial de estado ao Brasil. Seria ir longe demais de esmiuçar todos os aspectos desta visita. Talvez só um detalhe pitoresco: os brasileiros sabiam da paixão de Albert I pela escalada de montanhas. Na última parte da subida do Pico da Tijuca (montanha mais alta do Rio) uma escada foi especialmente esculpida na rocha. Conforme constou Albert deu preferência de subir a rocha por suas próprias forças, mas tinha expressado o desejo de esta facilidade poderia ser um estimulo para o povo começar a praticar o esporte de escalar montanhas. O rei Albert recebeu um doutorado honoris causa da Universidade do Rio de Janeiro, e foi presidente honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, foi agraciado com o título de cidadão honorário e também foi nomeado marechal do exercito brasileiro!

    A visita real em todo caso estimulou mais ainda o interesse pelo país. No pavilhão belga da feira mundial de 1922 no Rio de Janeiro estavam representados mais de 400 expositores da indústria belga.

    Durante a visita do rei Albert I em 1920 a Rainha Elisabeth se encantou tanto com a música popular brasileira que o compositor Alberto Nepomuceno teve a idéia de dedicar algumas canções a ela. As partituras foram encontradas em 1997 nos arquivos do palácio e levadas ao Rio, onde foram gravadas novamente em um CD.

    Posteriormente o Rei Leopoldo III, que acompanhou seus pais na viagem ao Brasil em 1920, fez várias viagens especialmente ao Mato Grosso e a Amazônia, onde ele permaneceu por um tempo mais longo para explorações antropológicas; e de cujas anotações e especialmente as fotos foram editadas em um livro que para muitos conhecedores e tido como referência.

    Descendentes da casa de Orléans e Bragança, descendentes diretos do último imperador Dom Pedro II ( casamento da filha da Princesa Isabel com o Conde francês d’Eu) são parentes da família principesca de Ligne, pelo casamento de Dom Antonio de Orléans e Bragança com Christine de Ligne (que vive em Petrópolis) por um lado e por outro pelo casamento de Michel de Ligne e a Princesa Eleonora de Orléans e Bragança, irmã de Antonio (que vive na Bélgica).

    7. Missionários.

    Igualmente como ocorreu em outros continentes o Brasil nos séculos 19 e 20 oferecia uma base frutífera para o trabalho dos missionários religiosos belgas Eles fundaram numerosas escolas e hospitais e contribuíram com o desenvolvimento social do país. Valeria a pena realizar um estudo especial sobre a presença e contribuição e influência das centenas de missionários de diferentes ordens religiosas oriundas da Bélgica na história do desenvolvimento sócio-cultural do país. Mencionamos que em 1999 o Ministro Derycke inaugurou uma placa comemorativa em Niterói na escola das Irmãs Sacramentarias do Instituto São José naquela cidade. Uma das congregações fundadas pelo Padre Julio de Lombaerde da cidade de Wareghem na Bélgica. Durante um bom tempo o Brasil foi recipiente de ajuda belga para o desenvolvimento, especialmente na área do ensino e cuidados sociais. Atualmente há 3 bispos belgas no Brasil: em 1995 monsenhor Eugène Rixen foi nomeado bispo auxiliar de Assis (São Paulo) e a partir de 1998 se tornou bispo de Goiânia no Estado de Goiás. Monsenhor André De Witte em 1998 se tornou o bispo de Ruy Barbosa, e o Monsenhor Philip Dickmans em 2008 foi nomeado terceiro bispo de Miracema do Tocantins.

    8. Armas e futebol

    Por mais de um século a empresa Veuve Laport et Fils foi responsável pelo fornecimento de espingardas e pistolas belgas para o exercito brasileiro. Até hoje a arma “FN Browning” é muito elogiada como arma de caça, como sendo uma jóia da tecnologia belga. O representante da empresa entre as duas guerras mundiais foi Faustin Havelange, pai do famoso João Havelange, fundador da FIFA e ícone do mundo futebolístico brasileiro. J. Havelange viaja frequentemente para a Bélgica e tem orgulho da sua descendência belga.

     

    Fontr: http://www.diplomatie.be/saopaulo/default.asp?id=63&mnu=63

  6. Alto do Gantois

    Não tenho certeza, mas já ouvi várias pessoas dizerem que o Alto do Gantois em Salvador, onde fica o Terreiro que foi de Mãe Menininha, era originalmente a fazenda de um belga. Gantois é, em francês, o nativo da cidade de Gand (Gent, em Holandês), cidade belíssima da região flamenga.

  7. Tinha informação que as

    Tinha informação que as famílias Leme (Lehme) e Borges (Brugges) seriam de origem belga; mas já teriam chegado ao Brasil com os nomes aportuguesados.

    No Espírito Santo, a família Adnet é considerada como de origem belga. Seria o humorista Marcelo Adnet desta família?

    Falando ainda sobre os belgas. Alguém conhece a história dos “belgicanos”?

    1. Marcelo Adnet é, sim,

      Marcelo Adnet é, sim, descendente do Adnet que veio para o Brasil, após a Guerra de Secessão americana. Auguste Theodor Adnet veio dos EUA, por volta de 1867, e constituiu familia em Linhares (ES). Um de seus filhos é trisavô de Marcelo Adnet. O pai de Auguste era imigrante belga para os EUA, mas Theodor já nasceu nos EUA.

    2. A Família Adnet
      Adnet (pronuncia-se: Adnétt ou Adné), é um sobrenome derivado do nome Adão em uma de suas formas derivativas (em Francês: Adanet, Adenet, Adenot, Adnet, Adnett, Adné ou Adnot). No Brasil este sobrenome se refere a um tronco familiar brasileiro único composto de imigrantes de origem belga e francesa. Oriundos da França e da Bélgica, alguns dos membros do tronco familiar brasileiro dos Adnet residiram e criaram filhos nos Estados Unidos da América antes de imigrarem para o Brasil.  Particularmente, detenho a certidão de nascimento de Catherine Adnet, nascida em 1794 na cidade de Florenville na Bélgica, um dos membros mais antigos do tronco familiar belga do qual descendem os Adnet brasileiros. Dr Eduardo AdnetMédico PsiquiatraRio de Janeiro

  8. Os Belgas em Botucatu

    Boa noite aos amigos do blog!

    No início da década de 60, Botucatu recebeu uma leva de Belgas oriundos do Congo (agora acho que República Democrática do Congo, também chamado antigamente de Zaire) que recém libertara-se como colonia belga. Por um acordo com o governo de SM da Bélgica, vieram vários para o Brasil  e muitos especificamente para a cidade de Botucatu com apoio financeiro do governo que tinha que realocar estes súditos oriundos da África. A contribuição cultural diluiu-se um pouco ao longo dos anos e eles mesmos integraram-se, mantendo pouco da cultura de origem. Ocuparam inicialmente um núcleo rural o qual ainda tem moradores descendentes até a presente data. São conhecidos na cidade como sanguineos teatrais, muitas vezes exagerados, porém determinados e empreendedores! Alguns eram heróis da Seguda Guerra Mundial que haviam sido realocados para a administração do Congo, o qual era propriedade particular do rei da Bélgica. Outros eram proprietarios de terras na África (plantations). Outros ainda professores ou funcionários da vida consular. Hoje encontramos muitos aposentados pelo sistema de previdência do seu país de origem, mesmo tendo emigrado, alguns chegando à idade secular! Muitos de seus filhos e netos retornaram ou se mantém com um pé lá e outro a aqui, mesmo porque a vida na Europa não está das mais fáceis.

    Abs a todos!

    Em Tempo: Preciso ser mais preciso quando falo de uma “diluição cultural”. Esclaredendo: diferente da colonia japonesa, que sempre tem um clube, uma escola de japonês, festas tradicionais, atividades esportivas (o Baseball, p.e.), os belgas não fizeram um Centro Cultural e uma data nacional importante como, por exemplo, o 11 de novembro, que comemora o armistício da IGM, é desconhecido dos botucatuenses.

  9. Pedro Colen…

    Caro Ricardo Colen, sei que sempre podem existir discrepâncias, mas o meu avô Pedro Colen SEMPRE nos contava sobre os Colens no Brasil. Do que ele contava e diante de compilações de outros parentes, temos basicamente divergência mais na datação:

    De ANTUÉRPIA – BÉLGICA, chegou ao Brasil em 1858 o casal JOÃO LUIZ COLEN e ANA LUIZA DELAESSE. Ele, Belga, ela Alemã. Com o casal vieram sete filhos. Todos solteiros. Eram eles: JOSÉ LUIZ COLEN, SOFIA CONSTÂNCIA COLEN, EDMUNDO JOSÉ COLEN, ELIAS ANTÔNIO COLEN, ADOLFO PEDRO COLEN, MARIA COLEN e JÚLIO FERNANDO COLEN, que veio a ser o Padre Júlio Colen.

    José Luiz Colen tornou-se lavrador, casou-se com Izabel Molendorf (Alemã) e tiveram 16 filhos.

    Sofia Constância Colen casou-se com o Alferes José Feliciano e tiveram 16 filhos. Fixaram residência em Urucu, hoje Carlos Chagas(MG).

    Edmundo José Colen, lavrador, casou-se com Carlota Rosa Vieira, tiveram 16 filhos e fixaram residência em Valão (MG).

    Elias Antônio Colen, lavrador, casou-se com Carlota Gomes Otoni, filha do grande desbravador de mata do hoje Município de Poté(MG) – Antônio Gomes Leal e Dª Maria Güilhermina Otoni, sobrinha neta de Teófilo Benedito Otoni, fundador da cidade de Filadélfia, hoje, Teófilo Otoni(MG). Elias e Carlota tiveram 15 filhos.

    O SEU FILHO MAIS JOVEM FOI “PEDRO COLEN”  – meu avô – QUE CASOU-SE COM “MELQUIALDES DIAS SOUZA”, E, DENTRE OS FILHOS, teve “TERESINHA COLEN” (MINHA MÃE).

    Adolfo Pedro Colen, dentista, casou-se com Maria Neves(Portuguesa) e tiveram 16 filhos.

    Maria Colen casou-se Leonel Lobo e não deixaram descendentes.

    Júlio Fernando Colen, seguiu a carreira eclesiástica e exerceu com dignidade a sua missão. Faleceu em Itamarandiba(MG) entre 1925/1926.

    JOÃO LUIZ COLEN TRANSFERIU RESIDÊNCIA PARA DIAMANTINA(MG) E COM ELE FORAM OS FILHOS ADOLFO PEDRO COLEN, MARIA E JÚLIO FERNANDO
    …. deste galho, pelo que sei, formou-se o núcleo de Brasília…

     

    1. COLEN

      Oi Pedro Amaral? Por acaso você seria o Pedrinho fillho de Tia Terezinha Colen com o Tio Rubens?! Irmão do Fábio e do Celso?! Se for esse o caso eu sou o Rafael Colen Jr. filho do Fezinho, temos uma página no Facebook sobre nossa família.

       

      Abs, 

       

      Rafael Colen

      1. Sobre seu nome…

        Desculpe-me entrar nessa discussão, mas como somos omônimos, achei interessante saber mais sobre nossas origens.

         

        Também me chamo Rafael Colen (de almeida) e sou filho da Cirene de Oliveira Colen de Almeida.

        Minha mãe é mineira e provavelmente (de alguma forma) somos parentes. Se tiver mais infromações sobre nossa família e puder compartilhar, agradecerei muito.

         

        Abraços!

  10. FAMILIA COLENS

    Minha minha mãe se chamava LUIZA COLENS  PINHEIRO SARAMAGO.Nasceu  em  Itabirito em MG,como  descubro a procedencia dos seus antepassados ja que ela falava que seu avô paterno era belga e trabalhou na Belgo Mineira.

    1. Olá Família Colen Sou neta de

      Olá Família Colen Sou neta de Max Nogueira Colen (falecido).

      Mas ele sempre me contava sobre nossos antepassados e familiares a maioria da família se encontra em Poté MG ou Belo Horizonte ,porém sou de Cabreúva interior de são paulo .

      Gostaria de mais informações se caso alguem conhecer meu avô, para sabermos nosso grau de parentesco.

      1. Família Colen

        Encontrei este fórum aqui enquanto pesquisava sobre a origem da família Colen. Sei que é belga, mas nada além disso. Você falou sobre parte da família em Poté, só que hoje a maioria se encontra em Teófilo Otoni (40 Km de Poté) e em BH

  11. Familia Verdoodt

    Boa tarde, estou procurando indicios da Familia Verdoodt, não encontro nada!!!

    Minha familia é de São Paulo, mas meus antepassados são belgas.

    Quero encontra-los mas não consigo.

    Podem me ajudar?

    Obrigado.

    1. a familia VERDOODT

      A familia,

      boa noite

       

      Por accidente porque tento de encontrar mas informacoã sobre Charles Maximiliano Luiz VAN LEDE desde 1841, encontrava sea pergunta sobre a  familia VERDOODT!.

      Cum certeza pode revelar que ainda hoje há uma familia VERDOODT na cicade de Brugas na Bélgica …

    2. belgas em Porto Feliz

      COLONOS BELGAS EM PORTO FELIZ

      Colonos Belgas em Porto Feliz (*)

      A rápida expansão da economia cafeeira para o chamado “Oeste Paulista”, praticamente despovoado no século passado, ocorreu em um momento no qual estavam reduzidas as possibilidades de continuidade das relações escravistas de produção. A demanda de mão de obra era muito maior que a oferta de escravos, e a permanência de escravidão impunha limites à utilização de outras fontes de trabalhadores.  A existência do preconceito contra o braço nacional, que, por sua vez, não se adaptava facilmente à condição de trabalhador

      assalariado de forma disciplinada, dificultava a sua utilização. A preferência dos fazendeiros do ‘’Oeste” pelo trabalhador estrangeiro e a existência de um excesso de população liberada pela crise que assolava vários países da Europa, especialmente a Itália, favoreceram a implantação de um fluxo imigratório para a então Província de São Paulo. Pouco a pouco os imigrantes estrangeiros sob formas diversas como: regime de parceria, imigração espontânea ou subvencionada…) substituiram o braço escravo nas grandes lavouras.

      Enquanto nas Províncias do Sul do país predominou o sistema de estabelecimento dos imigrantes em Colônias, como pequenos proprietários, em São Paulo a expansão de cafeicultura reduziu a disponibilidade de terras para esse tipo de fixação de estrangeiros. As limitações das Colonias particulares, que surgiram em diversas fazendas (como a de Ibicaba, do senador Vergueiro, no município de Limeira), e o impasse surgido com o regime de parceria, resultaram na criação de núcleos coloniais oficiais pelo Estado. Sua existência, porém, atendia direta ou indiretamente aos interesses da grande lavoura. Funcionavam como fornecedores de

      generos a preços baixas, como focos de atração e fixação de imigrantes, ou então como reservas de mão de obra para seus periodos de maior atividade.

      Todas as preocupações com a introdução de trabalhadores visaram completar ou formar quadros de força de trabalho para as lavouras de café. As regiões marginalizadas no surto cafeeiro, como foi o caso de Porto Feliz, não foram beneficiadas pelo fluxo imigratório da segunda metade do século XIX. Nesse período, a força de trabalho disponível naquele município resumia se a umas poucas centenas de escravos.

      Entre 1790 e 1830 Porto Feliz, juntamente com Itu e Campinas, controlava a produção açucareira da Capitania de São Paulo. Era uma zona das mais povoadas, e o número de escravos pouco inferior ao de Itu e Campinas.

      Depois de favorecido pela conjuntura do final do século XVIII, ocasião em que renasceram os engenhos paulistas, o açúcar brasileiro enfrentou uma fase de recessão, a partir de 1830, que teve suas origens no aumento da concorrência nos mercados internacionais.

      Em consequência dessa fase de recesso, com o passar dos anos a produção açucareira de Porto Feliz foi perdendo importância, um grande número de engenhos foram desativados e centenas de escravos vendidos.

      Augusto Emílio Zaluar ficou decepcionado com o atraso da antiga Araritaguaba quando por ela passou em 1860, e escreveu no seu livro de viagens Peregrinação pela Província de São Paulo: “O seu comércio é muito insignificante, pois apenas existem aqui algumas tabernas, e poucas lojas de fazendas e armazéns. A população deste distrito, que já foi de 10 a 11.000 almas, está hoje reduzida a 7000, sendo 5.000 Iivres e 2.000 escravas”.

      Na década de 1870 começaram a ser criados no Brasil os chamados Engenhos Centrais, modernas fábricas de açúcar. Um grupo de fazendeiros de Porto Feliz resolveu também construir um Engenho Central, numa tentativa de superar os problemas econômicos do município, e em 1876 organizou a Companhia Açucareira de Porto Feliz. No contrato que a Companhia assinou com o Governo Imperial para a garantia de juros, então em vigor para capitais empregados em estabelecimentos desse gênero, ficava proibida a utilização do braço

      escravo, ao mesmo tempo que facilitava a aquisição de terrenos devolutos para posterior revenda a imigrantes europeus.

      Finalmente, com uma grande festa foi inaugurado, a 28 de outubro de 1878, o Engenho Central de Porto Feliz, o primeiro construído na Província de São Paulo e o terceiro de todo o Brasil.

      Entretanto, nada de providencias concretas para a introdução de trabalhadores na região. Criado o Engenho Central, o cultivo do canavial e a fabricação do açúcar formaram dois setores separados, com a aplicação de medicas ‘’modernizantes” apenas no segundo setor. A deficiência de braços e de novas técnicas na lavoura , a deficiência dos meios de transporte de cana, e o desinteresse dos plantadores em assumir compromissos de fornecimento, geraram uma série de crises no abastecimento de matéria prima.

      Núcleo colonial “Rodrigo Silva”

      Para colaborar na solução da crise de fornecimento da cana de açúcar, recorreu se então, passado quase um decênio da inauguração do Engenho Central, às experiências já utilizadas na cafeicultura: aos núcleos coloniais. Assim, nas zonas açucareiras de Porto Feliz e Lorena, onde também foi fundada uma colônia para atender às necessidades de um Engenho Central, os núcleos coloniais oficiais poderiam atrair e fixar trabalhadores, que se transformariam em pequenos proprietários e assegurariam safras fixas de cana aos respectivos

      Engenhos Centrais.

      Nessa época, a Sociedade Central de Imigração e outros dos interessados na transferência de mão de obra para o Brasil desenvolviam intensa propaganda na Europa. Na Bélgica surgiram muitos candidatos, entre eles o padre Jean Baptiste VanEsse, atraído com a possibilidade dos lucros que certamente proporcionariam a formação de uma colônia belga no Novo Mundo.

      Para a instalação do núcleo colonial em Porto Feliz, o governo havia adquirido algumas propriedades nas imediações da cidade. Nessa altura dos acontecimentos VanEsse já conversara com o Ministro da Agricultura, na ocasião Rodrigo Silva, ao qual fora apresentado por Edouard de Grelle, Ministro da 8élgica no Rio de Janeiro. Levaram o padre belga para conhecer as terras de Porto Feliz e ele entusiasmou se com a fertilidade do terreno, considerado proprio para o cultivo da cana, cereais, café e tabaco. Depois da visita, VanEsse

      escreveu à Diretoria da Sociedade Central de Imigração uma carta, datada de 13 de janeiro de 1888, dando pormenores do seu projeto, no qual seriam investidos 50.000 francos belgas.

      Autorizado pelo Aviso nº 111, de 16 de novembro de 1887, do Ministério da Agricultura, o Inspetor Geral das Terras e Colonização assinou, no dia seguinte, um minucioso contrato com o padre VanEsse . De acordo com o contrato seriam introduzidas 50 familias na colonia, sendo 45 familias necessariamente de agricultores, a começar do inicio de maio de 18B8 até 31 de maio de 1889. Cada familia obrigava se a trazer um capital minimo de 1.000 francos, mais os utensilios domésticos e implementos agricolas. As despesas com o transporte dos colonos e de suas bagagens ficavam por conta do governo.

      O núcleo colonial ficaria sujeito à jurisdição civil, segundo as leis e disposições em vigor no Império, e o padre VanEsse, na qualidade de “diretor espiritual”, seria um representante remunerado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Publicas.

      Conforme o oficio de 19 de fevereiro de 1888, enviado por E. de Grell e a o Principe Chimay, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, o Ministro Rodrigo Silva previa um brilhante futuro da Colônia de Porto Feliz, cuja criação testemunhava a simpatia dos brasileiros pelos trabalhadores belgas.

      Para atrair seus colonos na Bélgica, VanEsse redigiu um opúsculo, no qual prometia grandes vantagens: os lotes de 20 a 30 hectares custariam em média 1.400 francos e poderiam ser totalmente pagos pelos colonos no prazo máximo de sete anos. Além disso, como o núcleo era fundado com o objetivo de alimentar o Engenho Central, toda a produção de cana tinha comprador certo.

      O opúsculo esclarecia que, como as casas construídas pelo governo eram precárias, seria preferível transportar da Bélgica casas pré fabricadas com paredes, divisões e teto de ferro.

      Aos colonos VanEsse sugeria a organizado de uma cooperativa. Através dela o excedente da produção seria colocado no mercado, a ela caberia a compra de alimentos e ferramentas, e mediante uma pequena contribuição mensal ela providenciaria assistência médica e medicamentos as famílias dos colonos. A cooperativa poderia depois se ligar a outras do mesmo gênero, formadas em futuras colônias belgas.

      As primeiras 25 famílias chegaram ao Brasil a bordo do navio Hipparchus. Do porto de Santos partiam de trem com destino a Itu ou Sorocaba, de onde alcançariam Porto Feliz a pé ou em carro de bois. Em fins de maio de 1888 requereram os seus lotes os seguintes colonos: Alexandre Libois, Edouard Leroy, Vital Kestemond, Felix Wayens, J.B. Vanerwyck, J.J. Descolte, Juies Bertz, François Aerre, François Labenne, Ferdinand Boudart, Auguste Dubois, Hubert Dumont, Augustine Detry, Gustave Dumont, Genius Despontin, Edmonde Taupe, Emile Gérard Ballion, Adelin Péters e Auguste de Becquerot.

      O estabelecimento recebeu a denominação de Núcleo Colônial “Rodrigo Silva”, em homenagem ao antigo Ministro da Agricultura. Ocupava uma área de 1.600 hectares, que custaram 23:000S000 réis aos cofres públicos. De acordo com um artigo publicado no Etele du Sud (jornal escrito em francês, dirigido por Charles Morel e impresso no Rio de Janeiro,foram projetada para abrigar 1.000 colonos belgas, e esperava se que constituisse em  estabelecimento modelo, uma espécie de escola pratica de agricultura, de centro de difusão de novas técnicas de cultivo e de novas lavouras. A Gazeta de Noticias, do Rio de Janeiro considerava o empreendimento “louvavel” não apenas como auxilio para a agricultura, mas também do ponto de vista de sua influência em todas as esferas sociais”, com a conseqüentes facilidades para o desenvolvimento da pequena propriedade, introduzindo no Brasil elementos da “laboriosa raça belga.”

      Meses depois, o Diário Popular de 31 de janeiro de 1889, sob o título ‘’Colônia Malsinada”, dava “conta das péssimas condições em que se encontrava a projeta escola prática de agricultura. A notícia falava em “falta de direção experimentada’’ criticava a intervenção paternal do Governo e a direção clerical, que revelava ‘’tendências absorventes e autoritárias’’. Informava ainda que os imigrantes estavam vendendo ferramentas agrícolas por falta de dinheiro para a compra de alimentos. O Senador Taunay comentou esse artigo na sessão de 7 de fevereiro de 1889 da Diretoria da Sociedade Central de Imigração.

      As mesmas críticas do Diário Popular foram repetidas por Alfred Marc em Le Brésil: Excursíon dutravers ses 20 Provinces publicado em 1898. Surgiram protestos contra a direção do núcleo colonial. Entretanto, VanEsse não desistiu da empresa. A 4 de maio de 1889 remete um ofício ao Barão George Reusens, então Ministro da Legação belga do Rio de Janeiro, solicitando sua intervenção para a prorrogação do prazo do contrato, que o obrigava a introduzir as famílias restantes, já engajadas na 8élgica, até o dia 31 daquele mês, e para as quais o Cônsul do Brasil em Anvers não concedia a necessária autorização para embarque, No mesmo ofício ele se defendia das acusações apontando a existência de inúmeros inimigos, que não perdiam oportunidade para calunia.

      O Consul da Bélgica em São Paulo, Pety de Thozée, era um dos críticos de VanEsse. Lembrava que o padre tivera a brilhante idéia de vender aos colonos casas de ferro fabricadas em Charleroi, inabitáveis em clima quente, em vez de construir moradias com material local. Acusava VanEsse de ter comprado a fazenda “Canguera”: nas proximidades da Colônia, por preço exagerado e para uso pessoal.

      Pouco a pouco os colonos debandaram. Uns voltaram para a Bélgica, outros passaram para Porto Feliz e cidades vizinhas e poucos ficaram na Colônia.

      A tutela do Governo somente foi retirada pelo Decreto número 225 A, de 30 de dezembro de 1893, que emancipou também outros sete núcleos oficiais instalados em outros municípios.

      Os belgas foram substituídos por brasileiros e imigrantes de outras nacionalidades, como demonstrou o recenseamento realizado em 1893: a população de 271 habitantes, todos agricultores, era formada por 150 brasileiros, 62 belgas, 39 italianos, 16 espanhóis, 1 francês, 1 alemão, I norte americano e 1 “africano”.

      Das 52 moradias, avaliadas em 13:420$000 réis, 50 ainda eram casas provisórias. O valor da produção do Núcleo Colonial “Rodrigo Silva” nesse ano atingiu 46:068$000 reis, no qual o milho participava com mais de 5096 registrando se a existência de dois “engenhos de-cana” para o seu beneficiamento. A produção de cana não ultrapassou os 60 carros (cada carro equivalia aproximadamente a 1.500 quilos), avaliados em I:800$000 réis. Os colonos, quando plantavam cana, achavam mais produtivo “fazer com ela aguardente, do que puxá la uma longa distancia, empilha la sobre vagões e esperar em seguida com paciência longos meses para serem pagos, estando o Engenho cronicamente sem vintêm”, como escreveu Frederic Sawyer no seu estudo sobre a industria açucareira em São Paulo, publicado em 1905.

      O fracasso da experiência com colonos belgas em Porto Feliz deve ser atribuido à deficiência do sistema de recrutamento desses imigrantes. A própria diretoria da Sociedade Central de Imigração reconhecia que os belgas não estavam dando prova como trabalhadores assalariados nas fazendas e como pequenos proprietários, porque vinham da Europa com muitas esperanças, fundadas em promessas exageradas e de difícil realização, pelo menos na fase inicial. E a maioria deles era formada por operários das industrias e minas, que não tinham nenhuma experiência anterior com o trabalho do campo.

      Além desse problema fundamental devemos lembrar ausencia de uma liderança efetiva; a pressão exercida por alguns dos grandes proprietários, que certamente não viam com bons olhos o estabelecimento; as reduzidas dimensões do mercado consumidor para os produtos da colonia e as constantes crises do próprio Engenho Central que motivou a sua fundação.

      Depois de sua desastrosa atividade como diretor do Núcleo Colonial Rodrigo Silva’’, o padre VanEsse exerceu as funções de vigário em várias cidade do interior: Cajuru, Matão, São Carlos, Santa Barbara do Rio Pardo e depois em Curitiba. Terminou a sua vida como professor do Seminário Arquidiocesano de São Paulo.

      (*) Jonas Soares de Souza – Jornal Cruzeiro do Sul – Sorocaba – 3 de setembro de 1978 p.20

  12. Colen – Teófilo Otoni (40 Km de Poté)

    Encontrei neste tópico alguém falando que em Antuérpia existia uma grande exploração de diamantes. Isso deve servir de pista para identificár-mos como a família chegou aqui, pois Poté (que muitos já relataram relação com os antepassados), fica a 40 KM de Teófilo Otoni, que é a Capital Mundial das Pedras Preciosas. Dá a entender, que vieram para trabalhar na exploração de pedras preciosas

    1. Minha Familia por parte de Vó é Colen

      Sou neto de Maria de Lourdes Gomes Colen, que é filha de José Gomes Colen, somos da região de Poté.

      Temos muitos parentes espalhados por aqui.

      1. Colen centenário

          Caros amigos e parentes.

         

           Dia 14/07 faleceu Sr Geraldo Gonçalves Colen com 101 anos de idade faleceu tranquilamente devido ao desgaste da idade, centenário deixou seu sobrenome fixado aqui na cidade de Santos/SP litoral de São Paulo 60 KM

         

          Gostaria de relatar que meu avô, teve origem em poté/MG e migrou para Santos onde fortaleceu e criou raizes.

         

          Sabemos muito pouco de sua origem e gostaríamos de saber mais

         

        Alexsande (neto)

        1. FAMILA COLEN

          BOA NOITE ALEXSANDER! MEU NOME É FREDSON DE SOUZA COLEN. VI SEU COMENTÁRIO E ACHEI INTERESSANTE. COINCIDENTEMENTE MEU AVÔ TAMBÉM CHAMAVA GERALDO, OU SEJA GERALDO RODRIGUES COLEN QUE  FALECEU EM 93 AO 80 ANOS.PORÉM NASCEU E CRIOU EM POTÉ. A ALGUM TEMPO  PASSOU EM POTÉ UM RAPAZ REALIZANDO UM PESQUISA SOBRE A FAMILIA, É UM TRABALHO MUITO BOM, COM PESQUISA DE CAMPO INCUUSSIVE NA BELGICA, ESSE RAPAZ GENTILMENTE NOS CEDEU UM A CÓPIA. CASO VC AINDA NÃO TENHA, SERÁ UM PRAZER ENVIAR UMA COPIA PARA VOCÊ. ENTRE EM CONTATO PELO IMAL.  

          1. Pesquisa de campo

            Caro Fredson ou primo colen rsrsrs

              Gostarioa muito de saber sobre este trabalho, se gentilmente me enviar ficaria agradecido, meu e-mail é. [email protected]

                Não consehgui visualisar seu e-mail caso veja este recado entre em contato por favor.

             

            Alex

          2. cópia da pesquisa

            Caro Fredson, bom dia.

             

            Seria possível enviar para meu e-mail cópia desse trabalho citado por vc ?

            Obrigado

             

             

          3. Origem familia Colen
            Fredson, boa tarde. ALEX é meu primo, sou neta do Geraldo Colen, estava pesquisando sobre a familia e vi a sua resposta. Gostaria muito de ter uma copia da pesquisa que cita. Sou filha de Laurici Goncalves Colen. Muito obrigada

  13. imigração belgica no vale do Mucuri

    Pesquiso a imigração no Mucuri em geral e tenho poucos dados sobre os belgas.

    Sei que faziam parte de um grupo que incluía também holandeses e que chegaram no primeiro semestre de 1858 no Rio de Janeiro. Haviam  assinado um contrato com a Associação Central de Colonização e haviam embarcado na Antuerpia (os registros desse porto foram destruídos durante a 2ª guerra)

    Uma parte destas famílias foi para a Colônia Rio Novo (ES) e a outra para o Mucuri (MG), onde chegaram em julho do mesmo ano.

    Este grupo que partiu para o Mucuri contava com 162 pessoas que se instalou na Colônia Militar do Urucu, que pertencia ao governo e não ao empresário Teófilo Ottoni ( A colonia do Mucuri era uma empresa particular, com objetivos lucrativos e nada tinha que ver com Dom Pedro II)

    No fim de 1858 início de 1859, as epidemias de tifo e malária causou inumeras morte na região e dizimaram as famílias de imigrantes europeus.

    A partir da pagina 33 do  livro “Os capixabas holandeses – Uma história holandesa no Brasil” escrito por Ton Roos e Margje Erhuis, vocês podem encontrar uma boa descrição do que viveram estes imigrantes. O pdf do livro está em acesso livre no site do governo do do Espirito Santo (https://ape.es.gov.br/) ou diretamente em 

    https://ape.es.gov.br/…/Os_Capixabas_Holandeses_portugues.pdf

    De certos relatos de segunda mão, tenho os seguintes nomes como sendo de belgas e que estavam instalados na região em 1861. Os sobrenomes nem sempre correspondem ao original e certas vezes foram encontrados com diversas ortografias

    Jean Louis COLEN casado com Ana Luisa Delhaes (provavelmente descendente de açorianos)  8 pessoas- Urucu

    Jean-Baptiste HOLLBRECHT – 3 pessoas – Urucu

    Francis ROIS ou ROWIS – 4 pessoas -Urucu

    Jean MEISH carpinteiro 3 pessoas  – Santo Antonio

    Stephan TILLEMON ou TILLMAN- moleiro – 5 pessoas – Filadelfia (hoje em dia Teófilo Otoni)

    Espero que os dados possam ajudar as pesquisas de vocês. Caso tenham correções ou dados a serem completados, ficaria grata de me comunicarem.

    Marilia

    1. Olá Marilia!
      Sou descendente

      Olá Marilia!

      Sou descendente dos belgas que imigraram para a região da atual Teófilo Otoni (antiga “Nova Philadelphia”. 

      Apenas duas correções: 1 – Embora a empresa de Theóphilo Benedicto Ottoni fosse com capital privado, era sim um serviço estatal e havia relação direta com os objetivos do Império. A colonização do Vale do Mucuri era uma iniciativa estatal. 2 – O casal Johannes Ludovicus Colen (belga) e Anna Ludovica Delhaees (alemã), meus antepassados, figuravam entre os únicos belgas que se tem notícia. Todos os demais era holandeses. 

      Os descedentes dos Colen são vastos e se espalharam por todo o Brasil, apesar de estarmos entre a quinta/sexta geração. No estudo genealógico deles (meus), já atinji gerações inimagináveis. 

      Saudações. 

    2. PARENTESCO

      OLÁ MARÍLIA  , SEI QUE SOU TATARANETO DE  JEAN LOUIS COLLEN

       .  MASE ONDE VOÇ~E TIROU AS ANOTAÇÔES A RESPEITO DELE DE QUE ESTAVA NA COLONIA URUCU ?  O LIVRO  CITADO , LI TODO , SOBRE OS COLONOS NO E,S ETC  ..  E NAO VII NENHUMA CITAÇAO DE SEU NOME..

       

  14. Familia van Haute
    Olá, gostei muito deste artigo. Sou descendente de Hendrik van Haute e Wilhelmina Hosbona, belgas. Nao consigo encontrar nada sobre eles. Viviam em Sao Paulo mas ja encontrei referencias deles em Sao Bernardo do Campo, em Paranapiacaba, em Mogi-Mirim. Acredito que eles tenham rodado bastante no Estado de Sao Paulo. As vezes os nomes aparecem como Henrique van Haute e Guilhermina Hosbona ou apenas Mina Hosbona. Vc teria alguma informação sobre estes van Haute? Muito obrigado.

  15. VOCE DIZ: Sou descendente de Hendrik van Haute e Wilhelmina Hosbona, belgas. Nao consigo encontrar nada sobre eles. Viviam em Sao Paulo mas ja … (onde continua esta materia???)
    Tenho alguns laços com Van Haute e podemos trocar informações

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